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Sexta, 26 Abril 2024

Ratanabá, a cidade perdida da Amazônia que esconde ‘a capital do mundo’

Ratanabá, a cidade perdida da Amazônia que esconde ‘a capital do mundo’

A história de Ratanabá, na Amazônia brasileira, é sobre a existência de uma cidade futurista - escondida - que guarda a suposta "capital do mundo", relacionada às origens da humanidade.

De acordo com a teoria, existe uma rota de túneis subterrâneos que se estenderiam por toda a América do Sul e se ligariam à cidade futurista, supostamente a mais desenvolvida e rica como jamais visto.

Essa "Capital do Mundo" teria existido há 450 milhões de anos e hoje estaria enterrada no Estado do Mato Grosso, na Amazônia brasileira. A teoria especifica que uma das entradas destes túneis estaria escondida dentro do Forte Príncipe da Beira, localizado no município de Costa Marques, em Rondônia.

Estrutura geométrica encontrada na floresta onde se localizaria Ratanabá. Foto: Reprodução/Google Earth

A cidade de Ratanabá seria um Império, fundado pela civilização Muril, supostamente a primeira civilização da Terra que a habitou cerca de 600 milhões de anos atrás. Esses povos seriam responsáveis por construírem o caminho de Peabiru que ligaria a cidade perdida. Ela estaria escondida atualmente entre três pirâmides na região entre o Amazonas, Pará e Mato Grosso.

Leia também: Trilha do Peabiru: conheça o caminho que levava nativos do Atlântico para o Pacífico

Os túneis que interligam pontos da América do Sul, supostamente não estariam apenas ligando partes da região, mas sim do mundo inteiro, onde grandes líderes realizam encontros para discutir sobre o destino da riqueza que a Amazônia estaria também supostamente escondendo. 

Outras cidades perdidas da Amazônia

Não é de hoje que as histórias de supostas cidades perdidas na Amazônia se espalham. Com diferentes nomes, as teorias retratam cidades escondidas entre as árvores em localidades inabitáveis da Amazônia e guardariam civilizações futuristas e de incontáveis riquezas. Um exemplo é o famoso 'Eldorado', como o caso da antiga cidade banhada por ouro, Paititi.

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Envolvidas por relatos de documentos antigos, figuras rupestres e supostos envolvimentos com os geoglifos encontrados na Amazônia, algumas pessoas tentaram chegar às famosas cidades perdidas. Um caso conhecido é o do jornalista alemão Karl Brugger e o autodenominado "herdeiro da cidade de Akakor", Tatunca Nara.

Nara partiu junto com Brugger em busca da cidade que acreditava ser herdeiro e de seus habitantes, os Unha Mongulala. O jornalista chegou a publicar um livro chamado 'A Crônica de Akakor', em que contava o relato de Tatunca Nara de como seria a cidade. Determinado a encontrar Akakor, Brugger se aposentou em 1984 e foi morto a tiros no Rio de Janeiro. O culpado do crime nunca foi encontrado.

Leia também: Cidade perdida de Akakor: conheça os mistérios que giram em torno da lenda

Foto: Divulgação

Outro caso de desaparecimento foi em 1912, quando um famoso explorador britânico montou uma teoria que apontava uma cidade perdida, chamada de 'Z'. O coronel Percy Harrison Fawcett, alimentou a sua teoria após as descobertas na região de Machu Picchu. A teoria de Fawcett apontava uma cidade pré-colombiana na região do Mato Grosso, no Brasil.

Leia também: Quem a procura, nunca mais volta: conheça a história da misteriosa Cidade Perdida de Z

O britânico realizou duas expedições entre 1920 e 1925, mas não encontrou a cidade. Em 1925, o trio seguiu até Cuiabá (MT) e lá se juntaram a guias que haviam contratados. Subiram o Alto Xingu a cavalo até o Posto Bacairi, que era um posto avançado que Fawcett dizia ser "o último vestígio de civilização" que encontrariam antes de prosseguir. 

