Contagem de pirarucus em Reserva Extrativista em Rondônia é realizada para cumprir plano de manejo

Um dos objetivos do plano é implementar o controle desses peixes na Resex Rio Cautário, onde é considerado invasor, sendo um risco ambiental.

Com o objetivo de estimar a quantidade de pirarucus que integram os ecossistemas monitorados, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em Rondônia, realizou em agosto e setembro nas Reservas Extrativistas Estadual e Federal do Rio Cautário, a contagem da espécie. A ação corresponde a uma das fases do manejo de controle do peixe, que foi realizada em conjunto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além da participação de 17 moradores tradicionais extrativistas.


Os resultados parciais do segundo ano de execução apontam que mais de 50 estações amostrais (baías, poços e leito do rio) do rio Cautário foram monitoradas durante a realização dos estudos mencionados. Quando comparado ao primeiro ano de execução do projeto em 2022, houve uma redução de aproximadamente 6% no quantitativo de pirarucus da Resex, o que demonstra a necessidade de se intensificarem as ações de manejo, visto que, por ser considerado um peixe invasor, o pirarucu do Vale do Guaporé ameaça a fauna aquática nativa.

Mais de 50 estações amostrais no rio Cautário foram monitoradas durante a realização dos estudos. Foto: Reprodução/Governo de Rondônia

Segundo o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, a realização da contagem é uma fase importante para promover o controle dos animais. “Estamos acompanhando o projeto de manejo do pirarucu, a fim de verificar o potencial de geração de renda direta para as comunidades tradicionais envolvidas, para expandir a outras áreas de nossa competência. O objetivo é reduzir o quantitativo de pirarucus dentro da Unidade de Conservação e essa contagem mostra que estamos no caminho certo”, destacou.

O técnico responsável, Thales Quintão, explicou que a contagem serve para diagnóstico de ocorrência e permite fazer um censo populacional estimando, onde se concentram os animais. 

“Dessa forma, identificamos como os animais se distribuem pela unidade de conservação e isso permite compreender como estão fazendo uso do habitat. É também, mediante a contagem, que organizamos a logística necessária para a pesca, formamos as equipes, estimamos o combustível o gelo necessário, dentre outras informações”,

 explicou.

Pirarucu pode ser considerado um risco ambiental. Foto: Smithsonian

Manejo do pirarucu 

O plano de manejo tem como objetivo implementar o controle desses peixes na Reserva Extrativista Estadual do rio Cautário, onde é considerado invasor, sendo assim, um risco ambiental, como predador de diversas espécies nativas (peixes e quelônios) e visando a preservação da biota nativa e buscar o potencial de comércio do pirarucu como forma de gerar renda aos moradores tradicionais envolvidos nas ações de manejo de controle. 

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