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Turismo de experiência e sustentabilidade na Amazônia é tema de painel na Glocal 2025

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Foto: Thay Araújo

A Glocal Amazônia 2025 promoveu, neste sábado (30), o painel ‘O Brasil que o Mundo Quer Visitar: Turismo de Experiência e Sustentabilidade’, que reuniu especialistas, representantes do poder público e empreendedores para debater os rumos do turismo na região amazônica e seus impactos no desenvolvimento sustentável.

O painel foi marcado por reflexões sobre como transformar a visita à Amazônia em uma experiência significativa para o turista, sem perder de vista a preservação da natureza e a valorização das comunidades locais.

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Cristiane Barroncas, professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), destacou a importância da integração entre universidade, poder público e iniciativa privada.

“O painel traz reflexões sobre qual é o turismo que estamos construindo na Amazônia. Será que as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas estão de fato contribuindo para mudar o cenário? Esse diálogo é essencial”, pontuou.

Diretamente do município de Maués, Ítalo Michiles, da Experiência Mawê, reforçou que a Glocal abre espaço para que realidades do interior do estado sejam conhecidas.

“O turismo é uma alavanca que movimenta toda a economia local. Precisamos mostrar o que cada município tem a oferecer. Muitas vezes recebemos mais visitantes de fora do que de Manaus ou das capitais da região. O interior precisa ser descoberto também por quem está mais perto”, afirmou.

Com duas décadas dedicadas ao tema, Mariana Madureira, do projeto Raízes Desenvolvimento Sustentável, lembrou que o turismo responsável deve valorizar a sociobiodiversidade. “A gente precisa usar os biomas, a ancestralidade e a cultura exuberante do Brasil para construir um diferencial. Mostrar esse Brasil é também uma forma de conservar a natureza e a cultura”, disse.

painel da glocal abordou turismo no terceiro dia do evento em manaus
Foto: Francisco Cabral

Painel da Glocal enfatiza experiências com consciência

A secretária de Turismo de Parintins, Karla Viana, trouxe a experiência do município que se torna mundialmente conhecido durante o Festival Folclórico. “Recebemos o dobro da população da ilha nessa época. É um destino de grande orgulho, mas que precisa ser tratado com cuidado. O turismo de massa exige estratégias de sustentabilidade, e já começamos esse trabalho, embora ainda seja um início que precisa ser ampliado”, declarou.

Leia também: Glocal Amazônia 2025 traz música, dança e tradição amazônica para o público

Representando a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Cristiano Gonçalves ressaltou o potencial das unidades de conservação para atividades turísticas. Ele apresentou iniciativas em andamento, como o turismo de pesca esportiva e o turismo de base comunitária na RDS Uatumã.

“Essas práticas são operadas pelos próprios moradores e mostram como é possível unir conservação ambiental, geração de renda e experiência diferenciada para o visitante. Precisamos chamar mais turistas para conhecer as riquezas da Amazônia”, destacou.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Estudo sobre escalpelamento no Pará aponta perfil das vítimas

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Foto: Wagner Almeida/NCS-Seju

O dia 28 de agosto, instituído como Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, chama atenção para um dos acidentes mais traumáticos ainda enfrentados pelas populações ribeirinhas da Amazônia. No Pará, um estudo da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), elaborado pela Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural (Diepsac), revela avanços no enfrentamento do problema e reforça a necessidade de atuação conjunta de instituições para erradicação dos casos.

Leia também: Portal Amazônia responde: o que é escalpelamento?

A nota técnica ‘Menina, mulher e ribeirinha da Amazônia paraense e o acidente em embarcações com escalpelamento’, publicada em janeiro de 2024, disponibilizado no site da Fapespa, reúne dados da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, da Casa de Apoio Espaço Acolher e de levantamentos estaduais, traçando um panorama histórico das ocorrências no Pará.

“O estudo mostra claramente que apesar das inúmeras iniciativas o acidente de escalpelamento ainda é uma realidade constante nos nossos rios, por isso é preciso ainda mais investimento nas campanhas de conscientização dos usuários e dos donos dessas embarcações”, avalia o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

De acordo com o levantamento, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) contabilizou 483 ocorrências de acidentes com escalpelamento no Estado. As localidades com maior número de casos foram:

  • Belém (42),
  • Portel (37),
  • Cametá (32),
  • Breves (32),
  • Curralinho (26),
  • Anajás (20),
  • Muaná (19),
  • São Sebastião da Boa Vista (18),
  • Igarapé-Miri (16),
  • Melgaço (14),
  • Bagre (12),
  • Santarém (12),
  • Oeiras do Pará (12),
  • Almeirim (11),
  • Oriximiná (11),
  • Gurupá (11),
  • Abaetetuba (10),
  • Limoeiro do Ajuru (10),
  • outros municípios (95)
  • e sem informações dos usuários a respeito do município (43).

