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Inpa compõe Rede Amazônica de instituições científicas para desenvolver bioeconomia

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Oito institutos científicos da Pan-Amazônia do Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador unem esforços e capacidades para conservar a biodiversidade e desenvolver soluções inovadoras para a bioeconomia amazônica. Apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Rede Amazônica para Pesquisa e Inovação em Biodiversidade realizou a primeira reunião de trabalho no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em Manaus, e contou com a presença do presidente do BID, Ilan Goldfajn.

A Rede vai integrar o Programa Amazônia Sempre do BID e receberá apoio técnico e investimento inicial de US$ 2 milhões para desenvolver programas e projetos colaborativos no bioma. A intenção é que a Rede atue em direção à bioeconomia e produza resultados que possam gerar novos negócios baseados nas plantas, animais e microrganismos da Amazônia.

“Isso vai desde as questões que envolvem, por exemplo, a indústria de alimentos e a segurança alimentar, mas também a saúde com os princípios ativos que podem ser transformados em produtos utilizados para o tratamento ou controle doenças tropicais negligenciadas”, exemplificou o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, destacando que o plano de trabalho e áreas de interesse estão em construção na reunião que segue até sábado (15).

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A Rede é formada pelas três entidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI/Brasil) na Amazônia: o Inpa, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).

De outros países estão envolvidos o Instituto Amazónico de Investigaciones Científicas (SINCHI/ Colômbia), Alexander von Humboldt Biological Resources Research Institute (IAVH/Colômbia), Instituto de Investigaciones de la Amazonía Peruana (IIAP/Peru), Instituto Nacional de Biodiversidad (Inabio/ Equador) e Universidad Mayor de San Andrés (UMSA/ Bolívia).

O presidente do BID destacou a importância de criar uma rede dentro da Amazônia, começando por quem já está presente na região. O dirigente enfatizou que o objetivo do banco é coordenar iniciativas e os recursos, promovendo integração com uma visão holística da região, considerando as necessidades das pessoas e comunidades locais, incluindo comunidades indígenas.

“Nós precisamos mostrar para o mundo que a floresta tem muito mais valor em pé do que desmatada”, disse Goldfajn.

“O que é sustentável não se resume apenas ao combate ao desmatamento, mas é focar e considerar as pessoas, os povos e as comunidades que moram aqui, e buscar alternativas econômicas viáveis”, completou o presidente, que esteve em Manaus para participar da 22ª Semana da Sustentabilidade.

Na visita ao Inpa, na quarta-feira (12), Goldfajn se reuniu com os representantes da Rede e teve a oportunidade de conhecer e amamentar os filhotes de peixe-boi da Amazônia, espécie ameaçada de extinção. Há quase cinco décadas o Inpa estuda a espécie, e em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), atua no resgate e reabilitação para devolver os animais à natureza.

O passeio no Bosque da Ciência contemplou a Casa da Ciência, onde foram apresentados projetos do Inpa relacionados a mudanças climáticas, como o de Observação da Torre Alta da Amazônia (ATTO/ convênio com a Alemanha), o AmazonFace (Cooperação com o Reino Unido) e o Nanorads, em convênio com a Shell, que usa aplicação de nanobiotecnologia para recuperar área degradadas usando a castanheira.

O presidente do banco estava acompanhado do representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, o CEO do BID Invest, James Scriven, a chefe da unidade de coordenação da Amazônia, Tatiana Schor, e assessores.

Participaram da primeira reunião da Rede o diretor do Inpa, Henrique Pereira, e a coordenadora-geral de Planejamento, Administração e Gestão, Magalli Henriques; o chefe de Gabinete, Jorge Porto, a coordenadora-geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão, Sônia Alfaia; a coordenadora substituta de Pesquisa e Pós-Graduação, representando o diretor do MPEG, Marlúcia Martins; o diretor-geral do IDSM, João Valsecchi do Amaral, e o diretor técnico-CientÍfico do IDSM, Emiliano Esterci Ramalho; a diretora-geral do SINCHI (Colômbia), Luz Marina Cárdenas; o diretor geral do Instituto Humboldt (Colômbia), Hernando García Martínez; a presidente-executiva do IIAP (Peru), Carmen Rosa García Dávila; o diretor executivo Inabio, Diego Javier Inclán Luna; e a diretora do Instituto de Ecología (Bolivia), Adriana Rico Cernohorska.

