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Encontro inédito de cooperação científica é realizado no Amapá com pesquisadores da Guiana Francesa

Foto: Divulgação/GEA

Em preparação à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), o Amapá sedia, na segunda-feira (29), o 1º Seminário do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica, em Macapá. A programação promovida pelos Governos do Estado e Federal reunirá pesquisadores do Brasil e da Guiana Francesa para discutir saúde fronteiriça e conservação.

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O encontro, coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeap), acontece no auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal do Amapá (Unifap), no bairro Universidade, das 8h às 18h.

A iniciativa é binacional e tem como objetivo fortalecer a cooperação científica entre Brasil e França, por meio do intercâmbio entre instituições de ensino superior e pesquisa da Amazônia brasileira e da Guiana Francesa.

“Nossa fronteira com o território ultramarino francês faz da nossa região uma confluência de culturas e desafios comuns, que exigem soluções construídas de forma conjunta. A interação entre pesquisadores dos dois países demonstra um interesse real na construção de pautas que beneficiem ambos os lados”, explica o diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg Silva.

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Encontro acontece na Biblioteca Central da Unifap, no Amapá.
Encontro acontece na Biblioteca Central da Unifap. Foto: Albenir Sousa/Rede Amazônica AP

Foco nas zonas de fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá

O seminário terá como eixo central a discussão de temas estratégicos para a região amazônica, com ênfase em saúde nas zonas de fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá, e na biodiversidade, abordando seus múltiplos aspectos relacionados a florestas, rios, águas interiores e zonas costeiras.

“Estaremos fortalecendo os laços de cooperação entre as duas nações e construindo pautas estratégicas que poderão ser levadas para o cenário internacional, como a COP30. Aproveitaremos essa oportunidade para apresentar ao mundo a produção científica gerada em nossa região”, completa Silva.

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O evento visa valorizar as cooperações científicas já existentes e estimular novas parcerias entre o Brasil e a França, com foco especial na região das Guianas. A programação inclui palestras, mesas-redondas e apresentações de pôsteres científicos, voltados à pesquisa e à conservação da Amazônia.

Prêmio Carlos Rocque: concurso de ornamentação de embarcações no Pará

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Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) do Pará lançou, no dia 23 de setembro, a 38ª edição do Concurso de Ornamentação de Embarcações do Círio Fluvial, o Prêmio Carlos Rocque, no Comando do 4º Distrito Naval. No evento, foi divulgada a bandeira de identificação do concurso, que integra oficialmente o calendário da festividade. Na ocasião, a Marinha do Brasil apresentou as regras de navegação e de segurança para a romaria das águas.

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Criado em 1986 pelo jornalista Carlos Rocque, então presidente da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), o Círio Fluvial surgiu para homenagear a Rainha da Amazônia e, ao mesmo tempo, fomentar o turismo religioso no Pará. Desde então, tornou-se uma das manifestações mais marcantes da quadra nazarena, sendo hoje a quinta mais antiga do circuito de romarias.

Em 2025, a expectativa é que cerca de 250 embarcações participem da procissão, que percorre um trajeto de 10 milhas náuticas pela Baía do Guajará, saindo do trapiche de Icoaraci até a escadinha do cais do porto, em Belém.

O secretário de Turismo do Pará, Eduardo Costa, destacou a dimensão cultural e identitária da Romaria Fluvial. “Faz parte da identidade do povo paraense, é a cultura, é a tradição que vem à tona e o orgulho de ser paraense. Esse evento marca o início da quadra mariana, que é também o momento da alta estação turística no Estado, quando os hotéis estão com ocupação máxima e temos a oportunidade de mostrar nossas riquezas, gastronomia, cultura e hospitalidade”, afirmou. 

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Eduardo Costa também ressaltou o legado do jornalista que deu origem ao evento: “Carlos Rocque teve a sensibilidade de criar uma procissão que refletisse a essência dos ribeirinhos, já que Belém não é apenas cortada por rios, mas vive neles como parte de sua identidade”.

A Marinha do Brasil será responsável pela coordenação das regras de navegação e segurança do prêmio. O vice-almirante Adriano Batista, comandante do 4º Distrito Naval, reforçou que o trabalho em equipe é essencial para garantir a tranquilidade dos participantes.

