O apresentador e diretor de programas de pesca esportiva, Thiago Henrique Fantini, de São Paulo, carrega em seu currículo uma vasta lista de troféus e recordes. E um dos seus títulos mais recentes foi conquistado no Rio Sucunduri, no município de Borba, no Amazonas.
O Amazonas, segundo a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), detém oito recordes mundiais na modalidade de pesca esportiva. Diversidade de espécies, cores e tamanhos são atrativos para esse tipo de turismo no estado, uma modalidade que tem como objetivo o lazer.
Thiago Fantini conversou com o Portal Amazônia e relatou a emoção de pescar um gigante dos rios. Enquanto estava em gravação, em meados de agosto, o pescador bateu o recorde brasileiro absoluto nas águas do Rio Sucunduri, em Borba.
“Eu estava com a minha equipe de gravação, somos dois, eu e o César. O recorde aconteceu no Rio Sucunduri, que fica no município de Borba, foi a primeira vez que eu fui lá. Foi um peixe que me surpreendeu pelo tamanho, pois a espécie, o Tucunaré pinima, apesar de alguns relatos de peixes desse tamanho, é muito difícil encontrar. O padrão da espécie de um peixe adulto gira em torno dos seus 66, 68 centímetros. Então um peixe de 78, quase 80 centímetros, tem genética diferenciada e é um peixe bem velho”, esclareceu Fantini.
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O diretor de TV contou ainda como funciona o registro dos recordes no país e quais instituições oficiais e seguras para registros:
“Os recordes são documentados de acordo com os critérios da instituição de aferição máxima de medida dos recordes aquáticos brasileiros. Ela chama BGFA, Brasil Fishing Gaming Association. Uma instituição séria, que possui critérios elevadíssimos para a aferição das medidas com réguas próprias, instruções de vídeos, soltura necessária da espécie e fotografia”.
O diferencial da pesca esportiva na Amazônia
“Já pesquei em várias regiões do Brasil, a Amazônia não tem para ninguém. A gente costuma falar que a Amazônia é o playground do pescador esportivo, não só pela variedade imensa de espécies esportivas, mas sim da maior biodiversidade aquática do mundo, pela preservação das regiões, pela cultura que tem se disseminado em todo o estado, relativa aí à preservação do Tucunaré, que é o embaixador hoje da pesca esportiva brasileira, inclusive movimentando a economia, atraindo turistas estrangeiros”, explicou o pescador esportivo.
Fantini acredita que os pescadores esportivos e os ribeirinhos possuem um papel importante na preservação da natureza e no desenvolvimento sustentável das comunidades amazônicas.
“Temos a maior base hidrográfica do mundo, maior fauna aquática, temos tudo para ser o líder na prática desse esporte. Outra coisa importante é que o pescador esportivo se preocupa com o ambiente onde a pesca é realizada. Ele prega a promoção do esporte por meio do desenvolvimento sustentável. Em vez de abater o peixe para vender, prefere que o ribeirinho traga o turista para pescar e aumente sua renda preservando a natureza, mantendo o estoque lá, mas sem o abate comercial, o pescador esportivo prega tudo isso. É um esporte totalmente voltado para a ecologia”, conclui.
Entrega do certificado
A entrega do certificado com o recorde aconteceu neste 6 de setembro. “A entrega foi feita na minha cidade, em Campinas (SP), ele veio até aqui. É difícil eles irem até o lugar para entregar, mas como é uma das principais espécies do ranking, que é o Tucunaré pinima, ele veio pessoalmente entregar em mãos. Fazem isso só com o Tucunaré açu e com o Tucunaré pinima, maiores espécies de Tucunaré amazônico do mundo”, explicou Thiago Fantini.
*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar