Pela quarta semana consecutiva, Porto Velho (RO) amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça no dia 29. O céu azul, citado no hino de Rondônia, foi substituído pelo “cinza” causado pelas queimadas na Amazônia.
“Azul, nosso céu é sempre azul
Que Deus o mantenha sem rival
Cristalino muito puro
E o conserve sempre assim”.
Nos últimos meses, Rondônia bateu recordes de queimadas: o número de focos registrados entre 1º de janeiro e 26 de agosto é o maior em cinco anos, além de representar um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 2.256 focos.
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Esses incêndios ocorrem em um período de seca e estiagem extrema. Ribeirinhos enfrentam longas jornadas para encontrar um recurso essencial: a água. A cidade de Porto Velho, por exemplo, está há três meses sem chuvas significativas de acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O Parque Guajará-Mirim, uma das maiores unidades de conservação de Rondônia, está em chamas há quase 50 dias. Segundo o PrevFogo, o incêndio começou dia 11 de julho mas o combate teve início só sete dias depois. Mais de 55 mil campos de futebol foram consumidos pelas chamas; essa área corresponde a 25% de todo o parque.
A fumaça causada por todas essas queimadas afetam diretamente as paisagens de Rondônia. O pôr do Sol “abraçando” o rio Madeira, por exemplo, que fazia parte do dia a dia da população, passou a ser raras ou inexistentes. Confira registros:
*Por Jaíne Quele Cruz, da Rede Amazônica RO