“A união de esforços é o que assegura o sucesso do Círio. Nossa maior preocupação é que todos os fiéis participem com segurança e voltem em paz para suas casas. O Círio Fluvial é um dos eventos religiosos mais significativos do mundo, e este ano, por anteceder a COP30, terá ainda mais simbolismo para Belém, que já demonstra capacidade de receber grandes eventos”, afirmou.

Regras para participar do prêmio 

O Capitão de Mar e Guerra Alexandre Batista Pimentel apresentou em detalhes as orientações que deverão ser seguidas pelas embarcações para o prêmio e a procissão. A inscrição é gratuita e obrigatória, podendo ser feita até o dia 3 de outubro, na Capitania dos Portos da Amazônia Oriental ou pela internet.

Entre as regras destacadas estão: uso obrigatório de coletes salva-vidas para embarcações sem cabine, proibição de transporte de crianças menores de sete anos em embarcações de pequeno porte, vedação da prática de esportes náuticos durante a romaria e respeito ao isolamento da embarcação que transporta a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Também foi reforçada a necessidade de evitar superlotação, sob risco de retirada ou apreensão da embarcação.

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Prêmio Carlos Rocque: concurso de ornamentação de embarcações no Pará
Prêmio Carlos Rocque é o concurso de ornamentação de embarcações no Pará. Foto: Rogerio Uchôa/Agência Pará

Durante o percurso, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e militares estarão embarcados, além da presença de ambulâncias em terra e apoio aéreo. O trajeto contará ainda com oito pontos de atracação de emergência. Em caso de qualquer incidente, os participantes deverão acionar o canal marítimo 16, destinado a emergências.

A diretoria da Festa de Nazaré reforçou a importância da parceria com a Marinha para garantir o êxito do evento e o andamento do prêmio. O coordenador Antônio Sousa lembrou que todas as decisões relativas à Romaria Fluvial são tomadas em consonância com as normas da Marinha.

“É uma das procissões mais delicadas e, por isso, tratada com tanto zelo. A segurança é prioridade, para que a fé e a devoção possam se manifestar de forma plena”, afirmou.

Mais do que um ato religioso, o Círio Fluvial é um dos principais atrativos turísticos do Pará, mobiliza comunidades ribeirinhas, operadores do setor e milhares de fiéis. Com a tradição fortalecida há quase quatro décadas, o Círio das Águas é um atrativo de turismo religioso e cultural, ao mesmo tempo em que simboliza a união entre fé, identidade e hospitalidade amazônica. “Todos terão seu momento de fé, todos terão seu momento de contemplação da Santa e todos voltarão em segurança para suas casas”, concluiu o vice-almirante Adriano Batista.

*Com informações da Setur-PA

Resíduos de abacaxi são transformados em telhas ecológicas no Amapá

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Projeto transforma resíduos de abacaxi em telhas ecológicas. Foto: Crystofher Andrade/Rede Amazônica AP

Três estudantes da Escola Estadual Elias Trajano de Souza, localizada em Porto Grande, no Amapá, desenvolveram um projeto que transforma coroas de abacaxi descartadas por feirantes em telhas ecológicas. A iniciativa alia sustentabilidade, inovação e baixo custo.

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O trabalho está sendo apresentado na 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap), realizada no Amapá Garden Shopping, na zona sul de Macapá. O evento reúne alunos do ensino fundamental, médio e superior de escolas do estado, de outras regiões do Brasil e também do exterior.

Jennifer Gabrielle, de 15 anos, conta que a ideia surgiu da preocupação com o descarte inadequado das coroas da fruta.

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Telhas feitas com abacaxi: resistentes e acessíveis

“Fizemos diversos testes e vimos que ela é bastante resistente à água e ao impacto. É super leve, fácil de usar e com bom custo-benefício. Uma telha dessa pode sair por apenas R$ 8 no mercado, um valor bem acessível”, afirma a estudante.

