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VII Congresso da OAB-AM discute impactos da Reforma Tributária sobre a ZFM

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Congresso da OAB-AM debate desafios da Reforma Tributária e manutenção da Zona Franca. Foto: Reprodução/Rede Amazônica AM

Por Osíris M. Araújo da Silva – osirisasilva@gmail.com

Imposto Seletivo na Reforma Tributária: Instrumento de Arrecadação ou Ferramenta Extrafiscal e os Impactos na Indústria, Comércio, Serviços e Transporte: Da Teoria à Implementação: O que as Empresas Precisam Fazer para a Reforma Tributária não Virar um Passivo; Indústria, Comércio, Serviços e a Reforma Tributária: Planejamento Tributário e Estratégias de Competitividade no Novo Sistema; Split Payment e a Zona Franca de Manaus: Conflitos e Ajustes entre o Comércio Local e os Mecanismos de Arrecadação; Zonas Econômicas Especiais e Sugestões ao Modelo Zona Franca de Manaus. Estes foram alguns dos mais de 30 temas debatidos durante o VII Congresso de Direito Tributário, promovido em sua sede pela OAB-AM com patrocínio diamante da Associação Comercial do Amazonas (ACA), realizado no período de 15 a 17 passado.

O evento, ancorado no tema “Arquitetura Fiscal em Perspectiva: Complexidade, Modernização e Desafios Institucionais”, acolheu preocupações de autoridades e especialistas no que diz respeito à necessidade de o Congresso Nacional aprovar, nos próximos anos, leis complementares para regulamentar as modificações trazidas pela Reforma estabelecendo diretrizes gerais para a cobrança de IBS, CBS, Imposto Seletivo e da Contribuição Estadual e a avaliação de como a ZFM se enquadra ante o novo cenário tributário do país.

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Segundo o presidente da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça, “a programação foi desenhada para aprofundar análises em torno das mudanças estruturais provocadas pela Reforma Tributária, quando foram abordados desde os fundamentos constitucionais até os impactos setoriais e as novas estratégias processuais”. Ressaltou que o evento buscou “tornar-se fórum qualificado para entender os novos contornos da legislação fiscal, seus desafios práticos e as oportunidades emergentes”. Um de seus pontos altos foi marcado pela mesa redonda que discutiu em profundidade o futuro e as expectativas do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) face à Reforma Tributária; os incentivos fiscais e a competitividade amazônica diante da nova realidade tributária, tema de importância estratégica para o desenvolvimento econômico e social do Amazonas. “Vivemos um momento decisivo de redefinição da nossa arquitetura fiscal. O tema deste congresso reflete a urgência em debater a complexidade do sistema, os caminhos para sua modernização e os desafios institucionais que surgem com a Reforma Tributária”, destacou Mendonça.

O VII Congresso de Direito Tributário da OAB-AM, além da homenagem especial prestada ao Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gurgel de Faria, reconhecido por sua vasta contribuição ao Direito Público nacional, contou com a participação de dezenas de renomados juristas, incluindo mestres, doutores, pós doutores e doutrinadores, bem como membros relevantes do poder público federal, estadual e municipal na área tributária. O evento contou com a presença massiva em torno de 800 participantes, desde advogados, contadores, economistas, administradores, empresários e executivos, servidores públicos, magistrados, membros do Ministério Público, professores e acadêmicos.

Para o presidente da ACA, Bruno Pinheiro, “a Associação Comercial do Amazonas teve a honra de participar pela primeira vez do VII Congresso de Direito Tributário da OAB Amazonas, observando que a parceria com a OAB AM !reafirma o compromisso histórico da nossa entidade — fundada em 1871 — com o fortalecimento institucional, a segurança jurídica e o desenvolvimento econômico do nosso Estado. Afinal, discutir tributação é discutir o futuro do Amazonas e o destino da Zona Franca de Manaus. A Reforma Tributária em curso exige atenção técnica e união entre os setores produtivo, jurídico e político. E a Associação Comercial do Amazonas segue firme neste propósito, defendendo os interesses legítimos dos empresários que geram emprego, renda e mantêm viva a economia regional”, salientou.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Norte-americana aprende cultura amazonense na prática com esposo; vídeos viralizaram

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Manauara ensina cultura amazonense à esposa norte-americana e vídeos viralizam nas redes sociais. Foto: Lucas Mendonça/Arquivo pessoal

O casal formado pelo manauara Lucas Mendonça e a americana Eden, que vive no Arizona, nos Estados Unidos, viralizou nas redes sociais ao compartilhar vídeos em que ele apresenta tradições e expressões amazonenses para a esposa. Entre os posts mais vistos, estão gravações em que Lucas ensina Eden a dançar toadas tradicionais dos bois-bumbás da região. 

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Os conteúdos variam entre humor e curiosidades sobre o cotidiano amazônico. Com títulos como “Aprendendo forró de galeroso com minha esposa americana”, “Comidas favoritas da minha esposa versão Amazonas” e o sucesso “Ensinando minha esposa a dançar boi-bumbá”, o casal acumula milhares de visualizações e comentários.

