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Estação ecológica é consumida por incêndios há mais de 2 meses em Rondônia

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A Estação Ecológica Soldado da Borracha, localizada entre Porto Velho e Cujubim (RO), é consumida pelo fogo há mais de dois meses, segundo documentos que o Grupo Rede Amazônica teve acesso. Agentes do Prevfogo encontraram áreas derrubadas e galões de veneno na unidade de conservação.

A estação é uma unidade de conservação de proteção integral de responsabilidade do governo de Rondônia.

Os focos de incêndio na Estação foram identificados no dia 12 de julho. No dia 8 de setembro, quase dois meses depois, o Ibama foi acionado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam). O combate foi iniciado 4 dias depois.

A área destruída ainda não foi divulgada. No entanto, de acordo com dados do Painel do Fogo do Sistema de Proteção da Amazônia, incêndios já destruíram 163 mil hectares na região onde a unidade de conservação está localizada.

No dia 18 de setembro, durante o combate às chamas, os agentes do PrevFogo perceberam uma grande concentração de calor. Ao chegarem no local, encontraram a vegetação derrubada para aplicação de veneno. Galões com a substância foram encontrados próximos a uma residência.

Com aproximadamente 180 mil hectares, a Estação Ecológica Soldado da Borracha criada em 2018 com o objetivo de preservar a natureza e propiciar o desenvolvimento de pesquisas científicas, localizada nos municípios de Porto Velho e Cujubim.

Foto: Divulgação

Parque Guajará-Mirim

Outra unidade de conservação destruída por incêndios em Rondônia é o Parque Estadual Guajará-Mirim. De acordo com o Painel do Fogo, a área queimada no Parque é de 107 mil hectares, o que corresponde a quase metade de toda a vegetação da unidade de conservação.

Os incêndios no Parque Guajará cresceram de forma tão significativa que se tornaram o maior registro ativo em Rondônia e contribuíram para colocar o estado nos piores índices de queimadas dos últimos 14 anos.

Rondônia em chamas

Este ano, até o dia 18 de setembro, 8.407 focos de incêndios foram registrados em Rondônia, de acordo com o “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa é a maior quantidade em cinco anos para o período.

A última vez que o estado teve uma quantidade mais expressiva de queimadas foi em 2019, quando 9.370 focos foram identificados.

Responsabilização

Entre janeiro e 11 de setembro de 2024, mais de R$ 262 milhões em multas foram aplicadas pelo Batalhão da Polícia Ambiental em Rondônia. Além disso, foram realizadas 970 prisões, sendo 42 por queimadas ilegais. As informações foram divulgadas pela Polícia Militar na quarta-feira (18).

Segundo a Polícia Militar, desde o início do ano até o dia 11 de setembro, mais de 1,9 mil ocorrências de crimes ambientais foram atendidas em Rondônia e 42 pessoas foram presas por queimadas ilegais. Confira os números:

  • 1.926 atendimentos de ocorrências;
  • 638 aplicações Termos Circunstanciado de Ocorrência;
  • 1.429 autos de infração;
  • Mais de R$ 262 milhões em multas aplicadas;
  • 54.747 m³ de madeira serrada apreendida;
  • 41.049 hectares de área embargada; e
  • 970 prisões, incluindo 42 por queimadas ilegais.

“É legal trazer esse tipo de iniciativa”, comenta aluna participante do Pipoca em Cena 2024

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Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

Os alunos da Escola Estadual Coronel Pedro Câmara, localizada no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, participaram da segunda rodada de exibições de curtas produzidos por eles para o projeto Pipoca em Cena na manhã deste sábado (21).

O evento fez parte da 10ª edição do projeto, promovido pela Fundação Rede Amazônia (FRAM), que, ao longo de duas semanas, promoveu oficinas, aulas e apoio aos estudantes em uma imersão no universo do cinema e do audiovisual, desde a pré-produção até a captação e edição de imagens.

Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

Ao todo, foram exibidos 20 curtas-metragens que abrangeram temáticas relacionadas à questões ambientais vivenciadas na Amazônia, como a fumaça, seca e desmatamento, além de outros temas pertinentes ao convívio escolar, como o bullying. Todos os roteiros foram produzidos pelos alunos, que escolheram quais se tornariam curtas-metragens.

A estudante do segundo ano do ensino médio Bárbara Mirian comentou um pouco sobre a experiência: “Os curtas foram bem interessantes. E sobre essa experiência é completamente nova, a gente não vê todos os dias, né? Principalmente no ambiente escolar, então é legal trazer esse tipo de iniciativa”.

Na direita, a estudante Bárbara Mirian. Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia.

Ela relata que aprendeu muito sobre a produção audiovisual ao longo das oficinas.

A exibição contou com a participação dos alunos, familiares e membros da comunidade, que puderam assistir às exibições com direito à pipoca, refrigerante e água. Espaços instagramáveis também foram disponibilizados para os participantes registrarem os melhores momentos do evento.

Ao final das apresentações, houve ainda a exibição do filme ‘Um tio quase perfeito’, com apoio da Globo Filmes.

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.

Pipoca em Cena celebra segunda semana da 10º edição com apresentação de mais 20 curtas

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Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

A décima edição do projeto Pipoca em Cena, promovido pela Fundação Rede Amazônica (FRAM), teve como resultado a produção e exibição de 41 curtas metragens produzidos em duas escolas em Manaus (AM).

Para o Gerente de Projetos Especiais da FRAM, Anderson Mendes, o engajamento dos alunos foi essencial para o sucesso desta edição do projeto.

Além da pipoca para os participantes, o evento também contou com atividades lúdicas e espaços instagramáveis. Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

O Pipoca em Cena promoveu, ao longo de duas semanas, uma imersão na produção audiovisual, através de oficinas teóricas e práticas ministradas por três oficineiros: Anderson Mendes, Adailton Santos e Keylla Gomes. 

Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

O objetivo das oficinas foi guiar os estudantes na captação, roteiro, edição de um curta-metragem e incentivá-los na produção cinematográfica.

Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

Para a apresentadora Rhayssa Couto, que foi a cerimonialista do evento nas duas escolas, essa edição a impactou positivamente.

Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

Rhayssa acrescenta:

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.

Saiba quem são os oficineiros do Pipoca em Cena 2024

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Para realizar uma produção cinematográfica ou um curta-metragem é preciso conhecimento básico do passo a passo. Com a missão de ajudar alunos de Manaus (AM) a desenvolverem o gosto por cinema com mensagens importantes, os oficineiros do projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), reuniram diversas informações e orientaram os jovens na edição de 2024. Conheça eles:

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.

Seca do Rio Acre em 2024 se torna a maior em mais de 50 anos em Rio Branco

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Rio Acre neste sábado (21) marca 1,23 metro, menor nível em 53 anos. Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre

Com 1,23 metro alcançado neste sábado (21), o Rio Acre chegou a menor marca registrada nos últimos 53 anos estabelecendo a seca de 2024 como a maior da história do estado. O manancial baixou dois centímetros desde a sexta (20).

Na sexta, o rio atingiu 1,25 metro pela segunda vez na história e igualou à menor cota já registrada anteriormente, de 1,25 metro em outubro de 2022. A medição, divulgada pela Defesa Civil municipal, ocorreu em menos de dois anos e diante de um cenário crítico de poluição do ar, apontado como ‘perigoso’ pelas plataformas de monitoramento desde o dia 2 de setembro.

As menores cotas já registradas são:

1,30 metro – 17 de setembro de 2016
1,29 metro – 11 de setembro de 2022
1,27 metro – 28 de setembro de 2022
1,26 metro – 29 de setembro de 2022
1,25 metro – 2 de outubro de 2022
1,25 metro – 20 de setembro de 2024

Essa nova baixa do nível já era prevista pela Defesa Civil Municipal, que faz medições diárias desde 1971. Até esta sexta, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) registrou 62,40 milímetros de chuva.

A última chuva significativa registrada pela Defesa Civil Municipal foi dia 6 de setembro, quando choveu pouco mais de 10 milímetros.

O manancial em Rio Branco se encontra abaixo de 4 metros há mais de três meses, e está abaixo de 2 metros há exatos 97 dias.

Abastecimento

A seca severa atinge açudes, poços artesianos e igarapés. Pelo menos 37 comunidades de Rio Branco estão dependendo de abastecimento de água da Defesa Civil Municipal. Maria José Araújo, que mora há 14 anos no Ramal do Romão, disse que é a primeira vez que a região ficou sem água.

Uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve na comunidade e conversou com os moradores. Com a estiagem severa, o açude que Maria José tirava água para tomar banho e lavar roupa está praticamente seco.

A única esperança da moradora é a chuva. “[Precisamos de várias] chuvas, do jeito que está aí”, lamentou.

Equipes da Defesa Civil de Rio Branco estão abastecendo as comunidades com caminhões-pipa em uma operação. Por dia, são 300 mil litros de água para cerca de 35 mil pessoas.

Seca

O governo do Acre decretou emergência por conta da seca em 11 de junho, com validade até 31 de dezembro deste ano. Já a capital publicou o decreto em 28 de junho, com situação reconhecida pelo governo federal quase um mês depois, em 24 de julho.

Agora, em um cenário de seca que começou antes do esperado, no final de maio, a avaliação do órgão era de que seria possível ultrapassar a marca histórica de 2022, o que acabou se comprovando neste sábado. Segundo a Defesa Civil estadual, já há um plano de contingência para a situação, que abrange abastecimento na zona rural.

“Todos nós somos afetados pela seca extrema e suas várias consequências. Há impacto na produção, na agricultura, na pecuária, no abastecimento de água potável, incêndios florestais que emanam gases que afetam a saúde de todos nós”, explica o coordenador do órgão, coronel Carlos Batista.

Para evitar uma crise no abastecimento da capital, o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), construiu uma barragem próxima da captação das bombas da Estação de Tratamento de Água (ETA) II.

A barragem possui cerca de 30 metros de extensão. Se o rio continuar baixando, a ideia é aumentar esse aterro até próximo da outra margem. Atualmente, a capacidade de captação da água nas duas ETAs de Rio Branco está em 96%. Por enquanto, não há risco de racionamento.

O diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira, informou que já conversou com órgãos públicos sobre essa situação. O gestor alerta que todos os anos o problema fica mais grave e enquanto não for feito um serviço definitivo o problema vai ocorrer.

Os prejuízos incluem ainda:

  • Bacia em situação de seca: Toda a bacia do Rio Acre em situação de alerta máximo para seca, agravada em razão da falta de chuvas na região, situação que já perdura há dois meses;
  • População impactada: Mais de 387 mil pessoas são afetadas nas zonas urbana e rural de Rio Branco;
  • Prejuízos: como resultado da seca, produtores perderam plantações e houve queda nas vendas. O baixo nível do manancial também afeta o transporte das mercadorias.

Neste ano, o cenário ocorreu antes do previsto, já que no dia 3 de setembro o manancial alcançou 1,30 metro e ficou em oscilação. O maior nível do mês foi de 1,32 metro, sendo que a oscilação ocorreu após fortes chuvas que caíram na região.

Em 2016, o Rio Acre atingiu 1,30 metro pela primeira vez. Esta marca foi, na época, considerada a pior da história da capital acreana. O Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa) chegou a gastar mais de R$ 2 milhões em equipamentos e insumos para manter o abastecimento na cidade na época.

Depois de chegar até a marca, o rio voltou a subir, mas foram necessários mais nove dias até que voltasse a ficar acima dos dois metros.

Extremos climáticos

Especialistas ouvidos pelo Grupo Rede Amazônica já apontavam para a possibilidade de seca antecipada antes da publicação do decreto de emergência, quando o Rio Acre marcou 2,52 metros no dia 30 de maio, a menor marca para o mês. Desde o início de junho até este sábado, o nível do rio baixou 61 centímetros.

