O termo homofobia tem sido utilizado para conceituar atos ou falas discriminatórias a qualquer tipo de orientação e identidade sexual diferente
Celebrado em 17 de maio, o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia é realizado para conscientizar a sociedade sobre a luta contra a discriminação de pessoas LGBTQIA+, a data foi escolhida após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter retirado a homossexualidade da lista de distúrbios mentais da Classificação Internacional de Doenças (CID), em 17 de maio de 1990. Diante disso, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da sua Gerência de Diversidade e Inclusão Social, ressalta a importância da data.
Segundo a gerente de Diversidade e Inclusão Social da Seciju, Nayara Brandão, a data sinaliza a necessidade de debater sobre a discriminação. “O Dia Internacional de Combate à Homofobia e à Transfobia existe para nos lembrar de que o debate sobre diversidade e tolerância é essencial para os dias de hoje e precisa ser fomentado. Uma das maneiras de contribuir no enfrentamento à homofobia e à transfobia é buscar informações sobre a causa e auxiliar a desmistificar preconceitos”, afirma.
Conforme o relato da estudante de jornalismo Wanda Citó, o Dia Internacional de Luta contra Homofobia e Transfobia simboliza a luta por direitos e acessibilidade de inúmeras pessoas trans. “O combate deve ser diário e constante, mas acredito que a data funcione como uma forma de validar a luta, um dia a mais para se investir em conscientização, levar informação para pessoas a fim de fazê-las refletir, perceber o Brasil, que segue sendo um país altamente violento com esses corpos”, destaca.
O fotógrafo Pedro Ícaro fala como a sociedade pode contribuir no enfrentamento à homofobia e à transfobia no cotidiano. “Acredito na educação como fator de mudança para qualquer sociedade e acho que é isso que falta no Brasil. Nós já passamos da hora de que os LGBTQIA+ é quem precisam ensinar as pessoas cis héteros”, enfatiza.
O que é?
O termo homofobia tem sido utilizado para conceituar atos ou falas discriminatórias a qualquer tipo de orientação e identidade sexual diferente da heterossexual. Inclusas dentro desta discriminação estão a Lesbofobia e a Transfobia, que também se caracterizam por um conjunto de fatores como o medo, a aversão, a discriminação, o ódio e a violência em relação às pessoas LGBTQIA+.
Para a pesquisadora de gênero e sexualidade e professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Milena Larceda, essa discriminação gera inúmeros impactos nas pessoas LGBTQIA+ e que o contexto social, de cada indivíduo, é um fator que possui influência. “São inúmeros e dificilmente quantificáveis, pois são tratadas, desde questões objetivas até as mais subjetivas que interferem diretamente na saúde mental. Temos que entender que tais discriminações não se manifestam da mesma forma entre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e todos/as aqueles/as que questionam a ordem de sexo-gênero e desejo,” informa.