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11 espécies da floresta amazônica encontradas no Acre

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Espécies podem ser encontradas no Acre e em outros estados. Fotos: Reprodução

Amazônia é cheia de biodiversidade. Aqui vivem peixes, aves, mamíferos, répteis, anfíbios e insetos que só é possível encontrar na região. Para conhecer mais dessa natureza, mais precisamente nas proximidades do Acre, o Grupo Rede Amazônica conversou com dois especialistas: o biólogo Ricardo Plácido e Marcos Silveira, coordenador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Ricardo é biólogo e trabalha na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-AC). Ele também se dedica a observar pássaros e estuda as aves do Acre como hobby nas horas livres.

Inclusive, em janeiro deste ano, ele encerrou uma espera de sete anos e conseguiu fazer o primeiro registro fotográfico e em vídeo do tovacuçu-xodó, pássaro raro da Amazônia que habita regiões do Acre, Amazonas e Peru.

Leia também: Ave rara é fotografada pela primeira vez no Parque Estadual Chandless, no Acre

“É meu passatempo preferido. Ao longo de 10 anos venho percorrendo o território acreano em busca de registros fotográficos e outras informações ecológicas das espécies. Sou especialmente fascinado pelas aves mais raras e difíceis de serem localizadas. E nisso tudo a gente vem contribuindo com o conhecimento sobre nossas espécies”, afirmou ele.

Marcos Silveira é professor Na Universidade Federal do Acre (Ufac) e, além de pesquisador, se dedica a divulgar plantas, fungos e histórias do Acre nas redes sociais, com postagens de descobertas novas e antigas das espécies acreanas.

Em 2008, o pesquisador publicou o Primeiro Catálogo da Flora do Acre e com registros de 4.004 espécies.

“Em 2014 realizamos a primeira atualização do checklist e adicionamos 347 novos registros para a flora, agora são 4.351 espécies. No momento estamos atualizando a lista de espécies que deverá conter em torno de 5 mil espécies de plantas ou quase um terço da flora conhecida na Amazônia”, celebrou.

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Os dois montaram uma lista com espécies de animais e plantas que só existem na região amazônica perto do Acre. Confira:

Choca-do-acre fêmea

A espécie foi descoberta no Acre com uma primeira aparição em 1994. Em 2004 ela foi descrita e apresentada oficialmente. Já em 2016, Ricardo Plácido fez o segundo registro da ave da história.

A ave também foi vista no Peru, país que faz fronteira com o estado. “Bicho não vê fronteira geográfica, o que separa são os rios”, afirmou Ricardo.

espécies encontradas no acre
Choca-do-acre fêmea. Foto: Ricardo Plácido

Flautim-rufo

Um dos animais que representa a fauna acreana. Avistada em áreas adjacentes, como no Peru e sul da Amazônia, mas é endêmico da região acreana. A maior população do animal está concentrada no Acre.

Flautim-rufo. Foto: Ricardo Plácido

Maria-sebinha-do-acre

A espécie também foi descoberta no Acre em 2015, porém, há incidência, em menor quantidade, no território vizinho peruano, que faz fronteira com o estado brasileiro.

Maria-sebinha-do-acre. Foto: Ricardo Plácido

Sagui-imperador ou bigodeiro

O bigode longo difere a espécie das demais do gênero e chama atenção dos observadores de natureza. Ocorre no Acre e Amazonas, além de ser encontrado no nordeste do Peru. “Ele é encontrado em menor quantidade nas áreas vizinhas”, disse Ricardo.

Sagui-imperador ou bigodeiro. Foto: Ricardo Plácido

Uacari ou uacari-da-cara-vermelha

Pode ser avistado nas florestas menos exploradas do Acre. É original da Amazônia brasileira e pode ser encontrado em florestas do Peru e Colômbia. Não apresenta pelos na cabeça, com pelagem variando do laranja ao vermelho e o rosto avermelhado.

A coloração de seu rosto é bastante marcante nos machos, funcionando como atrativo na seleção sexual.

Uacari ou uacari-da-cara-vermelha. Foto: Ricardo Plácido

Buxaceae

O botânico descreve a espécie como uma novidade para a flora do Brasil. Essa espécie foi coletada no Acre em 2007, e em 2015 foi registrada em um gênero e em uma família inéditas para o país. Encontrada no Acre no Parque Nacional Serra do Divisor (PNSD).

Era conhecida apenas nas terras baixas e no piemonte andino da Colômbia, Equador e Peru.

Buxaceae. Foto: Mayk Oliveira

Orquídea

Epidendrum macrocarpum Rich, uma orquídea epífita com flores alaranjadas com até 5 cm de comprimento. Muito vistosa nos domínios da Mata Atlântica, da Amazônia e da região andina. Ela é conhecida pela ciência há 230 anos, mas somente recentemente entrou para a lista de espécies de plantas do Acre.

