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Azul ou vermelho? Aprenda receitas de drinks inspiradas no Caprichoso e no Garantido

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Para sustentar o calor da região amazônica nada melhor do que um drink refrescante, não é mesmo? Ainda mais quando a inspiração dele é um dos festivais mais famosos do país, o Festival Folclórico de Parintins.

Confira ideias de drinks inspirados nos bois-bumbás Caprichoso e Garantido:

Gin Caprichoso

50ml de Gin
30ml Suco de limão Tahiti
20ml de xarope de açúcar
10ml de xarope de laranja azul
Energético de coco e açaí
Uma fatia de laranja
Ramo de hortelã

Em uma taça, acrescente 10 cubos de gelo. Em seguida, acrescente o Gin, suco de limão, um copo de xarope de açúcar e o xarope de laranja azul. Mexa todos os ingredientes. Complete a bebida com energético. A fatia de laranja e o ramo de hortelã entram como decoração na taça.

Gin Garantido

50ml de Gin
Suco de limão Tahiti (a gosto)
1 copo de xarope de açúcar
Xarope de frutas vermelhas (a gosto)
Energético de frutas vermelhas (a gosto)
Uma fatia de limão siciliano
Ramo de hortelã

Em uma taça, acrescente 10 cubos de gelo. Em seguida, acrescente o Gin, suco de limão, um copo de xarope de açúcar e o xarope de frutas vermelhas. Mexa todos os ingredientes. Complete a bebida com energético de frutas vermelhas. O limão siciliano e o ramo de hortelã entram como decoração na taça.

Livro sobre apagão no Amapá durante a pandemia de Covid-19 é publicado pela USP

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A amapaense Dayanne Farias, de 24 anos, teve o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que consiste em uma História em Quadrinhos, publicado pela revista da Universidade de São Paulo (USP). A estudante foi aprovada em design gráfico na Universidade Federal de Goiânia (UFG) em 2018.

Ao Grupo Rede Amazônica, Dayanne contou que mesmo morando na terra goiana, ela decidiu que iria levar consigo a cultura e história da terra natal para onde fosse, e principalmente o cenário ‘pós-apocalíptico’ do apagão, que ela, a família e mais de 800 mil pessoas passaram por 22 dias, durante a pandemia mundial de Covid-19.

Desta grande tragédia, surgiu a HQ ‘Ilha dos Esquecidos’, onde Dayanne criou uma história fictícia sob várias histórias de cidadãos amapaenses, transmitindo o sentimento de impotência, isolamento e desespero que enfrentavam.

Trecho da HQ publicada pela estudante de Design Gráfico — Foto: Dayanne Farias/Arquivo Pessoal
Foto: Dayanne Farias/Arquivo pessoal

“Eu acho que além da minha vontade, era também uma obrigação falar sobre isso e, enfim, dar visibilidade para o que estava acontecendo, já que quase ninguém estava dando a visibilidade que a gente precisava. Eu levo nossa história adiante sempre que puder”, disse Dayanne.

Processo de criação

A jovem contou que a ideia da criação do material surgiu em uma disciplina na grade de ensino do Design Gráfico, quando um professor de História em Quadrinhos, passou um trabalho que pedia temas socias inseridos no contexto do design.

“A primeira história foi uma atividade para essa disciplina. Eu fiz essa atividade sobre o apagão, essa HQ, apresentei na época. O professor colocou num artigo dele, foi publicado numa revista também, só que só com o nome dele. E aí eu pensei, bom, eu vou levar esse tema para o meu TCC”, disse.

A amapaense destacou que já tinha visto trabalhos de autores de fora sobre o apagão. Ela conta que escolheu a música popular amapaense “Jeito Tucujú” em sua epígrafe para destacar uma produção de uma mulher que passou pelo ocorrido, nascida no Amapá, para o resto do Brasil.

Dayanne teve a mãe como insipiração — Foto: Dayanne Farias/Arquivo Pessoal
Foto: Dayanne Farias/Arquivo pessoal

“Acho muito importante que as pessoas daqui tenham visibilidade pra falar e pra dar voz sobre as coisas daqui. Já que são sempre as pessoas de fora fazendo isso. Eu decidi que eu queria falar sobre isso, em qualquer oportunidade que eu tivesse”, contou Dayanne.

A estudante destacou que ainda está na busca para conseguir publicar a História em Quadrinhos na forma física comercial, e que pretende seguir com este trabalho.

Trecho da História em Quadrinhos Ilha dos Isolados — Foto: Dayane Farias/Arquivo Pessoal
Foto: Dayanne Farias/Arquivo pessoal

O livro está disponível para leitura no formato digital. A estudante contou ainda que possui interesse em dar uma continuidade a esta história, que deveria ser mais longa, mas por conta do tempo de entrega, não conseguiu transmitir todos os detalhes que gostaria.

*Por Isadora Pereira, do g1 Amapá

Para que serve a confiança?

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

– Quando estivermos no futuro e você olhar para trás, o que a sua empresa terá construído de mais importante?

– Não tenho dúvidas que é o conceito de nossa marca. As pessoas confiam nela e isto é dito espontaneamente.

Elas não entendem bem o processo e nem o porquê, mas sabem que existe uma preocupação com a qualidade do alimento, com a saúde do consumidor e de todos os envolvidos na produção, incluindo o solo e o próprio produtor. Nossa marca transmite a nossa filosofia e os nossos valores. É isto o que vai ficar para o futuro e posso dizer que é o legado que estamos construindo.

A pergunta é feita para o CEO de uma empresa de alimentos que é reconhecida como uma referência no impacto social e ambiental que provoca. Para este CEO, o maior patrimônio desta empresa é a confiança conquistada em 30 anos de existência.

Vem da Finlândia, apontado como o país mais feliz do mundo, uma notícia que também se refere à confiança. A flexibilidade é apontada como o benefício que mais mantém as pessoas felizes no trabalho. Esta flexibilidade é possível, graças à confiança presente nas relações entre empresas e colaboradores. Pelos depoimentos de quem vive esta cultura, não passa pela cabeça dos empregadores que o colaborador tirará algum tipo de vantagem pessoal e, com a flexibilidade de horários, trabalhar menos e prejudicar a empresa. Em contrapartida, o colaborador sabe que a empresa não se aproveitará do benefício da flexibilidade para estabelecer “missões impossíveis” na sua carga horária ou em horários que invadam a sua privacidade. Como toda confiança deve ser, ela é recíproca.

Confiar e ser confiável é uma das necessidades básicas do ser humano, sendo um componente importante da felicidade. Faz bem ser confiável e faz bem confiar. Como nos ensina Mokiti Okada: “A confiança é um verdadeiro tesouro e talvez nem se possa imaginar o quanto influi no destino de uma pessoa o fato de confiarem nela, ou se acautelarem contra ela, por ter má reputação”. Podemos entender que isto se aplica a pessoas e a empresas.

Sabemos que a confiança é forte e é fraca ao mesmo tempo. Forte por tudo que traz quando a possuímos e fraca, porque bastam pequenos deslizes para ser destruída. Há pessoas em quem confiamos e, em outras, não. Há marcas e empresas que confiamos e, em outras, não. Confiamos em nós mesmos para certas coisas e, não, para outras.

Já há muito as marcas vivem de suas reputações. Algumas valem mais do que as próprias empresas, como talvez seja o caso da citada acima. Outras tentam se esconder de seu passado, como é o caso, por exemplo, de construtoras tradicionais, que mudam de nome após escândalos de corrupção. Para o seu desconforto, porém, elas são sempre citadas como: empresa X que é a antiga empresa Y. O disfarce não vai muito longe. Marcas sempre carregam muito mais do que simplesmente o nome. Está lá a confiança ou a carência dela.

E quanto a nós? Podemos confiar em nossa própria palavra ou não darmos tanto valor a ela. Será que podemos confiar quando marcamos um horário com alguém? Ao fazermos o relato de algum acontecimento, é comum exagerarmos um pouco? Somos coerentes entre discurso e prática e nos policiamos quanto a isso?

O exercício da confiança é uma conquista diária. Seu valor será ainda maior em momentos de dificuldades, quando precisaremos contar com a confiança de terceiros e de nós mesmos. A confiança pode ser considerada um elemento fundamental para a construção de felicidade. Vale na Finlândia e vale no Brasil. Vale para as empresas e vale para as pessoas. E você? Como está o seu patrimônio chamado confiança?

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Produtor de cachaça artesanal do Tocantins se prepara para exportação

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Embora a produção artesanal de cachaça seja uma tradição familiar, Paulo Palmeira de Souza, pequeno empreendedor de Combinado (TO), está aberto a ouvir conselhos para tornar sua empresa mais atraente para consumidores do mercado internacional.

Paulo é fundador da Cachaça Palmeira. Ele, que pensa em internacionalizar o negócio, mostra que a disposição para aprender é um dos passos mais importantes para as empresas que pretendem se aventurar no comércio exterior.

“Estou acolhendo de braços abertos o que a ApexBrasil [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos] pode me oferecer, e estou aberto a mudanças e correções, porque a Apex sabe o que eu devo alinhar. Ela tem muito mais experiência do que eu”, afirma.

O início

A história que antecede o encontro do pequeno produtor com a ApexBrasil é rica. Os avós de Paulo produziam cachaça no estado da Bahia, prática que o pai dele levou para o município de Combinado (TO), há cerca de trinta anos.

O produtor diz que deu continuidade à tradição familiar e, após fazer um MBA em gestão empresarial, fundou a Cachaça Palmeira.

“A gente tem na região um clima que gera um sabor diferenciado na cachaça. Temos um produto com qualidade excepcional”, garante.

Paulo também apostou na produção de embalagens marcantes para agregar valor aos produtos. “Comecei a pensar: ‘como é que vou mostrar que essa cachaça produzida há cinco anos é melhor do que a produzida neste ano?’ Vou criar também uma embalagem”, lembra.

Hoje, a empresa produz dez sabores diferentes de cachaça — alguns deles únicos, como a “barumel”, em que a bebida é curtida em uma mistura de mel com baru — e 30 tipos de embalagens. “Você pode visitar várias unidades produtoras de cachaça no Brasil, mas vai encontrar a barumel só na Cachaça Palmeira”, diz, orgulhoso.

Voos mais altos

Com o passar do tempo, o pequeno produtor deseja conquistar clientes não apenas no mercado nacional. Paulo afirma que conhecer a ApexBrasil foi um marco para as pretensões da Cachaça Palmeira. “Depois que eu conheci a Apex, percebi que há muitas portas a serem abertas e que, além do mercado estadual, eu também posso atingir o mercado internacional”, pontua.

Por meio do Programa de Qualificação para a Exportação (Peiex), o produtor recebeu dicas sobre o funcionamento do mercado internacional e do que vai precisar para se adaptar às exigências dos compradores internacionais.

Há duas semanas, ele também participou de uma rodada de negócios com potenciais clientes de outros países, por meio do programa Exporta Mais Brasil, iniciativa da ApexBrasil que conecta empreendedores brasileiros a compradores internacionais.

Peiex

Presente em todas as regiões do país, o Peiex orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil, em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa.

O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca.

Entre 2021 e 2023, o Peiex atendeu 5,3 mil empresas. Destas, 827 já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,16 bilhões. Para mais informações, acesse: www.apexbrasil.com.br.

*Por Felipe Moura, do Brasil 61

Amazonas é o estado com maior taxa de mortalidade por tuberculose do Brasil

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O Amazonas é o estado com o maior coeficiente de mortalidade por tuberculose no país: em 2022, foram 5,1 mortes/100 mil habitantes, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Quase o dobro da média nacional, que foi de 2,72 mortes/100 mil. O estudo indica que o estado teve 3.548 novos casos da doença em 2023 e 218 mortes pela doença em 2022. Além disso, em 2023 a incidência da tuberculose no estado foi segunda maior do país, — 81,6 casos/100 mil habitantes — atrás apenas de Roraima.

Os altos números são explicados pelas condições de vida da população, associadas a um cenário de pós-pandemia. “No período de pandemia as pessoas ficaram em casa e houve interrupção de diversas ações de controle da TB, quando houve a retomada dos serviços, aumentou a identificação desses casos de tuberculose, que acabaram — mais tardiamente — evoluindo para a morte”, explica Lara Bezerra, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose no Amazonas.

A gestora ainda acrescenta que “não podemos deixar de falar que a tuberculose também está associada a questões socioeconômicas, de desigualdade, onde a moradia muitas vezes é pequena, sem janela, o que contribui para novas infecções e adoecimento”.

Tuberculose: contágio e vulnerabilidade

A principal forma de contágio da doença é aérea — quando uma pessoa doente, sem tratamento, tosse, espirra ou fala. O principal sintoma ainda é a tosse persistente, chamada tosse prolongada, que costuma durar três semanas ou mais. E as condições sociais ainda são fatores que perpetuam a existência da tuberculose no país, como explica a coordenadora-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias não Tuberculosas do Ministro da Saúde, Fernanda Dockhorn.

“A tuberculose está ligada muito ao ambiente onde a pessoa vive, às condições de vida da população. Então, as populações (que vivem) onde há muita pobreza, (onde) têm muitos aglomerados, o ar não circula tão bem e a tuberculose está presente ali. As pessoas em situação de vulnerabilidade, muitas vezes, têm dificuldade de acesso a serviços e (o) diagnóstico (acaba sendo) tardio”.

E foi na policlínica Cardoso Fontes — referência no atendimento a de pessoas com tuberculose em tratamentos especiais no estado —, em Manaus (AM), que a assistente social Marklise Siqueira, de 40 anos, recebeu o diagnóstico da infecção latente pelo bacilo causador da tuberculose. O exame, realizada em todos os funcionários, é importante para o seguimento dos profissionais de saúde, que possuem um risco maior de se expor ao bacilo, e adoecer. A infecção latente não causa sintomas e não transmite o bacilo. Uma pessoa com infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis tem o bacilo “adormecido” no pulmão, mas não tem a doença (que ocorre quando a imunidade não consegue manter o bacilo nessa forma latente, e o bacilo fica ativo, se multiplica, e a doença se instala).

A assistente social se surpreendeu ao receber o resultado positivo. Para não desenvolver a tuberculose, ela teria que manter a imunidade alta. Mas em 2020, durante a pandemia de Covid-19, as coisas mudaram. “Comecei a emagrecer muito — eu perdi 5 quilos, em 6 dias — daí, fiz um exame de escarro e um raio-x e meu exame deu positivo”, conta a assistente social. A doença apareceu por conta da baixa na imunidade. O tratamento durou seis meses e ela ficou curada.

Atenção Primária, a porta de entrada para o tratamento

No Amazonas e em todo o país, a Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada para o tratamento da tuberculose, como explica Fernanda Dockhorn. “Mesmo em um município pequeno, a Atenção Primária à Saúde é sensível, tem que perceber quando tem suspeita ou não da doença. Todo medicamento é fornecido pelo SUS, de forma gratuita”. A adesão total ao tratamento — com duração de seis meses — é fundamental para que a pessoa fique curada.

Atuação do Programa Brasil Saudável nos grupos mais vulneráveis

Criado em fevereiro como um programa de governo, o Brasil Saudável é uma estratégia coordenada pelo Ministério da Saúde com a participação de outros 13 ministérios. Juntos, desenvolvem ações frente às populações e territórios prioritários – tanto para combater a tuberculose quanto para outras 10 doenças e cinco infecções consideradas problemas de saúde pública.

As diretrizes do programa estão voltadas para o enfrentamento à fome e à pobreza, a promoção da proteção social e dos direitos humanos, o fortalecimento da capacitação de agentes sociais, o estímulo à ciência, tecnologia e inovação e a expansão de iniciativas em infraestrutura, saneamento e meio ambiente.

A meta do programa é reduzir a incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e fazer cair o número de mortes pela doença para menos de 230 por ano, até 2030. O que para a coordenadora Fernanda Dockhorn, é uma meta possível, mas depende de um esforço coletivo. “O Brasil está no caminho, a gente tem o Brasil Saudável nessa tentativa de ampliar as ações interministeriais para dar uma proteção social para as pessoas, para dar atendimento adequado para quem é privado de liberdade, por exemplo”.

Saiba mais sobre a tuberculose e sobre o programa Brasil Saudável.

*Por Lívia Braz, do Brasil 61

Cientistas defendem criação de territórios sustentáveis para zerar desmatamento na Amazônia

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O agravamento das mudanças climáticas coloca em evidência a vulnerabilidade das populações e dos diferentes biomas a eventos como o registro de temperaturas recordes, a ocorrência de desastres naturais e de fenômenos climáticos, a exemplo da seca extrema registrada na Amazônia em 2023 e das enchentes no Rio Grande do Sul neste ano. É nesse cenário perigoso, com o país acompanhando cada vez mais as consequências da fragilização dos biomas, que o Brasil se comprometeu em zerar o desmatamento e a degradação da floresta amazônica até 2030, uma meta ousada defendida pela ciência há cerca de 20 anos e que precisa de uma política estratégica para ser alcançada.

Em artigo publicado na revista Trends in Ecology & Evolution, a doutora em Ecologia e pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ima Célia Guimarães Vieira; e o doutor em Zoologia e professor titular do Departamento de Geografia e Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Miami, José Maria Cardoso da Silva, retomam a proposta do desmatamento zero apresentada por eles em artigo de 2005, mas agora em um contexto ainda mais alarmante.

Há quase duas décadas, a taxa oficial de desmatamento da Amazônia calculada pelo sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi de 27,772 km² no ano de 2004. Em 2022, o mesmo sistema detectou uma devastação de 11.594 km², contudo o índice acumulado nesse intervalo de tempo chegou a 168,413 km², o que contribuiu para o aumento das emissões de carbono na região e uma perda intangível de biodiversidade.

Os números citados no parágrafo anterior tendem a crescer drasticamente caso seja aprovada o PL 3.334/2023, que propõe a redução da reserva legal na Amazônia, tornando disponível para a desflorestação 28,17 milhões de hectares. O projeto de lei é uma licença para derrubar que anula o êxito conquistado com medidas como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), tornando o Brasil um campeão em emissões de gás carbônico no mundo e alvo de boicotes comerciais aos seus produtos.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Zerando a perda

Na avaliação dos pesquisadores, para atingir a meta de desmatamento e degradação zero o Brasil deve integrar as políticas públicas setoriais que estabeleçam um novo modelo de desenvolvimento na região amazônica, baseado na implantação de territórios sustentáveis. Concebidos como áreas onde a integridade ecológica e a prosperidade humana podem ser preservadas por gerações, esses territórios seriam adotados em 85 subsistemas distintos já identificados pelo governo na Amazônia brasileira.

“Consideramos que o desmatamento e degradação zero só pode ser alcançado se for concebido como o resultado de um novo modelo de desenvolvimento que se concentre no estabelecimento de territórios sustentáveis em toda a região, em vez de ser simplesmente um objetivo ambiental a ser perseguido sem considerar a heterogeneidade social e ecológica da região”, afirmam Ima Vieira e José Maria Cardoso.

Estratégias

Tendo em vista a promoção da conservação ambiental e a garantia do bem estar social a longo prazo, os cientistas elencam seis estratégias que podem ser adotadas com diferentes escalas de importância nos territórios sustentáveis. São elas: expansão e descentralização do sistema regional de ciência, tecnologia e inovação; gestão eficaz das áreas protegidas e Terras Indígenas (TIs); conversão de terras públicas não destinadas em Unidades de Conservação (UC) e TIs; aumentar a proteção da floresta em áreas privadas; recuperação e uso eficiente de áreas degradadas; e a melhoria dos mecanismos de governança.

