Foto: Janaina Arielo/Agência Belém
O projeto Amazônia 2030 reúne diversos pesquisadores com o objetivo de produzir um plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, para que “a região tenha condições de alcançar um patamar maior de desenvolvimento econômico e humano e atingir o uso sustentável dos recursos naturais em 2030”.
Trata-se de uma iniciativa conjunta do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, ambos situados em Belém (PA), com a Climate Policy Initiative (CPI) e o Departamento de Economia da PUC-Rio, localizados no Rio de Janeiro (RJ).
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Iniciado em 2020, o projeto realiza coletas e sintetização de informações produzidas sobre a região para que as recomendações feitas a partir das análises “possam ser adotadas por tomadores de decisão privados (como empresários, empreendedores, investidores e bancos), tomadores de decisão públicos (como dos poderes Executivo e Legislativo, assim como órgãos das esferas municipal, estadual e federal) e agentes de cooperação e investimento internacional”.
Neste contexto, o grupo publicou no fim de abril o estudo ‘Fatos da Amazônia – 2025‘, que define como “um retrato abrangente e atualizado da Amazônia Legal“.
A Amazônia Legal é definida pela área que corresponde ao território total dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins (estados da região Norte), Mato Grosso (região Centro-Oeste) e parte da área oeste do estado do Maranhão (região Nordeste).
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A publicação mostra as informações mais atuais sobre a região, seu potencial e características que podem ajudar seu desenvolvimento sustentável.
Entre elas está o destaque para a “divisão” da região em ‘cinco Amazônias’: macrozonas com base na cobertura vegetal. O conceito divide a Amazônia Legal desta forma:
- florestal: ocupa 39% do território da Amazônia Legal e corresponde às áreas mais conservadas;
- florestal sob pressão: abrange 29% da região e corresponde aos municípios com extensa cobertura florestal, mas que sofrem com desmatamento crescente, extração ilegal de madeira, garimpo de ouro e grilagem de terras;
- desmatada: municípios que somam 11% da área da região, onde a maior parte das áreas desmatadas está subutilizada ou abandonada;
- não florestal (Cerrado e Pantanal): corresponde a 21% da Amazônia Legal, coberta principalmente pela vegetação de cerrado (inclui também campinaranas e campos naturais), com cobertura florestal inferior a 50%, onde concentram-se no Mato Grosso, Tocantins e Roraima;
- e urbana: onde a maioria da população (76%) reside.

A proposta desta forma de leitura, baseada na cobertura vegetal, é para levar em consideração sua diversidade e complexidade, e como os diferentes níveis de conservação e uso da terra tem transformado a vida da população que habita essa região do país.
Confira a publicação completa: