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Histórias em quadrinhos ajudam a divulgar ciência na Amazônia

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Pesquisadores do Instituto Mamirauá e parceiros da Rede Conexões Amazônicas lançaram a segunda edição do ‘Almanaque Tem Cientista Aqui!‘. São quatro histórias em quadrinhos (HQs) que mostram como cientistas estudam os animais, a água e as cidades amazônicas, trazendo reflexões sobre a região. O almanaque tem como objetivo despertar a curiosidade de jovens estudantes para a área da pesquisa, popularizando a ciência e a construção do conhecimento científico.

A segunda edição do almanaque foi publicada em novembro de 2023 com uma tiragem de 9 mil exemplares. A versão online está disponível para baixar. No almanaque, além das histórias em quadrinhos que ilustram os mistérios e belezas da região amazônica, há também atividades lúdicas, como jogos e desenhos para colorir. 

A segunda edição do almanaque contém quatro histórias em quadrinhos:

  • Desvendando o mistério dos louva-deus da Amazônia;
  • Aves das várzeas amazônicas;
  • A água que bebemos no Médio Solimões;
  • A Amazônia das grandes cidades.

A primeira edição, lançada em 2022, contou com seis histórias sobre diferentes temas, como arqueologia local, botos e tucuxis, onças-pintadas, mudanças climáticas e adaptações de comunidades ribeirinhas, além de rios amazônicos. 

O público-alvo do almanaque são crianças e adolescentes em idade escolar.

A distribuição do material, assim como na sua primeira edição, foi realizada por meio de oficinas em escolas de áreas rurais no interior do estado do Amazonas. Cerca de 100 estudantes do Ensino Fundamental participaram das oficinas em duas escolas de Uarini e em uma escola na área rural de Tefé. 

Leia também: Conheça nove quadrinhos que têm a Amazônia como cenário

Com a proposta de desmistificar a imagem do profissional cientista, as oficinas tiveram presente em sua equipe os próprios cientistas retratados nas histórias em quadrinhos, além de educadores, comunicadores e outros cientistas. Os almanaques também foram distribuídos em eventos de popularização da ciência, como a Semana Nacional do Meio Ambiente realizada este ano na comunidade Boa Esperança, na Reserva Amanã em Uarini (AM), e na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, em Belém do Pará. 

A história ‘Aves de várzeas amazônicas’, ilustra a pesquisa científica realizada por Bianca Darski Silva, nas margens do rio Madeira, durante seu mestrado acadêmico. Bianca, que hoje atua no Núcleo de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação do Instituto Mamirauá, esteve presente nas oficinas realizadas na comunidade Ingá e Sítio Fortaleza, ambas no município de Uarini, e na Aldeia Boará, município de Tefé.

“Nas oficinas, fizemos uma roda de leitura com as crianças. Elas tiveram a oportunidade de usar alguns instrumentos de trabalho dos cientistas, como binóculos e um livro de identificação de espécies, em uma atividade de observação de aves na comunidade. Os binóculos foram um sucesso!”, disse Bianca. Leia mais sobre o processo de criação e aplicação de materiais de divulgação científica focados na Amazônia neste artigo da Revista Aretè – Revista Amazônica de Ensino de Ciências.

‘A água que bebemos no Médio Solimões’ é uma das histórias do almanaque que retrata a pesquisa realizada por Milena Barbosa, colaboradora do Instituto Mamirauá no Grupo de Pesquisa em Inovação, Desenvolvimento e Adaptação de Tecnologias Sustentáveis pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq. 

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 Foto: Miguel Monteiro

Milena é cientista, natural de Tefé, e atua na área de saneamento básico, tratamento de água e história ambiental na região central da Amazônia. Na história em quadrinhos, Milena explica para uma família como é realizada a análise de qualidade da água e como o uso de métodos caseiros pode manter a água limpa. Milena também reforça a importância de todos os cidadãos cobrarem por políticas públicas de saneamento que garantam o acesso à água potável por todas as pessoas.

Ciência e cientistas estão em todos os lugares, e o futuro da pesquisa da Amazônia está no conhecimento e na curiosidade das futuras gerações, afirmam os autores.

Foto: Miguel Monteiro.

Acessibilidade do almanaque

Os dois volumes do almanaque são acessíveis em audiodescrição para facilitar a compreensão das histórias em quadrinhos. A audiodescrição (AD) é uma tecnologia assistiva que consiste na tradução de imagens em palavras, permitindo a inclusão de pessoas com deficiência visual e também de outros públicos, como pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.

Sobre o projeto

A segunda edição do Almanaque Tem Cientista Aqui! é uma publicação do Instituto Mamirauá, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Rede Conexões Amazônicas. As histórias em quadrinhos foram inspiradas em artigos de divulgação científica publicados pela Rede Conexões Amazônicas. 

A produção e distribuição do almanaque foram realizadas com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM, SEDECTI e do Governo do Estado do Amazonas por meio do Edital n°004/2023 – Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação (POP C,T&I), no contexto do projeto Conexões Educativas no Médio Solimões – 2ª Edição. 

*Com informações do Instituto Mamirauá

Alquimia, felicidade e leis que valem para tudo

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

“Nada pode ser obtido sem sacrifício. Para se obter algo, é preciso oferecer uma outra coisa em troca e de igual valor”.  Aprendi com um cliente que este é um princípio básico da alquimia, a Lei da Troca Equivalente. No atingimento de metas que exigem muita dedicação, oferecemos nosso esforço e tempo em troca do que almejamos. Metas importantes, exigem em troca, um esforço equivalente. Pessoalmente, não gosto da palavra sacrifício e opto pelo esforço.

 Confesso que tenho dificuldade em compreender a aplicação do princípio no caso da transformação de um metal grosseiro em ouro, pois onde estaria a equivalência de valor? Talvez isso invalide a própria alquimia, não a lei. O mais importante, porém, é perceber como o princípio é verdadeiro e o quanto ele se relaciona com outras leis universais.

Um destes princípios é o de causa e efeito. Ele se aplica claramente no universo, na natureza e nas nossas vidas. Não há como colher o que não plantamos e parece óbvio quando dizemos isso. No entanto, no dia a dia, muitas vezes, podemos ser levados a acreditar em sorte ou azar, classificando como acaso, o que não conseguimos explicar, não por que não exista uma causa, mas por desconhecê-la.

Aplicado à felicidade, o enunciado mais direto seria algo como: se queremos ser felizes, é preciso plantar felicidade. Nenhuma das leis de Newton é mais clara e mais verdadeira do que este princípio. Não por acaso, centenas de estudos da psicologia positiva demonstram que o altruísmo é um dos principais exercícios de felicidade. Aliás, isto já era apontado pela filosofia e pela maioria das milenares religiões.

Uma outra prática que todos os estudos relacionam com a felicidade nos leva ao que podemos considerar um outro princípio, a gratidão. Ela é tão poderosa que é impossível ser feliz sem ser grato. A criação de um modelo mental positivo é essencial para percebemos com profundidade o que recebemos. Esta percepção, que depende da nossa maneira de pensar e de enxergar o mundo, representa, porém, apenas o primeiro passo. A gratidão, como sentimento, só se completa quando se transforma em ação.

Trazendo para a vida prática, do que adianta eu me sentir muito grato a alguém, se eu não manifestar isto de uma maneira concreta, por ações que equivalham a este sentimento? Materializo a minha gratidão, por exemplo, quando aproveito as oportunidades para ser útil a esta pessoa. Se sou grato ao universo, posso aproveitar as oportunidades de ser útil ao universo, ou seja, às outras pessoas e à natureza. Está aí em ação a Lei da Troca Equivalente.

Nas relações entre casais, entre pais e filhos, entre amigos, entre patrões e empregados, entre clientes e fornecedores, esta lei deve ser respeitada. Poderíamos apelidá-la de Lei da Reciprocidade. Se não houver equivalência de valor, ou seja, reciprocidade plena, esta relação não será saudável e sustentável. Logo, surgirão desinteresses ou conflitos. Isto atende a um outro princípio, o da Ordem e da Harmonia, ensinado pelo filósofo Mokiti Okada. Para ele, a desarmonia é o que, olhado por uma prisma maior, será a própria forma de reestabelecer a harmonia.

São princípios e leis que podem parecer simples ou complexos. Eles não transformam ferro em ouro, mas se aplicam a todos os setores, e, uma vez considerados, constroem algo muito mais valioso, a felicidade.

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Conhecido como o ‘ouro da Amazônia’, camu-camu é aposta para indústria alimentícia

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Foto: Taciana de Carvalho Coutinho

Comercializado na forma de produto alimentício há décadas no Peru, o camu-camu, conhecido como o ‘ouro da Amazônia‘ por sua riqueza em nutrientes, esbarra em uma série de entraves em sua cadeia produtiva para conquistar o comércio brasileiro. Embora ainda desconhecida no Brasil, um dos mais ricos em vitamina C do mundo, com 100 vezes mais que o limão e vinte mais que a acerola, o fruto nativo da região da Amazônia tem potencial para seguir os caminhos comerciais de outros tantos produtos naturais amazônicos difundidos pelo país, como açaí e castanha.

Para acelerar o processo de comercialização do camu-camu, a Idesam, desenvolveu no estado de Roraima uma consultoria sobre a cadeia produtiva para identificar as principais dificuldades dos produtores e comerciantes para trabalhar com o fruto que nasce na beira dos rios da região. O objetivo foi procurar soluções para pavimentar logísticas que possam viabilizar o seu comércio para mercados locais, nacionais e internacionais.