Um dos objetivos desse conjunto de medidas é a integração das diferentes categorias de áreas protegidas, envolvendo as UCs existentes, as novas que podem ser criadas nos cerca de 600 mil km² de terras públicas ainda sem destinação e os 1,6 milhão de km² de propriedades privadas onde Reservas Legais (RLs) e Áreas de Proteção Permanente (APPs) devem ser preservadas em acordo com regras do Código Florestal Brasileiro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A proposta enfatiza também a importância da geração de renda por meio de atividades produtivas que agreguem tecnologia e valor ao uso da terra, ampliando assim seus benefícios socioeconômicos.

“Os territórios sustentáveis exigem a conversão das pastagens em sistemas de produção alimentar mais diversificados para reduzir a pobreza, aumentar a eficiência económica e social, absorver carbono, melhorar a conservação dos solos, conservar a biodiversidade e apoiar vários produtos com um elevado valor agregado”, ressalta o artigo de Vieira e Cardoso.

Os pesquisadores chamam atenção para o papel que as instituições de ciência, tecnologia e inovação podem desempenhar na orientação de políticas públicas e no fortalecimento de estratégias de desenvolvimento sustentável ao realizar pesquisas inspiradas nas demandas locais.

Aliado a isso, colocam em evidência a necessidade de articulação dos modelos de desenvolvimento com povos indígenas, populações quilombolas e comunidades tradicionais, visto que as decisões sobre a região ainda são pautadas nos interesses de grupos de fora, que acabam perpetuando nos projetos a ideia da Amazônia como uma fronteira do desenvolvimento.

“Estabelecer territórios sustentáveis e alcançar o desmatamento e a degradação zero na Amazônia brasileira continua sendo possível, mas exigirá um esforço sustentado, de longo prazo e globalmente colaborativo. Esse esforço deve ser impulsionado por um sistema de ciência, tecnologia e inovação, mas ainda assim deve estar fundamentado no conhecimento, nas visões de mundo e nas aspirações da população regional. Se tal não acontecer, poderão surgir graves riscos sociais e ambientais, com consequências globais imprevisíveis”, frisam os cientistas.

Conheça as 6 estratégias para alcançar o desmatamento zero na Amazônia

1 – Expansão e descentralização do sistema regional de CT&I – Os territórios sustentáveis devem ser orientados pela ciência. Para isso, é necessário que as instituições de ciência, tecnologia e inovação existentes sejam expandidas e descentralizadas em sistemas sub-regionais para o fortalecimento e maior conexão da produção de conhecimento.

2 – Gestão eficaz das áreas protegidas e Terras Indígenas – As unidades de conservação (UCs) e Terras Indígenas (TIs) são fundamentais para o controle do desmatamento e da degradação florestal. Porém, é preciso que elas sejam melhor distribuídas no bioma, tenham acesso regular a recursos, infraestrutura e recursos humanos para serem plenamente funcionais e contenham os ilícitos ambientais.

3 – Conversão de terras públicas não destinadas em UCs e Tis – Cerca de 600 mil km² de áreas públicas na Amazônia permanecem sem designação. A transformação dessas áreas em UCs e Tis ajuda a reduzir os riscos de apropriação ilegal, especulação, desmatamento e degradação, contribuindo para uma menor taxa de conflitos socioambientais.

4 – Aumentar a proteção da floresta em áreas privadas – O Brasil tem aproximadamente 1,6 milhão de km² da floresta amazônica em áreas privadas, sendo que 45% das propriedades têm passivos ambientais. O governo deve incentivar programas baseados no mercado para encorajar o cumprimento do Código Florestal e a transformação das reservas legais e áreas de proteção permanente em reservas privadas de património natural, que podem ser usadas para pesquisa, educação e ecoturismo.

5 – Recuperação e uso eficiente de áreas degradadas – Os territórios sustentáveis requerem maior aglomeração espacial econômica e melhores estratégias de uso da terra. Projetos piloto já tiveram bons resultados combinando a produção de alimentos, a agregação de valor à produção, a conservação da biodiversidade e a redução da pobreza. É preciso dar escala a projetos com essa perspectiva.

6 – Melhoria dos mecanismos de governança – Os déficits de financiamento para a região e as lacunas de integração entre políticas setoriais básicas são desafios para o Brasil atingir a meta do desmatamento zero. O país deve criar sistemas de governança para facilitar o diálogo e a negociação entre os diferentes níveis de governo e as sociedades sub-regionais, sobretudo povos indígenas e comunidades tradicionais, o que traria ganhos em termos de legitimidade e eficiência para os territórios sustentáveis.

Referências

VIEIRA, Ima Célia Guimarães; SILVA, José Maria Cardoso da; TOLEDO, Peter Mann de. Estratégias para evitar a perda de biodiversidade na Amazônia. Dossiê Amazônia Brasileira II. Estud. av. 19 (54), ago. 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/yf6MQVWvKWGD33jN3jqw47n/?lang=pt.

VIEIRA, Ima Célia Guimarães; SILVA, José Maria Cardoso da. Zero deforestation and degradation in the Brazilian Amazon. Trends in Ecology & Evolution. Volume 39, ed. 5, p. 413-416, mai. 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.tree.2024.03.004.

