Pesquisadores analisam capacidade de plantas de afastar a maior parte de seus predadores

Dados da pesquisa apontam que a produtividade das plantações mais importantes para consumo humano é reduzida em quase 40% por causa de ataques de insetos.

Foto: Reprodução/UFMT

Sempre ficamos indignados quando os adolescentes de um filme de terror tomam uma decisão horrorosa e invariavelmente se deparam com o vilão-predador-assassino. Impossibilitados de fugir por qualquer motivo, aos adolescentes resta apenas um desfecho trágico. Mas se a protagonista estiver entre eles, então ainda há alguma esperança e podemos ver um grande feito de heroísmo para reverter a situação em um final feliz.

Quase todas as plantas terrestres vivem um filme de terror diário, incapazes de se moverem e rodeadas por milhares de espécies de seus maiores predadores, os insetos. São aproximadamente 500 mil espécies de insetos herbívoros e quase todas as plantas servem de alimento para alguns deles. Ainda assim, elas sobrevivem.

Em artigo publicado recentemente no Journal of Experimental Botany, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), coordenados pelo professor Marcelo Lattarulo Campos, apresentam alguns dos mecanismos que podem justificar isso e apontam para o potencial dessas pesquisas como forma de aumentar a resistência de plantações.

De acordo com a pesquisa, essa resistência se dá em consequência da efetividade do sistema imunológico das plantas, dando para elas a habilidade de manter afastado a maior parte dos predadores, mas não todos, de forma que algumas delas afastam os insetos que conseguem se alimentar de outras, e vice-versa.

Esse seria um desenvolvimento importante, pois a predação desses insetos representa um grande desafio na segurança alimentar do mundo. Dados da própria pesquisa apontam que a produtividade das plantações mais importantes para consumo humano é reduzida em quase 40% por causa de ataques de insetos.

O artigo está disponível para leitura completa na página do periódico. A pesquisa faz parte de um projeto apoiado pelo Instituto Serrapilheira.

*Com informações da Notícias UFMT

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