“Embora parte da região em que o fruto é natural não possua energia elétrica, existe uma série de oportunidades para estruturar seu transporte, refrigeração e produção. Entre elas estão trazer às proximidades indústrias de pó, liofilizados ou spray drive, além da utilização de um pequeno barco apto a navegar na margem desses rios estreitos equipado com painéis solares para a coleta e processamento do fruto em polpa – nos moldes do que é feito com o açaí, uma das referências sugeridas por esse estudo”, destaca Jane Gaspar, engenheira de desenvolvimento da Fundação CERTI, parceira do estudo.  

Foto: Taciana de Carvalho Coutinho

A região de Roraima em que o fruto é natural, como boa parte da região às margens do Rio Amazonas, sofre bastante com o desmatamento, o que impacta na estiagem nos locais onde ele aflora após ficar por cerca de três meses submerso. “O plantio em terra firme nesse sentido pode ser uma boa alternativa também para o reflorestamento, bem como a utilização de tecnologias como as do drone que pode mapear as regiões e o período das cheias” aponta Jane Gaspar.

Abundante na região da Amazônia, o camu-camu é uma espécie silvestre arredondada e pequena, de coloração vermelha arroxeada, e sua árvore pode atingir de um a quatro metros de altura.  Da mesma família que a jabuticaba, a fruta é uma excelente fonte de antioxidantes que ajudam a retardar o envelhecimento – combatendo a radicais livres.

O estudo e diagnóstico dos principais gargalos e oportunidades da cadeia produtiva do camu-camu em Roraima realizado pelo Idesam em parceria com a Fundação CERTI contou com a contribuição de profissionais e especialistas da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (SEADI); do projeto Partnerships for Forests (P4F); da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e o Sebrae de Roraima. 

O comércio

Azeda e adstringente,  a fruta  é mais consumida de forma processada e mesmo congelada preserva suas propriedades nutricionais. Residente da cidade de Bonfim, às margens do rio Tacutu, na fronteira brasileira com a Guiana, Aldenira Costa Maia, presidente da Associação de Moradores e Agricultores da área devoluta do Complexo Caju (AMAADCC), trabalha com o fruto há cerca de um ano.

Aldenira experimentou a fruta em 2019 em Caroebe, no sul do estado, e hoje integra uma espécie de cooperativa em sua cidade dedicada à produção de alimentos à base de camu-camu.

Foto: Taciana de Carvalho Coutinho

Antes de levar a venda o fruto, o grupo de 40 sócios que Aldenira Costa Maia faz parte, congela a polpa, retira a casca e separa as sementes, para vender na forma verde e mais arroxeada, madura. Dentro da associação que ela preside, 10 famílias já plantam o camu-camu. “Na minha região tem pouco, mas a Embrapa nos ajuda com as mudas.  Leva um ano e meio entre plantar e colher o fruto. Uma das nossas dificuldades é melhorar os nossos produtos, o beneficiamento da produção. No plantio um dos fatores que mais nos dificulta é a irrigação, por ser um fruto de rio”, destaca.  

Para Aldenira Costa Maia, o estudo realizado pelo Idesam e pela Fundação CERTI, serve como incentivo para a produção e gera uma expectativa de que futuramente venha ser um produto industrializado e que possa ser mais bem aproveitado. “Eu vejo como um grande passo esse  diagnóstico sobre a cadeia produtiva, porque é um produto nosso, mas que é desconhecido para a maioria das pessoas. E ele precisa ser atrativo para o mercado para ter um retorno positivo. Não pode se perder no lavrado”, complementa.

Na indústria alimentícia a fruta pode ser ainda processada na forma de sorvetes, licores, compotas e outras variedades.   No entanto, além de todos os entraves da cadeia produtiva, o ‘ouro do amazonas’, também conhecido como caçari ou araçá d’água, necessita de uma regulamentação da Anvisa e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para garantir a qualificação do produto para ser amplamente comercializado, tanto ao mercado nacional como internacional. “As normas de qualidade são necessárias para avançarmos na comercialização. Procedência, volume e frequência são questões que acabam esbarrando em não ter uma cadeia produtiva, sistemática e confiável”, finaliza Jane Gaspar. 

Camu-camu para exportação

Atualmente o Peru é um dos poucos e o principal exportador da fruta, atingindo o recorde histórico de 5 milhões de dólares em exportações em 2020. As exportações foram destinadas a cinco mercados: os Estados Unidos (47%), União Europeia (17%), Japão (8%), Canadá (7%) e Austrália (7%). 

Apesar dos resultados positivos alcançados pelo Peru no primeiro trimestre de 2023, as empresas exportadoras enfrentam dificuldades em atender às demandas do mercado internacional de forma sustentável ao longo do tempo. 

A crescente popularidade internacional do camu-camu, representa uma chance de expansão que poderia ser mais intensamente aproveitada pelo Brasil. Este cenário sugere um amplo campo de oportunidades para os produtores e indústrias brasileiras se inserirem nesse mercado em crescimento.