*Com informações do Museu Goeldi

Pesquisador afirma que “a seca de 2023 ainda não acabou”

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A seca que assolou o Amazonas em 2023 persiste em 2024 e isso pode ser visto pelo quadro atual das chuvas na região amazônica que sugerem uma seca de gravidade bem elevada para este ano. É o que alerta o pesquisador e coordenador de hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (LBA/Inpa-MCTI), Renato Senna.

Renato diz que a região amazônica ainda enfrenta uma deficiência de precipitação até agora.

“Isso comprometeu toda estação chuvosa e o período de enchimento dos grandes rios, e provavelmente se estenderá até o final do primeiro semestre. Esta condição só será alterada no segundo semestre de 2024”, afirma Senna.

Nos últimos quatro anos, o nível das águas do rio Negro tem oscilado entre extremos de cheias e vazantes. Em 2021, registrou-se a maior cheia já medida, atingindo a cota máxima de 30,02 metros. Já em 2023, ocorreu a maior vazante registrada em 120 anos de medição, com o nível chegando a 12,70 metros. De acordo com o pesquisador, dois eventos atuaram simultaneamente, evitando formação de nuvens e a precipitação na região amazônica: o aquecimento superficial do Oceano Pacífico (El Niño) inibiu a formação de nuvens e reduziu as chuvas na Amazônia e o Oceano Atlântico empurrou as nuvens que se formam sobre a Amazônia em direção ao Hemisfério Norte.

Pesquisador Renato Senna Foto: Tadeu Rocha

As previsões indicam que as águas do Oceano Pacífico deverão esfriar no segundo semestre de 2024, o que favorecerá a ocorrência de chuvas na Amazônia. Por outro lado, o Oceano Atlântico, no Hemisfério Norte, permanece aquecido. “É provável que tenhamos uma temporada de furacões na região do mar do Caribe no segundo semestre de 2024, responsável por retirar umidade da Amazônia e transportá-la para o Hemisfério Norte, resultando na redução das chuvas na região amazônica”, destaca Senna.

Impacto dos Oceanos

Os oceanos são responsáveis por modular o clima e as chuvas na região amazônica. Tanto o Oceano Pacífico quanto o Oceano Atlântico influenciam a circulação, acumulação e transporte de vapor d’água, áreas essenciais para a formação de nuvens e a consequente geração de chuvas nas grandes bacias da Amazônia.

Vila de Ribeirinhos Boarazinho Foto: Dado Galdieri

Em 2023, o fenômeno natural La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, foi sucedido rapidamente pelo El Niño, devido ao aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico, próximo a linha do Equador. Normalmente, o El Niño ocorre entre períodos de quatro a sete anos. “Geralmente, ocorre uma redução no nível da água dos rios no primeiro ano do El Niño e secas mais severas no ano seguinte”, explica Senna.

Ainda segundo o pesquisador, em 2023, as águas superficiais do Oceano Atlântico no Hemisfério Norte também aqueceram, especialmente próximo ao noroeste do continente africano.

“Águas muito aquecidas nessa região normalmente resultam em temporadas de furacões e de tempestades intensas no Hemisfério Norte, como observado nos eventos de 2005 e 2010. Nessas ocasiões, ocorreram chuvas intensas e tempestades naquela região que, também transferiram água da Amazônia para o Hemisfério Norte, resultando em seca em nossa região”, esclarece Senna.

Senna relembra que em setembro de 2023, o nível das águas do rio Negro diminuiu de forma drástica, em média 30 centímetros, durante vários dias consecutivos, um fenômeno jamais registrado nos 120 anos de medições das águas do rio Negro.

“A seca histórica de 2023 ocorreu em um contexto de aquecimento das águas superficiais próximas à linha do equador tanto no Oceano Atlântico quanto no Pacífico. Essas condições persistem até recentemente, totalizando quase 12 meses – de julho de 2023 a junho de 2024 – com temperaturas das águas superficiais muito elevadas e ambos os eventos ocorrendo simultaneamente, resultando na redução da precipitação”, ressalta o pesquisador.

Previsões

O Laboratório Amanã do Inpa é responsável pela emissão do Boletim de Monitoramento Climático das grandes bacias hidrográficas da Bacia Amazônica. Este boletim monitora as chuvas acumuladas em intervalos de 30 dias nas bacias hidrográficas que compõem a bacia amazônica.

Toda quinta-feira o Laboratório emite o boletim e está disponível para consulta no link linktr.ee/clima.amazonia.

“O objetivo é fornecer informações para os tomadores de decisão, como defesa civil, secretarias de agricultura, transporte, educação e saúde etc., permitindo que se planejem conforme as condições esperadas nas grandes bacias amazônicas. Monitoramos toda a bacia amazônica desde suas nascentes nos Andes até a foz do Amazonas, junto à Ilha de Marajó, nos estados do Pará e Amapá”, afirma Senna.

*Com informações do Inpa

‘Itinerários Amazônicos’ é apontado pela Unesco como um dos 5 exemplos de boas práticas de educação no mundo

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Como empoderar estudantes para agir diante das mudanças climáticas? Um programa está atuando na Amazônia para transformar vidas por meio da educação. É o Itinerários Amazônicos, que tem o objetivo de oferecer formação e conhecimento aos professores da região.

Lançado em agosto de 2023 pelo Instituto Iungo, Instituto Reúna e rede Uma Concertação pela Amazônia, com investimentos do BNDES, Fundo de Sustentabilidade Hydro, Instituto Arapyaú, Movimento Bem Maior e Vale, o programa atua em oito dos nove estados por onde se estende a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins.

Desde então, já foram disponibilizados, gratuitamente, mais de 2.600 páginas de material curricular, com formação de mais de 55 mil professores, mais de 5.300 escolas impactadas, beneficiando cerca de um milhão de alunos do Ensino Médio. O programa reúne redes estaduais de ensino e educadores em torno da complexidade amazônica e de questões locais, regionais, nacionais e globais que se relacionam diretamente com o desenvolvimento sustentável.

Ele traz conteúdo sobre temas amazônicos em diálogo com as áreas de conhecimento previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e realiza a formação de professores para sua adoção nas salas de aula. Além de promover a aprendizagem em contexto, o conteúdo e a formação têm foco no desenvolvimento das habilidades e competências dos estudantes para que possam agir diante das mudanças do clima.

Por causa disso, em 2023, o programa Itinerários Amazônicos foi selecionado como um dos cinco estudos de caso exemplares no mundo de Educação sobre Mudanças Climáticas, em um relatório encomendado pela UNESCO e apresentado na Reunião Regional da Ásia e Pacífico ESD-Net 2030, em junho do mesmo ano, na Indonésia.

“Há, relativamente, pouco conhecimento de como os jovens estão adquirindo e aplicando competências, como resolução de problemas, inovação, pensamento crítico e criativo, a partir de programas e abordagens sobre as mudanças climáticas. A educação para esse assunto foca, em sua imensa maioria, em aquisição de conhecimento sobre ciclo de carbono, efeito estufa e gestão de recursos, em vez de abordar o que pode e deve ser feito em termos de comportamentos e de ação para mitigação e adaptação diante da crise climática. Os Itinerários Amazônicos são um exemplo de boa prática tanto em relação ao diálogo proposto com o contexto local – da construção do documento ao tipo de conteúdo e atividades propostas – quanto aos recursos e aos esforços dirigidos à formação de professores com foco em metodologias ativas e no sentido do desenvolvimento de competências e habilidades para a ação efetiva”, afirma o Dr. Phil Lambert, professor e um reconhecido especialista em educação no mundo, que apoiou o Brasil na construção da Base Nacional Comum Curricular.

Ações no Pará

Em outubro de 2023, o programa articulou junto à UNESCO, UNICEF, BID, BNDES, Porticus e Secretaria de Educação do Pará (SEDUC-PA) visitas conjuntas às escolas em Belém e no Marajó, para conhecimento da realidade da região e sobre como a iniciativa poderia atuar. Em novembro, foi realizado, junto com a Secretaria de Educação do Pará, o componente Educação para o meio ambiente, sustentabilidade e clima do Pará para o Ensino Médio e Fundamental (Anos Finais), englobando a produção de materiais pedagógicos e a formação continuada dos educadores da rede de ensino. Em dezembro do mesmo ano, eles apresentaram o material na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“Com duas frentes complementares: materiais curriculares e formação continuada de professores e gestores escolares, o programa Itinerários Amazônicos visa a levar, de forma aprofundada, temas que tocam a região – como mudanças climáticas, questões sociais, culturais e econômicas – de maneira articulada com a Base Nacional Comum Curricular e os currículos estaduais de Ensino Médio”, afirma Paulo Andrade, presidente do Instituto Iungo.

Paula Marlieri, gerente sênior de Assuntos Externos da Hydro, destacou que “para a Hydro, fazer parte de um projeto com a dimensão e a potência da educação na Amazônia é um compromisso com todos. Essa junção de esforços é muito positiva para ações de grande relevância para a região. O mundo precisa saber e conhecer essa potência. Educar é mostrar a vida a quem ainda não viu”.

O programa Itinerários Amazônicos oferece conteúdos formativos gratuitos para educadores brasileiros através do canal do programa no YouTube: https://www.youtube.com/@ItinerariosAmazonicos ou no site oficial do programa.

Aprenda duas receitas de tapioca com um toque de rivalidade digna de Caprichoso e Garantido

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A tapioca é uma das receitas mais feitas pelos amazônidas. Afinal, uma tapioca com queijo coalho e banana pacovã é um manjar dos deuses certo? Certo! Mas já pensou em fazer uma tapioca nas cores dos seus bois-bumbás favoritos?

O Portal Amazônia mostra duas receitas que levam a rivalidade do Caprichoso e Garantido para a gastronomia local. Confira:

Ingredientes

4 colheres de goma de tapioca
1 colher de corante azul comestível

Recheio

2 colheres de leite condensado
3 colheres de coco ralado em flocos

Modo de preparo

O primeiro passo é misturar a goma de tapioca com o corante. Em seguida, aqueça uma panela e coloque algumas colheres de goma. Espero um tempo e vire a goma.