Epidendrum macrocarpum Rich. Foto: Marcos Silveira

Aristolochia putumayensis O.C.Schmidt

Aristolochia putumayensis O.C.Schmidt é uma espécie coletada em 1935 pelo botânico amador, Guillermo Klug, nas terras baixas do Rio Putumayo, na foz do rio Zubineta, em Loreto, Peru.

Considerada até recentemente uma espécie endêmica peruana, essa planta foi coletada em janeiro de 2022 no município de Assis Brasil, na fronteira Brasil-Peru.

Aristolochia putumayensis O.C.Schmidt. Foto: Marcos Silveira

Drymonia pulchra Wiehler (Gesneriaceae)

Drymonia pulchra Wiehler, uma espécie identificada pela especialista colombiana, Laura Clavijo, e era conhecida apenas nas terras baixas e no piemonte andino da Colômbia, Equador e Peru, foi registrada de forma inédita no Brasil, mais precisamente no Acre, em 2019.

Em atividades de campo que Marcos Silveira faz anualmente no Parque Nacional Serra do Divisor, os formandos do curso de Ciências Biológicas flagraram a Drymonia (Gesneriaceae).

Drymonia pulchra Wiehler (Gesneriaceae). Foto: Marcos Silveira

Aristolochia guentheri O. Schmidt

Essa planta foi coletada pela primeira vez por Otto Buchtien, em 1927, na região de Mapiri, Departamento de La Paz, nas franjas andinas, a aproximadamente 100 km do Lago Titicaca e 500 km do Acre.

E era uma espécie amazônica conhecida em território brasileiro apenas nos estados do Amazonas, Pará e Amapá. No Acre ela foi coletada em 2017, no Rio Iquiri.

Aristolochia guentheri O. Schmidt. Foto: Marcos Silveira

Aenigmanu alvareziae (Picramniaceae)

Uma árvore pequena, que mal passa os 6 m de altura, foi coletada pelo botânico Robin Foster no Parque Nacional de Manu, Peru, em 1973. Posteriormente foi coletada em 2019, no Parque Estadual Chandless, a 450 km de Manoel Urbano, durante um curso de monitoramento de plantas e até então, representa o único registro da espécie no Brasil.

Aenigmanu alvareziae (Picramniaceae). Foto: Marcos Silveira

*Com informações da matéria escrita por Hellen Monteiro, da Rede Amazônica AC

O quanto conhecemos a nós mesmos?

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

Marilene é uma pessoa de bom astral e de fácil relacionamento. Tende a ver as coisas pelo lado positivo e mantém-se predominantemente em uma frequência de gratidão. Há, porém, algumas coisas que a tiram do sério muito rapidamente e quando acontece, ela se transforma, tornando-se agressiva e intempestiva. Por causa dessa característica, ela já perdeu relacionamentos, amizades e até oportunidades profissionais. Saber disso a fez decidir adiar por alguns meses uma conversa delicada que teria com uma irmã, pois Marilene imaginava que seria difícil manter o equilíbrio emocional. Era um assunto que a “tirava do ponto”. Foi preciso preparar-se bastante até que pudesse lidar com a questão. Deu tudo certo.

Infelizmente, não foi o que aconteceu com o Vitor. Diante de uma pressão sobre atingimento de metas de vendas, Vitor não se conteve e disse “poucas e boas” para o seu gerente. O pior é que não ficou “nas poucas”. Começou explicando sobre as dificuldades que envolviam questões de preço e da qualidade percebida pelos clientes. Ele iniciou a conversa em um tom baixo e educado. No entanto, à medida que falava, seus argumentos iam ganhando força e se estendendo para outros aspectos, incluindo pendências não resolvidas, promessas não atendidas e comportamentos da própria gerência e diretoria. A voz foi aumentando a cada vez que o gerente alertava que ele deveria falar mais baixo.

O resultado foi completamente imprevisível. Não apenas Vitor foi demitido como também teve que ser escoltado até a porta, proibido de voltar à empresa, onde tinha trabalhado por quase 10 anos. Os colegas que conviviam diariamente com ele disseram-se surpresos com tal reação. Alguém lembrou, porém, que o casamento de Pedro havia terminado de forma semelhante. Uma pequena discussão deu origem à explosão de um relacionamento que, até então, parecia ir bem.

Vitor e Marilene possuem características parecidas. A diferença é que Marilene fez uso de um conhecimento que ela tinha sobre si mesma, o que não ocorreu com o Vitor. Talvez ele não tivesse consciência desta maneira de reagir, mesmo que já tivesse vivido um acontecimento parecido ao término do casamento. Talvez até tenham existido outras situações, mas Vitor, ou não aprendeu algo sobre si próprio ou não fez uso deste aprendizado. Pode ser que ele tenha sido pego distraído diante da pressão do chefe, mas pode ser também que ele não tenha investido em se conhecer.