Invasores colocam fogo em terra indígena mais desmatada do país para manter pastos ilegais

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Dez meses após uma megaoperação para retirar ocupantes irregulares e milhares de bois da terra indígena Apyterewa, no sul do Pará, o fogo voltou a queimar no território dos Parakanã. Os focos se concentram em áreas de pasto e segundo especialistas ouvidos pela reportagem são um indício do retorno de invasores. 

Desde o início do mês, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 82 focos de calor na região, colocando a Apyterewa em 15ª lugar no ranking das terras indígenas que mais queimaram em agosto no país, e em 3º no Pará.  

“Estamos com medo. Eles [invasores] estão entrando de novo, entram pelos ramais e vão queimando tudo”, conta Xokarowara Parakanã, cacique da aldeia Kanaã, ao se referir as estradas abertas dentro da TI pelos ocupantes irregulares. 

A queimada do pasto é uma maneira de manter a área pronta para o gado. Esse processo revela, segundo fontes ouvidas pela Repórter Brasil, uma expectativa de retorno da pecuária ilegal no território indígena. Cerca de 60 mil bois pastando irregularmente na área foram removidos desde o início da operação, em outubro do ano passado. 

“Por que colocar fogo no pasto? É preciso manter essa área por mais dois, três anos, até conseguir ‘pular’ para dentro de novo. Era muito barato arrendar pasto ali dentro e a operação quebrou esse grande esquema econômico ilegal”, explicou uma fonte ligada à desintrusão. 

O fogo também atingiu plantações de cacau. De acordo com os indígenas, isso seria uma forma de impedir o acesso dos Parakanã às lavouras que ficaram para trás após a retirada dos ocupantes irregulares. Em julho, eles denunciaram um ataque de pistoleiros enquanto coletavam o cacau em uma antiga fazenda ilegal. Após o episódio, a Associação Tato’a, que representa os indígenas, solicitou uma reunião de emergência em Brasília – realizada na última semana.

Terras indígenas que mais queimaram em agosto

Focos de calor detectados em TIs entre 1 e 21 de agosto de 2024

Fonte: Instituto de Pesquisas Espaciais

Para entrar na terra indígena, os invasores atravessam estradas clandestinas de moto e chegam a construir ‘buchas’, pontes temporárias feitas de terra. Até o momento, não há estruturas consolidadas de moradia ou de suporte para os bois, como cercas e currais. “É ainda um cenário de disputa de domínio pelo território”, avalia outra fonte. 

Em Brasília, os indígenas pediram reforço no policiamento do território – que hoje conta com três bases de proteção operadas pela Fundação de Povos Indígenas (Funai). Com isso, esperam ampliar sua presença na Apyterewa com mais ações de fiscalização e a construção de novas aldeias no limite da terra indígena. 

A Funai afirmou que tem uma ‘permanente interlocução’ com os Parakanã. O órgão indigenista mantém equipes de monitoramento em campo com apoio da Força Nacional e do Ibama, na fase de ‘pós-desintrusão’. Essas ações “contemplam medidas como a retirada do gado remanescente e o desfazimento de acessos clandestinos”, disse em nota enviada à Repórter Brasil. Leia a íntegra da resposta.

A reportagem também procurou o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que avaliou que a operação teve um ‘um sucesso significativo’.

Entre as medidas para coibir novas invasões, destacou a implementação de um Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) e “o monitoramento com a presença constante e permanente de órgãos federais e estaduais como Força Nacional, Ibama, Funai, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e órgãos de segurança do Estado”. 

Operação de guerra

A Apyterewa é reconhecida como território indígena desde 1982, mas só foi homologada trinta anos depois, em 2007. Cerca de 1300 indígenas vivem ali, segundo o último censo do IBGE. 

Não é de hoje que os Parakanã pedem a retirada dos invasores de seu território, que se consolidou como o mais desmatado do país. Mas a situação se agravou nos últimos anos. 

O avanço da pecuária e, mais recentemente, das plantações de cacau, destruíram cerca de 100 mil dos 773 mil hectares da terra indígena. Investigações da Repórter Brasil revelaram que os bois chegaram a abastecer os frigoríficos da JBS. Na época da publicação da reportagem, a empresa disse que bloqueou as fazendas localizadas no interior da Apyterewa.

A operação de desintrusão teve início em outubro de 2023 após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi concluída em fevereiro deste ano. Além dos bois, cerca de duas mil pessoas tiveram que sair da Apyterewa. 

Os ocupantes irregulares se concentravam em uma vila, vizinha a uma das bases da Funai, destruída durante a operação de retirada (Foto: Fernando Martinho

Os invasores se concentravam na região conhecida como Vila Renascer, vizinha a uma das bases da Funai. A localidade surgiu em 2016, mas cresceu durante o governo de Bolsonaro impulsionada pelo discurso anti-indígena. A vila chegou a ter postos de gasolina, hotéis e até rede de energia fornecida pela empresa Equatorial, concessionária de energia elétrica do Pará.