Na linha do tempo de acidentes, o ano de 2009 marcou negativamente a luta contra o escalpelamento, pois foi um momento em que o Pará registrou o mais alto índice de casos, com 22 vítimas. Porém, foi neste mesmo ano que também tudo mudou, a partir da criação da lei federal de proteção e atenção às vítimas de acidente de escalpelamento. A norma foi criada determinando a obrigatoriedade no uso de proteção do eixo do motor e de partes móveis de embarcações.

A Fundação de Estudos e Pesquisas informou que “entende que ao se organizarem, interpretarem e disponibilizarem dados, informações e diagnósticos do Estado do Pará, aumenta-se a possibilidade de acertos nas tomadas de decisões rumo às metas estabelecidas na gestão administrativa, nas diversas esferas de Governo. Assim, disponibilizar informações fidedignas permite aos Governos disporem de instrumentos adequados para uma gestão descentralizada”.

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escalpelamento amazonia pará
Foto: José Pantoja/Ascom Sespa

As vítimas de escaplelamento

O escalpelamento atinge principalmente mulheres ribeirinhas de cabelos longos, quando o couro cabeludo é abruptamente arrancado em contato com o eixo em alta rotação do motor de pequenas embarcações. Poucos segundos bastam para uma vida ser tomada por sequelas físicas e danos psicológicos.

A ocorrência dos acidentes com escalpelamento ocorre, majoritariamente, com mulheres que ainda são meninas, residentes às margens dos rios e furos de rios da Amazônia paraense. O estudo identificou que 98% das pessoas vítimas de acidentes com escalpelamento são mulheres e 2% são homens. A causa pode estar relacionada à preponderância do número de mulheres ribeirinhas que habitualmente escolhem ter cabelos compridos, podendo estar associado ao fato de 56,5% serem praticantes da religião evangélica.

Outro aspecto é que, além de serem mulheres, 67% das vítimas são crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos de idade. Pessoas adultas e idosas corresponderam a 33% dos casos. Ao verificar os percentuais por faixas etárias, com base nos atendimentos feitos pelo Espaço Acolher, ligado à Santa Casa de Misericórdia, entre os anos de 1964 e 2023, percebeu-se ainda que o maior número de eventos de acidente de escalpelamento envolve crianças de 7 a 9 anos de idade, correspondendo a 24%; seguido de crianças de 10 a 12 anos, com 19% das situações; e, posteriormente, 10% dos casos correspondentes a crianças de 13 a 15 anos.

Amazônia 

Com esse estudo foi possível constatar que apenas três Estados registram escalpelamento: Pará, Amapá e Amazonas e constatou-se que peculiaridades da região contribuem para o surgimento de casos. A Região Amazônica tem a extensão de 8 milhões de km², com a maior bacia hidrográfica do planeta. Nesse contexto, percorrer áreas de grandes ou de pequenas extensões de rios, igarapés e furos, requer o uso de embarcações. Para ribeirinhos, grupo reconhecido como povos tradicionais que moram às margens dos rios da Amazônia, o processo é habitual, sendo pelas águas, muitas vezes, o único caminho possível para conseguirem realizar deslocamentos cotidianos.

De acordo com o estudo, a Capitania dos Portos registrou a existência de 21.232 mil embarcações, dentre as quais 6.163 seriam somente de uso para o transporte de passageiros. Todavia, estima-se que aproximadamente 40 mil embarcações naveguem em condições clandestinas. Fatores que contribuem para situações de escalpelamento em pequenas embarcações de transporte de passageiros no Estado.

De 2006 a 2022, a instituição constatou 173 episódios de acidentes de escalpelamento. O ano de 2009 foi o que apresentou o maior número de acidentes na série histórica, com 22 casos. A partir deste ano, os números alcançaram patamares mais baixos, fechando 2022 com 7 ocorrências no Pará e Amapá.