A situação contrasta com a vivenciada no início do ano, entre fevereiro e março, quando o manancial transbordou, e o total de chuvas chegou a 438 milímetros. Naquele momento, Rio Branco passou pela segunda maior enchente de sua história e fez com que mais de 11 mil pessoas deixassem suas casas.

Toda a Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo para seca desde o dia 20 de junho, agravada em razão da falta de chuvas na região. Esta situação generalizada perdura há três meses.

Foi montado um gabinete de crise para discutir e tomar as devidas medidas com redução dos índices de chuvas e dos cursos hídricos, bem como do risco de incêndios florestais. O decreto com a criação deste grupo foi publicado no dia 26 de junho, em edição do Diário Oficial do Estado (DOE), e fica em vigência até dia 31 de dezembro deste ano.

No ano passado, o decreto de emergência foi publicado em outubro. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, disse que o plano estadual de contingenciamento já foi elaborado.

*Por Aline Nascimento, com a colaboração de Eldérico Silva, da Rede Amazônica AC

Programação cultural envolverá festivais Rock in Rio e The Town no Pará em 2025

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Foto: Marco Santos/Agência Pará

Setembro de 2025. Essa é a data em que Belém vai receber o “Amazônia para Sempre”. O evento, articulado pelo Governo do Pará, terá um show internacional em palco flutuante no Rio Guamá e edital com R$ 2 milhões para iniciativas em defesa da floresta. O evento antecede a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá na capital paraense em novembro.

O “Amazônia Para Sempre” também vai contar com o envolvimento dos festivais de música Rock In Rio e The Town, e apoio da Rede Brasil do Pacto Global. O anúncio oficial foi feito neste sábado (21), em coletiva de imprensa realizada na sede da cidade do Rock In Rio, no Rio de Janeiro, pelo governador Helder Barbalho e pela vice-presidente da Rock World, empresa idealizadora dos dois grandes festivais de música, Roberta Medina, além do vice-presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre S. D’Ambrosio, e o representante do Pacto Global da ONU, Carlo Pereira, que participou por videoconferência direto de Nova Iorque (EUA).

“Que nós possamos fazer a bioeconomia e termos as soluções baseadas na natureza. Avançar com estratégias que possam olhar pelas pessoas que vivem na floresta e, que possam compreender que floresta viva possa valer mais do que floresta morta. Isso é certamente o que nós podemos deixar para as próximas gerações”, completou o governador.

Ele afirmou ainda que acredita na potência da música, do entretenimento e da arte como ferramentas de reflexão e transformação da sociedade. “Que as pessoas possam participar da construção desse momento que nós estamos vivendo. Essa é a COP do Brasil, é a COP da floresta, é a da Amazônia. E é a grande oportunidade que temos de deixar um legado, para que as próximas gerações possam viver de forma harmoniosa, cuidando da floresta, mas lembrando que para cuidar da floresta nós temos que cuidar das pessoas”, reiterou Helder Barbalho.

Emergência climática

Roberta Medina destacou que a organização tem colocado luz sobre temas fundamentais e assuntos importantes, entre eles a emergência climática. “Esse tema é muito importante, e a gente então foca na Amazônia, como esse bioma é tão fundamental, tão importante para a saúde de cada um de nós, para a saúde do Brasil, para a saúde do mundo. E a gente lança então o Projeto Amazônia Live. Eu queria que a gente recordasse um pouquinho o que foi essa primeira etapa de conversa sobre a Amazônia”, declarou.

Roberta Medina disse ainda que “quando criado, o Rock in Rio foi uma iniciativa de um publicitário apaixonado pelo Rio, que queria dar voz à juventude. Tudo o que a gente faz é no sentido de colocar luz em temas importantes. Fazer um mundo melhor está dentro das iniciativas de fazer um festival com o menor impacto ambiental e social possível”.

