Dos 15 hectares do bosque, mais de 80% são compostos por áreas verdes e apenas 20% são caminhos para circulação de visitantes.
Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) obtidos via Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) mostram que a área desmatada no Acre em janeiro reduziu em 63% na comparação com o mesmo período do ano passado. O estudo mostra que no primeiro mês do ano o Estado acreano desmatou uma área de três quilômetros quadrados. No mesmo mês no ano passado, essa área era de 8 km².
No acumulado de agosto de 2022 a janeiro de 2023, o Estado registrou 436 km² de desmatamento. O número é 2% maior que o registrado entre agosto de 2021 a janeiro de 2022, que foi de 426 km² de destruição.
A Amazônia Legal teve 198 quilômetros quadrados de seu território desmatado em janeiro, o que também representa uma redução de 24% em relação a janeiro de 2022, quando o desmatamento somou 261 quilômetros quadrados.
O desmatamento no Estado acreano representou 1% do total na Amazônia Legal. No ranking dos Estados com maior área desmatada, o Mato Grosso lidera a lista com a maior parte do percentual (43%), seguido por Rondônia (21%), Pará (12%) e Amazonas (10%), Rondônia (9%) e Maranhão (2%). Além do Acre, o Amapá e Tocantins representaram 1%.
Área de floresta sob risco
O Acre tem o quarto maior índice de área sob risco de desmatamento em 2023 na Amazônia Legal, com 1.269,34 quilômetros quadrados. Os dados são de um levantamento do Imazon apresentados na plataforma PrevisIA. O Acre está atrás apenas dos três Estados com maior território, Pará, Amazonas e Mato Grosso.
O PrevisIA funciona por meio de inteligência artificial que se baseia no monitoramento que o Imazon faz da derrubada de árvores, e compõe a estimativa dos estados. Segundo o mapa, o município acreano sob maior risco é Feijó, e o território indígena em maior perigo é o Kulina do Médio Juruá. Em relação às regiões do estado, o Baixo Acre é a que aparece em maior risco.
Do território acreano, a maior parte tem médio risco, com 544,11 km² (43%). Em seguida, 497,35 km² (39%) com alto risco, 165,58 km² (13%) e 55,5 km² (4%) em baixo risco. A menor porção do território está em risco muito alto, com 6,78 km² (0,53%).
Na região, das 803 áreas de proteção, 653 estão sob risco de desmatamento em 2023. O índice equivale a 81% rios protegidos. No Acre, a Reserva Extrativista Chico Mendes é a mais ameaçada, com 120 km2, o segundo maior em toda a região.