Foto: Divulgação

Rede de apoio

A marca de impacto do acidente é proporcionar às vítimas um sofrimento inimaginável, reverberando em expressivo sofrimento físico, psicológico e social para toda a vida. A proteção das vítimas vem em forma de políticas públicas e uma consistente rede de proteção e atenção social. Em Belém, o atendimento às vítimas de escalpelamento ocorre, desde 2002, na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, por meio do Programa de Atendimento Integral às Vítimas de Escalpelamento (Paives).

Dentro das ações governamentais na luta pela erradicação do acidente, foi criada a Comissão de Erradicação dos Acidentes com Escalpelamento (CEEAE) em embarcações do Pará, que aglutina a cooperação de várias instituições do Estado na perspectiva de intervenção intersetorial na questão, a partir de abordagens multiprofissionais.

Já a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), tem como atribuição realizar ações de prevenção, capacitação de profissionais, articulação e mobilização de colaboradores do estado e sociedade civil para o enfrentamento da questão. A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Renda (Seaster) atua viabilizando o acesso de vítimas a programas, projetos, serviços e benefícios da política pública.

Outro recurso de atenção às vítimas de acidente com escalpelamento no Pará, é a Casa de Apoio Espaço Acolher. O local caracteriza-se em uma residência de acompanhamento prolongado, tendo em suas dependências classe hospitalar, a partir da atuação da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), com relativas condições de infraestrutura para a garantia de mínimo bem-estar às vítimas de escalpelamento em tratamento na cidade de Belém.

Nesse processo há ainda a participação da Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos, que desenvolve várias ações, como fiscalização de embarcações, instalação gratuita da cobertura do eixo de pequenas embarcações, campanhas de prevenção, entre outras. De 2009 a 2022, a Marinha implantou 5.339 eixos de cobertura de embarcações. A instalação da cobertura do eixo nas pequenas embarcações é um procedimento crucial pela sua eficácia na erradicação dos acidentes com escalpelamento.

*Com informações da Fapespa

O esporte e o jornalismo que me mostraram o que é amizade

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Foto: Anderson Silva/Acervo Globo Esporte

Por Dudu Monteiro de Paula

Quando há 53 anos optei em ser jornalista nem imaginava que estava acertando no que queria ser e, desde então, tenho me dedicado com a maior intensidade na busca da excelência – com a consciência da impossibilidade.

Quando estamos na função, apenas pensamos no melhor daquilo que nossa missão exige. Tenho feito, desde o meu diploma em jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), dezenas de cursos, pós-graduações, simpósios, seminários, enfim, sempre na busca de aumentar o meu conhecimento e melhorar a qualidade de meu trabalho.

No dia 8 de dezembro deste ano estarei completando 53 anos de jornalismo e 44 de jornalista graduado. Desde o início de minha vida (e faz muito tempo) estou envolvido no esporte, iniciado como praticante e complementado como jornalista.

Entretanto, poucos imaginam que o esporte é um vetor social de grande potencialidade. Com isto tive o contato sempre com o comportamento socioeconômico dos praticantes da mais diversas modalidades.

Quis a natureza que eu estivesse no início das atividades da televisão colorida, que foi se expandindo por toda a Amazônia e, afinal, são mais de 53 anos de jornalismo, vivendo momentos marcantes em muitos lugares e sempre dentro da já conhecida “telinha”.

Quis também a natureza que eu pudesse estar na frente do conhecido e popular programa Globo Esporte. E enumerar a quantidade de pessoas que entrevistei é humanamente impossível. No começo, a forma de se arquivar as matérias era extremamente rudimentar, portanto, não espere de mim esta milagrosa memória.

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Mas, ao longo desta vida, tenho recebido demonstrações de carinho que muitas das vezes me surpreendem. Neste recente domingo fui até a despedida de minha amiga Francisca Amorim, de 95 anos. A minha amiga, que desencarnou na plenitude de suas faculdades mentais, era uma pessoa que gostava de ouvir as minhas aventuras e se divertia muito.

Ela era mãe de pessoas que tenho estima como minha família. Outra coisa que é da maior importância: ela me deixava bastante a vontade de contar da forma que eu falava para mim mesmo, sem o receio de dizer palavras de forma que identificasse a situação que eu descrevia. Liberdade plena que somente os amigos aceitam.

Lógico que mesmo sabendo que nossa vida desaparecerá um dia, temos que ter fé para acreditar na vida eterna, na vida espiritual. Posso afirmar que, no caso desta minha amiga, isto é uma verdade, pois ela sempre esteve e estará dentro de minha alma.

Foi uma cerimônia simples e familiar como se propunha a situação. Todos emocionados pela partida, sempre prematura! A cerimônia religiosa foi presidida pelas palavras do capelão da [Funerária] Canaã, que fez uso de belas palavras de conforto a todos nós.

