Nova espécie de tartaruga de água doce é descoberta por pesquisador no Pará

A espécie foi encontrada por um biólogo que reside na cidade de Juruti, no oeste do Estado.

A Mesoclemmys jurutiensis foi batizada em homenagem à cidade de Juruti, localizada no oeste do Estado do Pará. O biólogo Fábio Andrew Cunha descobriu a nova espécie de tartaruga de água doce da Amazônia brasileira através de uma pesquisa que durou três anos. O estudo foi realizado em conjunto com outros pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre eles a professora Iracilda Sampaio. 

Intitulado ‘A New Species of Amazon Freshwater Toad-headed Turtle in the Genus Mesoclemmys (Testudines: Pleurodira: Chelidae) from Brazil’ (Uma nova espécie de tartaruga cabeça de sapo do gênero Mesoclemmys do Brasil) o trabalho de pesquisa envolveu análises das características genéticas do DNA de animais que foram capturados. 

Foto: Fábio Cunha/Arquivo pessoal

De acordo com Fábio Cunha, a espécie recém descoberta é de médio porte, completamente diferente das outras espécies de tartarugas da Amazônia. Ela possui carapaça em tons de coloração vermelha e o plastrão amarelo queimado. Possui cabeça triangular, completamente preta e os grandes olhos próximo às narinas.

Outra característica da Mesoclemmys jurutiensis é que ela vive em poças formadas por águas da chuva dentro da floresta tensa. As pesquisas também mostraram que ela se alimenta de girinos (filhotes de sapos) e pequenos insetos aquáticos.

Com essa descoberta, o Brasil passa a ter 33 espécies de tartarugas descritas.

Foto: Fábio Cunha/Arquivo pessoal

O primeiro nome Mesoclemmys é o gênero em que a tartaruga recém descoberta está inserida, de acordo com as regras internacionais de nomenclatura da zoologia (ciência que estuda os animais), enquanto que o segundo nome, chamado de epíteto específico, faz referência a alguma característica da espécie ou do lugar onde foi encontrada, como é o caso da Mesoclemmys jurutiensis.

Cunha escolheu Juruti, a pequena cidade paraense, pois é o local onde foi encontrada a maior parte dos animais. Há também um registro na cidade de Aveiro, também no oeste do Pará.

A nova espécie de tartaruga de água doce da Amazônia brasileira foi recentemente descrita na revista internacional Chelonian Conservation and Biology.

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