Juntos, The Town e Rock in Rio vão realizar, com patrocínio principal da empresa Vale, o evento Amazônia para Sempre, protagonizado por um grande artista internacional, a ser anunciado em breve. A apresentação ocorrerá em um emblemático palco flutuante, em formato de vitória-régia, no Rio Guamá, com cenografia e iluminação criadas exclusivamente para promover um encontro mágico entre música e natureza.

Espetáculos

De acordo com os organizadores, esse momento épico será transmitido para todo o País, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local. Além do show que será realizado no coração da floresta, a cidade de Belém receberá no mesmo dia um espetáculo aberto, gratuito e com artistas regionais e nacionais, cujos nomes serão divulgados em breve, junto com o local que será realizado.

“Temos o compromisso de usar nossos festivais como ferramentas de engajamento ‘por um mundo melhor’. Essas quatro palavras resumem nossos propósito, valores, missão e cultura. Não há cenário de mundo melhor sem uma Amazônia preservada, na qual as pessoas e a natureza sejam valorizadas. Amazônia para Sempre tem objetivo de dar visibilidade e contribuir para a proteção do clima e da biodiversidade do planeta. Vamos usar o poder de mobilização de Rock in Rio e The Town para atrair os olhares para esta causa tão importante”, afirmou Roberta Medina.

O “Amazônia para Sempre” une o The Town e o Rock in Rio, com patrocínio principal da Vale e apoio da Rede Brasil do Pacto Global, e do Governo do Pará para convocar todos para as urgências socioambientais e a importância de se manter a maior floresta tropical do mundo preservada.

O objetivo segue a mesma linha da COP 30, de unir as pessoas em torno de uma agenda global única, em prol de um mundo mais sustentável. A iniciativa reforça a importância da atuação efetiva nos desafios das mudanças climáticas, que envolvem aquecimento global, eventos climáticos extremos, transição energética, mercado de carbono e ameaças à biodiversidade e à vida humana.

*Com informações da Agência Pará

Saiba quais serviços de acessibilidade são oferecidos no Teatro Amazonas

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Foto: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas

O Teatro Amazonas, um dos aparelhos culturais mais visitados e conhecidos do Amazonas, é pioneiro na inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) em sua programação. Ao longo dos últimos anos, o teatro, por meio da Assessoria de Acessibilidade da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, tem se especializado em oferecer serviços que deixam as Pessoas com Deficiência confortáveis e aptas a acompanhar os espetáculos.

Serviços como audiodescrição, tradução em libras, plataforma de acessibilidade para pessoas em cadeiras de rodas são algumas das facilidades oferecidas às Pessoas com Deficiência, que já no hall do teatro são recebidas por uma equipe treinada para atendê-las.

Audiodescrição

Para as pessoas com deficiência visual, acompanhar os espetáculos por meio da audiodescrição é a solução para saber o que está se passando no palco. Ao chegar no teatro, basta se identificar para receber um fone de ouvido que vai garantir que a pessoa não perca nenhum detalhe do espetáculo.

“O estado do Amazonas possui o único teatro que, há 15 anos, oferece os recursos de audiodescrição que, na vida da pessoa com deficiência visual, é aquilo que mostra, que transforma imagens em palavras, que descreve tudo que está acontecendo”, explica Gilson Mauro, gerente da Biblioteca Braille do Amazonas e uma das pessoas que usufruem do serviço de audiodescrição quando vai ao Teatro Amazonas.

Leia também: Dia Nacional do Sistema Braille: conheça pontos turísticos inclusivos em Manaus

“Por meio da audiodescrição, a pessoa com deficiência visual pode entender exatamente o que está acontecendo no palco, numa peça, no cinema, em qualquer lugar. É isso que nós fazemos, é isso que nós realizamos aqui nesse teatro há mais de 15 anos”, afirma Gilson Mauro.

Sandra Amazonas tem mais de 300 apresentações como audiodescritora do Teatro Amazonas, que é o único teatro do Brasil a ter uma programação durante o ano inteiro com audiodescrição.