Lucas descobriu que o sucesso nas redes sociais podia vir de algo muito mais autêntico do que imaginava. Ele começou com vídeos fitness, e acreditou que esse seria o seu nicho. Mas foi ao incluir a esposa americana, Eden Mendonça, que tudo mudou.

“Depois que comecei a postar alguns vídeos com minha esposa e vídeos de casal, percebi que dava mais certo e as pessoas se identificavam mais”, contou Lucas, que atualmente vive com Eden no estado do Arizona, nos Estados Unidos.

O casal se conheceu em 2019, durante uma viagem para a Guatemala, começou a namorar em 2020 e se casou em janeiro de 2021. Lucas trabalha como estimador de projetos de construção e Eden é fotógrafa.

Durante uma viagem a Manaus, em agosto de 2025, eles decidiram compartilhar nas redes os momentos em que Eden conhecia comidas típicas, danças e expressões culturais do Amazonas. “As pessoas gostaram muito dos vídeos nos stories, principalmente quando mostrei ela conhecendo nossa cultura”, lembra o manauara.

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Produções

Entre os conteúdos que mais fizeram sucesso estão os registros do ‘forró de galeroso’, experiências com a culinária local e, principalmente, o vídeo em que Lucas ensina Eden a dançar boi-bumbá, que viralizou rapidamente.

“Fizemos vídeos como o ‘forró de galeroso’ e as pessoas adoraram”, contou o criador de conteúdo.

Segundo Lucas, muitos dos roteiros são pensados em conjunto. “Nós planejamos juntos. Gostamos muito de conhecer uma cultura diferente do outro”, afirma.

O aprendizado, segundo ele, é uma troca constante. “Ela também me apresenta coisas da cultura americana. Todo dia a gente aprende algo novo”, diz.

Nem tudo, porém, é ensaiado; algumas situações viram tema de vídeo justamente por acontecerem de forma espontânea.

“A primeira vez que ela veio, se surpreendeu com a maneira como dirigimos. Achou tudo muito rápido. E uma vez, almoçando com minha família, minha mãe fez um ‘capitão’, que é arroz, feijão e farinha amassados na mão. Ela achou muito estranho e engraçado”, relembra.

Com o sucesso dos conteúdos sobre o Amazonas, Lucas já sabe qual será o próximo passo: “Quero fazer alguns vídeos sobre as gírias amazonenses que usamos. Acho que vai ser bem divertido”,.

Orgulho de mostrar o Amazonas para o mundo

Mais do que entreter, Lucas diz sentir orgulho em poder representar sua terra natal para milhares de pessoas, dentro e fora do Brasil.

“Eu me sinto muito grato por poder mostrar um pouco da nossa cultura maravilhosa para o mundo, tanto internacionalmente quanto nacionalmente. Os norte-americanos adoram isso porque é bem diferente. Nossa cultura é única. Tenho muito orgulho da nossa cultura e quero mostrar ainda mais para minha família norte-americana. Quero que meus futuros filhos saibam de onde o pai deles veio e minhas origens”, contou.

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Norte-americana aprende cultura amazonense na prática com esposo; vídeos viralizaram
Foto: Lucas Mendonça/Arquivo pessoal

*Por Sabrina Rocha e Patrick Marques, da Rede Amazônica AM

Torre micrometeorológica integra expedição científica de investigação sobre fluxos de carbono na Amazônia

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Torre micrometeorológica instalada na Fazenda da Ufopa. Foto: Avner Gaspar

Uma torre micrometeorológica com 40 metros de altura foi instalada na Fazenda Experimental da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A iniciativa é mais uma ação da campanha de campo do projeto CarbonARA-Brazil, que ocorrerá até outubro deste ano na região do Baixo Amazonas. A ação integra expedição científica de investigação sobre fluxos de carbono na Amazônia, liderada pelo King´s College London e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a Ufopa e com financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA).

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Uma torre micrometeorológica é uma estrutura equipada com instrumentos para coletar dados detalhados sobre o ambiente atmosférico e de superfície, fornecendo informações sobre fluxos de energia, água e carbono entre a vegetação, o solo e a atmosfera. Essas torres são fundamentais em projetos de pesquisa para monitorar mudanças climáticas, estudar o impacto de atividades humanas e aprimorar modelos climáticos, sendo usadas em diversos ecossistemas como a Floresta Amazônica, o Cerrado e o Pantanal.

Ufopa começa em agosto projeto sobre Saúde Digital na Amazônia
Uma torre micrometeorológica com 40 metros de altura foi instalada na Fazenda Experimental da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). Foto: Divulgação

A montagem e instalação da torre foram feitas pelo coordenador local do projeto, Julio Tota, que é professor do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG), e representa mais uma relevante contribuição para o avanço na pesquisa sobre fluxos de carbono na Amazônia: equipamentos de ponta, voltados para o registro de dados meteorológicos com precisão, estão sendo instalados na estrutura para auxiliar no monitoramento da qualidade do ar e na realização de diversos estudos sobre o clima.