Projeto transforma resíduos de abacaxi em telhas ecológicas no Amapá. — Foto: Crystofher Andrade/g1 AP

O projeto foi selecionado para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) de 2025, em São Paulo, onde as alunas terão a oportunidade de apresentar a proposta para especialistas e pesquisadores.

A feira segue até o fim da semana com exposições, oficinas e apresentações de projetos voltados à ciência, educação e sustentabilidade.

*Por Crystofher Andrade, da Rede Amazônica AP

‘Carrossel da Saudade’ celebra 46 anos: a memória musical do Amazonas

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Foto: Reprodução/Arquivo Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

Um dos programas mais longevos da televisão amazonense, o ‘Carrossel da Saudade‘, do Sistema de Comunicação Encontro das Águas, do Governo do Amazonas, completou 46 anos em 2025. A celebração ocorreu no dia 19 de setembro, reafirmando seu papel como guardião da memória musical amazônica.

Criado no fim da década de 1970, o programa se tornou o mais longevo da televisão no Amazonas e é Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. A programação sempre atrai um grande público ao Largo de São Sebastião, no Centro de Manaus (AM).

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O programa nasceu com a proposta de valorizar as modinhas, o choro e o cancioneiro regional, reunindo artistas que ajudaram a construir a identidade sonora do país.

carrossel da saudade em manaus
Foto: Reprodução/Arquivo Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

Durante suas mais de quatro décadas no ar, o ‘Carrossel da Saudade’ recebeu nomes consagrados da música popular brasileira, como Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Vanusa e Sidney Magal, além de valorizar intérpretes e compositores locais. Nos anos 1990, o programa chegou a atingir cerca de 300 mil telespectadores nas noites de sexta-feira.

Segundo os registros históricos, as primeiras formações musicais do programa contaram com grupos como Príncipes da Melodia, Clube do Chorinho e Primas e Bordões.

A proposta sempre foi oferecer ao público um espaço para reviver as serenatas, serestas e bailes que marcaram gerações.

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Relembre a icônica abertura do ‘Carrossel da Saudade’:

Atualmente

Em edições especiais, o ‘Carrossel da Saudade’ também abre espaço para dançarinos e amantes de ritmos clássicos, como bolero, mambo e cha-cha-cha.

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Para Rui Carvalho, regente da Amazonas Band, o projeto tem um valor cultural inestimável.

“É um convite para os pés de valsa matarem a saudade de um baile ao som de músicas que atravessaram o tempo. Cada apresentação é uma noite nostálgica que celebra a elegância e o romantismo”.

Lula anuncia aporte de US$ 1 bilhão no Fundo de Florestas Tropicais para Sempre

Lula sobre o TFFF: “Mais do que proteger um bioma específico, é um mecanismo para preservar a própria vida na Terra. As florestas tropicais prestam serviços ecossistêmicos essenciais para a regulação do clima”. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, durante a Sessão de Abertura da Reunião sobre o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), nesta terça-feira, 23 de setembro, que o Brasil vai investir US$ 1 bilhão na iniciativa.

O Fundo, que propõe um modelo inovador de financiamento para a conservação das florestas tropicais, será oficialmente lançado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima, a COP30, agendada para novembro, em Belém (PA).

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“O Brasil vai liderar pelo exemplo e se tornar o primeiro país a se comprometer com investimento no fundo com um bilhão de dólares. Por isso, convido todos os parceiros presentes a apresentarem contribuições igualmente ambiciosas para que o TFFF possa entrar em operação na COP30, em novembro, na Amazônia sul-americana”, declarou Lula, durante a reunião realizada na Sede das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos.

Confira a íntegra do discurso do presidente Lula AQUI.

A iniciativa brasileira visa fortalecer a manutenção das florestas em pé, demonstrando que sua proteção vale mais que a derrubada. No total, mais de 70 países em desenvolvimento com florestas tropicais podem receber os recursos.

“Mais do que proteger um bioma específico, o TFFF é um mecanismo para preservar a própria vida na Terra. As florestas tropicais prestam serviços ecossistêmicos essenciais para a regulação do clima”, explicou o presidente Lula.

Lula ressaltou que os dividendos gerados pelo TFFF, que será complementar aos mecanismos de pagamento por redução de emissões de gases de efeito estufa, serão repartidos anualmente entre os investidores e os países que mantiverem suas florestas em pé.