“Meu trabalho é transformar imagens em palavras, descrevendo os cenários e os figurinos que os personagens usam. É descrever com clareza aquilo que está acontecendo no palco. Há quinze anos, eu empresto a minha voz como audiodescritora”, declara Sandra, que se diz apaixonada pelo que faz.

Suporte emocional

Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que precisam estar acompanhadas de cães de apoio emocional também são muito bem-vindas no Teatro Amazonas. A presença dos animais, muito embora seja garantida por lei, nem sempre é aceita em todos os estabelecimentos

Simone Jaime e seu sobrinho José Luiz Jaime, de 10 anos, que é autista, são frequentadores do Teatro Amazonas, onde sempre vão acompanhados do cão de suporte emocional Bono, um Golden Retriever de 6 anos.

“Ele é treinado para dar todo esse amparo e suporte a esse mocinho, que o autismo dele requer em certas condições para ele se sentir mais acolhido”, relata Simone. “A gente sabe que o autismo tem as suas necessidades e as suas limitações e é muito bom quando você vai a um local onde esse animal, que é de suporte, vá e auxilie e ajude a criança no entendimento do que ele vai passar, do que ele vai ver”, declara

Simone destaca a compreensão que recebe quando leva o sobrinho ao teatro. “O Teatro Amazonas tem se mostrado um grande parceiro nisso, principalmente porque o José Luiz gosta de assistir certas atrações que tem aqui e o Bono tem servido como apoio, mas infelizmente tem muitos locais ainda aqui que mesmo tendo leis ainda não aceitam e não entendem a situação dessa inclusão que nós estamos tentando fazer”, conta.

Libras

Para as pessoas surdas ou com algum tipo de deficiência auditiva, o Teatro Amazonas oferece o serviço de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ao chegar ao teatro, a Pessoa com Deficiência se identifica e recebe um tablet, por meio do qual, com a imagem de um intérprete de Libras, acompanha tudo o que está sendo dito no espetáculo.

“É importante que o surdo receba a tradução e interpretação de espetáculos e assista no tablet simultaneamente. Isso torna o Teatro Amazonas um lugar acessível”, afirma Matheus Rochas, que é surdo e se comunica exclusivamente por meio da Libras.

“A Libras é divulgada em inúmeros contextos aqui no Teatro Amazonas, que oferece música, dança e teatro com tradução de Libras”, relata Matheus, que também é um dos intérpretes de Libras do Teatro Amazonas.

Plataforma de acessibilidade

Para pessoas que andam em cadeiras de rodas, o acesso ao Teatro Amazonas também é facilitado, com plataformas de acessibilidade que funcionam como elevadores para as cadeiras de rodas, evitando a dificuldade de ter que subir as escadas que separam o hall do teatro da plateia.

O recurso é utilizado, por exemplo, por Andrea Wanderlei, uma jovem com deficiência intelectual que precisa andar em cadeiras de rodas. A subida da cadeira, por meio de plataformas elevadoras, passa a ser até uma diversão a mais para a jovem em suas idas ao Teatro Amazonas.

“Boa vontade”

Há 27 anos, Sheila Campos começou a trabalhar na Secretaria de Cultura e Economia Criativa, tendo sido contratada como arquiteta em uma época em que o Teatro Amazonas estava passando por um restauro. “Eu comecei a olhar e sugerir: ‘Vamos colocar uma rampinha. Como é que as pessoas vão subir?’. Assim comecei”, conta Sheila, que hoje é assessora de Acessibilidade da secretaria e é uma das coordenadoras de todos os serviços que o Teatro Amazonas oferece às Pessoas com Deficiência.

Sheila conta que, a partir das rampas, passou-se a cantar o Hino Nacional em Libras, depois veio o curso e a cabine de audiodescrição e o resto é história. “Graças a Deus, a cada dia a gente dá um passo a mais. Começamos colocando a rampinha e agora nós fazemos esse trabalho. Que eu acho maravilhoso. Eu não quero deixar de dizer algo que eu sempre digo: não precisa você estudar. Não precisa você querer ser especialista em acessibilidade. Você precisa ter boa vontade”, ensina Sheila.