Com aproximadamente 660 hectares, a Fazenda Experimental da Ufopa está localizada no km 37 da Rodovia Curuá-Una (PA-370) e se destina a desenvolver atividades de experimentação, estágio e complemento da formação profissional interdisciplinar, em nível de graduação e pós-graduação, em interação com as unidades acadêmicas da Ufopa. Para o coordenador da Fazenda, Ronaldo Francisco de Lima, a instalação da torre do projeto CarbonARA-Brazil marca um passo importante na consolidação desse espaço como polo de pesquisa ambiental e climática na região amazônica.

“Como coordenador da Fazenda, vejo com entusiasmo o fortalecimento das ações científicas voltadas à compreensão do clima, especialmente em um bioma tão estratégico como o nosso. A presença do Observatório Atmosférico da Ufopa e, agora, da torre do CarbonARA, reforçam o papel da Fazenda como laboratório vivo, onde ciência, tecnologia e sustentabilidade caminham juntas em prol do desenvolvimento regional”, afirma.

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Projeto

Com duração prevista de dois anos, o projeto CarbonARA-Brazil é formado por um consórcio de instituições, nacionais e internacionais, que tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre os fluxos de carbono, os impactos das queimadas e o papel da Amazônia no balanço climático global, por meio da aplicação de tecnologias avançadas de sensoriamento terrestre, aéreo e orbital.

Torre micrometeorológica
Torre micrometeorológica instalada na Fazenda da Ufopa. Foto: Avner Gaspar

No Brasil, a iniciativa é liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no âmbito do projeto “Investigação terrestre, aérea e por satélite da variação espaço temporal nos estoques e fluxos de carbono na Amazônia (GAS-AMZ)”, coordenado pelo pesquisador Luiz Aragão, que é chefe da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do instituto. O cientista possui 25 anos de experiência na produção de informações científicas sobre os impactos das mudanças ambientais e climáticas no sistema terrestre.

A Ufopa é a única universidade da região amazônica a compor esta rede global de pesquisa, sendo responsável pela coordenação das atividades científicas no território local, em especial na região do Baixo Tapajós. Professor do curso de graduação em Ciências Atmosféricas, o pesquisador e meteorologista Júlio Tota é o coordenador local do projeto, que irá instalar mais de quatro toneladas de equipamentos, avaliados em 30 milhões de reais, na universidade.

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As atividades de coleta com finalidade científica têm autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além da Fazenda Experimental da Ufopa, também serão realizadas medidas de fluxo de gases e atmosféricas em solo na Floresta Nacional do Tapajós, em áreas amostrais situadas no município de Santarém vinculadas ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) – LBA (Large Scale Biosphere – Atmosphere Experiment in Amazonia), também parceiro do projeto.

Uma aeronave de pesquisa cedida pela British Antarctic Survey (BAS) também participará da campanha de campo, sobrevoando a Flona Tapajós para coleta de dados. A entidade do Reino Unido realiza pesquisas de ponta na Antártida para compreender questões ligadas ao aquecimento global. Outro destaque será a utilização de dados fornecidos por satélites da Agência Espacial Europeia (ESA), organização intergovernamental dedicada à exploração espacial, com 22 estados-membros.

*Com informação da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

Festival Internacional de Tribos do Alto Solimões: o Festisol e a força da cultura de Tabatinga

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Foto: Divulgação/Festisol 2025

Tabatinga, município que ocupa posição estratégica na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, é palco de uma das mais vibrantes manifestações culturais do Amazonas: o Festival Internacional de Tribos do Alto Solimões (Festisol).

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Ao longo de quatro dias, a cidade se converte em arena de celebrações culturais, competições, música, dança e intercâmbio entre povos da região fronteiriça.

O evento reúne agremiações que representam tribos históricas e traz artistas e grupos de diferentes países.
Durante o festival, o público pode acompanhar apresentações, exibições de danças, rituais, além de shows musicais de âmbito nacional e regional.

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A cada edição, Tabatinga atrai visitantes de municípios vizinhos e estrangeiros vindos da Colômbia e do Peru. Mas qual a origem do Festisol amazonense?

Origem e papel cultural do Festisol

O Festival Internacional de Tribos do Alto Solimões foi criado com o objetivo de resgatar, difundir e valorizar expressões culturais do caboclo amazônico e dos povos indígenas da região do Alto Solimões.

Foto: Lucas Silva/Amazonastur

Desde sua primeira edição, o Festival tem como marca a disputa entre as agremiações Onça Preta e Onça Pintada, que simbolizam tribos regionais e suas cores — azul e branco para Onça Preta, vermelho e branco para Onça Pintada.

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A Onça Preta representa, em suas cores e nos temas de suas apresentações, a tribo Ticuna, enquanto a Onça Pintada representa a tribo Omágua.

O festival possui caráter internacional por envolver, além de municípios do Alto Solimões no Brasil, comunidades culturais e entidades artísticas da Colômbia e do Peru.

Em 2023, o evento ganhou status de patrimônio cultural imaterial do Estado do Amazonas por meio da Lei nº 6.632, sancionada em 12 de dezembro de 2023.