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Somos seres complexos. Temos razão, emoções e sentimentos, que se misturam durante todo o tempo, gerando comportamentos desejáveis e indesejáveis, nem sempre sob o nosso controle. Em parte, somos seres previsíveis, pois possuímos conexões neurais fortes que tendem a prevalecer e a repetir reações. Alguns estímulos nem chegam até o cérebro, gerando respostas automáticas, a partir dos gânglios neurais. Alguns deles se transformam em hábitos ou até em vícios. Alguns se incorporam a nossa personalidade e chegam a ser confundidos com a nossa maneira de ser.

Algumas pessoas são mais comunicativas e valorizam relacionamentos; outras mais competitivas e voltadas para resultados; há as que são mais criativas e sonhadoras; outras, mais ligadas às normas e aos processos; e as que são mais planejadoras, detalhistas, e um sem-fim de características.

Somos o que somos e agimos como agimos por vários fatores como a genética herdada, as experiências vividas, as nossas crenças formadas, os nossos valores mais essenciais, nosso estado do momento e o nível de desenvolvimento que já percorremos, dentre outros.

Desde crianças somos estimulados a olhar para o mundo externo, onde há todo um universo a ser explorado. Como adultos, precisamos aprender a olhar também para dentro. É um mundo riquíssimo. Conhecê-lo um pouco mais nos fará lidar melhor com os acontecimentos e com as pessoas e é um importante passo para a construção consciente de felicidade, para nós e para o nosso entorno.

Talvez todos nós já tenhamos agido em algumas circunstâncias como a Marilene e, em outras, como o Vitor. Acertos e erros fazem parte da jornada. De uma forma ou de outra, vale uma reflexão: o quanto conhecemos a nós mesmos e o quanto fazemos uso deste conhecimento?

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Parques ambientais são aposta do Pará na conservação da biodiversidade e turismo sustentável

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Parques ambientais auxiliam na pesquisa e no turismo sustentável. Foto: Divulgação/Ideflor-Bio

As Unidades de Conservação (UC) de proteção integral do Pará têm se consolidado como espaços estratégicos para a preservação ambiental, o incentivo à pesquisa científica e o fortalecimento do turismo sustentável.

Apesar de não permitirem moradias em seu interior, os parques mantêm relação direta com comunidades tradicionais que vivem ao redor, como ribeirinhos, indígenas e quilombolas, que possuem laços históricos e culturais com o território.

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Os municípios de Belém, Afuá, Monte Alegre, São Geraldo do Araguaia e Almeirim contemplam Parques Ambientais, mantidos pelo Governo do Estado.

Confira onde encontrar alguns parques ambientais do Pará:

Belém

Apenas no primeiro semestre de 2025, mais de 320 mil pessoas visitaram o Parque Estadual do Utinga – “Camillo Vianna”, em Belém. A Unidade de Conservação, gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com a Organização Social Pará 2000, oferece experiências de lazer, como trilhas ecológicas, esportes radicais, mirantes de contemplação, cafeterias e áreas de convivência.

Em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no mês de novembro, o Ideflor-Bio amplia os investimentos no Parque, com a construção de um novo Centro de Apoio aos Visitantes, com museu, auditório, cafés e áreas administrativas, além da manutenção de trilhas, instalação de nova sinalização e pontos de hidratação e contemplação.

parques ambientais no pará - turismo sustentável
Foto: Divulgação/Ideflor-Bio

Marajó 

O Parque Estadual do Charapucu, no Município de Afuá, é caracterizado por um ecossistema de vegetação de várzeas e igapós, preservados, com áreas nunca exploradas e apresenta características peculiares da Amazônia. A UC busca a preservação dos ecossistemas naturais e da beleza paisagística, a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento do turismo ecológico e da educação ambiental no Arquipélago do Marajó.

Baixo Amazonas

O Parque Estadual de Monte Alegre é reconhecido mundialmente pelo “2022 World Monuments Watch”, um programa internacional que reconhece patrimônios culturais em todo o mundo. O parque possui pinturas rupestres e biodiversidade, que são estudadas há décadas, contribuindo para o entendimento da história pré-colombiana na Amazônia.

Carajás

Situado apenas a 20 km da área urbana de São Geraldo do Araguaia, na região sudeste do Estado, o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas tem localização privilegiada na zona de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado. Umas das principais características do espaço são as mais de 30 cachoeiras catalogadas.

A Casa de Pedra é um dos mais importantes sítios arqueológicos neste, que é um dos parques que abrigam pinturas rupestres e formações rochosas únicas na região amazônica.

Leia também: Casa de Pedra, o coração do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas

Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

Almeirim

O Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, na Floresta Estadual de Paru, em Almeirim, foi criado para proteger a maior árvore da América Latina e uma das maiores do mundo, um angelim-vermelho (Dinizia excelsa) de 88,5 metros de altura. O anúncio da criação do espaço foi feito em 2024 pelo governador Helder Barbalho. 

“A criação e gestão desses parques refletem nosso compromisso com a preservação ambiental e o respeito às comunidades tradicionais. O Parque das Árvores Gigantes simboliza um novo capítulo na proteção da nossa biodiversidade, que só será possível com a participação efetiva da sociedade e o trabalho integrado entre poder público e moradores locais”, ressalta Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio.