*Com informações da Agência Amazonas

Chef paraense é escolhido 1º Embaixador Gastronômico da ONU Turismo

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Foto: Roberto Castro/MTur

O chef paraense Saulo Jennings é o 1º Embaixador Gastronômico da ONU Turismo no mundo. O anúncio foi feito no dia 20 de setembro pelo secretário-geral do organismo internacional, Zurab Pololikashvili, durante encontro do G20 Turismo, em Belém (PA).

A ONU Turismo inaugurou escritório regional no Rio de Janeiro em dezembro de 2023 para impulsionar o setor em todo o continente americano.

O chef de cozinha é um dos principais expoentes da culinária amazônica. Nascido em Santarém, ele representará o Brasil como referência de valorização da comida inspirada na cultura alimentar da região do Tapajós.

Saulo Jennings destacou que o título é resultado não apenas do trabalho dele, mas também do esforço coletivo de sua comunidade.

Ele lembra que a gastronomia movimenta não só o turismo, mas diversos elos produtivos da economia, beneficiando cerca de 300 famílias. “São desde os pescadores até os cozinheiros que preparam os pratos, ciclo que gera emprego e renda para população local. E é assim que conseguimos promover desenvolvimento sustentável nessa importante região do país”, explicou.

Dados do Ministério do Turismo apontam que mais de 95% dos visitantes internacionais avaliam positivamente a culinária local, reforçando o papel da gastronomia como um dos principais atrativos turísticos e contribuindo para o fortalecimento da economia e do turismo nacional.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, comemorou o título que dará visibilidade internacional à gastronomia brasileira e, principalmente, da Região Norte. “O chef Saulo está revolucionando a Amazônia e, agora, vai levar toda essa potencialidade gastronômica para o mundo. Nossa culinária é riquíssima e com alto poder de atrair turistas”, enfatizou o ministro.

O chef Saulo participou do painel “Cozinha Global e Turismo Gastronômico” nesta sexta-feira (20) durante o G20 Turismo. Moderado pela jornalista Daniela Filomeno, o encontro fomentou discussões relevantes sobre o impacto desse segmento no cenário mundial.

*Com informações da Agência Brasil

Quando não é queimada, é seca: a Amazônia pede socorro

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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Por Walace SO*

Queridas e queridos das beiras e beiradas dos nossos rios, do açaí com mandi, do dominó de fim de tarde e do tacacá ao anoitecer. Somos notícia no planeta terra, infelizmente a verdade é que não sabemos ou damos o devido valor a Amazônia. Depois de a floresta queimar e sua fumaça cobrir e sujar até as chuvas, agora nossos rios secam. Isolamento, angústia e descaso na maior parte de nossa região. O ribeirinho não tem mais o som da voadeira, não tem mais o canto dos pássaros, o miar da onça ou do barulho dos motores dos barcos ao longe.

Essa realidade é uma triste combinação do descaso do bicho homem, das elites que do país e da própria região que não tomam uma atitude digna da nossa terra e cultura e dos políticos daqui e dos outros estados que se juntam nessa equação devastadora. E proponho que recordemos a nossa história que, desde a colonização, império, república e todas as ditaduras relegaram a Amazônia ao esquecimento e a ser tratada somente como o inferno verde que não podiam explorar. Tendo nas imaginárias riquezas de ouro e minérios, as famosas lendas do El Dorado mais importância que a floresta com sua fauna e flora. Que até já foi contada aqui como podemos ler no link abaixo:

Paititi: ‘A cidade do ouro dos Incas’ no meio da Amazônia Peruana

Nossa importância para esse pequeno planeta azul, que chamamos de Terra, mas na verdade é feito de água, é muito maior que as elites e os políticos imaginam. Não foi por acaso que Iuri Gagarin ao ver a terra do espaço cunhou a famosa frase que ficou no imaginário popular: “A terra é azul”.