Não tem muito segredo para o recheio. Misture o leite condensado com o coco ralado em flocos. Coloque o recheio na tapioca. Use um pouco de coco ralado para enfeitar.

Foto: Reprodução/Amazon Sat

4 colheres de goma de tapioca
1 colher de corante vermelho comestível

Recheio

2 colheres de doce de leite
60g queijo coalho

Modo de preparo

O primeiro passo é misturar a goma de tapioca com o corante. Em seguida, aqueça uma panela e coloque algumas colheres de goma. Espero um tempo e vire a goma. Tire a tapioca da panela e reserve. Frite duas fatias de queijo para criar uma crosta crocante.

Agora, passe uma colher de doce de leite na goma. Em seguida, coloque o queijo sobre o doce de leite. Você pode usar um pouco de doce de leite para enfeitar a tapioca.

O que não pode levar para o bumbódromo durante o Festival Folclórico de Parintins?

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Inaugurado em 1988, o bumbódromo é palco do maior Festival Folclórico a céu aberto, o Festival de Parintins, no Amazonas. A sua construção foi pensada para lembrar a dualidade histórica dos bois Caprichoso e Garantido com a estrutura em formato de cabeça de boi.

Reformado no ano de 2013, possui capacidade para abrigar 25 mil espectadores. Por questões de segurança e devido à importância e visibilidade do Festival Folclórico para o Estado, existem itens que são proibidos de se levar para o bumbódromo.

No 58º Festival de Parintins, em 2025, não seria diferente. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC), na entrada tanto da Festa dos Visitantes, no dia 26 de junho, a partir das 19h30, quanto no próprio festival (27, 28 e 29 de junho), a segurança vai retirar itens que podem causar acidentes.

Confira a lista dos principais itens proibidos de acordo com a Portaria Conjunta 0001/2015/ – GS/SSP:

  • Arma de fogo e arma branca de qualquer tipo ou espécie (facas, canivetes, martelos, dardos)
  • Guarda-chuvas (de qualquer tamanho)
  • Pingentes/correntes pesadas
  • Objetos pontiagudos (canetas, espeto de churrasco)
  • Substâncias tóxicas
  • Objeto perfuro cortante (tesoura, seringa, cortador de unha, lâminas em geral)
  • Malabares
  • Objetos de vidro, plástico ou metal
  • Fogos de artifício, sinalizadores e de estampido (de qualquer espécie)
  • Papel em rolo de qualquer espécie, jornais e revistas
  • Bebidas alcoólicas
  • Vasilhames, copo de vidro, metal ou qualquer outro tipo de embalagem, contendo bebidas ou refrigerantes de qualquer natureza
  • Capacete
  • Recipiente em aerossol
  • Alimentos em grandes quantidades
  • Ornamentos com materiais perfuro cortantes (tiaras pontiagudas, prendedores de cabelo com madeira)
  • Remédios (permitido mediante prescrição médica)

Mudanças em 2024

Em fevereiro de 2024, a Amazon Best, responsável pela venda dos ingressos para o evento autorizou a entrada de água e comida para o Bumbódromo, o que era proibido em anos anteriores.

A decisão vem após uma série de recomendações feitas pelo Ministério Público do Amazonas e o Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (PROCON-AM). O compromisso firmado está em conformidade com a Lei estadual nº 4.782/2019 e o decreto federal que regulamenta a entrada de alimentos e bebidas não alcoólicas em grandes eventos.

Mudanças em 2025

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) publicou uma portaria com regras para proteger crianças e adolescentes durante o Festival Folclórico de Parintins, que ocorre nos dias 27, 28 e 29 de junho. Entre as medidas, está a proibição da presença de crianças com menos de 10 anos nas galeras do Bumbódromo.

A portaria estabelece também que crianças e adolescentes menores de 14 anos só poderão participar do evento com pulseira ou crachá de identificação. Já os adolescentes de 14 a 18 anos, se desacompanhados dos pais, deverão portar autorização com firma reconhecida para participarem do Festival.

O documento define horários-limite de permanência no evento conforme a idade e restringe a participação de menores nas apresentações oficiais. Crianças menores de 6 anos não poderão se apresentar no festival, e as de 6 a 10 anos precisam estar acompanhadas dos pais — além de estarem proibidas de participar de alegorias.

Veja os limites de horário conforme as seguintes faixas etárias:

  • Crianças até 12 anos: das 6h às 21h
  • Adolescentes de 12 a 14 anos: das 6h às 22h
  • Adolescentes de 14 a 16 anos: das 6h às 23h
  • Adolescentes de 16 a 18 anos: das 6h à meia-noite

Organizadores deverão seguir exigências como solicitar alvará judicial com antecedência, contratar segurança adequada e afixar placas sobre a proibição de venda de bebidas alcoólicas a menores. O descumprimento das regras pode resultar em multa e até no fechamento do evento por até 15 dias.

*Matéria atualizada em 15 de junho de 2025