*Com informações do Ideflor-Bio

Pesquisa aponta alta incidência de doenças parasitárias em áreas vulneráveis de Manacapuru

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Pesquisa analisou 340 exames de fezes de moradores da área urbana e rural do município. Foto: Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM)

O estudo realizado pela acadêmica de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Manacapuru, Verônica Monteiro, apontou alta incidência de doenças parasitárias em moradores de áreas vulneráveis do município.

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De 340 exames de fezes analisados, 18,8% apresentaram o parasita endolimax nana (ameba), 10% entamoeba histolytica (outro tipo de ameba) e 10% tinham giardíase.

Cidade de Manacapuru, Amazonas. Foto: Sandro Freire

Saiba mais: Conheça a cidade de Manacapuru

O levantamento foi feito com moradores da área urbana e rural do município, que passaram por exame laboratorial e responderam questionário social, com perguntas sobre tipo de moradia, acesso a saneamento básico e água tratada. O objetivo foi identificar a relação dessas condições com a incidência de infecções parasitárias.

Para chegar aos resultados, os questionários foram aplicados aos moradores quando levavam exames para análise. As amostras foram estudadas pelos métodos de Hoffman e Faust, técnicas laboratoriais usadas para identificar protozoários e outros parasitas intestinais.

A professora do curso de Medicina e orientadora do projeto, Nadielle Castro, explica que o estudo visa ter dados que possam direcionar os agentes públicos para a promoção de ações de saúde e saneamento que contemplem essa parcela da população.

Leia também: Pesquisadores identificam alta concentração de terras raras no interior de Roraima

Pesquisa aponta alta incidência de doenças parasitárias em áreas vulneráveis de Manacapuru
Estudo realizado pela acadêmica de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Manacapuru, Verônica Monteiro. Foto: Afya Faculdade

Leia também: Pesquisa aponta alternativas para reduzir perdas causadas por fungos na produção de pimenta-de-cheiro no Amazonas

De acordo com Verônica Monteiro, que conduziu o estudo, o que ficou evidenciado nos dados dos exames e questionário social é que as más condições de infraestrutura criam um cenário propício para a transmissão e reincidência dessas doenças.

“As infecções parasitárias são um grave problema de saúde pública, pois causam complicações que podem levar a casos graves de anemia, comprometimento no crescimento, diarreias crônicas”, explica.

A estudante acrescenta que, com intervenções direcionadas e sustentadas, é possível reduzir significativamente a carga dessas infecções e melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis.

Incentivo – Segundo a diretora geral da Afya Manacapuru, Karen Ribeiro, a instituição mantém programas de incentivo à pesquisa científica, pois entende a importância de evidências para direcionar avanços na saúde. “Nossos alunos são estimulados a desenvolver, através desses estudos, o pensamento crítico e a formular estratégias que contribuam com a comunidade local”, destaca.

Leia também: Pesquisa de Mato Grosso apresenta tratamento inovador com fotobiomodulação em humanos

Ela reforça a parceria com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru, que cede seus espaços para que os alunos possam desenvolver esses trabalhos. “A nossa contrapartida como instituição é fornecer esses dados para que ações de saúde possam ser direcionadas a quem mais precisa”, conclui.

*Com informações da Afya Faculdade de Ciências Médicas

A relação das empresas portuguesas e o látex na Amazônia

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Fachada da empresa de JG Araújo frente pela Avenida Eduardo Ribeiro. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Por Abrahim Baze – literatura@amazonsat.com.br 

Os imigrantes portugueses tiveram importante função na modelagem da sociedade e da economia amazônica, tanto nas cidades quanto no interior. Naturalmente, como classe política dominante e com o surgimento das atividades agrícolas e florestais extrativistas, tornaram-se agentes decisivos suprindo essas atividades de liderança empresariais necessárias, como produtores, mercadores exportadores e comerciantes, alcançando posição oligopolista, que se manteve do ápice da atividade socioeconômica baseada na borracha até o advento de novas correntes e grupos culturais mais dinâmicos e inovadores.

Durante a fase áurea do látex do século XIX e na primeira década do século XX, milhares de imigrantes lusos, atraídos pela fortuna conquistada por meio do trabalho, foram pioneiros na organização do sistema mercantilista de intercâmbio, cuja, maior atuação era representada pelo comércio típico das casas aviadoras. As firmas portuguesas estabelecidas em Manaus e Belém, transformaram essas cidades em entrepostos comerciais e, por algumas décadas, estabeleceram as linhas lógicas de suprimento rio acima de mercadorias a base de crédito pessoal, com os seringalistas recebendo, em contrapartida, rio abaixo, mediante compra e venda, os gêneros e produtos extrativistas destinados a exportação.

Esse período histórico da economia amazônica, como bem escreveu o professor emérito Samuel Benchimol, denominou a Era dos Jotas, em decorrência da preferência dessa letra nas iniciais das firmas pertencentes a portugueses de então como por exemplo: J. G. Araújo, J. S. Amorim, J. A. Leite, J. Soares, J. Rufino e tantos outros.