A Repórter Brasil acompanhou o começo da operação, marcada por momentos de tensão em campo e nos gabinetes de Brasília. Políticos bolsonaristas e também aliados do governador Helder Barbalho (MDB), apoiador do presidente Lula (PT), pressionaram para que a operação fosse abortada. Em meio à pressão contra a retomada, a Força Nacional matou um dos invasores com um tiro de fuzil.

‘Processo contínuo’

Depois de meses de tensão, os moradores irregulares foram retirados. Em janeiro o desmatamento chegou a zero: ‘foi uma conquista’, lembra o cacique Xokarowara Parakanã.  

Em março, uma comitiva do governo federal foi até a terra indígena e celebrou o fim da operação com a ‘entrega simbólica’ do território para os Parakanã. Mas o sossego dos indígenas durou pouco. Para pessoas ligadas à operação, a nova ofensiva não é obra de recém-chegados na região: “não vejo como uma reinvasão, é um processo contínuo”. 

Feitosa avalia que existe um movimento coordenado que alimenta as novas invasões. “O fogo não nasce do nada, tem que ter um investimento, uma inteligência por trás”, pondera. Questionada pela reportagem, a Funai ressaltou que “as invasões em terras indígenas são caracterizadas por um elevado grau de reincidência”. 

“Deste modo, é fundamental a adoção de medidas dissuasórias, sendo de extrema importância seguir com as medidas de responsabilização dos não indígenas envolvidos em ocorrências ilícitas na área”, diz o texto.

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Repórter Brasil, escrito por Isabel Harari e com edição de Paula Bianchi

Construção de novo Santuário de Nazaré em Belém é anunciada pelo governo do Pará

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Foto: Reprodução/Basílica de Nazaré

Atuando como apoiador do Círio de Nazaré, o Governo do Pará anunciou o repasse de R$ 2 milhões à Arquidiocese de Belém, responsável pela organização de toda a festividade do Círio de Nazaré, para a construção do Novo Santuário de Nazaré.

O anúncio foi feito pelo governador, Helder Barbalho, durante a Missa do Mandato, celebrada no dia 26 de agosto, momento que marca o início das peregrinações da imagem de Nossa Senhora de Nazaré nos lares paraenses.

Conforme o governador, a construção, por parte do Governo do Estado, do Novo Santuário, será em uma área próxima à Basílica, que pertenceu ao Exército Brasileiro até o ano de 2017 – quando o governo federal doou o terreno para a Arquidiocese de Belém.

“Os recursos serão depositados junto à organização do evento para viabilizar ações necessárias que contribuam para uma extraordinária procissão, reunindo os devotos de Maria pelas ruas de Belém agradecendo à nossa Mãe querida por todas as graças e bênçãos alcançadas”, discursou o governador.

O projeto que norteará as obras ainda está sendo concluído pela Arquidiocese e pela Diretoria da Festa de Nazaré (DFN). As informações iniciais dão conta de um investimento de cerca de R$ 40 milhões de recursos oriundos do tesouro estadual.

*Com informações da Agência Pará

Milton Hatoum doa 16 versões do livro ‘Dois irmãos’ para a Biblioteca Brasiliana da USP

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O escritor amazonense Milton Hatoum doou 16 versões do livro Dois irmãos para a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da Universidade de São Paulo (USP). Nas diferentes versões da obra mais famosa do autor chamam atenção os títulos que o romance teve antes de chegar ao definitivo e um cartaz em tamanho A3 com um diagrama da história dos personagens do livro, elaborado por Hatoum. 

Os originais constam também anotações de editores, críticos e escritores, que mostram a dimensão colaborativa e coletiva do trabalho do romancista.

“Entre pensar e terminar de escrever foram cerca de nove a dez anos”, explica Hatoum. Segundo ele, várias foram as motivações para a doação do material à BBM. A primeira diz respeito à gratidão pela formação acadêmica que recebeu na USP. Hatoum fez graduação em Arquitetura e Urbanismo e frequentou várias disciplinas no curso de Letras como ouvinte. 

A segunda tem relação com a afetividade: “Eu conheci o [José] Mindlin. Ele ia aos lançamentos dos meus livros e, inclusive, foi ao lançamento de Dois irmãos; no ano de 1988, ganhei uma bolsa de literatura chamada Vitae, de uma fundação que o Mindlin era presidente; frequentei a biblioteca dele e da Guita lá no Brooklin [bairro de São Paulo] antes da doação para a USP”.

E a terceira, segundo ele, é sua admiração pela Biblioteca Brasiliana: “Esses manuscritos estarão bem cuidados, não teria lugar melhor para abrigá-los. Eu acho essa biblioteca extraordinária! Quem conheceu José Mindlin percebe que ele era um apaixonado pelo livro. Eu nem mereço estar ao lado de manuscritos de Rachel de Queiroz e [datiloscritos] de Guimarães Rosa”, declarou Hatoum.  