Estava eu, lógico, perto do corpo de minha amiga, quando o capelão dirige-se direto a mim lembrando o fato não só de ter entrevistado o pai dele (ex-jogador de futebol), mas de termos tirado uma foto com ele e o pai pouco antes de sua partida.

Fui invadido por uma emoção diferente. Foi nesse momento que, seguro que nos meus 53 anos de jornalismo, percebi que hei de ter vivido muitas aventuras e histórias, sempre no cumprimento de meu dever social. Quando você se forma em uma universidade, lê-se um juramento que diz nossos deveres e obrigações e tenho seguido fielmente o que eu pretendo no meu trabalho.

Portanto, sempre me surpreendo com situações como essas (e são muitas). Sempre serei grato a Deus, que encaminhou pessoas maravilhosas no meu caminho – a começar com os meus pais, irmãos e milhares de amigos. É sempre bom saber que você ajuda aos outros em qualquer que seja o momento.

Por hoje é só. Semana que vem tem mais! Fuiii!!!

Sobre o autor

Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Feira criativa encanta visitantes da Glocal Amazônia 2025 em Manaus

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Além dos painéis de debate sobre soluções para a Amazônia, a Glocal Amazônia 2025, em Manaus (AM), também reuniu visitantes no Largo de São Sebastião para conhecer a arte e serviços de empreendedores da capital amazonense.

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A feira criativa encantou o público e animou os vendedores.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Isabelle Nogueira e Adanilo: Glocal Amazônia também é oportunidade para unir arte e sustentabilidade

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A influenciadora Isabelle Nogueira e o ator Adanilo também participaram da Glocal Amazônia 2025. Eles uniram as forças das artes para mostrar que o trabalho do artista também é uma forma de levar ao público a importância da sustentabilidade na região amazônica e que ela pode partir do olhar dos amazônidas.

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A cultura, a arte e a educação, para eles, são fundamentais e podem se tornar palcos de divulgação da potência que a Amazônia possui.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Secretário de Meio Ambiente do Amazonas destaca Glocal Amazônia como “espaço para encontrar soluções”

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O Secretário de Meio Ambiente do Estado do Amazonas, Eduardo Taveira, foi um dos participantes da terceira edição da Glocal Amazônia em Manaus (AM). Para ele, os debates realizados no evento entre 28 e 30 de agosto, principalmente saber quais são as demandas do público, são relevantes, pois ajudam na construção de políticas públicas com foco na melhoria da qualidade de vida dos amazônidas.

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Taveira comentou que um dos desafios das questões ambientais é justamente a comunicação. Confira:

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Saiba quais são os 14 itens avaliados no Festival de Cirandas de Manacapuru

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Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

Por três noites, há quase 30 anos, Manacapuru é palco de tradição, cultura popular e inovação com a realização do Festival de Cirandas. A 27ª edição do evento acontece em 2025 no já tradicional Parque do Ingá, conhecido como Cirandódromo, entre os dias 29 e 31 de agosto.

As apresentações são divididas entre três cirandas competidoras: Ciranda Guerreiros Mura (cores vermelho, azul e branco), Ciranda Tradicional (cores vermelho e o branco) e Ciranda Flor Matizada (cores verde e roxo-claro).

Leia também: Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura: conheça o Festival de Cirandas de Manacapuru

De caráter competitivo, o Festival de Cirandas é definido pelo julgamento de 14 itens obrigatórios, avaliados em arena conforme o regulamento. Esses quesitos são divididos em dois blocos: musical e artístico, cada um composto por sete itens.

festival de cirandas - tradicional é uma das competidoras
Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

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Itens avaliados no Festival de Cirandas

Bloco A (artístico)

Item 05 – Porta-Cores

É a cirandeira que conduz o pavilhão da agremiação, devendo expressar amor e zelo ao símbolo maior da Ciranda.

Item 06 – Cirandeira Bela

É a cirandeira mais bela da agremiação, que representa a beleza e o bailado típico das cirandeiras de Manacapuru. O item deve expressar graça, beleza e carisma.

Item 07 – Cordão de entrada

É julgado de acordo com o tema proposto pela agremiação. A apresentação do grupo de bailarinos irá proporcionar a introdução ao tema defendido.

Item 08 – Cordão de Cirandeiros (indumentária)

Neste item, é julgada a vestimenta utilizada pelos cirandeiros, levando-se em consideração a temática defendida.