Foto: Reprodução/Domínio público

Nesse período de crise e depressão nas décadas dos anos 20, 30 e 40 substituíram os antigos exportadores anglo saxões e germânicos que emigraram para os seus países de origem passando a dominar como aviadores e exportadores, nas capitais e no interior do Amazonas, com os descendentes dos imigrantes judeus marroquinos e sírio-libaneses.

As estatísticas do Censo de 1920 contaram a existência no Estado do Amazonas, 8.376 portugueses, sendo 6.103 homens e 2.273 mulheres e, no estado do Pará havia 15.631 portugueses, sendo 12.382 homens e 3.249 mulheres o que muito contribuiu no processo de integração e miscigenação a partir do casamento com mulheres nativas.

Eram os portugueses o maior número do grupo de estrangeiros, com um total de 24.007 pessoas estrangeiras para um total de 39.019 estrangeiros recenseados no ano de 1920, ou seja, os portugueses representavam 5.61% da população amazônica, dos quais 445.356 em Belém e 249.746 em Manaus.

Considerando somente a população urbana, 236.402 habitantes em Belém e, 75.704 em Manaus, os 24.0007 portugueses da época que na sua maioria residiam nessas duas cidades representavam 13,0% da população urbana dessa duas metropólis do látex.

Na sua grande maioria os imigrantes portugueses provinham da região dos minifúndios do médio e do norte de Portugal. Deixaram suas aldeias, freguesias, quintas ao longo do rio Douro, Minho e Tejo: Vila Real, Póvoa do Varzim, Viana do Castelo, Vila Nóvoa de Gaia, Porto, Caldas da Rainha, Guarda, Albergaria a Velha e Alcobaça e tantos outros pequenos lugarejos, vilas e concelhos (um termo usado em Portugal para designar uma subdivisão administrativa territorial e autárquica, equivalente ao município no Brasil) de onde se originaria a maioria dos portugueses que imigraram e se estabeleceram em Manaus e Belém.

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Processo defumação da borracha foto domínio público
Processo defumação da borracha. Foto: Domínio público

No Amazonas e Pará alguns desses nomes portugueses se tornaram muito familiares em nossa região, pois foram adotados por ocasião de fundação de vilas e cidades da Amazônia.

Os imigrantes portugueses na sua maioria eram jovens descendentes de famílias pobres, normalmente filhos de agricultores e proprietário de quintas e sítios, naturalmente de numerosa família patriarcal, com rígida educação doméstica e extremamente obediente a tradição, valores familiares devotos de santa ou santo padroeiro da comunidade em especial a Nossa Senhora de Fátima.

Portugal, no final do século passado enfrentava forte crise econômica. As terras agrícolas dos minifúndios, pertencentes a proprietários que possuíam famílias numerosas, sem terem como encaminhar seus filhos para a lavoura, uma vez que as parcelas de terras, como a subdivisão da herança, se tornaram tão pequenas que eram incapazes de sustentar uma família.

Uma das formas encontradas para sobreviver era buscar novos horizontes. O jeito encontrado fora imigrar para as colônias de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Diu, Damão, Macau, remanescentes do antigo império. No limiar de suas juventudes, migravam para essas colônias e para o Brasil, Venezuela e Estados Unidos, em busca de trabalho e dias melhores.

As numerosas famílias que sobreviveram de uma agricultura quase de sobrevivência, cuidando das vinhas, das oliveiras, do azeite, da cortiça e de outros tantos produtos, incentivaram seus filhos a imigrar para o além-mar. Em muitas ocasiões eram trazidas por parentes próximos e até amigos da família que, no Brasil, haviam conseguido um pequeno negócio e procuraram pessoas de confiança para ajudar a administrar os negócios. Normalmente a fama de negócios eram: mercearias, padarias, açougues, bares, botequins, feira, quitandas, lojas e comércio em geral.

Imagem da fachada do armazém B. Levy & Cia que ficava na então Av. Eduardo Ribeiro com a Marechal Deodoro, no centro da cidade de Manaus. Fonte: Indicador Illustrado do Estado do Amazonas de 1910. Edição: Courrier e Billiter. Foto: Reprodução/Instituto Durango Duarte

No decorrer do tempo esses parentes e amigos se tornaram sócios e parceiros no empreendimento comercial em que trabalhavam. Ou até se desligavam para formar novas parcerias ou começar os próprios negócios. Dessa forma começava sua ascensão socioeconômica.

No caso da Amazônia, além desses estabelecimentos varejistas, os portugueses dominavam as casas aviadoras e o comércio de látex e gênero regionais. Dessa forma propiciou a chegada de muitos imigrantes portugueses para aprender o ofício de caixeiros, balconistas, vendedores internos e externos, viajantes e prepostos dos patrões como pessoas de confiança.

