Campeonato Amazonense de 2016 tem ‘virada de mesa’ e início no 2º semestre

MANAUS – Fim do mistério: o Campeonato Amazonense de Futebol em 2016 será disputado no segundo semestre. A definição aconteceu no Conselho Arbitral do Campeonato Amazonense, promovido pela Federação Amazonense de Futebol (FAF) nesta quarta-feira (25). As datas ainda são incertas, mas o campeonato deve acabar até o dia 31 de outubro de 2016, data limite para a FAF indicar o representante do Amazonas na Série D de 2017.
Conselho Arbitral da FAF discutiu o Campeonato Amazonense de 2016. Foto: Antônio Assis/FAFDos 15 clubes credenciados a disputar o Amazonense de 2016, apenas o CDC Manicoré não esteve presente na reunião. Nove equipes votaram a favor do campeonato no segundo semestre, de acordo com a proposta da Associação dos Clubes Profissionais do Estado do Amazonas (ACPEA): Fast Clube, Penarol, Manaus FC, São Raimundo, Sul América, Nacional Borbense, Operário, Clíper e Tarumã. “Foi uma vitória da democracia”, disse a presidente do Manaus, Patrícia Serudo.Apenas cinco clubes votaram a favor do Amazonense no primeiro semestre: Nacional, Rio Negro, Holanda, Iranduba e Princesa do Solimões. O Nacional, representante do Amazonas na Série D de 2016, era o maior opositor do campeonato no segundo semestre. A FAF também defendia o estadual no primeiro semestre, com início em maio. “Nós temos que respeitar. É difícil eu querer impor uma competição no primeiro semestre sabendo que os clubes vão estar fragilizados”, disse o presidente da FAF, Dissica Tomaz Valério.Apenas três clubes amazonenses terão competições oficiais no primeiro semestre: o Nacional, que disputa Copa Verde e Copa do Brasil; o Fast Clube, com a Copa Verde; e o Princesa do Solimões, na Copa do Brasil.O futebol amazonense viverá um ano atípico em 2016 por conta dos Jogos Olímpicos. Por conta disso, a Arena da Amazônia será entregue ao Comitê Olímpico no dia 30 de maio. Já os estádios da Colina e do Carlos Zamith, que servirão como Campos Oficiais de Treinamento (COTs), passam para o Comitê no dia 15 de junho.A proposta da ACPEA era iniciar o campeonato em 29 de agosto e encerrar no dia 19 de novembro. No entanto, como o Amazonas precisa indicar o representante na Série D de 2017 até 31 de outubro, o calendário precisará ser reajustado. “A federação não indicará um representante se não for o campeão. Se não tiver o campeão até 31 de outubro, nós vamos indicar o Nacional, campeão do ano anterior [2015]”, garantiu Dissica.Uma nova reunião entre FAF e clubes vai acontecer no dia 1º de dezembro para oficializar o calendário de 2016.Virada de mesaO Campeonato Amazonense teve dez clubes em 2015, com Rio Negro e Operário sendo rebaixados. No entanto, a FAF extinguiu a Série B no segundo semestre em virtude da Copa Amazonas, o que proporcionou uma ‘virada de mesa’ para 2016. Além do próprio Rio Negro e do Operário, clubes como Tarumã, Clíper, Sul América e CDC Manicoré, que não disputaram nenhuma competição profissional em 2015, também podem jogar o Amazonense do ano que vem.Profut: corrida contra o tempoO número de clubes no Amazonense ainda é incerto. As equipes ainda correm contra o tempo para aderir a lei federal do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), relativo ao refinanciamento de dívidas fiscais. De acordo com a lei recém-sancionada, quem não aderir ao programa será excluído de competições oficiais.Desta forma, os clubes de todo o Brasil devem preencher determinados requisitos: regularidade fiscal, atestada por meio de apresentação de Certidão Negativa de Débitos; apresentação do certificado de regularidade do FGTS; e comprovação de pagamento dos vencimentos acertados em contratos de trabalho e dos contratos de direitos de imagem dos atletas.No entanto, segundo Dissica, nenhum clube do Amazonas está em situação regular. A situação preocupa, pois o período de adesão ao Profut vai até 30 de novembro – com possibilidade de ser adiado.
Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Cidades da Amazônia são as menos arborizadas do Brasil, de acordo com IBGE

Os dados são do Censo Demográfico 2022: Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios e mostra os estados da Amazônia como menos arborizados.

Leia também

Publicidade