Item 09 – Cordão de Cirandeiros (coreografia e sincronismo)

Neste quesito, é julgado o agrupamento formado pelos pares, utilizando de coreografias adequadamente criadas para cada cirandada.

Item 10 – Harmonia Geral

O item é o agrupamento de ações que possam conduzir a agremiação a expor as propostas dentro de um determinado tempo, de forma harmoniosa e englobando todos os elementos do espetáculo.

Item 14 – Princesa Cirandeira

O item traz o bailado típico das cirandeiras de Manacapuru, com uma indumentária que deve estar de acordo com o tema proposto. Deve expressar beleza, carisma e simpatia.

Leia também: 13 festivais imperdíveis para conhecer a cultura amazônica

Bloco B (musical)

Item 01 – Apresentador

O apresentador é o mestre de cerimônia e porta-voz da agremiação. É quem apresenta o tema da Ciranda, apresentando cada item para os jurados e para o público em geral.

Item 02 – Cantador

Este item pode ser defendido de forma individual ou coletiva. É responsável por conduzir o desenvolvimento do tema, através das ‘cirandadas’.

Item 03 – Tocata ou Tocada

É o agrupamento de vozes e instrumentos musicais como percussão, instrumentos de metais, corda e eletrônicos. Eles formam a base para o desenvolvimento musical da agremiação.

Item 04 – Cirandada

É a música inédita, jamais apresentada em festivais anteriores ou outro festival. Ela é eleita para representar um momento que esteja ligado ao tema abordado pela agremiação.

Item 11 – Criatividade e originalidade

O item é julgado a partir das ações que possam expressar a temática defendida por cada agremiação no campo criativo e original.

Item 12 – Alegoria

É julgada a estrutura alegórica a partir da relação com o tema apresentado. A alegoria funciona como suporte cenográfico para a apresentação da agremiação.

Item 13 – Tema e desenvolvimento

É a reunião de todas as ideias dispostas de forma organizada na arena. É levado em consideração se a Ciranda seguiu com o que foi proposto, devendo existir coerência entre a parte escrita e a apresentação.

*Com informações da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

“Inspirando a sonhar e empreender”, diz CEO do Grupo Rede Amazônica sobre a Glocal Amazônia 2025

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O CEO do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou Junior, participou da terceira edição da Glocal Amazônia em Manaus (AM), evento que reúne interessados em construir uma Amazônia mais sustentável para o futuro. O evento, que busca reunir ideias e soluções para os problemas da região, contou a participação do empresário, que disse se tratar de um evento que inspira a sonhar e empreender.

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Ele participou do segundo painel do primeiro dia e tratou sobre a ‘Sustentabilidade corporativa: como empresas podem impulsionar o desenvolvimento sustentável e valor de mercado na Amazônia’.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

“Pensar global, agir local”: veja como foi a abertura da Glocal Amazônia 2025 em Manaus; vídeo

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O Palácio da Justiça, no Centro de Manaus (AM), recebeu a terceira edição da Glocal Experience Amazônia entre os dias 28 e 30 de agosto. Em 2025, o evento reúne palestrantes, organizadores e convidados para debates sobre a importância da sustentabilidade para a Amazônia.

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Especialistas foram reunidos no evento com o objetivo de pensar soluções para a Amazônia. Veja como foi a abertura:

Glocal Experience Amazônia 2025

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Grupo de Trabalho realiza primeira reunião para criação do Fundo Açaí no Pará

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Foto: Mateus Costa/Sedap

A criação do Fundo Estadual de Apoio do Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Açaí (Fundo Açaí) e a implementação do Programa do Fortalecimento da Açaícultura no Estado do Pará foram temas da reunião realizada na sexta-feira (29) na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). Participaram representantes de instituições públicas e privadas, além de representantes da sociedade civil, que integram o grupo técnico que atua na construção de iniciativas que visam estimular e promover o desenvolvimento da cadeia do açaí no Pará.

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Durante a primeira reunião do grupo, foi apresentada a minuta de criação do Fundo Açaí. Os representantes das instituições apresentaram sugestões para alterações ou inclusões que acharam necessárias. Todas as contribuições à minuta original serão finalizadas na próxima reunião a ser marcada, a princípio, em até 15 dias.

 Uma das finalidades com a criação do Fundo Açaí é ampliar a eficiência da produção e comercialização do fruto com a viabilização de ações e projetos voltados à melhoria e ampliação da cadeia de açaí,  conforme informou o gerente de fruticultura da Sedap, Geraldo Tavares, que coordenou a reunião desta sexta-feira. 