Em maio chegaram a um local que Fawcett chamou de "Acampamento do Cavalo Morto" e foi quando demitiu os guias, pois ele pensava que, a partir dali, o caminho para a cidade perdida deveria se manter em segredo. Então, eles entraram na mata em direção às terras dos índios Kuikuros e Kalapalos e, desde lá, desapareceram.

Forte Príncipe da Beira: a passagem para Ratanabá

Localizado próximo ao Real Forte Príncipe da Beira, no município de Costa Marques, em Rondônia, estão muros arqueológicos construídos em pedras que se misturam com a vegetação e possuem um portal de 1,2 metros de altura.

Muitas pessoas afirmam serem partes de uma civilização que existiu há muitos anos naquela região. O Portal Amazônia conversou com o escritor, mestre em história e pesquisador Lourismar Barroso, que produziu um estudo a respeito do Forte Príncipe da Beira, e explica a respeito da origem desses paredões.

Leia também: Labirinto da Bahia Redonda: a intrigante história dos muros feitos de pedras em Rondônia

Curiosamente, imagens do labirinto e do possível "túnel" no interior do Forte aparecem entre um dos registros feitos por pesquisadores que, mais uma vez supostamente, "descobriram" a cidade perdida de Ratanabá. 

Suposta entrada no Forte Príncipe da Beira. Foto: Reprodução / Youtube

O Portal Amazônia entrou em contato novamente com o pesquisador Lourismar Barroso para saber mais sobre essa entrada para essa cidade perdida, porém o historiador nega a existência dessa passagem.

Lembrando que a teoria da cidade de Ratanabá conta que os Fortes encontrados na Amazônia são interligados pelos túneis subterrâneos e possuem essas passagens que ligam o mundo inteiro.

A civilização pré-hispânica encontrada na Amazônia

Um estudo publicado pela revista científica Nature no dia 25 de maio de 2022 descreve mapas na região de Llanos de Mojos, na Bolívia, que revelam complexas estruturas tridimensionais como pirâmides e outros monumentos construídos sem o uso de pedras.

O estudo realizado por pesquisadores liderados pelo arqueólogo alemão Heiko Prümers identificou construções feitas pelo povo Casarabe, que habitou a Bolívia entre os anos 500 d.C a 1400 d.C (depois de Cristo) na região de Llanos de Mojos, no sudoeste amazônico. 

O denso sistema de assentamento de quatro camadas se concentrava dentro dos 4.500 km² da área de cultura Casarabe.

Foto: Nature/ Lidar

Foram documentados em detalhes dois grandes locais de assentamentos e 24 locais menores. Dentre os maiores, destacam-se o Cotoca (147 ha) e o Landívar (315 ha). A região foi detectada através do sistema LiDAR (Light Detection And Ranging), uma tecnologia à laser capaz de mapear o relevo da região, mesmo em áreas cobertas por floresta.

Leia também: Amazônia pré-colombiana possuía "cidades" com complexas estruturas tridimensionais, revela estudo

O sistema também é mencionado na teoria de Ratanabá. Entretanto, a descoberta foi feita na região da Bolívia, distante de onde estaria supostamente hoje a cidade perdida, no Mato Grosso.

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Comentários: 11

ROBERTO EMIG em Segunda, 13 Junho 2022 10:49

Ora, ha 450 milhões de anos acho que nem os dinossauros existiam.
Esta notícia é totalmente falsa.

Ora, ha 450 milhões de anos acho que nem os dinossauros existiam. Esta notícia é totalmente falsa.
Vrm em Terça, 14 Junho 2022 19:41

O animal não se dá ao trabalho de pesquisar uma cronologia básica antes de inventar a teoria kkkkkkkkkk

O animal não se dá ao trabalho de pesquisar uma cronologia básica antes de inventar a teoria kkkkkkkkkk
Jackeline e Fernanad em Quinta, 16 Junho 2022 23:30

eh nadaaaa...

eh nadaaaa...
Apenas mais um Oppa em Sexta, 24 Junho 2022 16:37

"...fundado pela civilização Muril, supostamente a primeira civilização da Terra que a habitou cerca de 600 milhões de anos atrás." Garai kkkkkkk uma civilização humana que prosperou na Pangeia, MUITO ANTES DA HUMANIDADE EXISTIR. Realmente , uma achado fundamental para solucionar os mistérios do universo.

