Doces, salgados e mais: 9 lanches que fazem sucesso na Amazônia

Na Amazônia, os sabores dos clássicos se misturam com os ingredientes regionais e resultam em uma mistura única em cada Estado.

Comer algo gostoso melhora o humor, não é mesmo? Seja doce ou salgado, os lanches são democráticos e agradam até os paladares mais exigentes. Geralmente, as pessoas vão nas opções mais seguras como, por exemplo, a coxinha ou o bolo de chocolate. Mas, na Amazônia, os sabores dos clássicos se misturam com os ingredientes regionais e resultam em uma mistura única.


O Portal Amazônia apresenta alguns lanches que são populares nos Estados da Amazônia. Confira:

Quibe de Arroz (Acre)

Vindo do Oriente Médio, o quibe é um bolinho feito com massa de triguilho (trigo para quibe) ou semolina, recheada com carnes e temperada com ervas. No Acre, é possível encontrar três tipos diferentes de quibe: o produzido com arroz, com macaxeira e o tradicional.

A receita chegou ao Acre com a imigração da comunidade árabe no século XX. Com a dificuldade de encontrar os materiais adequados para a produção da iguaria, os árabes adaptaram a receita usando insumos mais comuns na Amazônia. 

Foto: Reprodução/Rede Amazônica AC

Gengibirra (Amapá)

A Gengibirra é uma bebida à base de gengibre, açúcar e aguardente, servida durante o Marabaixo, expressão cultural que expressa resistência entre as comunidades negras do Amapá e declarada patrimônio imaterial do Brasil há um ano pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ao longo da história, o processo de preparação da bebida até sofreu transformações: antes, era necessário esperar dias pela fermentação do próprio gengibre, e, hoje, é feita com o gengibre triturado, coado, adoçado e o preparo é com ou sem bebida alcoólica. Mas, mesmo assim, não perdeu sua essência e importância nas rodas de Marabaixo. 

Foto: Gabriel Penha/GEA

X-Caboquinho (Amazonas)

Preparado com pão francês, queijo coalho, banana pacovã frita e tucumã, fruta nativa da região, é um dos sanduíches mais consumidos pelos manauaras. Em 2019, os vereadores de Manaus aprovaram, em sessão, o Projeto de Lei que tornou o sanduíche amazônico em patrimônio cultural e imaterial da cidade.

Segundo os especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa), o tucumã da Amazônia, principal ingrediente do X-Caboquinho, é único. Em outros Estados, ele muda de cor e até de sabor, e muitas vezes nem chega a ser usado como iguaria, mas em Manaus é um verdadeiro sucesso.

Foto: Reprodução/Portal Amazônia

Doce de Espécie (Maranhão)

O doce de espécie é um doce típico feito a base de rapadura e gergelim com farinha de mandioca, cravo-da-índia, pimenta do reino e erva-doce. Existe uma versão a base de coco típico de Alcântara, no estado brasileiro do Maranhão. É uma herança dos açorianos, e é famoso por sua distribuição durante a Festa do Divino no Maranhão. 

Foto: Reprodução/Qual Viagem

Bolo de Arroz (Mato Grosso)

Não tem como visitar a cidade de Cuiabá sem experimentar o tradicional bolo de arroz. Afinal, a iguaria integra a cultura e história do local. O doce feito com arroz, mandioca, manteiga derretida e coco ralado. A receita foi passada de geração em geração, inclusive, o chef de cozinha Thiago Castanho desenvolveu uma variação do prato utilizando o arroz negro.

Em 2017, um Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Wancley Carvalho declarou o bolo de arroz cuiabano como prato típico de Mato Grosso. 

Foto: Reprodução/Facebook/Panetteria Tabacchi

Açaí (Pará)

A bebida produzida a partir do açaí é super popular no Pará. De cor arroxeada, a bebida possui várias formas de ser consumida, dependendo da região, mas em Belém é comum ser apreciada sem açúcar e até acompanhada de camarão. O suco é utilizado na preparação de sorvetes, licores, mousses e diversas outras receitas.

Foto: Reprodução/Agência Pará

Paçoca (Roraima)

A paçoca é um prato típico do Nordeste, principalmente, nos festejos juninos. Porém, a iguaria ganhou fama em Roraima, onde ganhou status de prato regional. A paixão é tanta que em 2016 foi feita uma paçoca gigante de 775 kg.

A “maior paçoca do mundo” bateu mais um recorde no arraial Boa Vista Junina de 2019. Foram 1.050 kg da iguaria de origem indígena, feita à base de carne seca e farinha de mandioca. É possível encontrar em diversos locais espalhados por Boa Vista para consumir como lanche ou para levar pra casa. 

Saltenha (Rondônia)

A saltenha é um típico salgado assado e recheado. A origem é atribuída à Bolívia, mas há quem diga que é da região de Salta, na Argentina. No Brasil é comum na região Centro-Oeste, porém, em Porto Velho é uma iguaria bastante consumida.

Foto: Reprodução/Le Chef

Amor perfeito (Tocantins)

A fécula da raiz de mandioca – também chamada de tapioca -, leite de coco, açúcar refinado, manteiga de leite. Estes são os poucos ingredientes de um biscoito que pelo sabor suave e a deliciosa sensação que provoca ao derreter na boca se tornou uma das iguarias mais famosas entre as cozinheiras das regiões central, sul e sudeste de Tocantins, em especial Natividade, uma das cidades mais antigas do Estado.

Foto: Emerson Silva/Governo do Tocantins

E aí? Conhece mais lanches típicos ou diferentes consumidos na Amazônia?

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