Com o distanciamento das famílias que ficavam na origem, Portugal passava-se anos sem notícias dos seus descendentes, que quando conseguiam amealhar recursos visitavam a família em Portugal.

BASE, Abrahim. Luso Sporting Club – A Sociedade Portuguesa no Amazonas. Manaus. Editora Valer, 2007. Pág.: 13-16.

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista … – Veja mais em https://portalamazonia.com/historias-da-amazonia/passaro-de-aco-catalina-amazonia/

Cultivo de alface em areia e caroços de açaí é testado como alternativa sustentável no Amapá

Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

A Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado do Amapá (SDR) está testando o cultivo hidropônico de alface em areia e em caroços de açaí, como alternativa sustentável e eficiente para a produção agrícola local. A iniciativa está exposta da 54ª edição da Expofeira.

O plantio é apresentado na feira pelo coordenador da pasta, Samuel da Silva Barroso. Ele contou que o objetivo é adaptar uma técnica já utilizada em outras partes do Brasil às condições climáticas do estado, que enfrenta variações intensas entre períodos de seca e chuva.

Leia também: Hidroponia: produtor rural usa técnica de plantio sem uso do solo para cultivar alface em Roraima

O cultivo hidropônico é uma técnica de produção agrícola que dispensa o uso do solo. Em vez disso, as plantas crescem com as raízes submersas em uma solução nutritiva sem a necessidade de interferências tóxicas

“Aqui a gente precisa controlar sol e chuva. A forma hidropônica é muito vantajosa porque permite esse controle”, explicou o coordenador Samuel.

cultivo hidropônico de alface em areia e em caroços de açaí
Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

Leia também: Multifunções? Potencial do caroço de açaí é estudado no Amapá: do asfalto a produção de energia

Cultivo com sistema aberto e controle ambiental

O projeto utiliza um sistema aberto de hidrofertilização – uma água adubada. A utilização de tanques como a água permite um controle rigoroso da qualidade, reduzindo o risco de doenças e pragas nas culturas.

Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

A estrutura permite ajustar a irrigação conforme a necessidade: quando o sistema está muito úmido, ele é fechado; quando precisa de mais água, é reaberto. Com isso, é possível controlar sombra, umidade e alimentação da planta com precisão.

Na feira, os dois plantios cresceram ao mesmo tempo, dentro de 15 dias. O cultivado na areia é maior, enquanto o que cresce entre os caroços de açaí é menor. No entanto, os dois apresentam os mesmos benefícios.

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A areia, por ter granulometria menor, favorece o enriquecimento da planta e apresenta menos riscos sanitários.

A área de testes conta com sensores que monitoram umidade, temperatura e luminosidade. Os dados são acessados por aplicativo no celular, facilitando o controle remoto da produção.

Alfaces são cultivados em caroços de açaí em areia. Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

“A SDR quer mostrar ao agricultor o potencial das novas tecnologias para melhorar a produção agrícola no estado”, afirmou Barroso.

Além disso, o retorno do investimento é mais rápido do que no cultivo convencional. A técnica também reduz a infestação de pragas, dispensando o uso de inseticidas.

*Por Isadora Pereira, da Rede Amazônica AP

Parque de diversões da Expofeira do Amapá gratuito nesta segunda-feira; saiba como

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Dia da Família ocorre nesta segunda-feira (8) na Expofeira do Amapá. Foto: Ruan Alves/GEA

O parque de diversões da 54ª Expofeira do Amapá funcionará de maneira gratuita nesta segunda-feira (8). A programação busca atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e, para participar, é necessário realizar um pré-cadastro online. 

Faça o pré-cadastro aqui

Para realizar a inscrição, o interessado deve informar dados do responsável e da criança, como contato, faixa etária, bairro de residência e se a família é beneficiária de algum programa social.

A retirada dos ingressos ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha de 15h às 20h. Já o parque de diversões funcionará das 16h às 22h. 

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A organização informou que um novo credenciamento será liberado conforme a disponibilidade de vagas. Em casos de dúvidas, a população pode entrar em contato via WhatsApp pelo número (96) 99127-3097.

A programação conta também com show da banda Chocolate com Pipoca, a partir das 18h. A expectativa é atender cerca de 15 mil pessoas, sendo 10 mil crianças entre 2 e 14 anos. 

*Com informações da matéria de Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP

Expofeira na Rede

A Expofeira na Rede tem o objetivo de valorizar e ampliar o impacto social, cultural, econômico e turístico da tradicional ExpoFeira do Amapá. É uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM), com apoio do Grupo Equatorial, Tratalyx e Governo do Amapá.