Programação e disputas entre tribos

Em geral, o Festival ocorre em quatro noites consecutivas em setembro, com programação no Centro Cultural de Tabatinga, espaço que abriga apresentações e competições conhecidas como o “Onçódromo”.

Nas noites de exibição, cada tribo (Onça Preta e Onça Pintada) apresenta coreografias, cantos, alegorias e adereços que dialogam com mitos, lendas e aspectos simbólicos da cultura amazônica.

Além das apresentações das tribos, o festival conta com shows musicais de artistas regionais e nacionais. Na edição de 2024, em setembro, foram confirmadas as participações de Solange Almeida e Mari Fernandez, por exemplo.

O festival também incorpora exibições culturais dos países vizinhos, com grupos vindos da Colômbia e do Peru, ampliando o intercâmbio entre fronteiras.

No encerramento, é feita a apuração das notas atribuídas às tribos em diversos itens, e a agremiação campeã é divulgada em cerimônia pública, muitas vezes acompanhada de atrações musicais.

Tabatinga: cenário e identidade

Tabatinga está ligada diretamente ao festival, não apenas como sede, mas em sua identidade cultural e geográfica. A cidade forma uma conurbação (união de duas ou mais cidades que se expandiram até seus limites se encontrarem) com a colombiana Letícia, o que facilita a circulação de público e de expressões culturais transfronteiriças.

Geograficamente, Tabatinga está situada às margens do rio Solimões, em plena floresta amazônica, área que favorece a presença de comunidades indígenas e ribeirinhas.

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Vista aérea de Tabatinga, banhada pelo rio Solimões. Foto: Divulgação/Prefeitura de Tabatinga

A realização anual do festival contribui para o fortalecimento da economia local por meio do turismo cultural, movimentação de hospedagem, alimentação e comércio de artesanato.

Durante o evento, ocorre intensa circulação de pessoas vindas de municípios vizinhos, de Letícia (Colômbia) e de localidades peruanas próximas.

Tabatinga também abriga construções históricas como o Forte de São Francisco Xavier de Tabatinga, estrutura que remonta ao século XVIII e marca a presença colonial na região.

Impacto simbólico e cultural

O Festival Internacional de Tribos do Alto Solimões opera como um palco de afirmação cultural dos povos indígenas e caboclos da região. A disputa entre Onça Preta e Onça Pintada torna-se metáfora das tensões, encontros e diálogos entre diferentes tradições.

O evento retoma lendas, mitos e narrativas próprias das etnias locais e promove sua visibilidade no cenário regional.

A inserção de artistas nacionais e internacionais consolida o Festival como um ponto de convergência entre cultura popular regional e circuitos artísticos mais amplos.

Atribuir ao Festisol o título de patrimônio cultural imaterial confere-lhe reconhecimento institucional e simbólico, reforçando sua importância para a identidade do Amazonas.

Fábrica rondoniense aposta em chocolate sem leite e glúten: “saudável e sustentável”

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Chocolate sem leite e glúten em Rondônia. Foto: Jhanne Franco/Acervo pessoal

Uma fábrica de chocolate em Ouro Preto do Oeste (RO) decidiu unir inovação, sustentabilidade e inclusão alimentar para criar uma nova forma de fazer chocolate: sem leite e sem glúten. O processo desenvolvido pela chocolateira Jhanne Franco pode até parecer algo de outro mundo, mas ela garante que o sabor é tão bom ou até melhor que o tradicional.

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De acordo com Jhanne, ao contrário do que muita gente pensa, não é preciso usar leite para fazer um bom chocolate, apenas cacau e açúcar bastam para alcançar um sabor intenso. O processo de fabricação segue padrões rigorosos de pureza, e nenhum ingrediente com leite ou glúten entra na fábrica.

“O chocolate é gostoso, saudável e sustentável. As pessoas têm um certo receio, mas quando provam se surpreendem”.

Leia também: Conheça o cacau da Amazônia, matéria-prima do chocolate

O segredo do sabor está na origem: o cacau rondoniense, cultivado por produtores locais. Ao Grupo Rede Amazônica, Jhanne conta que faz questão de valorizar o que é daqui.

“Tudo o que posso comprar aqui dentro, eu compro direto dos produtores. Só recorro a outros estados quando realmente não há produção local”.

Foto: Amanda Oliveira/Rede Amazônica RO

O início de tudo para a criação do chocolate

A fábrica nasceu quando Jhanne descobriu que sua afilhada era alérgica a leite e glúten. Em um gesto de carinho, decidiu criar um produto de alta qualidade que pudesse ser consumido por pessoas com as mesmas restrições.

Mas o caminho até aqui não foi doce o tempo todo. Jhanne precisou investir em equipamentos, tecnologia e conhecimento para se destacar no mercado: “Eu não tinha público nem recursos. Comecei com equipamentos pequenos, produção pequena e fui reinvestindo tudo que entrava”.

Leia também: ‘Escola do chocolate’ visa ajudar crescimento sustentável da cultura do cacau em Rondônia

Segundo Jhanne, o setor de cacau fino ainda era novo em Rondônia, o que tornava tudo mais desafiador. Mas com o tempo, o estado começou a ganhar reconhecimento nacional e sua trajetória se misturou com a do próprio desenvolvimento da cacauicultura regional.