“É um universo muito grande de possibilidades. Projetos como, por exemplo, a viabilização de material de propagação de sementes selecionadas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), para beneficiar uma grande quantidade de produtores, além de avanços tecnológicos com a realização de convênios com instituições de ensino superior, poderão ser financiados por meio deste fundo”, informou Tavares.

Leia também: Projeto de Lei busca regulamentar a profissão de manipulador artesanal de açaí

Durante a reunião, o gerente de Fruticultura fez alusão ao Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau), criado em 2008 e que serviu de fonte para a criação do Fundo Açaí. Ele informou que o Funcacau apoia financeiramente programas e ações de geração e difusão de tecnologias, assistência técnica, fomento e comercialização, dirigidos à expansão, fortalecimento e consolidação de arranjos produtivos locais da cacauicultura no Estado do Pará.

A exemplo do Funcacau, que apoia uma das mais importantes culturas do Pará, o fundo voltado ao açaí apoiará programas e ações de geração e difusão de tecnologias, assistência técnica, fomento e comercialização, entre outros benefícios. 

Além do gerente de fruticultura, a reunião contou com a participação de representantes  da Sedap que atuam no Procacau, no Planejamento e na Secretaria Adjunta e na Diretoria de Feiras e Mercados da Sedap. 

Inclusão 

Além de representantes de associações de batedores de açaí da capital, como é o Caso do Instituto Ver-o-Peso, o grupo de trabalho conta com a participação de trabalhadores de municípios de outras regiões de integração do Pará, como é o caso do município de Parauapebas (Região de Integração de Carajás). O gerente de Fruticultura informou que a mescla de representantes de todos os segmentos é importante, por se tratar de uma cultura que representa todo o Estado.

“Há batedores artesanais de Belém e do sudeste do Estado e também tem representações da sociedade civil, da indústria, da Federação dos Trabalhadores, e as secretarias que representam o segmento no Governo do Estado como a Sedap, a Seaf (Secretaria de Estado de Agricultura Familiar), a Sedeme (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia), a Emater e a Adepará. Ou seja: para se ter um projeto bom, todos têm que ser ouvidos; essa é a finalidade desse GT”, defendeu Tavares.

fundo açaí é proposto no pará
Açaí. Foto: Reprodução/IDAM

Entre os representantes do grupo que são de fora da capital está o presidente da Associação de Batedores e Vendedores de Açaí de Parauapebas (Abap), Werbet Santana. A associação, de acordo com o representante, tem 110 estabelecimentos afiliados, mas a quantidade total de batedores artesanais ultrapassa 200 em Parauapebas, segundo ele.

Para o presidente da Abap, a participação do município na construção do Fundo Açaí é importante por levar políticas públicas da capital para o sul do Estado. “Para nós é de grande relevância fazer parte desse grupo seleto e representar o sul do Pará; Parauapebas hoje já tem vários produtores e principalmente batedores de açaí, no nosso último censo tivemos um levantamento que mostrou que o município movimenta em torno de R$ 25 milhões mês na cadeia do açaí. Consideramos uma matriz  econômica forte dentro de Parauepaebas”, destacou. 

Leia também: Pesquisa indica informações técnicas e econômicas sobre o cultivo do açaí no Amazonas 

Desenvolvimento do Fundo Açaí

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, que abriu a reunião, disse que o Pará como primeiro produtor de açaí do Brasil (e do mundo), necessita de iniciativas que alavanquem e aperfeiçoem a cadeia e que invistam em mais tecnologia. É um produto que tem oferta e demanda, como observou – ressaltando possibilidades de um promissor mercado de açaí no futuro com a Índia e a China.

Segundo ele, com a criação do Fundo Açaí e de um programa que fortaleça a açaícultura, o estado poderá ampliar sua produção e comercialização do açaí e ainda abastecer a demanda interna.

“O objetivo de se criar um fundo também é para subsidiar e ajudar o produtor da pequena propriedade a gerar o seu desenvolvimento e fazer o aproveitamento daquilo que o Pará é o primeiro do mundo, que é a produção do açaí. A transformação da sociedade brasileira passa necessariamente pela produção”, frisou o presidente da Faepa.   

Além da Sedap, participaram representantes da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplad), da Sedeme, do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados do Pará (Sindifrutas), da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), do Instituto Açaí, da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), da Emater e da Abap.

*Com informações da Agência Pará