Pirarucu ganha destaque em Congresso Internacional de Pesca e feira de negócios no Pará

O evento terá a participação de empresas da cadeia de pesca e aquicultura do Brasil e de outros países que compõem a Amazônia.

Natural dos rios amazônicos, o pirarucu (Arapaima gigas) – considerado o maior peixe de escama de água doce do mundo – será uma das espécies que ganhará uma abordagem especial no I IFC Amazônia – Congresso Internacional de Pesca e feira de negócios. O evento terá a participação de empresas da cadeia de pesca e aquicultura do Brasil e de outros países que compõem a Amazônia. 

O evento será realizado nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2023, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém (PA). O credenciamento é gratuito mediante inscrição no site do IFC Amazônia.

Foto: Reprodução/Agência Pará

Representantes da Diretoria de Pesca da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) estiveram reunidos com o produtor de pirarucu, Eduardo Arima, dono de uma propriedade localizada no município de Benevides, na Região Metropolitana de Belém, na última semana. Também participaram da reunião o superintendente federal da Pesca no Pará, Nilson Farias e o presidente do IFC Brasil , Altemir Gregolin, que é ex-ministro da pesca.

Uma das finalidades do encontro foi o alinhamento da participação do piscicultor nas discussões que serão apresentadas durante o Congresso no IFC Amazônia. O produtor de Benevides apresentará o sistema de produção que ele adota em sua propriedade além dos resultados, avanços e as melhorias no sistema de produção, além dos resultados do trabalho que ele apresenta de sistema integrado com outros parceiros.

Para o empreendedor, o destaque que a espécie ganhará no evento internacional é de grande importância não só para divulgar o trabalho dos produtores locais para todo o mundo, mas também reverberará na economia que gira em torno do pescado nativo. “Estamos com a expectativa que venham empresários de fora, também, e a gente irá conseguir uma vasta divulgação do nosso produto, do nosso sistema de criação sustentável, produzimos em pequena área com sustentabilidade”, frisou o piscicultor.

A capacidade de produção do seu empreendimento é de 25 toneladas ano, segundo informou Arima. Há oito anos que ele trabalha somente com a espécie. “A gente conseguiu fazer um protocolo de toda criação, já tem parâmetro de que já pode trocar ideia com outros parceiros que tiverem a intenção de produzir também”, ressaltou Arima.

Apoio 

O diretor de pesca da Sedap, Orlando Lobato, ressaltou o apoio do governo estadual que incentivou a realização de um evento inédito no Pará. “O Governador viabilizou, por meio da Sedap, todo o apoio nessa parceria para a realização desse congresso internacional de pesca e aquicultura. Além da academia, o evento trará exposição de tecnologias com vistas a despertar e apoiar no Pará essa vocação grande, além da pesca extrativista e no cultivo”, observou.

O pirarucu é um dos grandes alvos da programação, ressaltou Lobato, informando que o evento terá diversos expositores nacionais e internacionais e terá a importante participação dos produtores locais. “Um deles é o Arima, de Benevides, que desenvolve um projeto importante que vem mostrando a viabilidade de se produzir pirarucu em cativeiro no Estado. […] O IFC trará oportunidades de desenvolvimento muito grande aos nossos produtores e aquicultores”, avaliou Lobato.

Foto: Reprodução/Agência Pará

Símbolos 

O presidente do IFC Brasil – realizador do I IFC Amazônia com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) –, Altemir Gregolin, destacou que o pirarucu é um dos símbolos da Amazônia e um dos peixes com maior potencial da região. “Um peixe que cresce e que pode chegar a 15 quilos no ano não existe em parte nenhuma do mundo. Além de tudo, muito saboroso. Um peixe extraordinário”, frisou Gregolin. Diante de toda a gama de qualidade do pescado nativo da Amazônia, como ressaltou o ex-ministro, o IFC vem para agregar o conhecimento dos produtores locais.

“A gente está trazendo para Belém informações e a experiência do produtor Arima é fantástica nesse sentido, pois é concreta, com produção, com resultados e dados de conversão e isso irá ajudar muito nos debates, destacou. Estaremos fazendo debates também sobre mercados, teremos inclusive a participação de um conferencista dos Estados Unidos que é um mercado importante”, adiantou Gregolin.

Para o superintendente federal da pesca no Pará, Nilson Farias, o evento vem para destacar o potencial do setor pesqueiro no Pará. “Vamos construir juntos um ambiente favorável ao pescador, à aquicultura do Estado, pois o Pará tem um potencial gigantesco e a superintendência não poderia estar de fora desse momento, daremos todo o apoio para esse momento muito forte ao Pará e ao Brasil também”, ressaltou.

Durante os três dias de programação, adiantou Farias, o órgão federal estará participando com toda a equipe e parceiros como as Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Universidade Federal do Pará (UFPA). “Vamos construindo esse ambiente favorável para o nosso estado saia ganhando e tenha uma aquicultura e pesca positiva no nosso cenário nacional”, destacou Farias.

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