“Quase ninguém falava do cacau daqui. Hoje nossos produtores estão ganhando prêmios e mostrando que Rondônia pode não ser o maior, mas pode ser o melhor. Nós crescemos juntos”.

chocolate criado em rondônia sem leite e gluten
Chocolate criado em Rondônia. Foto: Jhanne Franco/Acervo pessoal

*Por Amanda Oliveira, da Rede Amazônica RO

Pesquisadores de Tocantins desenvolvem novo método para detectar metanol em álcool combustível

Frascos com metanol (mais amarelado, à esquerda) e etanol (álcool combustível, mais avermelhado). Foto: Fabíola Almeida Bezerra

Um novo método para detectar a presença de metanol em álcool combustível foi desenvolvido por pesquisadores do Câmpus de Gurupi, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ), Fabíola Almeida Bezerra, e seu professor orientador Nelson Luis Gonçalves Dias de Souza, criaram um processo com o uso de nanossensores capazes de identificar o metanol. A defesa da dissertação ocorrerá em março de 2026, e a descoberta deverá entrar em processo de solicitação de patente.

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Segundo os pesquisadores, a mistura de metanol no álcool combustível tem sido alvo de preocupação das autoridades e gerou, inclusive, uma grande operação policial e fiscal (Operação Carbono Oculto) em todo o país; a ação também atende resoluções (807/2020 e 907/2022) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que determinam um limite máximo de 0,5% de metanol na composição da gasolina e do etanol combustível.

A presença do metanol nos combustíveis (gasolina e álcool) acima do permitido pode gerar prejuízo para os donos de veículos, porque é um material corrosivo. Ele pode danificar diretamente componentes essenciais do motor, como bicos injetores, bombas de combustível, câmaras de combustão e tubulações. Essa corrosão pode levar a falhas no funcionamento do motor, fazendo com que ele chegue a não ligar.

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Sobre o novo método de detecção do metanol

“A utilização de nanossensores não é uma novidade, na literatura já há diversas aplicações. Porém, um sensor para determinar metanol em álcool combustível não há”, contou o professor Souza.

Segundo ele, o processo de detecção do metanol no álcool combustível é simples, “apenas misturando a amostra com a solução do nanossensor. Não há necessidade do preparo da amostra. Após a mistura, espera-se 30 minutos para a obtenção do resultado. Esse processo facilita a realização da análise e a torna mais simples de executar”, diz o docente.

pesquisa com metanol no tocantins
O professor orientador, Dr. Nelson Luis Gonçalves Dias de Souza, e a mestranda Fabiola Almeida Bezerra. Foto: Divulgação

O professor Souza explica que os nanossensores são dispositivos muitíssimo pequenos que, ao entrar em contato com o metanol, mudam de cor. Para determinar se há ou não metanol, após 30 minutos o pesquisador verifica a coloração da mistura. Quanto mais amarela a cor, maior a quantidade de metanol na amostra. “Assim, o novo método traz uma alternativa mais simples, barata e rápida para a verificação de fraudes, que podem ser verificadas na bomba dos postos de combustíveis. Os testes da utilização do novo nanossensor já foram finalizados e será solicitada a patente ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), afirma.

A mestranda Fabíola destaca que os ganhos não se restringem apenas ao tempo menor para detecção. “A metodologia que a ANP utiliza baseia-se na cromatografia gasosa que comparado com o equipamento que utilizamos para quantificar as amostras, custa até oito vezes mais”.

Ela diz ainda que “o fato de ser um método colorimétrico é um fator ainda mais interessante, uma vez que através da cor a pessoa que for fazer o teste já consegue ter noção em trinta minutos se aquela amostra está acima do limite permitido ou não. A atual metodologia pode levar até uma hora para se obter resultados, e utiliza um equipamento caro”.

Confira, abaixo, links para as resoluções da ANP sobre a adição de metanol no álcool combustível:

*Com informações da UFT

Entre fé e cultura: a materialidade do Círio de Nazaré

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A imagem peregrina de Nossa Senhora, durante o Círio de Nazaré. Foto: Reprodução/Arquidiocese de Belém

Quais elementos compõem o Círio de Nazaré? A corda, o cartaz, o almoço do Círio e, claro, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Muito além de símbolos religiosos, esses objetos formam uma rede de significados que conecta pessoas, territórios e memórias, um exemplo de como a cultura material ajuda a comunicar identidades e experiências coletivas na Amazônia.

A cultura material estuda a relação dos objetos na vida das pessoas. O mundo é experienciado por meio das materialidades e, no contexto do Círio de Nazaré, realizado na segunda semana de outubro, em Belém, elas assumem um papel central na vivência religiosa/cultural, tornando-se uma via de compreensão da paisagem devocional estabelecida durante as procissões.

Leia também: Você sabia que o Círio de Nazaré também realiza uma procissão para crianças?

A imagem peregrina de Nossa Senhora, durante o Círio de Nazaré. Foto: Roberto Castro/MTur

“A cultura material, como área de estudo, nos mostra os diferentes objetos que fazem parte da nossa vida e que são constitutivos da nossa experiência”, explica Gabriel da Mota, autor da dissertação Círio de Nazaré: experiências de sentidos e sociabilidades por meio da cultura material, defendida em 2022, no Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia (Ppgcom/UFPA).

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Durante a pandemia de covid-19, quando os eventos presenciais foram suspensos, essa dimensão material do Círio ganhou ainda mais força. Imagens da Santa nas casas, cartazes nas janelas e o tradicional almoço do segundo domingo de outubro tornaram-se formas de manter viva a experiência coletiva e o sentimento de pertencimento – uma nova forma de presença, mesmo na ausência das ruas cheias.

Símbolos de pertencimento

Entre os rituais mais simbólicos, o almoço do Círio de Nazaré se destaca como um momento de convivência, memória e troca. As lembranças evocadas durante o preparo e o consumo frequentemente remetem a familiares, especialmente mães e avós que preparavam os pratos, religando os sujeitos a entes queridos já falecidos.

Saiba mais: Almoço do Círio: confira as receitas do tradicional almoço de domingo

O almoço do Círio de Nazaré
O almoço do Círio de Nazaré se destaca como um momento de convivência, memória e troca. Foto: Fernando Sette

“Perdi a minha avó em 2020 e, no Círio de Nazaré, a gente almoçou um pouco de maniçoba que ela tinha deixado congelada. Então, ela se fez presente na nossa mesa por meio daquilo que ela sempre fazia pra gente, o almoço do Círio. Isto foi muito marcante para mim: perceber as ausências e o enfrentamento dessas ausências que as pessoas fizeram”, relembra o pesquisador.

Os objetos e os gestos do almoço – a casa, o lugar à mesa, o modo de preparo – tornam-se, assim, pontes entre gerações e veículos da memória coletiva. A corda também é um dos principais símbolos da festividade. Antes restrita ao Círio de Belém, ela se expandiu para outras procissões no Pará. Inicialmente usada para puxar a berlinda, hoje já não é necessária para essa função, mas permanece devido à sua força simbólica. Representa a conexão dos participantes com Nossa Senhora e a responsabilidade coletiva pelo transporte da imagem. É um “cordão umbilical” simbólico que conecta os devotos.

“A corda tem esse poder identitário, coletivo, por várias razões. Por gerar o encantamento em quem tá de fora e antecipar essa experiência com o divino, quer dizer, não é só quando você vê a Santa que você se emociona e se conecta com essa força. A própria corda já é um símbolo disso, é um anúncio”, detalha.

Leia também: Você conhece a história da corda utilizada no Círio de Nazaré?

A corda no Círio de Nazaré tem esse poder identitário, coletivo, por várias razões. Foto: Angel Duarte/Comunicalente

O cartaz é outro objeto central: sua distribuição permite que as pessoas levem um pedaço da festa para casa, compartilhem e utilizem o material para anunciar o Círio. A personalização do cartaz em camisas, toalhas e outros objetos tornou-se um fenômeno incontrolável que movimenta a economia local. Além disso, ele carrega um forte valor afetivo por conter a imagem da Santa, possibilitando que as pessoas se sintam presentes no Círio.

“Para mim, esse valor afetivo de ter a imagem da Santa (que é o objeto mais importante) no cartaz tem um peso muito significativo para quem é devoto dela”, afirma o estudioso.

Celebração ecumênica e cultural

Desde 2022, com o retorno completo do formato presencial, o Círio tem reafirmado o seu papel como expressão cultural da Amazônia. As ruas cheias, os almoços, os cheiros e os sons compõem uma experiência sensorial que vai além da fé, é uma celebração de pertencimento coletivo. E todos esses fatores atuam para que a festividade atraia a participação de pessoas com diferentes crenças, tanto nos rituais organizados pela Igreja quanto nas manifestações da sociedade civil. 

Romaria fluvial do Cirio de Nazaré. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O que se observa é a expressão de aspectos da cultura local que revelam as marcas da identidade paraense, com uma programação diversificada, que vai além das procissões e celebrações eclesiásticas, incluindo espetáculos culturais, exposições temáticas, comercialização de produtos artesanais e o preparo de pratos típicos.

Nesse contexto, baseada em uma perspectiva relacional da comunicação, a dissertação diferencia “interação” e “relação” para compreender as experiências do Círio: a interação se refere aos contatos imediatos, enquanto a relação envolve laços contínuos e afetivos. E, no Círio, os objetos estão presentes em ambas e podem, inclusive, ajudar a transformar interações em relações, materializando vínculos e memórias.

“Naquele contexto de pandemia, eu poderia abrir mão das interações eventualmente estabelecidas no meio da multidão, mas eu não tenho como viver o Círio absolutamente sozinho. É impossível. E é muito curioso isto, pensar que o Círio pode até ser vivido sem a imagem nas ruas, sem a procissão, mas não sem as pessoas da tua casa, do teu núcleo mais próximo. Ele é feito dessa relação com os teus, e Nossa Senhora vai se fazer presente sempre em diversas materialidades: no cartaz, na imagem que tu colocas em cima da tua mesa e na tua memória”, explica Gabriel da Mota.

*Com informação da Universidade Federal do Pará (UFPA)

Famílias do baixo Madeira recebem filtro de água potável que reduz escassez hídrica

Implementado no baixo madeira, o projeto é uma iniciativa da Prefeitura de Porto Velho em parceria com a Universidade Federal de Rondônia. Foto: João Paulo Prudêncio

Na comunidade de Bom Jardim (baixo madeira), situada a aproximadamente 70 quilômetros do perímetro urbano de Porto Velho (RO), a falta de água potável sempre foi uma dificuldade enfrentada pelos moradores. A dona de casa Luciléia da Silva Ribeiro, moradora há mais de 40 anos no povoado, recorda inúmeras situações críticas, já que a falta de água tratada era constante, obrigando famílias a se arriscarem por horas a fio no rio Madeira.

“Todo mundo aqui pegava água em Cujubim Grande. A gente saía com meu motor pequeno (barco) e demorava muito para fazer esse transporte”, comentou Luciléia.

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Famílias do baixo Madeira recebem filtro de água potável
Estrutura instalada em Bom Jardim (baixo madeira), garante o padrão de potabilidade estipulado pelo Ministério da Saúde (MS). Foto: João Paulo Prudêncio

A Prefeitura de Porto Velho deu início ao projeto que pretende solucionar um problema histórico da escassez hídrica em localidades ribeirinhas dentro do território municipal. Por meio de uma técnica que dispensa grandes estruturas — utilizando apenas duas caixas d’água e um equipamento portátil de fácil instalação, o sistema produz água própria para consumo, de alta qualidade e dentro dos padrões de potabilidade. Essa tecnologia será levada para as regiões mais afetadas pela escassez.

A comunidade Bom Jardim, no baixo madeira, onde vive dona Lucélia, foi o primeiro local a receber o projeto, executado por equipes da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) em parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir) por meio do Departamento de Engenharia Civil.

Sistema instalado em comunidade no baixo madeira utiliza apenas duas caixas d’água e um equipamento portátil de fácil instalação. Foto: João Paulo Prudêncio

Em Bom Jardim residem cerca de 50 famílias que sobrevivem da agricultura familiar e outras atividades do campo. Por décadas, essas pessoas se viram obrigadas a navegar por mais de três horas pelo rio Madeira em busca de água potável percorrendo vilarejos — um sofrimento e despesas desnecessárias que chegaram ao fim com a instalação do novo equipamento projetado para assegurar água limpa e saudável para todos.

Água tratada em casa para os ribeirinhos significa mais qualidade de vida. A iniciativa da Prefeitura reduz queixas de diarreia e outros agravamentos de saúde em crianças, idosos e adultos. “Hoje, podemos dizer que nossa comunidade tem água potável a qualquer hora. Tinha muita gente que não acreditava, mas eu acreditei e hoje a Prefeitura está aqui”, lembra dona Lucélia.

Sistema instalado em comunidade no baixo madeira utiliza apenas duas caixas d’água e um equipamento portátil de fácil instalação. Foto: João Paulo Prudêncio

De acordo com o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, garantir condições dignas às populações rurais é fundamental para o bom desempenho do Executivo Municipal e para o avanço econômico e social da cidade.

“Assegurar que as comunidades rurais e ribeirinhas tenham a presença atuante da Prefeitura é uma das nossas metas, que vem sendo alcançada com ações inovadoras, econômicas, práticas e criativas. Dessa forma, driblamos as dificuldades e levamos o respeito que a nossa população merece”, destacou Léo Moraes.

Segundo Marcelo Melo Barroso, diretor do Departamento de Serviços Básicos da Seinfra, a estrutura instalada em Bom Jardim garante o padrão de potabilidade estipulado pelo Ministério da Saúde (MS). Ele também afirmou que o projeto será ampliado para outras áreas rurais e ribeirinhas.

“Esse equipamento trata qualquer água com alta turbidez e consegue reduzi-la a menos de um, que é o parâmetro exigido pelo Ministério da Saúde. Outras comunidades do baixo Madeira também irão receber o sistema. Estamos aqui para garantir o tratamento e fornecer água segura”, explicou Marcelo Barroso.

*Com informação da Prefeitura de Porto Velho

Roraima amplia presença no Mapa do Turismo Brasileiro com seis municípios cadastrados

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Em Roraima, a inclusão de Mucajaí e Rorainópolis fortalece o processo de regionalização e o trabalho das IGRs. Foto: Reprodução/Arquivo Prefeitura de Boa Vista

Seis municípios de Roraima agora fazem parte do Mapa do Turismo Brasileiro, instrumento que orienta a aplicação de políticas públicas e investimentos federais no setor. Além de Boa Vista, Pacaraima, Amajari e Caroebe, que já integravam a lista, Mucajaí e Rorainópolis tiveram documentações aprovadas e foram oficialmente incluídas na atualização mais recente.

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Em Roraima, a inclusão de Mucajaí e Rorainópolis fortalece o processo de regionalização e o trabalho das IGRs (Instâncias de Governança Regionais). Mucajaí faz parte da IGR Savana Amazônica, recentemente formalizada, enquanto Rorainópolis integra a IGR Águas e Florestas da Linha do Equador, ambas aptas a receber investimentos e emendas parlamentares voltadas ao turismo.

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Roraima amplia presença no Mapa do Turismo
Roraima amplia presença no Mapa do Turismo Brasileiro com seis municípios cadastrados. Foto: Ascom Secult RR

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O diretor do Departamento de Turismo da Secult (Secretaria de Cultura e Turismo), Bruno Rodrigues, destacou que o resultado é fruto de um trabalho conjunto entre Estado e municípios para fortalecer a política de regionalização do turismo.

“A partir da categorização no Mapa [do Turismo], os municípios passam a protagonizar as políticas públicas de turismo do Estado e do país. Isso possibilita a captação de recursos, o planejamento de ações e o fortalecimento da atividade turística em nível local e regional”, afirmou.

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Roraima amplia presença no Mapa do Turismo Brasileiro com seis municípios cadastrados. Foto: Ascom Secult RR

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Bruno ressaltou ainda que os municípios incluídos já desenvolvem projetos estruturantes e ações de fomento ao turismo, o que contribui diretamente para o crescimento econômico do setor. “A presença no Mapa é fundamental para garantir visibilidade e acesso a recursos. É um reconhecimento do trabalho que vem sendo feito para estruturar o turismo de forma sustentável e integrada”, completou.

Como funciona o cadastramento?

O cadastramento no Mapa do Turismo Brasileiro considera cinco variáveis relacionadas ao desempenho econômico do turismo, permitindo ao Ministério do Turismo definir prioridades de investimentos e repasses de recursos. Para ser incluído, o município deve possuir secretaria ou coordenação de turismo ativa, lei orçamentária própria, prestadores de serviços cadastrados no Cadastur, Conselho Municipal de Turismo atuante e comprovar vínculo com uma instância de governança regional.

Roraima amplia presença no Mapa do Turismo Brasileiro com seis municípios cadastrados. Foto: Ascom Secult RR

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A inclusão dos municípios de Roraima representa um reconhecimento da importância do turismo para a economia estadual, fortalecendo a diversidade cultural e natural do Estado e ampliando as oportunidades de investimentos e geração de renda.

“Com a ampliação do número de municípios no Mapa, Roraima reafirma seu potencial como destino turístico sustentável e competitivo, valorizando suas belezas naturais e a identidade cultural de seu povo”, concluiu Bruno.

Mapa do Turismo Brasileiro

O Mapa do Turismo Brasileiro é um importante instrumento do Programa de Regionalização do Turismo, coordenado pelo Ministério do Turismo, e tem como objetivo identificar e organizar destinos turísticos em todo o país, definindo áreas prioritárias para o desenvolvimento de políticas e ações voltadas ao setor.

*Com informação da Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima

Deputado celebra a conquista da equipe amazonense de karatê

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Foto: Márcio James

O deputado estadual Delegado Péricles (PL) concedeu, na terça-feira (14/10), Cessão de Tempo à Associação Esportiva Hien Kan para celebrar o desempenho de destaque da equipe amazonense na seletiva do Campeonato Brasileiro de Karatê 2025, realizado em Boa Vista (RR), que garantiu classificação para a grande final da competição, que será realizada em novembro.

A equipe amazonense conquistou 40 medalhas na competição nacional, resultado que, segundo o parlamentar, evidencia o talento, a disciplina e a dedicação dos atletas e treinadores do Amazonas.

“É com grande satisfação que hoje homenageamos esses atletas que conquistaram mais um grande feito para o karatê amazonense. Parabenizo o sensei Waghynton por mais essa conquista e aos atletas pela dedicação. Essa é a prova de que o esporte transforma vidas, inspira jovens e fortalece nossa identidade”, destacou o deputado Péricles.

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Delegado Péricles ressaltou, ainda, que o mandato tem atuado de forma efetiva no incentivo ao esporte, contribuindo para que atletas possam participar de competições em outros estados.

“Sempre disponibilizamos passagens, hospedagens e apoio logístico para os atletas dessa instituição, que é bastante respeitada no Amazonas e tem nos dado muito orgulho com resultados impressionantes. Parabéns a todos que colocam o karatê amazonense nesse patamar”, comemorou.

O presidente da associação Hien Kan, sensei Waghynton Melo, agradeceu ao deputado pelo apoio e ressaltou que o sucesso alcançado é fruto de parceria e compromisso com o esporte local.

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“Viemos aqui para mostrar o resultado de um trabalho que só é possível graças ao apoio do deputado Péricles, que há quatro anos acredita em nós. O esporte é a ferramenta que mantém nossos jovens longe das mazelas que assolam nossa sociedade. Vivemos em comunidades com muitas dificuldades, especialmente pela falta de espaços para a prática esportiva, e o projeto tem sido uma válvula de escape para muitas famílias. Mais uma vez, agradeço ao deputado em nome de todos os atletas e seus familiares”, concluiu o sensei.