Pesquisa

Milton Hatoum – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

“As 16 versões de Dois irmãos são uma contribuição inestimável para a biblioteca e para o projeto Registros da Produção Literária Brasileira Contemporânea, que reúne documentos de grande interesse para a pesquisa sobre os modos e processos de composição da literatura, fomentando a discussão e a reflexão sobre novas formas e suportes da produção literária. Elas se juntam aos manuscritos de O Quinze, da Rachel de Queiroz, aos datiloscritos do Grande Sertão: Veredas e de O Mundo Coberto de Penas/Vidas Secas, entre outros, colecionados por José Mindlin”, explica o professor de Literatura Brasileira da FFLCH e vice-diretor da BBM, Hélio de Seixas Guimarães. 

Para ele, a doação à biblioteca é importante não somente para preservar as versões de um romance relevante como Dois irmãos. Com este material poderão ser feitas diversas pesquisas, como as relacionadas à crítica genética, uma disciplina que estuda os processos de criação em diversas áreas, como a literatura, as artes visuais, o teatro e o cinema, entre outras.

Sobre a possibilidade de realização de pesquisa com o material de Dois irmãos, Hatoum informa que há muitas teses a respeito do livro, conforme um levantamento da professora titular da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Juciane Cavalheiro. Segundo a pesquisa da docente, em 2023, Dois irmãos, que é o romance mais estudado do autor nas universidades brasileiras, totalizou como objeto de investigação 48 teses e 80 dissertações. Na sequência, figura Relato de um Certo Oriente, com 39 teses e 49 dissertações. Cinzas do Norte, com 21 teses e 38 dissertações, e Órfãos do Eldorado, com 16 teses e 31 dissertações.

Milton na BBM

No dia 29 de agosto, às 18h30, no Auditório István Jancsó, a doação será formalizada em uma conversa gratuita e aberta ao público em geral intitulada Dois irmãos em múltiplas versões, entre Milton Hatoum e a especialista em sua obra, Maria da Luz Pinheiro de Cristo, sobre o processo de construção de seu romance. A mediação será de Samuel de Vasconcelos Titan Jr., professor do Departamento de Teoria Literária e Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Antes da doação à BBM, o material de Dois irmãos estava em posse de Maria da Luz, sua aluna de francês em Manaus, que o utilizou como fonte em sua tese de doutorado com o título Relatos de uma Cicatriz: A Construção dos Narradores dos Romances, Relato de um Certo Oriente e Dois irmãos, defendida no ano de 2005 na USP.

Em 13 de março deste ano, Milton Hatoum esteve na BBM para participar do evento Convite à Leitura – O Autor Como Leitor, em que falou sobre a leitura na sua formação como escritor, a sua relação com seus leitores e outros assuntos ligados à leitura em geral.

Na ocasião, antes do começo do encontro, Hatoum fez uma visita pela biblioteca e pôde conhecer algumas obras raras e especiais do acervo, entre elas manuscritos e datiloscritos de grandes escritores brasileiros, como Guimarães Rosa e Rachel de Queiroz, que as várias versões de Dois irmãos farão companhia na BBM.Nascido em Manaus, Hatoum é autor de Relato de um Certo Oriente, Dois irmãos e Cinzas do Norte, entre outros títulos, todos publicados pela Companhia das Letras.

O escritor já ganhou os Prêmios Jabuti, Livro do Ano, Bravo!, APCA e Portugal Telecom. Sua obra de ficção, publicada em 14 países, recebeu em 2018 o prêmio Roger Caillois (Maison de l’Amérique Latine/Pen Club-França).

*Com informações Jornal da USP

Rondônia declara situação de emergência por incêndios florestais

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Incêndio no Parque Guajará-Mirim, em Rondônia. Foto: Divulgação/Prevfogo

O governo de Rondônia declarou situação de emergência em razão de incêndios florestais. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado. O texto cita “situação crítica de estiagem” que atinge a região desde o segundo semestre de 2023, por conta da redução significativa das chuvas.

Este ano, Rondônia registrou 4.197 focos de incêndios nas cidades e 690 em áreas de conservação, totalizando 4.887 focos, o dobro do anotado em 2023. Fogo destruiu 107.216 hectares de floresta.

Segundo a publicação, a escassez de chuvas tende a persistir por pelo menos mais três meses, “provocando uma severa redução no nível dos rios e na umidade relativa do ar, aumentando significativamente o número e os riscos de incêndios florestais e queimadas urbanas, além de agravar os danos à saúde pública e ao meio ambiente”.

