Protagonismo dos povos indígenas na defesa da Amazônia encerra programação dos Diálogos

O debate mostrou a participação efetiva dos povos indígenas, que buscam fazer um processo de construção entre todos, além de fortalecer a voz e as aliancas entre as etnias indígenas

A plenária ‘Os povos indígenas da Amazônia: um novo projeto inclusivo para a região’, encerrou a programação dos Diálogos Amazônicos, que foi realizado neste final de semana, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém (PA).

O debate mostrou a participação efetiva dos povos indígenas, que buscam fazer um processo de construção entre todos, além de fortalecer a voz e as aliancas entre as etnias indígenas.

“Quero destacar esse protagonismo do movimento indígena. Nosso objetivo aqui é construir uma pauta e apresentar uma proposta dos povos indígenas aos presidentes amazônicos”, afirmou a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara.

Foto: Márcio Ferreira/Agência Belém

200 etnias indígenas em Belém 

Cerca de 800 indígenas, de mais de 200 etnias da Amazônia brasileira e internacional, estão em Belém para participarem dos Diálogos Amazônicos e da Assembleia da Terra dos Povos Indígenas, que vem sendo promovida de forma paralela aos Diálogos, ocorre desde o dia 4 de agosto, em Belém, e segue até terça-feira (8).

O encontro contou também com a presença do Cacique Raoni, um dos líderes indígenas reconhecidos pela luta pela preservação de seu povo e da floresta amazônica, além de lideranças indígenas da Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname.

“Estou representando 64 etnias indígenas da Colômbia. Como todo indígena, estamos em resistência. E nós, como amazônicos, também devemos ser unidos e temos que brigar por nossos territórios”, ressaltou Osvaldo Muca, liderança indígena da Colômbia.

Foto: Márcio Ferreira/Agência Belém

Defesa do território 

Durante os discursos, as lideranças indígenas defenderam a floresta e seus territórios e destacaram a importância do movimento e da união dos povos indígenas para defender seus territórios.

“A gente está sendo ouvido pelas autoridades, eles estão nos escutando. Temos que nos unir e defender o meio ambiente, as águas, a floresta”, afirmou o Cacique Raoni.  

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