Com as chuvas de janeiro e fevereiro, o rio Tocantins teve uma elevação de três metros acima do normal. Em relação a setembro do ano passado o aumento chegou a quase oito metros, uma vez que o manancial estava cinco metros abaixo do esperado. Desde o início do ano o nível do rio tem se mantido acima do normal. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pelo Consórcio da Usina Hidrelétrica de Estreito.
Essa mudança representa esperança a moradores da área e pescadores que sofreram com a pior seca já registrada nos últimos anos. A recuperação é mais evidente na região da cidade de Tocantinópolis, município localizado no Bico do Papagaio. As informações são do G1 Tocantins.
Apesar da notícia positiva, a estimativa é que o nível do rio retorne à situação registrada no ano passado, uma vez que seis hidrelétricas operam ao longo do seu curso e a chegada do período de veraneio.
Rios amazônicos
O nível do rio Negro, em Manaus, apresentou uma redução do ritmo de subida nesta última semana, porém segue acima da média para a época, com 5,39 metros (m) acima do registrado para mesma data de 2016. As informações são do 7° boletim de monitoramento hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Dados do Porto de Manaus mostram que o rio Negro atingiu 25,33 metros nesta quarta-feira (22), 5,67 metros a mais que o registrado em 2016, de 19,66 metros.
O rio Branco segue monitorado em Boa Vista e Caracaraí (RR) com cotas abaixo da média. O rio Solimões segue com cotas próximas aos valores máximos registrados no mesmo períodos do ano passado, mas na última semana houve uma redução no ritmo de subida nas estações monitoradas. Em Parintins, o rio Amazonas está apenas 51 centímetros abaixo do registrado para mesma data de 2009, quando atingiu a maior cheia. E em Humaitá, o rio Madeira está em processo de cheia, com cotas abaixo das médias para época.
Já no Acre, o rio Acre na capital continua abaixo da cota de alerta, mesmo com previsão de chuvas. A cota de alerta é de 13,50 metros e nesta quarta-feira (22), o rio registrou a marca de 11,24 metros, de acordo com monitoramento da Defesa Civil Municipal. A cota de transbordamento – momento em que as primeiras famílias são afetadas – é de 14 metros. No entanto, a cheia do rio Tarauacá desabrigou famílias do bairro Kaxinawá. A vazante do rio iniciou nesta quarta-feira (22) e algumas famílias já retornaram às suas residências.