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Sexta, 26 Abril 2024

Biscoito Monteiro Lopes: a curiosa história por trás de um dos queridinhos dos paraenses

O biscoito amanteigado é um dos favoritos dos brasileiros. Possui diversas versões e em Belém, no Pará, ganhou duas cores, pois uma metade é mais clara e a outra é de chocolate: o Biscoito Monteiro Lopes.

Sua criação é vinculada à uma história curiosa, que teria ocorrido em meados dos anos 1850 e narra a rivalidade entre dois padeiros: Manoel Monteiro e Antônio Lopes.

"Havia uma rixa entre duas padarias da época, onde cada um queria estar a frente do outro. Após a morte dos dois, os filhos dos mesmos se casaram e formaram um biscoito metade preto e metade branco e deram a ele o nome de Monteiro Lopes, juntando o sobrenome das duas familias e assim terminando com a rixa entre as padarias", conta a doceira Rosa Lima.

Foto: Reprodução/Instagram-monteirolopesrosalima

Rosa é conhecida em Belém por conta do doce. Ela contou ao Portal Amazônia que Ermelinda Pina, uma doceira famosa em Belém, foi quem a ensinou os segredos para o preparo do doce popular.

"Desde pequena sempre estive na cozinha olhando tudo que faziam e aprendi muito cedo a fazer doces. Quando meus filhos eram pequenos fazia [o biscoito] para levarem para escola e também para comerem em casa. Passei tempos sem fazer e com a pandemia resolvi fazer e dar de presente para algumas pessoas", comenta.

Mas não parou por aí.

"Logo comecei a aceitar encomendas. Inclusive, a primeira foi da filha do meu primo, filho da tia [Ermelinda] que me ensinou. Em seguida veio o Instagram e aí não parei mais. Hoje recebo várias encomendas de pessoas que levam para os paraenses que moram foram de Belém, inclusive Portugal", 

revela a doceira.


Ela destaca ainda que a receita que faz é de família, por tanto, um "segredo" saboroso que conquista cada dia mais adeptos.

E vale lembrar que não existe um registro que especifique quem criou ou a data em que o biscoito surgiu. A história já faz parte do folclore em torno do biscoito Monteiro Lopes.

Ficou com vontade de experimentar? A receita de Rosa permanecerá em segredo, mas o Portal Amazônia encontrou a base de uma receita caseira. Confira:

Ingredientes

1 kg de farinha de trigo sem fermento
1/2 kg de margarina
1 lata (pequena) de achocolatado
Açúcar refinado  

Modo de preparo

Em uma tigela coloque a margarina e acrescente, aos poucos, a farinha de trigo até obter uma massa que desgrude da tigela e das mãos. Atenção: é mão na massa mesmo.

Quando ver que a massa já não gruda nas mãos é porque já está no ponto.

Pegue um refratário untado e molde os docinhos como um barquinho (duas pontas iguais). Arrume-os no refratário e coloque para assar em forno médio até dourar.

Retire-os do forno e deixe-os esfriar.

Em uma xícara coloque o achocolatado e pouca água para ficar bem cremoso. Mergulhe um a um pela metade para que fiquem de duas cores.

Em um prato derrame o açúcar refinado e, após mergulhá-los no achocolatado, envolva-os com o açúcar.

*A receita é de autoria de Paula Francinete Silva Matos e está disponível no site Tudo Gostoso.


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