Na Amazônia, os sabores dos clássicos se misturam com os ingredientes regionais e resultam em uma mistura única em cada Estado.
Quibe de Arroz (Acre)
Vindo do Oriente Médio, o quibe é um bolinho feito com massa de triguilho (trigo para quibe) ou semolina, recheada com carnes e temperada com ervas. No Acre, é possível encontrar três tipos diferentes de quibe: o produzido com arroz, com macaxeira e o tradicional.
A receita chegou ao Acre com a imigração da comunidade árabe no século XX. Com a dificuldade de encontrar os materiais adequados para a produção da iguaria, os árabes adaptaram a receita usando insumos mais comuns na Amazônia.
Gengibirra (Amapá)
A Gengibirra é uma bebida à base de gengibre, açúcar e aguardente, servida durante o Marabaixo, expressão cultural que expressa resistência entre as comunidades negras do Amapá e declarada patrimônio imaterial do Brasil há um ano pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ao longo da história, o processo de preparação da bebida até sofreu transformações: antes, era necessário esperar dias pela fermentação do próprio gengibre, e, hoje, é feita com o gengibre triturado, coado, adoçado e o preparo é com ou sem bebida alcoólica. Mas, mesmo assim, não perdeu sua essência e importância nas rodas de Marabaixo.
X-Caboquinho (Amazonas)
Segundo os especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa), o tucumã da Amazônia, principal ingrediente do X-Caboquinho, é único. Em outros Estados, ele muda de cor e até de sabor, e muitas vezes nem chega a ser usado como iguaria, mas em Manaus é um verdadeiro sucesso.
Doce de Espécie (Maranhão)
O doce de espécie é um doce típico feito a base de rapadura e gergelim com farinha de mandioca, cravo-da-índia, pimenta do reino e erva-doce. Existe uma versão a base de coco típico de Alcântara, no estado brasileiro do Maranhão. É uma herança dos açorianos, e é famoso por sua distribuição durante a Festa do Divino no Maranhão.
Bolo de Arroz (Mato Grosso)
Em 2017, um Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Wancley Carvalho declarou o bolo de arroz cuiabano como prato típico de Mato Grosso.
Açaí (Pará)
A bebida produzida a partir do açaí é super popular no Pará. De cor arroxeada, a bebida possui várias formas de ser consumida, dependendo da região, mas em Belém é comum ser apreciada sem açúcar e até acompanhada de camarão. O suco é utilizado na preparação de sorvetes, licores, mousses e diversas outras receitas.
Paçoca (Roraima)
A “maior paçoca do mundo” bateu mais um recorde no arraial Boa Vista Junina de 2019. Foram 1.050 kg da iguaria de origem indígena, feita à base de carne seca e farinha de mandioca. É possível encontrar em diversos locais espalhados por Boa Vista para consumir como lanche ou para levar pra casa.
Saltenha (Rondônia)
A saltenha é um típico salgado assado e recheado. A origem é atribuída à Bolívia, mas há quem diga que é da região de Salta, na Argentina. No Brasil é comum na região Centro-Oeste, porém, em Porto Velho é uma iguaria bastante consumida.
Amor perfeito (Tocantins)
A fécula da raiz de mandioca – também chamada de tapioca -, leite de coco, açúcar refinado, manteiga de leite. Estes são os poucos ingredientes de um biscoito que pelo sabor suave e a deliciosa sensação que provoca ao derreter na boca se tornou uma das iguarias mais famosas entre as cozinheiras das regiões central, sul e sudeste de Tocantins, em especial Natividade, uma das cidades mais antigas do Estado.
E aí? Conhece mais lanches típicos ou diferentes consumidos na Amazônia?