A ex-integrante da seleção brasileira, Bianca Maia Mendonça, estará em Manaus para ministrar a ‘Clínica de Treinamento e Código de Pontuação’. O evento que acontece entre os dias 24 a 28 de janeiro, será realizado no Centro de Treinamento do Amazonas Bianca Maia Mendonça, localizado na Vila Olímpica, e inicia às 8h30, com turmas ao longo do dia.
De acordo com uma das coordenadoras do evento, professora Alessandra Balbi, a Clínica será o primeiro evento da Federação Amazonense de Ginástica (FAG) no ano e visa capacitar técnicos e professores para atuar na temporada 2017, uma vez que durante todos os anos ocorre a atualização de técnicas e regras no esporte.
“A Bianca ficou super feliz com o convite e ela é uma eterna atleta, que sempre está se reciclando, aprendendo e é referência no meio. Por isso, ninguém mais indicada que a campeã panamericana para socializar seus conhecimentos com a nossa classe, que terá muitos eventos, provas e campeonatos durante todo este ano. A ginastica cada vez mais se populariza e é necessário uma gama de profissionais para atender a demanda”, explicou Balbi.
Clínica
A Clínica tem como público-alvo ginastas, técnicos, árbitros, acadêmicos e os interessados em participar devem ficar atentos à inscrição, que será realizada no dia 23 de fevereiro, no CT Bianca Maia, mesmo local em que vai ser ministrado o curso, das 8h às 11h e das 14h às 18h. O valor é de R$ 50 para ginastas e os demais pagam R$100. As primeiras 20 inscrições de atletas terão 50% de desconto.
Durante todos os dias do evento, as aulas ficarão divididas por turma e graduação. Desta forma, de 08h30 o curso será direcionado às ginastas iniciantes, das 14h30 às 18h30 para atletas avançadas e das 19h às 21 para profissionais, como o estudo do código.
Conquistas
Bianca Maia – Filha de Kleist Mendonça e Sâmia Maia, a atleta Bianca Maia Mendonça iniciou na ginástica aos cinco anos de idade, estreando em competições aos seis, em 1999, pelo La Salle. Foi o início de uma bela história, consagrando-se de 2002 a 2007 hexacampeã dos Jogos Escolares do Amazonas (Jeas).
Em 2004, a ginasta entrou para o Centro de Treinamento de Alto Rendimento da Amazônia (Ctara), e teve a oportunidade, logo em seguida, aos 12 anos de idade, de realizar o primeiro intercâmbio internacional, na Bulgária, a convite da técnica búlgara Giurga Nedialkova. Lá, Bianca impressionou as treinadoras europeias, conquistando um terceiro lugar no aparelho arco durante o Torneio de Kyustandil. Em 2007, Bianca começou a colher os louros da dedicação ao ficar entre as 10 melhores do Brasileiro Juvenil de Ginástica.
Dois anos mais tarde, em 2009, Bianca recebeu o primeiro convite para atuar na seleção brasileira e foi reserva do conjunto nacional. Em 2010, a amazonense foi vice-campeã das Olimpíadas Escolares, evento organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), deixando na mesma época Manaus para atuar e treinar em Florianópolis (SC), pela Associação Desportiva do Instituto Estadual de Educação (ADIEE).
Logo em 2011, Bianca chega ao ápice da carreira, ao ser convocada para fazer parte da seleção brasileira permanente de ginástica. No mesmo ano, e aos 17 anos de idade, ela orgulha o País ao conquistar três medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, com o conjunto brasileiro de ginástica rítmica (bola, fita e arco).
Em 2013, ela se destaca na Copa do Mundo, em Bielorrússia, e fatura para o Brasil a medalha inédita de bronze no conjunto três bolas e duas fitas e a quinta colocação na série com cinco pares de maçãs. E no Mundial, na Ucrânia, alcançou a surpreendente 12ª posição no quadro geral, o melhor resultado já conquistado por uma equipe brasileira na competição.
Em 2014, Bianca retorna para o clube de Florianópolis e em 2015 anuncia aposentadoria e faz sua última apresentação como atleta no Troféu Brasil. Em 24 de junho de 2016, toda a contribuição de Bianca Maia Mendonca à ginástica é reconhecida com a inauguração oficial do Centro de Ginástica do Amazonas Bianca Maia Mendonça, localizado na Vila Olímpica de Manaus, no estado do Amazonas.
O projeto Gigante, que começou na Amazônia em junho de 2024, está iniciando um protocolo que utiliza levantamentos feitos por drones combinados com verificações de solo para avaliar a mortalidade de árvores tropicais de grande porte.