“Todos os anos, o monitoramento por satélite tornará possível identificar se os países estão respeitando a meta de manutenção do desmatamento abaixo de 0,5%”, afirmou Lula.

Segundo o presidente, a meta é que cada país possa receber até 4 dólares por hectare conservado. “Parece modesto, mas estamos falando de um bilhão e cem milhões de hectares de florestas tropicais distribuídos em 73 países em desenvolvimento”, frisou.

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Indígenas e comunidades

Para aderir ao TFFF, os países deverão ter sistemas de gestão financeira transparentes e concordar em separar 20% dos recursos especificamente para povos indígenas e comunidades tradicionais.

“Direcionar parte desses recursos aos povos indígenas e comunidades locais pode garantir meios adequados para quem sempre cuidou de nossos bosques e matas”, disse Lula.

“O TFFF vai articular conservação, uso sustentável dos recursos ecossistêmicos e justiça social em prol de um novo modelo de desenvolvimento”, completou.

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Origem do Fundo

O Brasil lidera os esforços pela criação do TFFF desde a COP28, realizada em Dubai, em 2023. Até o momento, outros cinco países que possuem florestas tropicais integram a iniciativa:

  • Colômbia,
  • Gana,
  • República Democrática do Congo,
  • Indonésia
  • e Malásia.

Além disso, cinco países potencialmente investidores também participam do processo de fundação do mecanismo: Alemanha, Emirados Árabes Unidos, França, Noruega e Reino Unido.

Recursos

A expectativa é que as nações investidoras disponibilizem um aporte inicial que poderá alcançar até 25 bilhões de dólares. Com esta injeção, deve ser possível alavancar mais 100 bilhões de dólares (capital sênior) do setor privado ao longo dos próximos anos. Os governos, ao aceitarem o papel de capital júnior, consentem em incorrer em um risco um pouco maior do que o setor privado, atraindo estes investidores privados.

As projeções dos responsáveis por elaborar o TFFF apontam também que o mecanismo deve viabilizar 4 bilhões de dólares anuais para a conservação ambiental, o que representa um valor próximo do triplo do volume aplicado globalmente para a proteção das florestas tropicais por meio de recursos concessionais.

🌱💻 Saiba mais sobre a COP30 aqui

Lula na Abertura da Reunião sobre o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre foto ricardo stucker pr
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sessão de abertura da Reunião sobre o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Sede das Nações Unidas, Nova York (EUA). Foto: Ricardo Stuckert/PR

Funcionamento

Os países com florestas tropicais que aderirem ao TFFF deverão apresentar ao conselho do fundo relatórios anuais que comprovem a conservação das florestas, com monitoramento via satélite. O Brasil já faz este acompanhamento por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e poderá ser exemplo para as outras nações, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). 

Os países beneficiários terão autonomia para definir o destino final dos recursos. No Brasil, o MMA projeta que a verba poderá fortalecer uma série de medidas de conservação ambiental, como o Programa Bolsa Verde, a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e ações de incentivos à bioeconomia.

Economia verde

Quanto aos investimentos feitos pelo fundo para remunerar os países, a aplicação em projetos que envolvam combustíveis fósseis é vetada. A prioridade é optar por ações e títulos de governos e companhias de países emergentes e produtos considerados verdes.

*Com informações do Planalto

Brasil, Bolívia e Peru se unem para discutir proteção das mulheres na Amazônia

Foto: Matheus Holanda/PMAC

Uma parceria histórica entre Brasil, Bolívia e Peru mostra que a proteção às mulheres não conhece fronteiras. Até sexta-feira (26/9), autoridades e especialistas dos três países participam, em Brasiléia (AC), do 1° Seminário Trinacional da Patrulha Maria da Penha – 2025, com o objetivo de fortalecer políticas públicas e alinhar estratégias conjuntas no enfrentamento à violência doméstica e familiar.

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Com o tema ‘Proteção sem Fronteiras: Unindo Forças por uma Amazônia Livre da Violência contra a Mulher’, o encontro representa um passo decisivo na integração regional. O evento é promovido pela Polícia Militar do Acre (PMAC), pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre e pelas prefeituras de Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri, reunindo profissionais de segurança pública, gestores e organizações da sociedade civil.

