Produção levou para casa o Kikito de Melhor Fotografia e o Prêmio Especial do Júri. Além dele, ‘Ela Mora Logo Ali’, de Rondônia, ganhou três Kikitos: Melhor roteiro; Melhor atriz (Agrael de Jesus); e o Troféu do Júri Popular.
O curta-metragem ‘Mãri hi – A Árvore do Sonho (2023)’, produzido por Morzaniel Ɨramari, considerado o primeiro cineasta Yanomami, ganhou dois prêmios na 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado. A produção levou para casa o Kikito de Melhor Fotografia e o Prêmio Especial do Júri.
O curta do cineasta conta com a participação do líder e xamã Davi Kopenawa e aborda sobre o conhecimento dos Yanomami sobre os sonhos. A cerimônia aconteceu na última sexta-feira (18), na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul.
Kikito é o símbolo e prêmio máximo concedido no Festival de Gramado. O nome do troféu, “Kikito”, foi dado pela artesã Elisabeth Rosenfeld, que desenvolveu a peça que era vendida pelos artesão de Gramado como um souvenir, lembrancinha ou presente
O filme é uma produção da Aruac Filmes, co-produção da Hutukara Associação Yanomami, a mais representativa de seu povo, e produção associada da Gata Maior Filmes. Esta é a terceira obra de Morzaniel, que já produziu A Casa dos Espíritos (2010) e Curadores da Terra-Floresta (2014), além de coassinar a tradução do curta Uma Mulher Pensando (2023), feito por mulheres Yanomami.
O cineasta também já ganhou o prêmio de Melhor Curta-Metragem no Festival É Tudo Verdade, de 2023. O festival de cinema documental brasileiro é considerado um dos maiores eventos do cinema da América Latina.
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‘Mãri-Hi – A árvore do Sonho’ já tem uma reserva especial na 80ª edição do Festival de Veneza, na Itália, que acontece de 30 de agosto e 9 de setembro. No dia 4 de setembro será o dia para o cinema indígena Yanomami, no “Eyes of the Forest”, Olhos da Floresta, que exibirá três curtas-metragens Yanomami e será um dia dedicado ao primeiro cineasta Yanomami, Morzaniel Iramari, e ao Cinema Indígena Yanomami no Brasil.
Morzaniel Ɨramari
‘Ela Mora Logo Ali’: curta rondoniense ganha 3 Kikitos
A premiação para produções amazônidas seguiu com ‘Ela Mora Logo Ali’, o primeiro curta-metragem de Rondônia a concorrer o Festival de Cinema de Gramado. A produção ganhou três Kikitos de ouro durante cerimônia realizada na Serra Gaúcha, na noite de 18 de agosto.
O curta rondoniense, feito por Fabiano Barros e Rafael Rogante, ganhou três Kikitos: Melhor roteiro; Melhor atriz (Agrael de Jesus); e o Troféu do Júri Popular.
O filme conta a história de uma mãe atípica e negra, vendedora ambulante, que tem sua rotina alterada ao conhecer uma jovem leitora em um ônibus.
Uma das maiores dificuldades para a equipe foi o curto período de tempo para elaboração do filme e a falta de investimento público e privado. Segundo a produção, durou cinco dias para que a obra ficasse pronta.
História
Segundo o diretor Neto Cavalcante, o filme foca na história de uma mãe atípica, ambulante, negra e analfabeta que enxerga na literatura uma forma de mudar sua realidade, uma chave para transformar sua vida.
O curta foi produzido, dirigido e encenado na cidade de Porto Velho, e contou com a participação de uma equipe local.