Focos de calor

Dados de 2024 apontam para um aumento de 43,2% nos focos de calor na Amazônia em comparação ao mesmo período de 2023, sendo Rondônia uma das áreas mais afetadas da região, com aumento de 23,7% dos focos de incêndio apenas em agosto. O governo do estado levou em consideração ainda:

– prejuízos econômicos e sociais à população afetada e a imperiosidade de se resguardar a dignidade da pessoa humana com o atendimento de suas necessidades básicas;

– que equipes de combate a incêndios florestais enfrentam consideráveis desafios de acesso às regiões afetadas, especialmente em áreas isoladas, na qual a infraestrutura de transporte terrestre e fluvial é inexistente ou severamente limitada, impedindo a chegada rápida e eficiente de recursos necessários para controlar as chamas;

– que o panorama das queimadas em Rondônia tornou-se extremamente preocupante, com números que superam significativamente os registrados em anos anteriores, contabilizando, no período de 1º de janeiro a 19 de agosto de 2024, 4.197 focos de incêndios nos municípios e 690 em áreas de conservação estadual, totalizando 4.887 focos, o dobro do registrado em 2023. Aproximadamente 107.216 hectares de floresta foram destruídos pelo fogo;

– que a seca hidrológica excepcional impactou dramaticamente o Rio Madeira, que registrou níveis excessivamente baixos, cenário que representa um dos anos mais desafiadores para a Amazônia, sendo Rondônia um dos estados mais afetados. A escassez de chuvas, associada ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, criou condições propícias para a expansão descontrolada das queimadas;

– a intensidade dos desastres demandará uma resposta não prevista nos planejamentos anuais e plurianuais, impactando substancialmente os orçamentos das secretarias estaduais e comprometendo as ações de resposta aos desastres previstos para esse período;

– que populações vulneráveis – crianças, idosos, gestantes, indivíduos com doenças cardiorrespiratórias preexistentes, pessoas de baixo nível socioeconômico e trabalhadores expostos ao ar livre – estão sob maior risco de sofrerem efeitos adversos relacionados à poluição do ar.

“A declaração de emergência é motivada pelos intensos incêndios florestais e pela baixa umidade relativa do ar que afetam Rondônia, prejudicando tanto as populações urbanas e rurais, quanto as áreas de proteção ambiental, causando impactos significativos nas atividades agrícolas, pecuárias, na navegabilidade dos rios e em outras atividades econômicas e essenciais para a população.”

O decreto entra em vigor na data da publicação e tem validade de 180 dias.

*Com informações da Agência Brasil

Centro de pesquisas no Acre irá fomentar estudos com foco na Amazônia

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O Instituto Federal do Acre (Ifac) é, oficialmente, sede do novo Centro de Estudos e Pesquisas em Ambiente, Biodiversidade e Mudanças Climáticas (Cepab-Clima), em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz). O espaço, que foi inaugurado no dia 23 de agosto, no campus Transacreana, em Rio Branco, tem como foco o desenvolvimento de projetos e ações voltadas para a região amazônica.

Com investimento de R$ 25.883,93, o local conta com três ambientes: sala de entrada, espaço central para armazenamento de insumos e equipamentos, e setor principal, que será utilizado para o desenvolvimento de pesquisas em diversas linhas de conhecimento. O Cepab-Clima também está equipado com bancadas, pias e instalações especiais.

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Foto: Divulgação/ IFAC

Além da inauguração, o Ifac e o IOC-Fiocruz assinaram protocolo de intenções para oferta de capacitações de curta duração e estruturação de um novo programa de pós-graduação em biodiversidade, mudanças climáticas e políticas públicas na Amazônia.

Para a diretora do IOC-Fiocruz, Tania Cremonini Araujo-Jorge “inaugurando um espaço físico, um laboratório de cooperação com equipamentos e equipes de profissionais qualificados pelo Ifac e Fiocuz. Ter um laboratório cooperativo é um diferencial muito grande nessa parceria que já é antiga. Estamos indo além, criando uma instância com várias instituições de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e inovação”.   

A secretaria estadual de Meio Ambiente, Julie Messias, também participou do evento e destacou a importância dos estudos que serão realizados no Cepab-Clima com foco no contexto amazônico. “Ter um ambiente da Fiocruz no Acre já é a sinalização de um avanço significativo. Um espaço que traz a temática da biodiversidade e do clima é uma oportunidade para que consigamos avançar nas pesquisas e entendimento do impacto que está sendo causado por essas mudanças que estamos vivendo”.

Coordenador geral de Mudanças Climáticas e Equidade em Saúde, do Ministério da Saúde, Marco Horta, esteve presente no evento e ressaltou a importância da criação de ambientes de pesquisa, com foco em fomentar conhecimento e a conscientização climática:

O evento contou ainda com a presença de estudantes, docentes e técnicos administrativos, gestores do Ifac, como também do diretor de Ensino do campus Transacreana, Matsunaga Sekiguchi, dos membros da comitiva do IO-Fiocruz, Paulo Sérgio D’Andrea (vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação), Norma Brandão (vice-diretora adjunta de Ensino, Informação e Comunicação), Manoel Oliveira (coordenador adjunto do programa de pós-graduação em Biodiversidade e Saúde) e Marcos Azevedo (coordenador do Serviço de Gestão de Materiais).