Embrapa contribui com tecnologias avançadas para o desenvolvimento agropecuário sustentável da Amazônia

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Coleta de cacau. Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa

Por Osíris M. Araújo da Silva – osirisasilva@gmail.com

De acordo com estudos avançados da Embrapa, a empresa contribuirá para ajudar produtores no que tange à pressão internacional por desmatamento zero e melhor uso da terra tanto na Amazônia quanto no Cerrado incentivando, por exemplo, os modelos integrados e a ILPF (Integração Lavoura Pecuária Florestas). Dados da instituição informam haver 17 milhões de hectares cultivados com o sistema ILPF, sendo a maioria integração lavoura-pecuária (ILP). A Embrapa vem trabalhando via Rede ILPF para alcançar 30 milhões de hectares, incluindo a integração com o reflorestamento. No Norte, vem se desenvolvendo em larga escala sistemas agroflorestais, com cacau, café e açaí. Além disso, trabalha com a dimensão sobre o uso de cobertura da terra, participando dos projetos TerraClass Amazônia e TerraClass Cerrado, que, a partir de dados do Prodes, classificam e analisam os dados.

De acordo com o site da Embrapa, vem sendo trabalhado o modelo junto com os Ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia para ampliar o programa para os outros quatro biomas brasileiros. A partir da classificação dos dados, é possível ter um monitoramento melhor da dinâmica de uso e cobertura da terra e trabalhar com políticas públicas para incentivar o uso dessas tecnologias, visando à adoção da agricultura regenerativa. De acordo com a presidente da empresa, Silvia Massruhá, “a agricultura de baixo carbono já está sendo concretizada há mais dez anos, o Plano de Agricultura de Baixo Carbono, hoje “RenovaAgro”.

No Brasil, começamos a estabelecer alguns protocolos, o de soja e carne e leite de baixo carbono por meio de parceria público-privada. Agora, estamos avançando no cálculo da pegada de carbono do ciclo de vida do sistema de produção”. Massruhá salienta que “a Embrapa tem uma metodologia já reconhecida e validada internacionalmente. O balanço da pegada de carbono começou com a cana-de-açúcar e avançou para soja, milho, leite e café. É uma metodologia que estamos aplicando em outras cadeias produtivas. A agricultura emite carbono, mas sequestra também. Na análise do ciclo, muitas vezes o saldo é positivo. Portanto, temos que trazer esses dados por cadeia e referências tropicalizadas, visando às exigências de mercado”.

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Em relação à produção sustentável de alimentos, a Embrapa desenvolveu o App TecAmazônia: tecnologias para a agricultura sustentável no Bioma Amazônia. Trata-se de um App gratuito, que apresenta soluções tecnológicas sustentáveis da Embrapa para a produção agropecuária no bioma da região. Abrange cultivares, práticas agropecuárias, processos agroindustriais, metodologias, entre outros tipos. O site da empresa informa que as buscas podem ser feitas por produto (mandioca, milho, açaí, leite, aves, dentre outros) ou por localização. Esta pode ser selecionada a partir de uma lista dos municípios do bioma ou com o uso do GPS do smartphone. O aplicativo mostra onde encontrar e dá acesso a materiais de apoio (publicações, vídeos, áudios) sobre cada tecnologia. Permite, ainda, que o usuário faça avaliações e registre sua opinião sobre as soluções tecnológicas apresentadas. A tecnologia gera enormes benefícios sociais e econômicos ao organizar soluções sustentáveis para o bioma amazônico, facilitando ainda a busca de tecnologias para os produtos agropecuários mais recorrentes na região.

Segundo a Embrapa, o App pode ser acessado mesmo sem conexão com a internet, e permite o uso em campo por produtores rurais, extensionistas, gestores públicos e de organizações privadas, ou qualquer pessoa com interesse no desenvolvimento sustentável no bioma Amazônia por meio da tecnologia. Participam do projeto as seguintes unidades: Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Acre, Embrapa Amapá, Embrapa Rondônia, Embrapa Roraima, Embrapa Maranhão, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Pesca e Aquicultura.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Brasil, Peru e Colômbia unem forças contra a exploração madeireira ilegal no Trapézio Amazônico

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Foto: Divulgação/Agência Andina

Mais de 60 autoridades e especialistas do Peru, Brasil e Colômbia trocaram opiniões e experiências sobre a extração ilegal de madeira no ‘Trapézio Amazônico’ e na região da Tríplice Fronteira, uma atividade que prejudica as comunidades locais e as economias de ambos os países.

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Os debates ocorreram no Fórum Regional sobre Cooperação Operacional: Coordenação Transfronteiriça em Casos de Crimes Florestais, realizado em Iquitos (Peru) e organizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em coordenação com a Agência de Supervisão de Recursos Florestais e de Vida Selvagem (OSINFOR) e a Interpol.

O encontro ocorreu durante três dias, com a participação de policiais, promotores e representantes de ministérios, órgãos ambientais e organizações internacionais.

O objetivo do workshop era fortalecer a cooperação transfronteiriça para prevenir, detectar e investigar crimes florestais, compartilhando informações importantes sobre rotas ilegais e modus operandi .

Neste contexto, foram realizadas simulações de campo utilizando técnicas de pesquisa, e demonstrado o uso de imagens de satélite e algoritmos de detecção de registro seletivo baseados em inteligência artificial.