A coordenadora de Prevenção às Violências contra as Mulheres da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Julia Mitiko Sakamoto, que representou o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) na abertura do seminário, destacou que a iniciativa demonstra o compromisso dos três países em transformar o combate à violência de gênero em prioridade de Estado.

“A cooperação entre países é essencial. As Patrulhas Maria da Penha já mostram resultados concretos na redução da reincidência da violência doméstica, na prevenção do feminicídio e no fortalecimento da rede de proteção às vítimas”, esclareceu.

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Julia Sakamoto é coordenadora de Prevenção à Violência contra Mulheres da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Foto: Matheus Holanda/PMAC
Julia Sakamoto é coordenadora de Prevenção à Violência contra Mulheres da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Foto: Matheus Holanda/PMAC

A comandante-geral da PMAC, Marta Renata da Silva Freitas Alves, reforçou que o seminário é um espaço de escuta e construção coletiva.

“Aqui conseguimos reunir todos os atores envolvidos e pensar em ações que realmente façam diferença na vida das mulheres. O objetivo é transformar o debate em medidas práticas para reduzir a violência, seja no ambiente doméstico, familiar ou na sociedade em geral”, afirmou.

Além de apoiar o evento, a Senasp oferecerá um curso de capacitação voltado a policiais militares que atuam diretamente na proteção das mulheres. O treinamento visa aprimorar o atendimento às vítimas e ampliar a integração das equipes com a rede de apoio local.

Patrulhas Maria da Penha

Criadas para atender e acompanhar mulheres e meninas vítimas de violência doméstica e familiar, as Patrulhas Maria da Penha são compostas por policiais capacitados para atuar na prevenção, fiscalização de medidas protetivas e apoio às vítimas. Elas desempenham papel estratégico ao reduzir o risco de reincidência, garantir o cumprimento das decisões judiciais e aumentar a sensação de segurança das mulheres atendidas.

Segurança e dignidade para as mulheres

No âmbito do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), o MJSP tem liderado políticas nacionais para combater o feminicídio e fortalecer o atendimento especializado.

Em 2025, foram lançadas versões revisadas dos Cadernos Temáticos de Referência, que padronizam as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), as Patrulhas Maria da Penha e o Protocolo Nacional de Investigação e Perícias em Crimes de Feminicídio. Os documentos incorporam avanços legislativos, diretrizes de atuação integrada e abordagem com perspectiva de gênero.

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Entre 2023 e 2024, o MJSP entregou 370 viaturas para reforçar a estrutura das DEAMs e das Patrulhas Maria da Penha. Também repassou recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados e ao Distrito Federal – com 10% obrigatoriamente destinados a ações de enfrentamento à violência contra a mulher. Foram mais de R$ 218 milhões transferidos nesses dois anos, além de outros R$ 116 milhões já previstos para 2025.

A capacitação de profissionais é outra prioridade. Desde 2024, sete edições do Curso Nacional de Atendimento às Mulheres e Meninas em Situação de Violência – Nível Multiplicador já formaram 270 agentes. Para 2025 e 2026, serão realizados cerca de 16 edições do Curso para atuação das Patrulhas Maria da Penha, específico para operadores das Patrulhas Maria da Penha, com a meta de qualificar 640 profissionais.

Outro destaque é a expansão das Casas da Mulher Brasileira, unidades que concentram, em um único espaço, serviços especializados para acolhimento e apoio às vítimas. Por meio de acordo de cooperação técnica com o Ministério das Mulheres, está prevista a implantação de até 17 novas unidades em todo o País.

*Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública e PMAC

Maior exercício militar do Brasil reúne 10 mil militares em Roraima: Operação Atlas 2025

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Operação Atlas 2025 envolve ações em terra, rios, mar e espaço aéreo. Foto: Érico Alves/Ministério da Defesa

Cerca de 10 mil militares participam da Operação Atlas 2025, maior exercício militar do Brasil, realizado em Roraima. O treinamento, que vai até 9 de outubro, tem como objetivo reforçar a atuação das Forças Armadas na Amazônia, considerada uma região estratégica para o país.

