Conheça três peculiaridades de estádios de futebol construídos na Amazônia

De arena cercada pela natureza a campo cortado por linha imaginária, o futebol amazônico revela sua essência em detalhes singulares de seus estádios.

Foto: Felipe Cold/Wikimedia Commons

O Norte do Brasil, uma região vasta e rica em diversidade cultural e geográfica, oferece uma perspectiva única sobre o futebol, onde os estádios se tornam mais do que simples campos de jogo. Eles são reflexos do ambiente e da identidade de suas cidades, abrigando histórias e características que os distinguem de qualquer outro lugar do país, inclusive algumas peculiaridades.

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Apesar de a região não ser tradicionalmente um polo de grandes clubes em competições nacionais de elite, seus estádios se destacam por características únicas que capturam a atenção e a imaginação.

De arena cercada pela natureza a campo cortado por linha imaginária, o futebol amazônico revela sua essência em detalhes singulares:

Afonsão: a aventura do gandula aquático

No interior do Amazonas, em Careiro, o Estádio Antônio Afonso Jacob de Souza, carinhosamente apelidado de Afonsão, oferece uma experiência que é a cara do Norte. Sua localização transforma cada partida em uma aventura inusitada. A peculiaridade mais notável do local é o gandula aquático. Devido à proximidade com o rio, é quase inevitável que a bola caia lá durante um jogo.

Saiba mais: ‘Gandula aquático’, uma peculiaridade do futebol amazonense no estádio Afonsão

estádio de futebol afonsão, no amazonas, é perto do rio
Afonsão é tão próximo do rio, que agora possui um gandula que navega em canoa para buscar as bolas que acabam na água. Foto: Janailton Falcão

Zerão: dividindo hemisférios em campo

Em Macapá, capital do Amapá, o Estádio Milton de Souza Corrêa, mais conhecido como Zerão, carrega uma distinção geográfica que o torna um dos mais singulares do mundo. O campo de jogo está posicionado exatamente sobre a Linha do Equador, o que faz com que a linha que divide o campo ao meio seja a própria linha imaginária que separa os hemisférios Norte e Sul. Essa característica única transforma uma partida de futebol em um evento global em miniatura, onde cada equipe joga em um hemisfério diferente.

Saiba mais: Estádio Zerão: o único do mundo com linha central na Linha do Equador

Meio campo do ‘Zerão’ está localizado bem na linha do Equador que divide o hemisfério norte e sul do planeta. Foto: Rafael Moreira/ Sedel Amapá

Mangueirão: um monumento histórico

Em Belém, capital do Pará, ergue-se o Estádio Jornalista Edgar Proença. Conhecido como Estádio Olímpico do Pará, é popularmente chamado de Mangueirão, um dos pilares do futebol na Região Norte. Inaugurado em 1978, o Mangueirão não só é o estádio mais antigo em funcionamento da região entre os grandes palcos esportivos, mas também é um verdadeiro monumento à paixão pelo futebol paraense e amazônico. Ao longo de mais de quatro décadas, o estádio foi palco de inúmeros momentos históricos, testemunhando a evolução do esporte e abrigando os grandes clássicos locais, em especial o emocionante Re-Pa, o confronto entre Remo e Paysandu.

Saiba mais: Mangueirão, conheça o maior estádio da Região Norte

Estádio do Mangueirão em Belém, capital do Pará, com cadeiras vazias, mostra pintura que remete a bandeira do estado do Pará. Foto: Hiarley Marques/ Wikimedia Commons
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