"...fundado pela civilização Muril, supostamente a primeira civilização da Terra que a habitou cerca de 600 milhões de anos atrás." Garai kkkkkkk uma civilização humana que prosperou na Pangeia, MUITO ANTES DA HUMANIDADE EXISTIR. Realmente , uma achado fundamental para solucionar os mistérios do universo.
Alex em Terça, 26 Julho 2022 14:07

A galera estica viu.... 450 milhoes de anos...... porra, pode ate ser que tenha existido uma civilização que se perdeu ao longoi de um determinado periodo, mais ai tbm.

A galera estica viu.... 450 milhoes de anos...... porra, pode ate ser que tenha existido uma civilização que se perdeu ao longoi de um determinado periodo, mais ai tbm.
Sincronário 13:20 em Quarta, 12 Outubro 2022 22:30

Trata-se de uma civilização em outra dimensão da Terra.... dimensão... outra forma.... saca? Bora ler mais sobre física quântica.
A Terra é um dos exemplos de planeta com vida e inclusive já foi muito maior do que ela é hoje, a lua foi uma parte arrancada dela, o impacto foi tão grande que destruiu tudo, vai saber se antes já não havia habitantes?

Trata-se de uma civilização em outra dimensão da Terra.... dimensão... outra forma.... saca? Bora ler mais sobre física quântica. A Terra é um dos exemplos de planeta com vida e inclusive já foi muito maior do que ela é hoje, a lua foi uma parte arrancada dela, o impacto foi tão grande que destruiu tudo, vai saber se antes já não havia habitantes?
orli de matos em Quinta, 13 Outubro 2022 21:15

nunca ouvi falar nessa cidade

nunca ouvi falar nessa cidade
Junior Nunes em Domingo, 26 Março 2023 13:24

E essa "maravilhosa" teoria se baseia em que, além das vozes na cabeça de quem a inventou?? Não se sabe direito nem o que aconteceu há 3 mil anos, vem qualquer bocó falar de 450 MILHÕES de anos. Dá até vergonha alheia...

E essa "maravilhosa" teoria se baseia em que, além das vozes na cabeça de quem a inventou?? Não se sabe direito nem o que aconteceu há 3 mil anos, vem qualquer bocó falar de 450 MILHÕES de anos. Dá até vergonha alheia...
Visitante Astuto em Quarta, 09 Agosto 2023 07:34

Baseia-se no livro de ficção científica Viagem ao Centro Da Terra kkkkkkk

Baseia-se no livro de ficção científica Viagem ao Centro Da Terra kkkkkkk
Bilú, busquem conhecimento em Quarta, 23 Agosto 2023 14:55

Ah, 400 milhões! Ah, 600 milhões de anos, dinossauros.
Da mesma forma se prendem a teorias.
Dá pra ver como o não senso crítico petrificado nos livrinhos, onde quem escreveu NÃO ESTAVA LÁ, limita a visão.
E quem pisou e registrou ibagens não conta? Infelizmente removeram as imagens do google Maps.

Ah, 400 milhões! Ah, 600 milhões de anos, dinossauros. Da mesma forma se prendem a teorias. Dá pra ver como o não senso crítico petrificado nos livrinhos, onde quem escreveu NÃO ESTAVA LÁ, limita a visão. E quem pisou e registrou ibagens não conta? Infelizmente removeram as imagens do google Maps.
Mauro Freitas em Quinta, 09 Novembro 2023 22:51

EXCELENTE MATERIA! GOSTARIA DE UTILIZAR O CONTEÚDO PARA PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO, DEDICANDO OS CRÉDITOS (CLARO) ME PERMITEM?

EXCELENTE MATERIA! GOSTARIA DE UTILIZAR O CONTEÚDO PARA PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO, DEDICANDO OS CRÉDITOS (CLARO) ME PERMITEM?
Visitante
Sexta, 26 Abril 2024

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