Propriedades da pupunha são usadas para fabricação de farinha

Projeto “Nutrição e desenvolvimento regional a partir da pupunha” pretende aproveitar a diversidade de plantas frutíferas da região amazônica para o desenvolvimento de produtos alimentícios. 

Foto: Fundação Universidade Federal de Rondônia

 Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Rondônia (UIR) estuda as propriedades da pupunha, fruto nativo da Amazônia, com o objetivo de fabricar farinha. O projeto é sobre “Nutrição e desenvolvimento regional a partir da pupunha”, que pretende aproveitar a diversidade de plantas frutíferas nativas da região amazônica com potencial econômico, tecnológico e nutricional para o desenvolvimento de novos alimentos, promovendo a segurança nutricional e alimentar da população e o desenvolvimento regional.

A pupunheira foi escolhida devido à sua alta produtividade na região e elevado teor nutricional. A pesquisa aponta que ee se destaca entre as frutíferas nativas Amazônicas por ser um alimento com alto teor energético, rico em lipídeos, proteínas e fibras, além de cálcio, fósforo, tiamina, vitamina C e betacaroteno. Essas propriedades garantem ao fruto, e consequentemente à farinha, um elevado potencial antioxidante e de otimização do sistema imunológico. 

Foto: Fundação Universidade Federal de Rondônia

Conforme explica a professora Ladyslene Chrísthyns de Paula, coordenadora do projeto e docente do Departamento de Engenharia de Alimentos (Dengea-UNIR), “a ideia é desenvolver alimentos funcionais e com alto valor nutricional a fim de maximizar o aproveitamento da produção e agregar valor ao produto para além da venda in natura para consumo”, aponta acrescentando que o projeto também almeja contribuircom o fortalecimento da cadeia produtiva regional de forma sustentável, por meio da diminuição das perdas e do desperdício.

A equipe estima que mais de 20 mil pessoas sejam beneficiadas direta ou indiretamente pelo estudo, uma vez que estão incluídos no projeto a inserção dos produtos na merenda escolar e os treinamentos de produtores rurais para produção da farinha de pupunha, bem como de merendeiras, pessoas em instituições de longa permanência e comunidade em geral para produção dos produtos de panificação.

Na primeira etapa do projeto foi o desenvolvida a técnica de processamento do fruto, que envolve colheita, secagem e produção da farinha. Na segunda etapa, em andamento, os pesquisadores estudam a elaboração dos produtos de panificação, e, até o momento, a equipe já concluiu a formulação para bolo e biscoito, restando ainda concluir as formulações de pão e macarrão. A terceira e última etapa acontecerá após a definição das melhores formulações para os todos produtos, quando o grupo oferecerá os treinamentos para a comunidade.

O estudo realizado pelos pesquisadores da UNIR (professores, técnico administrativo e acadêmicos de graduação), tem a parceria do Instituto Federal de Goiás (IFG) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e recebeu, em 2021, um aporte de R$200 mil reais em um edita de fomento da Fundação Cargill. Aqui é possível assistir à reportagem sobre a pesquisa da UNIR no campus de Ariquemes. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Seca extrema cria “parque” em Manaus, mas vegetação incomum põe em risco equilíbrio ecológico

Às margens do rio Negro, manauaras aproveitam a grama que surgiu durante a estação seca. No entanto, com a retomada do nível normal do rio, a vegetação pode causar desequilíbrio ambiental e até propagar doenças.

Leia também

Publicidade