Fonte: UFMG

O Brasil não conhece a Amazônia, se conhecesse ela seria respeitada. Nosso bioma amazônico ocupa quase 50% do território nacional. Ele é a mistura da floresta com as águas em perfeita harmonia quando preservado. Não existimos sem os rios e a floresta, somos um só. Vejam abaixo o tamanho de nossa terra e sua importância:

Fonte: Agência Senado

Assim, as ditaduras de Vargas e a ditadura militar, em sua expansão ao oeste brasileiro avançaram soberbas. Porém, sem jamais compreenderem a floresta, seus rios e o ribeirinho. E em sua sede de construção por símbolos nacionais ufanistas e megalomaníacos tivemos um misto de corrupção, descaso, degradação do meio-ambiente e genocídio dos povos originários. Porém a floresta lutou e venceu implacavelmente todas as ditaduras. E apesar da censura e de se impedir investigações, temos amplas bibliografias e notícias sobre os temas. Deixo alguns links abaixo para ilustrar:

Transamazônica: 50 anos entre ufanismo e desastre ambiental

Povos afetados pela Transamazônica lutam na Justiça por reparação ao Plano de Integração da Ditadura Militar

Exposição na USP mostra os impactos de construções realizadas na ditadura militar

E o século XXI chegou, e com ele novas ambições, mas agora aproveitando o discurso anterior de uma época trágica, tivemos alianças que ainda estão obscuras. E nessa mesma toada vimos o negacionismo da ciência; desmanche da fiscalização ambiental da região (IBAMA, ICMBio e INPE); incentivo a invasão de Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Reservas da Amazônia com a certeza de que a porteira estaria aberta para “passar a boiada”.

O resultado foi o crescimento das queimadas, dos conflitos de terras, do garimpo ilegal, da floresta sangrando com o mercúrio. E a triste imagem é das vísceras da terra expostas pelas dragas, o avanço da soja onde havia a castanheira, o cupuaçu, o babaçu, o açaí e os rios que são nossas estradas. Abaixo temos dois pequenos gráficos para mostrar nossa argumentação, o primeiro por estados e o segundo o acumulado da região no período de 2007 a 2022:

Imagens: Agência Senado

A temperatura aumenta a cada ano, os rios estão secando em todos os verões, os barcos encalhando nos bancos de areia e os botos e peixes morrendo porque a floresta está deixando de existir para alimentar as chuvas. A Amazônia não é o pulmão do mundo como da ditadura acreditava, ela é a maior bacia hidrográfica que regula o clima do planeta levando as chuvas para todos.

Devemos ser duro com aqueles que estão colocando fogo no país. Todos devem ser investigados pela justiça, comprovada sua culpa deve cumprir a pena. Não há perdão para tal crime, chegou a hora do basta à barbárie e agirmos para que nossa Amazônia não se torne uma grande terra arrasada.

Bora refletir e agir!

Sobre o autor

Walace Soares de Oliveira é cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USP/SP, professor de sociologia do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Forças Armadas darão apoio ao combate a incêndios e estiagem na Amazônia Legal

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Foto: Divulgação

O Ministério da Defesa publicou, nesta sexta-feira (20), a Diretriz Ministerial que regula o emprego temporário das Forças Armadas em atividades de apoio às ações de combate aos incêndios e estiagem na Amazônia Legal. Com a ativação do Comando Conjunto Tucumã, os militares poderão intensificar o suporte logístico e operacional para as ações coordenadas com as agências governamentais na região.

Inicialmente, a pasta já disponibilizou três helicópteros para o transporte de brigadistas e equipamentos. As diretrizes da ação foram publicadas na Portaria nº 4.454, de 17 de setembro, assinada pelo Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro.

O Centro Gestor Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, também apoiará a operação, fornecendo imagens de sensoriamento remoto, dados de interesse e equipamentos de comunicações e o uso do painel do fogo com pessoal especializado e treinamento.

Além das operações conjuntas, as Forças Armadas também atuam de forma singular nos estados do Pará, Rondônia, Tocantins e no Distrito Federal.

*Com informações do Ministério da Defesa