Fotos: Reprodução
Do brega ao carimbó, passando por baladas e calypso. É possível que você lembre automaticamente da voz de algum artista que seja referência nesses ritmos na região amazônica. Mas você saberia dizer quais desses artistas representam a música amazônida há mais de dez anos? Ou 20… ou 30…? Para terem se tornado uma referência tão forte que são automaticamente lembrados?
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O Portal Amazônia procurou pelas vozes da experiência e encontrou artistas 60+ que marcaram época e continuam embalando públicos com ritmos, histórias e carisma que atravessam décadas. Confira nomes que mostram que a música amazônica segue viva e só melhora com o tempo.
Vozes 60+ que seguem mostrando a força da Amazônia:
Nunes Filho (AM)
Com 76 anos, o amazonense Nunes Filho é sinônimo de alegria e carisma. Nascido em 14 de dezembro de 1948, construiu sua carreira em Manaus interpretando diversos gêneros, mas foi no brega que se destacou e ganhou até o título de ‘Príncipe do Brega’.
Seu maior sucesso, ‘Subindo pelas paredes’, ainda ecoa nas festas e rádios da região:
Dona Onete (PA)
Ionete da Silveira Gama, mais conhecida como Dona Onete, começou tardiamente na música: lançou seu primeiro disco aos 73 anos. Atualmente, aos 86, é ícone internacional com canções como ‘Boto Namorador’. Com quatro álbuns lançados (Feitiço Caboclo, Banzeiro, Flor da Lua e Rebujo), já se apresentou em festivais pelo mundo, recebeu prêmios importantes e foi homenageada com a Ocupação Dona Onete no Itaú Cultural em 2023.
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Eliakin Rufino (RR)
Poeta, cantor e produtor cultural, Eliakin Rufino ajudou a criar o Movimento Roraimeira nos anos 1980, revelando artistas e fortalecendo a cultura de Roraima. Com oito álbuns e livros publicados, suas composições já foram interpretadas por nomes como Chico César, Leila Pinheiro e Gaby Amarantos. Professor de literatura indígena na Universidade Federal de Roraima (UFRR), ele mistura humor, crítica social e defesa dos direitos humanos em sua obra musical.
Celdo Braga (AM)
Aos 71 anos, Celdo Braga carrega mais de quatro décadas de trajetória. Ex-integrante do grupo Raízes Caboclas e fundador do Grupo Imbaúba, combina música e literatura em verdadeiros hinos à Amazônia. Seu álbum ‘Chamando o Vento’ (2014) reúne poemas cantados e declamados, reforçando sua marca de artista que une o erudito ao popular.
Edílson Moreno (PA)
Nascido em Belém, no Pará, e criado entre Maranhão e Amapá, Edílson Moreno começou a carreira nos anos 1980. O primeiro sucesso veio em 1992 com a música ‘O Ladrão’. Com cinco discos lançados e mais de 500 composições gravadas por outros artistas, como Wanderley Andrade e Banda Calypso, ele também brilhou no festival Terruá Pará e segue sendo presença marcante nos palcos amazônicos.
Dorivã Passarim (TO)
Natural de Cristalândia, no Tocantins, Dorivã Passarim iniciou sua carreira profissional aos 18 anos e acumula 45 anos de estrada. Com quatro álbuns e um DVD lançados, o artista já representou o Tocantins no Ano do Brasil na França (2005) e segue compondo, com repertório suficiente para novos projetos. Seu disco Passarim do Jalapão (2000), gravado no Rio de Janeiro, destaca sua veia autoral e identidade regional.
Wanderley Andrade (PA)
Com mais de 40 anos de carreira, o paraense Wanderley Andrade é um dos maiores nomes do brega pop e do calypso. Carismático e irreverente, mistura ritmos caribenhos com humor e paixão. Primeiro artista brasileiro a lançar um CD duplo ao vivo, já vendeu mais de 800 mil cópias e gravou álbuns marcantes como A Maura (1990) e O Gênio do Calypso (2002). Sucessos como ‘Traficante do Amor’ e ‘Detento Apaixonado’ conquistaram fãs de diferentes gerações.
E aí? Que outro artista deveria ser adicionado nesta lista?