*Com informações do Inpa

Porto Velho pede ao Ministério de Minas e Energia ações preventivas para enfrentar seca em 2024

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Porto Velho (RO) deve enfrentar mais um ano de seca severa, segundo as previsões meteorológicas, e a crise hídrica pode desencadear uma série de prejuízos econômicos e sociais, com a possibilidade em uma crise no abastecimento de combustíveis e mantimentos, que chegam até a capital via fluvial, pelo rio Madeira.

Antevendo essa questão, o prefeito Hildon Chaves encaminhou ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um documento solicitando providências para prevenção e enfrentamento à crise hídrica.

“Em 2023, enfrentamos uma seca severa e há a previsão de que seja ainda maior neste ano, o que nos gera preocupação e a necessidade de tomarmos medidas preventivas, para minimizarmos os efeitos dessa estiagem. Uma das prioridades é a manutenção do abastecimento de combustíveis e de produtos, que são transportados pela hidrovia do Madeira. O rio muito baixo, prejudica ou impede a navegação de grandes embarcações e afeta diretamente a capital e outros municípios”, explicou o prefeito.

Leia também: Censipam alerta para possível seca mais severa em Rondônia este ano

No documento, Hildon Chaves relata que o município verificou a necessidade de prevenção e precaução em relação à detectada crise de emergência, em decorrência de extrema seca que poderá afetar sobremaneira o rio Madeira, prejudicando a navegação, geração de energia, acesso à água, alimentos e medicamentos.

Chaves alerta para a necessidade de planejamento antecipado, com a autorização para o transporte de combustível e outros produtos, seja por meio fluvial ou por rodovias, para que sejam organizadamente estocados, buscando-se mitigar problemas com a seca emergencial e iminente.

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) prevê que o verão amazônico de 2024 deve registrar recordes de seca e calor em Rondônia. Mas, na contramão desses números, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico mostra dados não compatíveis com a realidade verificada na região, podendo comprometer a necessidade de observância aos princípios da precaução e prevenção.

“Recebemos, com surpresa e preocupação, o entendimento recentemente manifestado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), informando que as chuvas no início e no fim de janeiro de 2024 nas bacias das regiões Norte e Nordeste, favorecendo a melhoria das afluências nestas regiões e com isso indicou que estaria superada a situação de crise hidrológica de seca na Região Norte do País, sob o ponto de vista de disponibilidade de geração nas usinas hidrelétricas”, informa o documento ao ministro.

A Prefeitura destaca ainda que “o Censipam realizará evento, com a presença de vários representantes de diversos órgãos estatais, para tratarem de temas relacionados à pré-seca 2024, com análise e prognósticos hidrometeorológicos. É necessário que seja com urgência efetivado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico ato de revisão para reconsideração do entendimento de inexistência de crise hídrica”.

*Com informações da Prefeitura de Porto Velho

Ministério da Educação anuncia que São Gabriel da Cachoeira terá campi da Ufam

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A cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM), com 23 etnias indígenas, foi selecionada pelo Ministério da Educação para receber um campi da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O anúncio foi feito durante evento no Palácio do Planalto, dia 10 de junho, quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu reitores de universidades e institutos federais para tratar da liberação de recursos para as instituições.

Outras nove cidades do País também vão receber campi de federais, são elas: Rurópolis (PA); Cidade Ocidental (GO); Baturité (CE); Estância (SE); Jequié (BA); Sertânia (PE); Ipatinga (MG); São José do Rio Preto (SP); e Caxias do Sul (RS).

Os municípios foram escolhidos com o objetivo de ampliar a oferta de vagas da educação superior em regiões com baixa cobertura de matrículas públicas na educação superior.

Por meio do Novo PAC, o governo federal vai investir R$ 5,5 bilhões na consolidação e expansão da educação superior no Brasil.
Foto: Divulgação/Aleam

Por meio do Novo PAC, o governo federal vai investir R$ 5,5 bilhões na consolidação e expansão da educação superior no Brasil. Desse total, R$ 600 milhões serão para construir novos campi vinculados à universidades já existentes.

