Manaus perdeu 4,34% dos postos de trabalho, aponta pesquisa

Manaus (AM) ficou entre os 10 municípios do Brasil que mais perderam vagas de trabalho em 2016, aponta pesquisa do jornal ‘O Globo’ com base nos dados do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o levantamento, no ano passado foram extintas 17.282 vagas com carteira assinada na capital amazonense. Ao todo foram 127.274 contratações contra 144.566 desligamentos nesse período. O resultado mostra queda de 4,34 % se comparado a 2015 , quando o saldo foi de 37.830 vagas a menos.

Já em todo o Amazonas, foram 154 .462 desligamentos e 136.414 contratações, resultando em 18 .048 vagas de emprego encerradas. Apesar da crise nacional, o levantamento do jornal O Globo mostra que em 2.14 1 das 5. 570 cidades brasileiras foi possível manter ou criar postos de trabalho.

Caged também aponta que o setor da indústria de transformação em Manaus foi o setor que mais demitiu em 2016. Durante o ano foram 28.036 contratações contra 34.097 demissões, chegando a 6.061 vagas perdidas no pátio industrial. O índice é 6,64% inferior em relação a 2015. O setor de serviços apareceu com a segunda atividade com maior contribuição para o resultado negativo do ano, ao totalizar 5. 337 vagas perdidas. Foram 48.348 pessoas contratadas, em sentido contrário 53.685 perderam ocupação, um a retração de 3,22% . Em seguida, apareceu o comércio com o fechamento de 3.381 vagas.

Por outro lado, os únicos setores que mais geraram empregos em Manaus no ano de 2016 foram agropecuários e extrativistas. Conforme o levantamento, a agropecuária fechou o período com saldo positivo de 22 vagas. Ao todo na capital amazonense, foram 621 contratações contra 598 demissões, encerrando o ano com variação positiva de 22,68%. Já o setor extrativista teve 34 desligamentos e 56 contratações, resultando em 22 novas vagas de emprego.

Referente ao mês de dezembro, foram 7. 29 7 contratações contra 11.4 76 demissões, chegando a 4.179 vagas a menos na capital. O resultado é 1,09% inferior se com parado a novembro de 2015 quando entre as demissões e as contratações o resultado foi de -3.407 vagas. No acumulado dos últimos 12 meses, a retração chega a 17.292 em pregos perdidos, o saldo de 127.274 mil carteiras assinadas contra 144.566 desligamentos. 

Foto: Walter Mendes/Jornal do Commercio
No Estado

De janeiro a dezembro de 2016 , foram encerradas 18.048 vagas no Amazonas, resultado de 136. 4 14 contratações contra 154.462 demissões. De acordo com o Caged, a indústria, estimulada principalmente por material de transporte e material alimentícios, bebidas e álcool etílico fecharam mais de 6 mil vagas em todo o Estado, no ano passado. As atividades do setor foram responsáveis por 30.137 contratações e 36.382 demissões, um saldo de – 6.245 em pregos perdidos. Já o setor de serviços foi o segmento com o segundo maior número de vagas de emprego encerradas com 5.494.

O comércio apareceu, em seguida, com o fechamento de 3.516 vagas, puxado pela atividade varejista que encerrou 3.414 empregos. O setor da construção civil também perdeu vagas durante o ano p assado. Foram 15.635 contratações contra 17.988 demissões, chegando a 2.363 vagas perdidas no segmento, variação negativa de 8,27% . Em sentido contrário, apenas a agropecuária gerou empregos com modesta geração de 2 vagas em todo o Estado.

Ainda segundo o Caged, o desempenho do Amazonas no rendimento do trabalhador no terceiro trimestre foi de R $ 1.598 , o segundo pior do país entre os estados com taxa de – 8,7%.

A menor renda do trabalho foi no Maranhão, onde o brasileiro ganhou R$ 1.122. A maior renda foi no Distrito Federal, R$ 3.695 , mais de três vezes o salário no estado nordestino. Por outro lado, houve alta no Amapá (8,1%) , Rio Grande do Sul (3,6 %), Maranhão (3,5 % ). Sergipe (0,8 %) e Roraima (0,2%). Já o cenário nacional teve taxa recorde de desempregados em 2016 . No total, são mais de 12 milhões de brasileiros a procura de emprego, aponta o Caged.

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