Wilson Lima, na ACA, conjunção de esforços pelo fortalecimento do comércio

Ampla discussão ocorreu sobre questões voltadas à correção de problemas que há décadas prejudicam o setor. Dentre estes, sobressaem-se limpeza, segurança pública e reurbanização da área visando recuperar o Centro.

A centenária Associação Comercial do Amazonas (ACA) reuniu importante grupo de comerciantes para uma reunião de trabalho com o governador do Amazonas, Wilson Lima, em sua histórica sede na noite da última quarta-feira, 19. O chefe do Executivo foi recepcionado pelo presidente da Casa, Jorge de Souza Lima, o vice-presidente Paulo Couto e os diretores Bruno Pinheiro Loureiro, Urias Freitas e Johnny Yuma Azevedo. O evento caracterizou-se pela informalidade, alimentado, entretanto, por ampla discussão sobre importantes questões voltadas à correção de problemas que há décadas prejudicam o setor. Dentre estes, sobressaem-se limpeza, segurança pública e reurbanização da área visando recuperar o “centro” e fazê-lo voltar a tornar-se não apenas um local de compras, mas também de lazer para a sociedade amazonense e turistas.

Jorge Lima manifestou o reconhecimento da instituição às deferências dispensadas à ACA pelo governador do Estado e a importância do momento, pois, ao que afirmou, “a Associação Comercial do Amazonas há 15 anos não recebia a visita de um governador de Estado”. O vice-presidente Paulo Couto, ao saudar o chefe do Executivo e sua comitiva, destacou a importância do comércio para a economia e a necessidade de maior apoio para que, dada à essencialidade do setor, possa contribuir ainda mais com a arrecadação e o crescimento econômico. Segundo Couto, “em seus 151 anos de existência a Associação Comercial tem prestado relevantes serviços ao comércio e à sociedade amazonense como Órgão Técnico Consultivo dos Governos Federal (desde 1943), Estadual (desde 1982) e Municipal (desde 2001) além de ter sido reconhecida como Instituição de Utilidade Pública por Decreto Federal de 1917.

Foto: Reprodução/Associação Comercial do Amazonas (ACA)

Entretanto, salientou, o comércio, durante a pandemia da covid-19 viveu uma crise sem precedentes que levou à suspensão de atividades ditas não essenciais por dois períodos: março a maio de 2020 e janeiro e fevereiro de 2021. Em consequência, “muitas empresas cerraram suas portas, empregos foram perdidos, além das quase 15.000 vidas humanas ceifadas por essa malfadada doença”, afirmou o vice-presidente da ACA. A despeito dos problemas, a arrecadação do Amazonas, graças a consistente programa de recuperação econômica envolvendo governo estadual e classes empresariais aumentou 12,31% no primeiro semestre de 2022 em relação a 2021. Segundo dados da Sefaz, o comércio manteve sua predominância, respondendo por 40,5% do total arrecadado no período; os serviços 7,7% e a atividade industrial 39,5%. Mencione-se, por oportuno, o extraordinário aumento de 16,55% (1.923 novos CNPJs) na abertura de novas empresas em relação ao mesmo período de 2021.

Encerrando a visita, o governador Wilson Lima salientou as ações que vêm sendo desenvolvidas no interior para o fortalecimento da bioeconomia, dentre as quais apoio a investimentos em infraestrutura, produção de alimentos, turismo e gás. Em relação ao insumo, em 2021 foi inaugurada, no município de Silves, a Unidade de Tratamento de Gás (UTG), parte do projeto integrado Azulão-Jaguatirica. Embora descoberto na década de 90 e declarado comercial em 2004, o empreendimento somente agora entrou em produção,

Com a chegada da Eneva ao Amazonas em 2018, a UTG passou a realizar a exploração do gás natural, liquefação, estocagem e envio das cargas do produto para o estado de Roraima, com o objetivo de abastecer a termelétrica de Jaguatirica II. O Projeto Integrado Azulão-Jaguatirica permite que o gás natural da Bacia do Azulão se transforme em energia para abastecer cerca de 70% do consumo de energia elétrica do estado vizinho. O investimento total no empreendimento integrado é superior a R$ 1,8 bilhão. Mais de 2000 empregos foram gerados durante o pico de obras do projeto e R$ 90 milhões foram destinados à contratação de fornecedores locais. Uma obra que, efetivamente, veio para transformar a história da economia amazonense.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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