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A operação começou em junho, com a fase de deslocamento de tropas para o extremo Norte do país. A segunda etapa começou em agosto, com uma simulação em Manaus (AM), e entra na fase principal em Boa Vista.

Tropas e equipamentos de diferentes regiões do país estão sendo enviados para a capital de Roraima, onde serão realizados o Apronto Operacional, que avalia a prontidão e operacionalidade militar, e a Simulação Viva.

Um dos destaques da operação é o uso do Sistema Astros, artilharia de mísseis e foguetes com alta tecnologia agregada. O treinamento envolve ações em terra, rios, mar e espaço aéreo, com o uso de meios terrestres, aéreos e fluviais.

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Mapa Operação Atlas
Imagem: Reprodução/Ministério da Defesa

De acordo com o Ministério da Defesa, que coordena o exercício militar conjunto, o objetivo é melhorar a integração entre Marinha, Exército e Aeronáutica, garantindo que atuem de forma coordenada e eficiente.

No dia 3 de outubro, a Base Aérea de Boa Vista, localizada no bairro Aeroporto, recebe a concentração de tropas e equipamentos para testar a logística e a integração entre as Forças. As ações seguem até o dia 9 de outubro.

Equipamentos de diferentes regiões do país estão sendo enviados para a capital de Roraima. — Foto: Exército Brasileiro/Divulgação

Principais eventos em Roraima

  • 26/09 às 9h – Palestra sobre a Operação ATLAS na Universidade Federal de Roraima (UFRR), no Salão Nobre do campus;
  • 3/10 às 8h – Formatura de Apronto Operacional (Apronal) na Base Aérea de Boa Vista;
  • 9/10 às 8h – Exercício de Tiro Real da Força Tarefa Conjunta em Bonfim.
Foto: Érico Alves/Ministério da Defesa

Cronograma da Operação Atlas

Fase 1 – Planejamento Integrado: 30/06 – 11/07
A etapa ocorre na Escola Superior de Defesa, em Brasília, e é dedicada ao planejamento conjunto das ações das Forças Armadas. Serão definidos os procedimentos de deslocamento estratégico, os sistemas de comando e controle, além da análise de cenários e problemas simulados.

Fase 2 – Deslocamento Estratégico: 27/09 – 1/10
Caracteriza o início da movimentação de pessoal e equipamentos militares em direção à área de atuação na Amazônia e na região marítima da foz do Amazonas.

Fase 3 – Exercício no Terreno: 02/10 – 11/10
Ocorre diretamente no terreno, abrangendo os estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e envolve a execução das ações previamente planejadas. As Forças Armadas colocam em prática as operações táticas em campo, com atividades integradas em ambientes terrestre, fluvial, marítimo e aéreo.

Etapa Atlas Armas Combinadas: 07/09 – 16/09
Realização de fogos reais e ações táticas, simulando a conquista e defesa de objetivos militares em Formosa (GO).

Etapa Atlas Anfíbia: 26/11 – 06/12
Realização de operações marítimas e desembarque de tropas no litoral do Espírito Santo.

Círio de Nazaré recebe patrocínio inédito do Governo Federal: R$ 2 milhões

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Ministro Celso Sabino e organizadores do Círio de Nazaré com documento autorizando patrocínio. Foto: Divulgação/ Círio de Nazaré

O Círio de Nazaré, maior evento religioso do Brasil e um dos maiores do mundo, ganhou neste ano um apoio inédito do Governo Federal. Pela primeira vez, o Ministério do Turismo destinou uma verba de R$ 2 milhões para a realização da festividade em Belém (PA), reforçando o caráter de valorização do turismo religioso no país.

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O anúncio foi feito pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, tarde de terça-feira (23), na Casa de Plácido, ao lado de representantes da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN). O investimento tem como base um Termo de Intenção que integra as diretrizes da Política Nacional de Turismo, voltadas ao fomento e apoio a eventos com forte potencial cultural e turístico.