O custo da construção de cada estrutura será de R$ 60 milhões, o que inclui laboratórios, salas de aula, biblioteca, administração, restaurante e ambientação urbanística, além da aquisição de equipamentos. Os campi oferecerão seis cursos, cada, para 2.800 estudantes. Para isso, serão contratados 388 servidores por unidade.

O reitor da Ufam, Sylvio Puga, acompanhou o anúncio em Brasília e destacou a escolha de São Gabriel da Cachoeira.

“Representa atendimento de um anseio da população de São Gabriel. São 23 etnias ali representadas, também uma forte presença do Exército Brasileiro e da igreja. É um município muito estratégico para o Amazonas e para o Brasil. Portanto, com o anúncio desse campi, a universidade terá sua instalação definitiva em São Gabriel numa trajetória que começou há mais 30 anos. Atualmente temos um mestrado em funcionamento no município e sempre estivemos atuando formando pessoas em São Gabriel da Cachoeira”, disse.

Denúncias mostram que indígenas são internados em barraco de lona na TI Yanomami

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“Não tem estrutura de internação […] Me preocupa muito”. É o que afirma a liderança Yanomami Xicão Yanomami, de 31 anos, da região do Parima, sobre um barraco de lona usado para internação de indígenas doentes no posto de saúde do local, na Terra Indígena Yanomami.

Um vídeo feito por ele e enviado à Rede Amazônica no dia 11 de junho mostra as condições precárias, onde os indígenas aparecem em redes debaixo do espaço de madeira improvisada, lona e chão batido. O local fica a poucos metros da Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) do Parima.

Procurado, o Ministério da Saúde informou que “está ciente da realidade da estrutura da UBSI da região de Parima e que dentro do projeto de reestruturação das estruturas de saúde na TI Yanomami, a ela é uma das unidades consideradas como prioridade para receber adequações para melhor atender à população indígena”.

Justificou ainda que não há desassistência, visto que em território são realizados apenas os primeiros atendimentos inerentes à atenção primária de saúde e, em caso de necessidade de internação, foi garantido pelo governo federal logística suficiente para a remoção dos pacientes e tratamento em local com suporte adequado.

A unidade, segundo Xicão Yanomami, atende a indígenas que vivem em seis comunidades na região: Makabey, Xaruna, Wanapik, Kahosik, Macuxiano, Parima. Há pelo menos 10 anos os indígenas cobram melhorias no local, segundo a liderança.

“Até agora não deram resposta sobre fazer uma estrutura de hospital de internação aqui para o meu povo. Me preocupa muito, por isso eu estou fazendo esse trabalho [denúncia] para que venha alguém fazer uma estrutura para que meus parentes fiquem internados e fazer um tratamento melhor”, disse Xicão Yanomami.

No relato, Xicão afirma que o posto tem remédios para atender os indígenas, mas o que preocupa é a falta de espaço adequado para internar os pacientes.

A Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa. A crise foi agravada pelo avanço do garimpo ilegal, principalmente nos últimos anos.

Além de melhorias na estrutura, o líder indígena cobrou do governo federal um técnico de laboratório fixo na unidade de saúde. Isto porque, segundo ele, os exames precisam sair da comunidade para análise, o que dificulta no diagnóstico rápido de doenças como malária e tratamento dos indígenas.

Foto: Reprodução/g1 Roraima

“O pessoal da Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena] manda [técnico de laboratório], eles ficam 15 dias e voltam de novo. Fica muita gente sem fazer coleta de exame. Aqui já teve sete casos de morte de tuberculose. Isso é uma preocupação grande muito também”.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, informou que acompanha a situação junto à Secretaria e Distrito Sanitário Especial Indígena (Sesai) e informou que está na lista de prioridades a construção de um local de internação no posto do Parima.

Terra Yanomami

O território está em emergência sanitária na saúde desde janeiro do ano passado. A medida foi decretada pelo governo federal para levar atendimento de saúde aos indígenas e também para retirar garimpeiros da região.

Mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. O número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.

*Por Lucas Wilame e Samantha Rufino, da Rede Amazônica AP

Saiba o que foi definido no encontro entre Brasil e França no Amapá

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A 13ª reunião da Comissão Mista Transfronteiriça (CMT) Brasil-França, em Macapá (AP), encerrou dia 12 de junho e, ao longo de dois dias, foram discutidos assuntos que envolvem a região de fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa.

