Quem nunca viajou e, ao chegar em outra cidade, se confundiu com o nome de algumas coisas, principalmente, de comida, hein? Sim. Nem todos os alimentos são chamados da mesma forma em algumas regiões do Brasil.
Diferenças
Esses nomes diferentes confundem muitas pessoas, mas segundo o professor e escritor, Sérgio Freire, isso acontece devido oralidade. “A gente aprende na escola a língua padrão, mas existe também a questão da oralidade, que depende muito do lugar de onde a pessoa nasce, do espaço físico e do tempo. Por exemplo, é normal que o português do Amazonas seja diferente dos outros lugares da Amazônia, mesmo estando no mesmo espaço geográfico, isso é natural da língua, ela é diversa por natureza”, comentou.
Sobre a questão do ‘português amazonense’, Freire destacou que o Amazonas é influenciado por três vertentes da língua: o português europeu, o português nordestino e a língua indígena. “Aqui temos a herança fonológica, do português falado em Portugal, assim como a do nordestino que veio para a Região na década de 40. Claro, que não podemos esquecer as línguas indígenas. Esse é o nosso caldeirão linguístico, a nossa história”, disse o professor.
Freire escreveu a obra ‘Amazonês – Expressões e Termos Usados no Amazonas’, um livro que ilustrativa o caráter marcante e diverso da linguagem local. De acordo com o escritor, o ‘Amazonês’ surgiu em 2001, mas foi lançado apenas em 2011, o livro acabou chamando a atenção do público.