De acordo com o ministro, a medida representa um marco histórico. “É um momento de muito orgulho e satisfação assinar esse termo aqui, contribuindo para o desenvolvimento da festa, mas sobretudo, contribuindo para que o turismo gere mais empregos e oportunidades na capital paraense”, afirmou Sabino.

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Foto: Marcelo Souza/Agência Pará

O diretor coordenador do Círio 2025, Antonio Sousa, destacou a relevância do gesto: “O Círio é patrimônio do Brasil e orgulho da Amazônia. Este gesto é o marco do reconhecimento à grandiosidade da maior manifestação de fé do nosso povo”.

Investimento no turismo religioso

O aporte financeiro para o Círio de Nazaré integra a estratégia do governo de estimular o turismo religioso como vetor de desenvolvimento. Essa modalidade vem crescendo no país e já movimenta milhões de pessoas em cidades como Aparecida (SP) e Trindade (GO), além de Belém.

Segundo Celso Sabino, a verba destinada ao Círio fortalece a infraestrutura local e amplia o alcance da festividade.

“Que o Círio deste ano possa ser ainda maior e melhor do que foi o do ano passado, que mais pessoas venham aqui sentir a energia e a fé que os romeiros de Nossa Senhora de Nazaré proporcionam”, disse o ministro.

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O vigário da Basílica de Nazaré, padre Paulo de Tarso, também destacou a importância do investimento: “É um momento de evangelização, de levar a presença de Deus pelas ruas. O povo se reúne aqui com muito sacrifício e é um momento tão importante”.

Círio como patrimônio cultural

Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o Círio de Nazaré ocorre anualmente em Belém, reunindo milhões de fiéis em procissões terrestres e fluviais. Além da dimensão religiosa, o evento tem impacto direto na economia da capital e do estado do Pará.

Durante o período das romarias, hotéis, restaurantes, transportes e comércio local registram alta na demanda. O patrocínio inédito do governo federal deve contribuir para fortalecer a logística da festa, melhorar a recepção dos turistas e consolidar o Círio como vitrine cultural do país.

O investimento também simboliza o reconhecimento da diversidade cultural brasileira. O Termo de Intenção assinado com a Diretoria da Festa de Nazaré prevê o apoio a eventos que promovam identidades locais e valorizem tradições populares, dentro de uma agenda de desenvolvimento sustentável.

Fé, economia e tradição

O Círio de Nazaré movimenta não apenas a fé dos devotos, mas também a economia paraense. Em cada edição, milhares de empregos temporários são gerados, envolvendo setores de transporte, hotelaria, alimentação e comércio. A presença de turistas nacionais e internacionais reforça o papel do evento como atrativo turístico de relevância global.

Para os organizadores, o patrocínio de R$ 2 milhões representa mais do que um auxílio financeiro: é a confirmação da importância da festividade para o país. O apoio federal soma-se a contribuições do setor privado e de devotos, garantindo a manutenção da grandiosidade da celebração.

*Com informações do Ministério do Turismo

Atlas Solar do Amapá é premiado por incentivo à energia sustentável

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O Atlas Solar do Amapá foi reconhecido como ‘Boa Prática Nacional’ na premiação realizada segunda-feira (22), em Brasília. Foto: Gabriel Penha/GEA

O Atlas Solar do Amapá foi reconhecido como ‘Boa Prática Nacional’ na segunda-feira (22), durante a abertura do Congresso Brasileiro de Minas e Energia 2025, em Brasília. O prêmio foi concedido pela FGV Energia. Lançado em agosto de 2024, o projeto busca atrair investimentos para a produção de energia renovável no Estado.

O material tem 76 páginas e reúne dados sobre o potencial de geração solar no Amapá e foi desenvolvido após os apagões registrados em 2020.

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O Atlas é resultado de uma parceria entre o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e contou com apoio de emenda parlamentar do senador Davi Alcolumbre (União Progressista), que é o idealizador do projeto.

imagem colorida mostra o marco zero do equador, em macapá
Estado possui potencial na implementação de energia solar. Foto: Gabriel Penha/GEA

Segundo Wandenberg Pitaluga, presidente da Agência Amapá de Desenvolvimento Econômico, o Atlas apresenta soluções para os problemas de abastecimento elétrico e destaca o potencial do estado na geração de energia limpa.

