A fauna de Rondônia reflete a diversidade de ecossistemas presentes no estado, abrigando uma ampla variedade de animais: aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes que estão adaptadas a diferentes ambientes.
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A conservação da fauna rondoniense é essencial para a preservação da biodiversidade e para o equilíbrio dos ecossistemas, garantindo a estabilidade ambiental da região.
O Portal Amazônia pediu ao biólogo João Pedro Costa Gomes para destacar alguns animais que são a cara de Rondônia e representem essa complexa diversidade característica da Amazônia para a #Série ‘A cara da Amazônia’:
Macaco-prego-de-cara-branca
O macaco-prego-de-cara-branca, primata comum nas florestas do oeste amazônico, possui hábitos onívoros, e alimenta-se de frutos, sementes, pequenos vertebrados e insetos. O animal é considerado como uma espécie com estado de conservação pouco preocupante, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).
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“Ele é conhecido pelo uso de ferramentas rudimentares, como pedras para quebrar frutos duros. Sua alta capacidade de adaptação também o torna vulnerável ao tráfico de animais silvestres”, afirmou o Mestre em biologia, João Pedro Costa Gomes, ao Portal Amazônia.
Apesar de ser considerado como pouco preocupante, as populações da espécie são impactadas principalmente pelo comércio de animais de estimação e pela desflorestação. No entanto, a desflorestação também é a principal ameaça do maior predador do primata, a harpia, o que pode reduzir as chances do primata ser predado.

Urubu-rei
O urubu-rei, uma das maiores aves carniceiras do continente, possui coloração branca com penas pretas nas asas e uma cabeça nua multicolorida. O animal desempenha papel ecológico essencial na limpeza da floresta, consumindo carcaças e impedindo a proliferação de doenças.
De acordo com Costa Gomes, apesar de ser menos abundante que outros urubus, é um importante indicador de equilíbrio ambiental.
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Jacu-de-barriga-castanha
O jacu-de-barriga-castanha é uma ave de médio porte com corpo escuro e barriga castanho-avermelhada, é comum nas matas densas de Rondônia. Vive em casais ou pequenos bandos, alimentando-se de frutas, brotos e sementes.
“Ele atua como importante dispersora de sementes na floresta. No entanto, a caça de subsistência e o desmatamento têm reduzido suas populações em algumas regiões”, afirmou o biólogo.
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Além disso, outros fatores que colocam a espécie em posição de risco de extinção são a invasão e exploração humana do habitat natural do animal para fins de agricultura e pecuária, e as mudanças ambientais.

Mico Rondônia
Além das indicações do professor, de acordo com dados do ICMBIO, também se pode destacar o Mico Rondônia ou mico rondoni é um animal endêmico do Estado de Rondônia, o que deu nome ao animal, e habita a floresta ombrófila aberta da região. A coloração cinza de sua pelagem é o que diferencia a espécie de outros primatas.
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De acordo com o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (SALVE), o animal corre risco de extinção devido à ameaças como a expansão urbana, a redução de habitat, os assentamentos rurais, a agricultura, a pecuária e principalmente a competição com o Saguinus weddelli, que vem dominando a sua área. Apesar de todas essas ameaças, a espécie ainda se mantém firme, pois tem tolerado modificações e perturbações no habitat.

Rã pimenta
Os dados do ICMBio também apontam a rã-pimenta como característica do estado. Trata-se de um anfíbio de grande porte, medindo cerca de 18 centímetros e possui um grande par de tímpanos localizados logo abaixo dos olhos.
Além disso, quando jovem, o animal possui uma coloração que vai do verde escuro ao marrom e quando adulto possui uma coloração quase totalmente vermelho alaranjado.
Encontrado nas margens dos rios, riachos, lagos, lagoas e várzeas, costuma habitar florestas abertas e se alimentar de insetos e artrópodes.

*Por Rebeca Almeida, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar
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