O governo francês informou que vai voltar a emitir vistos em Macapá ainda no segundo semestre de 2024. Atualmente os amapaenses precisam fazer a solicitação na Embaixada da França em Brasília.

Leia também: Portal Amazônia responde: a maior fronteira da França é com o Brasil?

O governo do Amapá assinou no dia 12 um termo de cooperação para a ligação de um cabo submarino de fibra óptica de Portugal até o estado. A implementação deve acontecer em parceria com uma empresa da Guiana Francesa.

“No Brasil inteiro só tem um ponto de chegada de cabo de fibra ótica para a internet, que é em Fortaleza, no Ceará. Toda a internet por fibra ótica entra só por um lugar. Nós seremos o segundo estado a ter essa conexão com a Europa, que vai entrar pela Guiana Francesa, atravessar o Rio Oiapoque, e seguir por todo o estado”, informou Clécio Luís, governador do Amapá.

Outro assunto destacado foi a conclusão da pavimentação da BR-156, no trecho entre Calçoene e Oiapoque. Área tem cerca de 110 quilômetros e vai receber investimento de R$ 600 milhões.

De acordo com o governo do Amapá, o contrato com a empresa vencedora da licitação para as obras será assinado no mês de julho.

Novos horários da Ponte Binacional

Os horários de travessia na Ponte Binacional, que liga Oiapoque, no Amapá, à São Jorge, na Guiana Francesa, funcionará durante todos os dias da semana, das 7h às 19h, e nos feriados. Antes a travessia era permitida das 8h às 12h e 14h às 18h.

Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França, em Macapá. Foto: Divulgação/GEA

Sobre a comissão

A fronteira do Amapá com a Guiana Francesa possui uma população estimada em 32 mil habitantes, sendo 26,6 mil pessoas só em Oiapoque, no extremo norte do Amapá, e aproximadamente 3 mil em Saint Georges, ambos divididos pelo Rio Oiapoque e interligados pela Ponte Binacional.

A Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França com uma população total estimada em 296.711 e tem como principais atividades econômicas a agricultura, o turismo e a pesca. Para tratar das relações transfronteiriças, foi criada a CMT como parte do Acordo de Cooperação Mista, assinado em maio de 1996 e ratificado com o Plano de Ação da Parceria Estratégica, registrado e divulgado em fevereiro de 2008.

*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá

13 dicas do Corpo de Bombeiros do Amazonas para evitar incêndios

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Com a aproximação do período de temperaturas mais intensas no Amazonas, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMAM) alerta a população sobre a importância de adotar medidas para evitar que os incêndios aconteçam. De acordo com dados do Centro de Operações Bombeiro Militar (Cobom), entre os meses de janeiro e maio deste ano, a corporação combateu 278 incêndios em Manaus, sendo a maioria em residências.

O comandante-geral da corporação, coronel Alexandre Freitas, destaca que as medidas preventivas vão desde cuidados para evitar incêndios em edificações até aqueles em áreas de vegetação e em veículos.

“Ao longo de todo o ano, exercemos o trabalho operacional de combate aos incêndios, mas durante o verão amazônico há uma intensificação desse tipo de ocorrência. Então, fazemos o alerta porque a grande maioria desses sinistros pode ser evitada com adoção de medidas simples, evitando a perda de bens materiais e de vidas humanas e de animais”, ressaltou coronel Alexandre Freitas.

Dados

Entre os meses de janeiro e maio deste ano, 278 incêndios foram combatidos em Manaus. Destes, 120 foram em residência, 65 foram em outras edificações como empresas e comércios, 50 em áreas de vegetação ou lixo e 43 em veículos.

Dicas para evitar incêndios em edificações

  • Não sobrecarregar tomadas de energia elétrica com muitos conectores de aparelhos;
  • Em cozinhas domésticas ou industriais, atentar para uso de óleo quente em frigideiras;
  • Quando não estiver em uso, remover o carregador de celular da tomada;
  • Fazer manutenções e limpezas regulares de aparelhos de ar condicionado;
  • ⁠Não acender vela próximo de cortinas, colchões e sofá;
  • ⁠Em churrasqueiras industriais utilizadas em restaurantes, fazer a limpeza regular do acesso de gordura;
  • ⁠Não cobrir com tapetes cabos condutores de energia de aparelhos domésticos elétricos.