*Com informações de IFAC.

“Redário” é usado como incentivo à alfabetização por escola paraense

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Foto: Eliseu Dias/Seduc PA

O paraense sabe que relaxar dentro de uma boa rede é maravilhoso, mas e se fosse possível fazer da rede uma ferramenta de alfabetização? Foi isso que fez a Escola Estadual de Ensino Fundamental Bento XV, localizada no bairro do Guamá, em Belém (PA), ao inaugurar o “Redário da Leitura“, no dia 23 de agosto. Além do incentivo à leitura, o espaço trabalha a alfabetização na idade certa e estimula a socialização.

Atualmente, a escola atende 289 estudantes em turmas de 1º ao 5º ano. Segundo a vice-diretora da unidade, a iniciativa reforça a metodologia do Programa Alfabetiza Pará, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), ao compor uma metodologia ativa de alfabetização.

Ainda de acordo com a educadora, o “Redário da Leitura” é um facilitador para o ensino-aprendizagem. “O Programa Alfabetiza Pará traz muitas nuances para a alfabetização. Cada escola tem que pensar ativamente nas suas práticas e a gente quer que isso sirva de inspiração para que outras escolas possam realizar as boas práticas. O redário é um momento muito lúdico e se torna um facilitador no ambiente de 1º ao 5º ano porque não é algo impositivo, é algo que traz o prazer da criança em estar na escola e com isso o professor pode formatar sua aula em cima do espaço e pode trazer o aluno espontaneamente para que ele faça suas inserções no processo”, destacou Rosângela.

O estudante Otávio Soares, do 5º ano do Ensino Fundamental, conta que o “Redário da Leitura” vai ser muito bem aproveitado por ele e pelos colegas. “Para mim, essa é uma boa ideia porque vai incentivar as pessoas a lerem mais, a gostar mais dos livros. Vamos poder ler com pessoas do lado também e quando a gente está lendo um livro, a gente imagina que está dentro do livro, da história. Também acho que os colegas que ainda não sabem ler podem aprender mais rápido. Isso vai incentivar mais, vamos aproveitar a hora do recreio e ter redes aqui significa um conforto também. A minha leitura é boa, mas agora vou melhorar ainda mais”, comentou.

Foto: Eliseu Dias/Seduc PA

Já para a estudante Brena Martins, também do 5º ano do Ensino Fundamental, o novo espaço vai fazer diferença na rotina escolar. “Eu adorei esse novo espaço que vai incentivar as crianças a ler e se entreter no mundo da imaginação, no mundo dos livros e se sentir como os personagens, como protagonistas do livro. Eu adoro ler e me interesso muito pelo mundo da leitura e vou usar bastante esse espaço com as redes porque dá para sentar, ler deitado, se embalar, se concentrar e relaxar”, comentou a estudante.

A articuladora da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), da Diretoria Regional de Ensino (DRE) Belém 3, Paula Carvalho, parabenizou a iniciativa e ressaltou a importância de ações como esta. “A equipe gestora e todos os profissionais de educação da escola estão de parabéns por criarem mais um espaço que fomenta a leitura. O Redário da Leitura vai possibilitar e potencializar cada vez mais a formação de leitores fluentes. É um espaço que vai ampliar a criatividade e a imaginação dos alunos, vai levá-los numa viagem que a gente só faz através da leitura, vai ampliar o conhecimento”, enfatizou.

*Com informações da Seduc PA

Acre sobe duas posições no Ranking de Competitividade dos Estados

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O Acre subiu duas posições no Ranking de Competitividade dos Estados 2024 (RCE), atingindo a 25ª posição na nova edição do estudo. A análise foi divulgada no dia 21 de agosto em evento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em Brasília, no Distrito Federal.

Leia também: Amazonas é destaque da Região Norte em Ranking de Competitividade dos Estados

Criado em 2011 pelo CLP, o ranking realiza a análise de diversos dados, que somam mais de 90 indicadores, e tem o objetivo de gerar diagnósticos e orientar o trabalho dos gestores públicos estaduais. Desde 2019, o governo do Acre tem utilizado o RCE para monitorar e avaliar as políticas públicas voltadas para a superação dos problemas estruturais do estado.

O RCE é composto por 10 pilares, sendo eles: segurança pública, infraestrutura, sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado, e inovação.

Imagem: Divulgação CLP

Na edição atual, o Acre subiu posições em 8 dos 10 pilares: eficiência da máquina pública (+5), potencial de mercado (+5) e segurança pública (+5), capital humano (+2), infraestrutura (+2), inovação (+2), sustentabilidade social (+2) e sustentabilidade ambiental (+1); e apresentou recuo nos pilares educação (-2) e solidez fiscal (-3).

Uma análise completa detalhando os avanços e desafios do Estado do Acre dentro de cada um dos pilares formativos do RCE será publicada no Diário Oficial do Acre desta terça-feira, 27.

*Com informações da Agência Acre