Conhecido como ‘O Tatuador da Amazônia’, Jefferson Negrão viaja pela região amazônica com o objetivo de conhecer as cidades e explorar a diversidade local com o projeto ‘Tattoo na Estrada’.
Com 15 anos de carreira como tatuador, Jefferson é reconhecido mundialmente por suas tatuagens e em sua nova fase decidiu explorar a Amazônia e “fazer jus às suas origens”. Além da tatuador, ele também é artista plástico e maquiador artístico.
O Portal Amazônia conversou com ele para conhecer mais sobre o projeto. Confira:
O termo ‘Tatuador da Amazônia’ surgiu de forma natural, era como as pessoas o chamavam, mas foi a partir de uma brincadeira com a sua esposa nas redes sociais que o termo foi consolidado.
“Foi um pouco engraçado, porque já existia o tatuador da Amazônia para fora, só que estou falando de três, dois anos atrás. Agora, quando eu lancei o projeto Tattoo na Estrada, eu abri uma caixinha de perguntas, onde os meus roteiros estão sendo definidos, e aí eu perguntava ‘Qual lugar você gostaria que o Tattoo na Estrada fosse?’. As pessoas foram comentando e em uma dessas caixinhas a minha esposa comentou ‘o tatuador do Norte, tatuador da Amazônia, o meu tatuador’. Aí veio aquele estalo que era como eles se referiam a mim lá fora. Então foi uma mistura assim, um pouco de cada. Quando eu me apresentava fora, que falava que era de Manaus, as pessoas falavam ‘ah, tu é da floresta, tu é de Manaus’, e então foi meio que uma junção”,
explicou ao Portal Amazônia.
O projeto idealizado por Jefferson tem o objetivo de conhecer toda a Região Norte do Brasil e entender um pouco de cada lugar e suas culturas. De acordo com o tatuador, foi concebido há pelos dois anos, quando teve a oportunidade de sair do País.
“Lá fora foi quando eu enxerguei o quanto isso é valioso para fora [da região] e a gente acaba deixando passar, não dando tanto valor. O Tatuador da Amazônia já existe pra fora, já tem uma carreira construída, uma carreira em São Paulo e em outros Estados, então, pensando nisso, vendo o quanto as pessoas abraçam, o quanto é rica a nossa cultura e para mostrar as minhas origens, o que ‘tá’ no nosso sangue, ‘tá’ na nossa cara, está estampado no meu rosto e agora com o intermédio da liberação de tudo, falei que ia tirar do papel e colocar na estrada”,
avalia o artista.