Dicas para evitar incêndio em vegetação

  • Não usar fogo como agente de limpeza em terrenos;
  • ⁠Em propriedades maiores, usar técnica de Aceiro, que é fazer caminhos livres de vegetação para prevenir a passagem do fogo para área de vegetação;
  • ⁠Não queimar lixo;
  • ⁠Não jogar ponta acesa de cigarro em área de vegetação;
  • ⁠Não fazer manuseio indevido de produtos químicos de fácil combustão próximo de plantações ou área de vegetação.

*Com informações da Agência Amazonas

Estudo avalia que temperatura nas florestas tropicais está aumentando

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As florestas tropicais em todo o mundo, até as mais conservadas, já apresentam alterações climáticas em decorrência do aquecimento global. A descoberta é de um trabalho de modelagem do microclima que analisou a temperatura média em, aproximadamente, 9 milhões de quilômetros quadrados no interior das áreas de florestas nos últimos trinta anos.

O estudo divulgado no artigo ‘Novel temperatures are already widespread beneath the world’s tropical forest canopies‘, publicado na revista Nature Climate Change, é assinado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, e resultou da análise de registros microclimáticos e dados pesquisa de campo em 300 mil pontos de coleta em todos os trópicos globais, incluindo Brasil, Peru, Uganda, República Democrática do Congo e Malásia.

O trabalho conta com dados de pesquisa da Rede Amazônia Sustentável (RAS), coletivo internacional multidisciplinar de pesquisa sobre a sustentabilidade dos usos da terra, que envolve mais de 30 instituições de pesquisa e é co-coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental (PA).

O grupo de pesquisa quantificou a temperatura abaixo da copa das árvores, praticamente no chão da floresta (a 5 centímetros acima do solo), de hora em hora entre 1990 e 2019 em todas as regiões de florestas tropicais do mundo. A descoberta foi a de que o regime de temperatura nos últimos 14 anos (2005 a 2019) está fora da faixa registrada historicamente (entre 1990 a 2004).

A maioria das florestas tropicais não perturbadas não só experimentaram condições climáticas, pelo menos parcialmente, diferentes das médias históricas registradas, mas muitas delas tiveram temperaturas médias quase inteiramente novas, de acordo com os resultados da análise. Essas áreas incluem parques nacionais de importância mundial, reservas indígenas e grandes extensões de áreas ecologicamente não fragmentadas.

“Nosso estudo desafia a noção predominante de que as copas das florestas tropicais irão mitigar os impactos das mudanças climáticas e nos ajuda a entender como priorizar a conservação dessas áreas-chave da biodiversidade de forma eficaz”, afirma Alexander Lees, pesquisador da Universidade Metropolitana de Manchester (Reino Unido) e co-autor do artigo.

A temperatura é um fator importante na distribuição das espécies e na função ecológica das florestas, segundo os especialistas.

Foto: Adam Roman

A América Latina, em especial no sul da Amazônia e nos Andes, experimentou a maior mudança geral em termos de temperatura cumulativa e na temperatura média anual, faixa de temperatura média diurna e sazonalidade de temperatura. Nesse continente, do qual o bioma amazônico é parte importante, 27% da floresta não perturbada tiveram regimes totalmente novos de temperatura média anual e 31% apresentaram faixas de temperatura média diurna totalmente novas. Entre as principais causas dessa mudança estão, em nível global, a queima de combustíveis fósseis, e na Amazônia, o desmatamento e as queimadas, apontam os especialistas.

Conservar e restaurar florestas tropicais

Até recentemente, as temperaturas no interior das florestas permaneciam estáveis, o que significa que a biodiversidade presente nessas áreas evoluiu em uma estreita faixa de temperaturas. Mudanças no microclima da floresta, portanto, podem impactar diretamente a biodiversidade local e as funções ecológicas das áreas.

As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais diversos do mundo, acolhendo mais de 62% das espécies de vertebrados e mais de 75% das espécies de plantas com flores, aponta o artigo.

“Essas florestas, que abrigam muitas das espécies altamente especializadas do mundo, são particularmente sensíveis até mesmo às pequenas mudanças climáticas. Para proporcionar às espécies a melhor oportunidade de se adaptar às mudanças, as florestas devem ser conservadas e protegidas frente à ação humana”, afirma Brittany Trew, pesquisadora da Universidade de Exeter (Reino Unido) e principal autora do estudo.

