Foto: Bruno Cruz/Agência Pará
Com o painel “Indicações Geográficas e marcas coletivas no Estado do Pará: a proteção jurídica, bioeconomia e desenvolvimento territorial”, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) participou, nesta sexta-feira (21), da programação do Pavilhão Pará, na Green Zone, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), cuja programação oficial se encerra hoje.
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O momento apresentou os resultados do grupo de pesquisa Laboratório de Análise e Pesquisas Territoriais Estratégicas da Amazônia (Lapet), com foco no estudo e na consolidação das Indicações Geográficas (IGs) e marcas coletivas como instrumentos de valorização de territórios e de fortalecimento da bioeconomia.
Indicações Geográficas são reconhecimento de potencial
Segundo o professor Valente, o reconhecimento da origem dos produtos é essencial para garantir competitividade e preservação cultural.
“Esses instrumentos são reconhecidos mundialmente, e todos os países estão correndo para proteger seus produtos. Nós, paraenses, também precisamos proteger especialmente aqueles com grande potencial de escala, como o açaí, o cacau e a pimenta-do-reino”, destaca.
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Ele enfatiza ainda que as políticas públicas desempenham papel decisivo para ampliar a presença das IGs no Estado.
“O importante é que o governo, por meio das políticas públicas — como o recém-criado Programa Estadual de Indicação Geográfica —, fomente não apenas as IGs e marcas já consolidadas, mas também incentive a criação de novas. Elas são instrumentos de proteção desses produtos e, acima de tudo, de desenvolvimento territorial”, explica Valente.
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O professor reforça que o tema dialoga diretamente com as pautas da COP30.
“Grande parte desses produtos é originada da agricultura familiar e está ancorada em princípios de sustentabilidade. O Pará tem uma grande oportunidade de promover o desenvolvimento sustentável das suas marcas produtivas”, conclui.
Assim, as Indicações Geográficas mostram caminhos estratégicos para impulsionar economias locais e fortalecer o papel do Pará na agenda global da bioeconomia.
*Com informações da Agência Pará e UEPA
