Cupuaçu está entre frutos estudados para desenvolvimento de bebida láctea fermentada

Estudo realizado no Mato Grosso busca criar produtos lácteos funcionais e começaram com o desenvolvimento de um leite à base de cupuaçu.

Foto: Maressa Caldeira Morzelle/Acervo pessoal

Um projeto de pesquisa investiga formas de produzir leites fermentados utilizando polpas de frutos nativos do Brasil. Os primeiros foram os frutos do cupuaçu (Theobroma grandiflorum), mangaba (Hancornia speciosa) e  ata (Annona squamosa), explorando o uso desses ingredientes para agregar valor nutricional aos produtos lácteos.

Os estudos fazem parte do Edital Bolsa de Doutorado com produto Tecnológico, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), e coordenado pela doutora Maressa Caldeira Morzelle, da área de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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Cupuaçu é uma fruta típica da Amazônia

Os estudos começaram com o desenvolvimento de um leite à base de cupuaçu, formulado e otimizado para definir concentrações de polpa de açúcar, buscando equilíbrio de sabor e estabilidade do produto. Foram realizadas análises físico-químicas, medição de teor de compostos bioativos, testes de vida de prateleira e avaliação sensorial.

Leia também: Sequenciamento do genoma de cupuaçu da Amazônia representa avanço tecnológico no Pará

cupuaçu
Cupuaçu uma é fruta amazônica. Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa

Frutas de outros biomas

Na segunda etapa, foi produzida uma versão com mangaba, com formulação voltada para alto teor de fibras. O objetivo foi avaliar o potencial do produto para a saúde intestinal e quais os benefícios ele pode oferecer. As análises incluirão estudos físico-químicos, bioacessibilidade de compostos fenólicos e fermentação colônica, para investigar o efeito sobre a microbiota.

O terceiro produto será elaborado com o fruto da ata, sem adição de açúcar. O foco é atender consumidores que buscam opções com menor teor calórico. Serão feitos testes físico-químico, análises de percepção de doçura de vida de prateleira.

De acordo com a pesquisadora, “o trabalho busca ampliar o portfólio de leites fermentados funcionais, valorizar frutos regionais e gerar conhecimento aplicável à indústria de alimentos, contribuindo para a inovação no setor lácteo brasileiro’, ressaltou a doutora Maressa.

*Com informações da Fapemat

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