Foto: Vinícius Braga

As mudanças, segundo o estudo, foram mais exacerbadas nas áreas de floresta mais conservadas quando comparadas às florestas fragmentadas e florestas degradadas. “As áreas mais fragmentadas são mais ‘resistentes’ às variações climáticas”, explica Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental.

Em florestas fragmentadas, especialmente na África, os pesquisadores identificaram que as mudanças climáticas afetaram pouco as temperaturas médias. Esses locais devem ser considerados refúgios climáticos e são cruciais para esforços de restauração e conservação, recomendam os especialistas. Os cientistas observaram que grandes áreas na Amazônia também são importantes refúgios climáticos.

Para Alexander Lees, além da necessidade urgente das reduções globais nas emissões de carbono, “a priorização e proteção de refúgios e a restauração de florestas altamente ameaçadas são vitais para mitigar maiores danos aos ecossistemas florestais tropicais globais”, destaca.

“Os dados do trabalho fornecem novos indícios das mudanças no clima que estão ocorrendo em escala mundial, incluindo a Amazônia. São mudanças que implicam um efeito cascata de perda da biodiversidade e aquecimento global com a perda de integridade de nossas florestas. Essas evidências, juntamente às perdas humanas que estamos vivendo, haja vista a situação do Rio Grande do Sul, nos convidam a mudar a nossa abordagem frente ao problema. É tempo de falar sobre ele amplamente em nosso dia a dia. É tempo, especialmente, de mudar nosso modo de vida e agir para resolver esse problema”, finaliza Joice Ferreira.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Embrapa

Chocolat Xingu 2024: festival internacional reúne produtores e empresários em Altamira 

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O Festival Internacional do Chocolate e do Cacau de Altamira 2024 (Chocolat Xingu) reúne mais de 100 produtores de diferentes regiões de Integração do Pará este ano. São expositores, empresários, representantes de instituições pública e privada e consumidores, sobretudo os apaixonados por chocolate e outros derivados do cacau de origem. 

O evento, que teve início no dia 13 de junho e segue até o dia 16, é uma realização conjunta do governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e da prefeitura municipal de Altamira.

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Foto: Leandro Reis/Sedap

Desde o dia 11 de junho, Altamira começou a receber diversas caravanas de produtores de cacau e empresários do ramo de chocolate que se encontram no município para participar do evento.

Entre as produtoras que participarão da programação pela primeira vez, estão as empreendedoras do município de Santa Bárbara do Pará, Fernanda Sahaba e Ana Paula Cardoso, da ‘Bada Chocolate Finos da Amazônia’.  

O cacau produzido pelas empresárias é o híbrido, com melhoramento genético e orientação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A empresa artesanal trabalha com cinco espécies e passa por todo o processo produtivo do chocolate – que vai desde a produção da muda até a barra que chega ao consumidor. 

“É nossa primeira vez aqui e a nossa expectativa é bem alta, conhecer outros produtores também, trazer nosso chocolate pra ser conhecido nesse grande festival aqui em Altamira e no estado”, comentou Fernanda.

Foto: Leandro Reis/Sedap

Para Ana Paula, a participação no festival também é uma oportunidade de mostrar o diferencial do cacau e do chocolate produzidos em Santa Bárbara. 

“Essa feira é muito importante, o nosso diferencial é a questão familiar que a gente trabalha, desde a muda. É todo um processo familiar que a gente trabalha. O nome do nosso chocolate remete à família, a nossa localização é num espaço familiar onde a gente cresceu. Então é basicamente isso, a questão familiar e de afeto que passam o diferencial ao nosso chocolate”, garantiu a empreendedora.


Foto: Leandro Reis/Sedap
Foto: Leandro Reis/Sedap

O evento acontece no Centro de Eventos Vilmar Soares e está em sua terceira edição. O trabalho é feito em parceria com uma gama de servidores de outras instituições públicas, como a Prefeitura de Altamira e órgãos do Governo do Estado que atuam em parceria com a Sedap.

A organização do evento é da MVU Promoções e Eventos. Além de renomados chefes, a programação terá a participação de especialistas de diversas partes do Brasil e de outros países.

Confira a programação completa AQUI.