“O Amapá tem capacidade para superar até as maiores usinas fotovoltaicas da China, graças à sua localização”, afirmou Pitaluga.

Durante o lançamento, foram instaladas estações de medição solar em Santana, Laranjal do Jari, Porto Grande, Ilha de Maracá, Jipioca e Tartarugalzinho. Os dados são atualizados em tempo real e podem ser acessados pela plataforma do projeto.

Entre os principais destaques do Atlas estão:

  • Estimativa de capacidade instalada para geração de energia;
  • Mapeamento geográfico detalhado;
  • Informações técnicas dos municípios monitorados;
  • Avaliação mensal e sazonal da incidência solar.
Projeto promete impulsionar a produção de energia renovável. Foto: Antônio Medeiros/Arquivo pessoal

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O secretário de Mineração do Amapá, Mamede Barbosa, reforçou que a localização do estado é estratégica para investimentos em energia solar.

“O Amapá tem mais potencial solar do que a Alemanha. E já avançamos na transição energética: hoje, 100% da energia consumida no estado vem de fontes renováveis”, disse Barbosa.

Com base nos dados do Atlas, a expectativa é que sejam implantados parques eólicos na Margem Equatorial Brasileira.

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP

Cine Inclusão: oficinas geram filmes criados por jovens surdos no Amazonas; assista

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Foto: Divulgação

O auditório do Instituto Filippo Smaldone, em Manaus (AM), recebeu uma mostra com os resultados do projeto Cine Inclusão – Surdos em Cena no dia 23 de setembro. Cerca de 150 pessoas prestigiaram o evento, entre alunos e convidados, que contou com a exibição dos quatro curtas-metragens produzidos pelos 31 alunos da oficina, celebrando o encerramento de um ciclo de aprendizado e criação coletiva.

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O projeto, iniciado em agosto e finalizado em setembro, ofereceu aos alunos surdos da instituição uma formação abrangente em audiovisual, com aulas de roteiro, produção, atuação, arte, filmagem com celular e edição, promovendo inclusão, protagonismo e novas possibilidades de expressão.

Cine-Inclusão-Surdos-em-Cena-2025
Foto: Divulgação

A iniciativa foi idealizada pela produtora cultural e psicóloga Keylla Gomes, que destacou a importância de investir em processos criativos que ampliem o acesso à cultura:

“O Cine Inclusão nasceu do desejo de ver a arte como ferramenta de transformação. Durante esses meses, acompanhamos de perto o talento e a dedicação desses jovens surdos, que provaram que a linguagem do cinema é universal. Hoje, ao ver os filmes na tela e a emoção do público, sentimos que o projeto cumpriu seu papel: formar, incluir e inspirar”.

Foto: Divulgação

A equipe contou com a participação dos oficineiros e profissionais do audiovisual Anderson Mendes, Francy Junior e Adailton Santos, além das assistentes Sarah Valentina e Sophia Gomes.

Cine Inclusão fomenta audiovisual

A tradução em LIBRAS foi realizada por Sarah Vitória, jovem surda e ex-aluna do Instituto Filippo Smaldone, que no ano passado participou do projeto ‘Arte do Silêncio – Surdos em Cena’, também idealizado por Keylla Gomes.

“Voltar ao Instituto Filippo Smaldone agora como intérprete foi muito emocionante para mim. Eu já estive no lugar dos alunos e sei a importância que um projeto como esse tem para abrir portas, dar voz e mostrar que podemos ocupar todos os espaços, inclusive o cinema”, declarou Sarah.

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O Cine Inclusão – Surdos em Cena é um projeto contemplado através da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, por meio do Conselho Municipal de Cultura – CONCULTURA, Manauscult, Prefeitura de Manaus, Ministério da Cultura e Governo Federal. A realização contou ainda com o apoio institucional do Instituto Filippo Smaldone, Movimento das Mulheres Negras da Floresta – Dandara, Ykamiabas Produções, Branca3 Filmes e Feitoza Mídias.

Os quatro filmes produzidos durante a oficina já estão disponíveis no YouTube, em uma playlist que reúne toda a produção dos alunos: