Projeto de Lei reconhece Feira do Pirarucu de Manejo como Patrimônio de Santarém

Com essa classificação, a feira do pirarucu de manejo ganhou um novo status que promete fortalecer e preservar essa prática sustentável e ecologicamente responsável.

Em uma decisão histórica, a Câmara de Vereadores de Santarém aprovou o Projeto de Lei Ordinária nº 12 de 2024, que declarou oficialmente a Feira do Pirarucu de Manejo como patrimônio histórico, cultural e imaterial do município. A feira, realizada anualmente na praça Barão de Santarém, é agora reconhecida por sua importância cultural e social para as comunidades manejadoras e santarenos.

A autoria do projeto é do vereador Sérgio Pereira, que destacou a relevância da feira para a identidade e tradição da região. Com essa nova classificação, a feira do pirarucu de manejo ganhou um novo status que promete fortalecer e preservar essa prática sustentável e ecologicamente responsável.

Poliane Batista, bióloga da Sapopema, ressaltou a importância desse reconhecimento legal:

Foto: Reprodução/Sapopema

Batista também ressaltou que a medida pode “contribuir para potencializar os resultados das próximas edições dando mais visibilidade, tendo mais apoio do próprio município e também visibilizando essa atividade que ela é considerada especial principalmente por esse componente do manejo do pirarucu que ainda são experiências muito pontuais aqui no município”, disse.

A feira do pirarucu de manejo é um evento que celebra as práticas sustentáveis de pesca que são essenciais para a conservação da biodiversidade na região. A iniciativa começou em 2020, liderada pela Sapopema e comunidades envolvidas (à época Costa do Tapará, Tapará Grande, Santa Maria, Pixuna do Tapará e Tapará Miri) com a parceria de diversas organizações, dentre elas o Sebrae, Colônia de Pescadores Z-20, Mopebam, Semap, Ufopa, Sedap e TNC.

Desde 2020, quatro edições foram realizadas: duas em 2020, uma em 2022 e uma em 2023. Com a participação efetiva dos consumidores, as edições foram ganhando maior estruturação e adesão de público. Até agora foram comercializadas sete toneladas, resultando em lucro para os manejadores.

*Com informações do Projeto Sapopema

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