*Com informações da Agência Pará

Escritor amazonense produz biografia da artista Ednelza Sahdo

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A vida e obra de uma das mais célebres artistas amazonenses imortalizada em uma publicação inédita. ‘Ednelza Sahdo – A dama do Teatro, do Carnaval e da Cultura Amazonense’ intitula a biografia autorizada em homenagem à memorável Ednelza Sahdo. Assinada pelo ator, diretor e escritor Adailson Veiga, a obra tem o lançamento marcado para 5 de julho com cerimônia no Teatro da Instalação, no Centro de Manaus, às 19h. 

Iniciada em 2015, um ano após Ednelza ter sido homenageada pelo Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba A Grande Família, o livro retrata desde a infância da atriz à carreira no teatro e televisão, sua relação com as artes, passando pela dramaturgia à paixão pelo Carnaval. Autor da obra e amigo pessoal de Ednelza, Adailson contou que todo o processo de criação da biografia foi acompanhado e aprovado pela artista, que faleceu em novembro de 2022.

“Ednelza foi minha inspiração artística, quando a conheci em 1988. Ela me dirigiu no espetáculo ‘Nós Medeia’, de Zé Maria Pinto, em 2011, foi minha grande amiga e confidente”, compartilhou o autor da biografia.

Foto: Adailson Veiga/Acervo pessoal

O projeto inédito foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, por meio do Edital de Chamamento Público nº 005/2023 – Concurso Prêmio Manaus Identidade Cultural Demais Linguagens, gerido pelo Conselho Municipal de Cultura (Concultura).

Adailson compartilhou que, para a obra biográfica, foram realizadas entrevistas com a própria Ednelza Sahdo, com os filhos, amigos, artistas, autoridades, dirigentes de escolas de samba, além de muita pesquisa bibliográfica.

“Com Ednelza foram mais de 10 entrevistas em vídeo. Pesquisei material fotográfico e jornalístico, busquei histórias da família, pesquisei sobre a migração dos Isaac Sahdo, da Síria para o Amazonas. Além de pesquisas junto aos arquivos da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam); Arquivos do Sergio Cardoso e do Márcio Souza (escritores), entre outras fontes”, detalhou Adailson.

Vida e Obra

Ednelza Sahdo foi uma atriz, cantora e diretora que se eternizou como a “Dama do Teatro Amazonense”, sendo referência para diferentes gerações de artistas, seja no teatro, no carnaval, se tornando símbolo da cultura amazonense.

A biografia da artista será dividida em 14 capítulos e tem como principal objetivo contribuir com o processo de resgate, registro e construção identitária do teatro e da cultura amazonense, tendo como ponto de reflexão a trajetória artística de Ednelza Sahdo e sua importância para o processo da memória do teatro e da cultura amazonense.

“Desejo com esta obra imortalizar a memória e a obra de Ednelza Sahdo, inspirar para que outros ‘Adailsons’ possam contribuir com a cultura amazonense com legados e obras de outras ‘Ednelzas’”, afirmou o autor.

Trajetória do escritor

Adailson Feitoza Veiga é ator, diretor e produtor de teatro, possui Mestrado em Ciências e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É Especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Cândido Mendes (Ucam/RJ). É Especialista em Neuropsicopedagogia pelo Centro Universitário Cidade Verde (UNICV/PR). Possui Bacharelado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista (Unip/AM), possui Licenciatura em História pelo Centro Universitário Cidade Verde (UNICV/PR).

É professor universitário e gestor de pessoas. Iniciou sua carreira no teatro em 1994, no Grupo de Pesquisas Cênicas do SESC, dirigido por Chico Cardoso. Frequentou o Curso Técnico em Artes Cênicas pelo Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua), em 1995. Além do Grupo de Pesquisas Cênicas do SESC, atuou na “Cia de Teatro A Rã Qi Ri” e na “Cia de Teatro Metamorfose”. Em 1996, fundou a “Cia Teatral Azuarte”, onde passou a dirigir e produzir seus próprios espetáculos.

Hormônio de crescimento do tambaqui é produzida em laboratório pela primeira vez

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Pesquisa inédita realizou pela primeira vez a clonagem do gene do hormônio do crescimento (rtGH) do tambaqui em laboratório. Embora a Amazônia possua uma vasta diversidade de espécies de peixes, esta é a primeira vez que o GH recombinante de uma espécie nativa tem seu gene traduzido e produzido em laboratório. A clonagem significa um avanço para a zootecnia devido à importância da espécie para a piscicultura brasileira e sua presença de destaque na alimentação das populações amazônicas.