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combate à exploração de florestas amazônicas - peru
Foto: Divulgação/Agência Andina

Osinfor oferece metodologias contra exploração

Durante o evento, o chefe da OSINFOR, Williams Arellano Olano, destacou a importância de compartilhar experiências no uso de ferramentas tecnológicas para monitorar florestas e a exploração da região.

Ele afirmou que a agência que supervisiona implementou metodologias de detecção seletiva de exploração madeireira e sistemas de alerta precoce baseados em imagens de satélite, drones e algoritmos especializados para garantir a origem legal da madeira.

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Os participantes do workshop também identificaram áreas de exploração onde estão ocorrendo atividades que afetam a Amazônia, como mineração ilegal, plantações ilícitas, desmatamento e extração ilegal de madeira, bem como rotas transfronteiriças para essas atividades ilegais.

Também foi estabelecida uma estrutura de cooperação com base na coleta e análise de informações , detecção precoce por meio de novas tecnologias e planejamento de investigações conjuntas e operações coordenadas em território compartilhado.

“A cada minuto, uma área de floresta é perdida na Amazônia, enquanto as economias ilegais continuam a avançar”, disse Alek Arora, representante do UNODC. “Se trabalharmos juntos, seremos capazes de prevenir, combater e desmantelar as redes que ameaçam as florestas”.

Arrecadação de alimentos e coleta de resíduos na 54ª Expofeira do Amapá ultrapassam o esperado

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Alimentos foram arrecadados no ‘Pesque e Troque’. Foto: Sal Lima/GEA

Aliar diversão e ainda ajudar o próximo foi o foco do “Troque e Pesque”, ação promovida pelo Governo do Estado durante a 54ª Expofeira do Amapá. Durante as atividades realizadas dentro da ação, no Parque de Exposições da Fazendinha, foram arrecadados 1,5 toneladas de alimentos para serem distribuídos a entidades beneficentes.

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O evento, coordenado pela Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), reuniu mais de 4 mil pessoas com a proposta de, além de promover um espaço de lazer, auxiliar em ações sociais com a doação de um quilo de alimento não perecível, exceto sal, que dava direito à pescaria.

“O balanço do Pesque e Troque foi extraordinário, e todas as atividades que fizemos foram ótimas. A pesca é a terceira maior atividade econômica do estado, e precisa ser potencializada. Além disso, é uma oportunidade de aliviar o estresse com a família e de se aproximar de mais pessoas”, declarou Paulo Nogueira, titular da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq).

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Ao longo da programação também ocorreu o ‘Sexta Elas Pescam’, voltado totalmente para o público feminino, com atividades que incluíram massagens, cortes de cabelo e limpeza de pele. A data temática arrecadou mais de 300 kits de higiene pessoal.

O número de mulheres e crianças que participaram do Troque e Pesca superou a dos anos anteriores. Nesta edição, homens, mulheres e crianças concorreram a premiações exclusivas para cada público. 

“Estamos encerrando a programação com mais de 100 peixes pescados nessa última manhã. Todos os dias vieram muitas pessoas, foi um sucesso. Atendemos a pedidos de reservarmos uma programação especial para as mulheres, isso foi uma sugestão delas durante a edição do ano anterior”, disse Deurio Freitas, coordenador de Mercado e Comercialização da Sepaq.

Foto: Sal Lima/GEA

Coleta de resíduos na Expofeira

Outro número que chama a atenção é referente à coleta de resíduos nos seis primeiros dias da Expofeira. Foram mais de nove toneladas de resíduos sólidos por meio da coleta seletiva no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá. A ação tem como objetivo conscientizar a população sobre a conservação e incentivar a educação ambiental.

O trabalho consiste no recolhimento de materiais como vidro, plástico, metal e resíduos orgânicos. A coleta seletiva é coordenada pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec).

“Incentivar a educação ambiental e a economia circular é uma das prioridades da atual gestão. Os resíduos coletados deixarão de ir para o lixão de Macapá e se transformarão em novos produtos, impactando diretamente ações de conservação ambiental”, destacou Edivan Andrade, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec). 

coleta de resíduos na expofeira 2025
Foto: Flávio Sousa/Setec AP

Para a realização da coleta seletiva, foram contratadas empresas amapaenses especializadas na gestão de resíduos sólidos como a Vitrum, que reaproveita garrafas de vidro para produzir areia.

Foram coletados 932,7 quilos de resíduos reciclados, 88,9% de taxa de reciclagem e a ação alcançou mais de duas mil pessoas durante o evento. 

Atualmente, cerca de 50 profissionais estão atuando, direta ou indiretamente, na coleta de resíduos sólidos na Expofeira e a expectativa é de que mais de 20 toneladas de materiais sejam recolhidos até o final da feira.

Expofeira na Rede

A Expofeira na Rede tem o objetivo de valorizar e ampliar o impacto social, cultural, econômico e turístico da tradicional ExpoFeira do Amapá. É uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM), com apoio do Grupo Equatorial, Tratalyx e Governo do Amapá.