Josephina Conte e sua história com os taxistas de Belém

Apesar de ser uma lenda do século 19, a ‘garota do táxi’ se mantém viva no imaginário dos paraenses, principalmente dos taxistas.

Imagine o seguinte cenário: você é taxista e está em mais um dia de trabalho pelas ruas de Belém, quando uma moça faz uma parada e pede para que o motorista a leve para a casa do pai. Quando chegam ao local indicado, a garota pede que o dinheiro seja cobrado do pai. Ao bater à porta, o taxista se surpreende ao descobrir que a moça em questão morreu. 

Esse é o contexto de uma das mais populares lendas, do século 19, conhecidas na capital paraense. A “garota do táxi” se mantém viva no imaginário dos paraenses, principalmente dos taxistas, que são assombrados pela história. Mas porque os motoristas são os principais alvos da garota?
Sepultura de Josephina Conte, em Belém. Foto: Reprodução/Youtube-Conhecendo O Sobrenatural

Josephina Conte morreu aos 16 anos, em 16 de agosto de 1931. De acordo com a lenda urbana, a jovem sempre era presenteada em seu aniversário com uma viagem de táxi pela cidade de Belém, no dia 19 de abril.

Ela fazia parte de uma influente família de Belém. O seu pai, Nicolau Conte, era dono de uma fábrica de sapatos, a ‘Boa Forma’. Aos 16 anos, Josephina pegou tuberculose e seu quadro agravou. A jovem não resistiu, falecendo em 1931.

Segundo o livro ‘Visagens e assombrações de Belém’, de Walcyr Monteiro, existem várias versões da lenda, porém, o encerramento é o mesmo: o taxista transtornado em frente a antiga casa de Josephina. Inclusive, a história iniciou cinco anos após a morte da jovem.

Josephina Conte. Foto: Reprodução/Youtube/Conhecendo O Sobrenatural

Mistério 

A história conta que a família Conte estava almoçando quando um taxista bateu à porta e cobrou uma corrida feita por uma jovem do cemitério até a residência. A princípio, eles pensaram em se tratar das outras filhas de Nicolau, entretanto, o motorista apontou para um quadro de Josephina e garantiu que ela era a ‘moça do táxi’. Em choque, os familiares explicaram que a jovem já havia falecido.

Além da aparição de Josephina, outro mistério permeia essa história. Como forma de homenagem, Nicolau enviou uma foto da jovem à Itália para passar pelo processo de ser incrustada no mármore de sua lápide. No entanto, quando a foto retornou no mármore, Josephina estava com o broche de um carro na blusa, algo que não havia na imagem original.

O jazigo de Josephina está no cemitério de Santa Izabel, localizado na Avenida José Bonifácio, s/n – Guamá, em Belém. O local se tornou uma espécie de santuário que é visitado por diversos fiéis. Inclusive, a sepultura ganhou um tom mais escuro devido a quantidade de velas deixadas pelos promesseiros.

E você daria uma carona para Josephina?

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