O estudo intitulado ‘Expressão extracelular, purificação e produção em biorreator do hormônio de crescimento de tambaqui (Colossoma macropomum) na levedura Komagataella phaffii (anteriormente Pichia pastoris)’ conta com a participação de pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Genética Animal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).

O hormônio do crescimento (GH) é um gene relevante na área de criação e manejo de animais domésticos. A produção aprimorada desse hormônio abre caminhos para inovações biotecnológicas na zootecnia com aplicações práticas que garantem a sustentabilidade da piscicultura, aprimorando as técnicas de manejo dos animais em viveiro.

Na piscicultura, o tambaqui se destaca como a espécie nativa mais produzida no Brasil. Ele tem grande valor comercial por sua alta adaptação ao sistema de criação de peixes em viveiros e pelo amplo mercado consumidor, sendo uma das espécies mais apreciadas e consumidas na culinária do norte do país.

Segundo o artigo publicado na revista científica do Inpa, Acta Amazonica, os resultados desta pesquisa abrem caminho para novos estudos utilizando o hormônio do crescimento, com foco na avaliação e desempenho fisiológico e zootécnico do tambaqui submetido à proteína recriada em laboratório com foco na piscicultura.

Para Jorge Porto, pesquisador do Inpa e um dos co-autores do trabalho, a pesquisa é um marco significativo para o campo da biotecnologia e da piscicultura como um todo. Porto aponta o potencial para transformar a criação de peixes e beneficiar tanto o setor produtivo quanto os consumidores, além de aumentar a oferta e a qualidade do peixe disponível para o consumo da população.

“A importância deste trabalho vai além da realização científica, ele abre portas para uma série de possibilidades na aquicultura biotecnológica amazônica. Estamos muito satisfeitos em ver como uma pesquisa que começou modestamente evoluiu para algo tão impactante e promissor. Esperamos que os resultados deste estudo possam contribuir não apenas para o avanço do conhecimento científico, mas também para o desenvolvimento da piscicultura”, declara o pesquisador.

Durante a pesquisa foi isolada a sequência de cDNA do hormônio GH que determina o crescimento do tambaqui. O GH é produzido em uma glândula localizada no cérebro do peixe, esse hormônio é responsável por regular diversos processos fisiológicos importantes para o desenvolvimento e o crescimento saudável, esse processo ocorre em todos os vertebrados, incluindo os humanos.

O estudo foi conduzido por um grupo de pesquisadores do Inpa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam).

Técnica de reprodução

Para fabricar a proteína em laboratório foi usada a técnica de inserir o gene de cDNA de tambaqui na levedura Komagataella phaffii. Essa levedura é um organismo frequentemente usado em pesquisas relacionadas a biotecnologia por sua eficiência em produzir proteínas que naturalmente não faz parte de suas funções celulares, permitindo que a proteína seja fabricada de forma mais acessível e eficaz para o estudo pretendido.

“Expressar o cDNA do hormônio de crescimento de um peixe em um sistema heterólogo, como a levedura Komagataella phaffii, significa utilizar um organismo diferente do peixe para produzir a proteína desejada. Isto é importante porque pode ser mais eficiente e economicamente viável do que extraí-la diretamente dos peixes”, explica Porto sobre a técnica utilizada na clonagem.

A técnica de isolamento do cDNA permite identificar e replicar o gene do GH, enquanto a expressão do gene na levedura permite a produção em larga escala da proteína. A combinação dessas técnicas é essencial para estudar e aplicar o hormônio de crescimento de forma prática e eficiente na piscicultura.

“Esta descoberta abre novos caminhos para a aplicação de técnicas biotecnológicas na aquicultura, permitindo avanços no entendimento dos mecanismos de crescimento dos peixes e desenvolvimento de novas estratégias para melhorar a produção de pescado”, complementa o pesquisador em Genética Animal.

Para a reprodução do hormônio de crescimento do tambaqui em laboratório, foram usados genes de cDNA do GH coletados em 12 tambaquis em fase de desenvolvimento, juvenis do tambaqui, cultivados na estação de piscicultura do Inpa.

*Com informações do Inpa