Tratamento com fotobiomodulação em humanos. Foto: Reprodução
Um estudo desenvolvido por pesquisadoras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acaba de registrar um marco na literatura científica. O primeiro relato de caso humano tratado com fotobiomodulação a laser para fístula vesico-cutânea (anormalidade entre a bexiga urinária e a pele). Até então, os trabalhos publicados sobre o tema estavam restritos a modelos experimentais com camundongos e ratos.
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De acordo com a professora e pesquisadora, a fístula vesico-cutânea é uma condição rara e de difícil tratamento, caracterizada pela saída de urina pela pele, o que provoca dor, risco de infecção e impacto significativo na qualidade de vida. Os tratamentos tradicionais envolvem cateterismo vesical ou cirurgia, muitas vezes invasivos e com risco de recidiva.
No estudo, o paciente foi tratado com laser vermelho (658 nm) e infravermelho (830 nm), alcançando o fechamento completo da fístula em apenas 17 dias, sem recorrência após um ano de acompanhamento. O artigo, publicado na revista científica Desafios, classificada como Qualis A4 (alto padrão acadêmico), reforça o potencial da fotobiomodulação como alternativa terapêutica menos invasiva, segura e eficaz.
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Segundo as autoras, o resultado abre caminho para novas pesquisas clínicas e para a ampliação do uso da laserterapia no cuidado a pacientes com condições complexas, representando uma importante contribuição da UFMT para a ciência e para a prática em saúde.
A fotobiomodulação

A terapia com fotobiomodulação (FBM) é uma técnica que utiliza luz em comprimentos de onda específicos, como o vermelho e o infravermelho, para estimular respostas biológicas nas células do corpo humano.
A pesquisa
O estudo que foi desenvolvido por pesquisadoras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Campus Sinop, foi conduzida pela professora do curso de Enfermagem do Campus Sinop, Patrícia Reis de Souza Garcia, em parceria com a professora Jeane de Oliveira (Campus Cuiabá), médicos urologista e radiologista, além de outros pesquisadores do Grupo de Estudo e Pesquisa em Feridas e Curativos (GEPFeC).
O artigo completo pode ser acessado AQUI.
*Com informações da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
