Mapeamento de bioindústrias na Amazônia Legal é realizado por pesquisadores do Tocantins

Iniciativa reúne dados sobre bioprodutos, extrativismo e agricultura familiar relacionados às bioindústrias na região amazônica.

Imersão na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, em 2024, foi um passo para a realização do mapeamento das bioindústrias. Foto: Divulgação

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCFA), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), participam de um projeto para fortalecer a bioeconomia na Amazônia Legal. A iniciativa é resultado de uma cooperação técnica firmada em 2024 entre o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

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O projeto mapeia indústrias que atuam na região com foco em bioprodutos, extrativismo, agricultura familiar, tecnologias verdes e insumos naturais.

Ao longo do processo, foram identificados cerca de 11 mil empreendimentos nos nove estados da Amazônia Legal, revelando a diversidade das cadeias produtivas da sociobiodiversidade, além de lacunas e oportunidades estratégicas para impulsionar a bioeconomia regional.

Na primeira fase, a equipe reuniu dados secundários. Agora, a pesquisa entra na etapa de coleta de dados primários, diretamente com os empreendedores.

Essa fase é essencial para refinar o diagnóstico, com informações sobre produtos, processos produtivos, desafios como acesso a crédito e infraestrutura e potencialidades locais.

Veja o formulário online: mapeamento de Potenciais Bioindústrias da Amazônia Legal.

O mestrando Gustavo Ferreira Amaral, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, destacou o papel da Universidade na iniciativa.

“A Universidade Federal do Tocantins tem um papel central nesse processo, não apenas por ser uma instituição de ensino e pesquisa, mas por ser um dos pilares do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação voltado à bioeconomia no estado. A UFT forma profissionais, desenvolve tecnologias, abriga incubadoras e é ponte entre o conhecimento científico e a realidade das comunidades e empreendimentos locais protagonizados por mulheres, povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e agricultura familiar”, afirmou.

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Gustavo também destacou a importância da atuação da universidade em iniciativas que contribuem para modelos de desenvolvimento mais sustentáveis:

“Projetos como este mostram como a universidade pode e deve ser protagonista na transição para modelos de desenvolvimento mais sustentáveis e inclusivos, especialmente em territórios como o Tocantins, que estão entre biomas estratégicos e guardam uma biodiversidade única. Participar dessa iniciativa tem sido uma experiência transformadora e reafirma o potencial que temos em construir soluções a partir da própria Amazônia Legal”.

*Com informações da UFT

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