Extrativistas do Arquipélago do Bailique, no litoral do Amapá, trabalham com o manejo florestal comunitário e têm impulsionado a produção de açaí, um dos frutos mais consumidos na Região Norte do país. A cooperativa Amazonbai, que reúne 141 ribeirinhos da região, vai realizar este mês a primeira exportação direta de açaí liofilizado (açaí em pó) para os Estados Unidos (EUA).
De acordo com a cooperativa, a contratação inicial foi de 10 toneladas do produto. A venda para os estadunidenses deve garantir um valor de até R$ 2,4 milhões por mês aos ribeirinhos.
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“É um produto novo que a gente tá lançando no mercado com inovação, tecnologia e buscando agregação de valor pro nosso produto. Ele é bem procurado na indústria de cosméticos e farmacêuticos como incapsulados, por exemplo”, descreveu Amiraldo Picanço, presidente da Amazonbai.
A produção é transportada do Bailique por cerca de 12 horas em uma embarcação até a cidade de Macapá. Depois, o produto é levado em um veículo até a fábrica da Amazonbai, onde ocorre o processo de branqueamento.
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A extrativista Simone Lobato Calandrini, de 31 anos, é uma das cooperadas e disse estar feliz com a produção deste ano. Ele descreveu que coleta o fruto desde a adolescência e contou que o trabalho tem garantido o sustento da família.
“A produção do açaí é muito boa. No começo eu tinha bastante dificuldade de subir, porque eu me apertava muito no açaizeiro e arranhava meu braço. Mas agora consigo subir e até pegar os cachos de dois açaizeiros”, disse a extrativista.
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A cooperativa já possui o selo internacional FSC de Manejo Florestal e Cadeia de Custódia, que é uma certificação pioneira para a cultura do açaí.
*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá