Professor amapaense explica como ocorre o encontro da maré oceânica com os rios e sua influência.
O encontro dos rios na região amazônica é um fenômeno comum, devido à sua distribuição geográfica. O encontro das águas no Amazonas é um dos mais populares e conhecidos mundialmente.
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No entanto, outro fenômeno que ocorre em uma parte da Amazônia envolve o mar. As marés oceânicas também se encontram com os rios. De acordo com o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Eldo Silva dos Santos, as marés são movimentos periódicos das águas dos oceanos, influenciados pela lua e pelo sol. Esses movimentos fazem com que o nível da água se altere ao longo do dia. Por isso que nas praias a água enche e vaza durante um dia.
Lembra os fenômenos de enchente e vazante dos rios, comuns na região, mas com uma dinâmica muito mais rápida. Ainda segundo Silva, com a elevação do nível do mar, por causa da maré oceânica, a água do rio pode passar a correr para dentro do continente.
Um exemplo é o que ocorre no Rio Amazonas: a inversão da maré até o município de Óbidos (distante a 781 quilômetros de Belém), no Pará.
“Mas mesmo nos locais onde não tem inversão, a maré oceânica influencia porque faz com que o nível da água dos rios se eleve ou diminua, se a maré estiver alta ou baixa, respectivamente”,
destacou o especialista.
Esse “encontro” acontece nos Estados do Pará e do Amapá, que são banhados pelo Oceano Atlântico. “A inversão da maré influencia esses Estados. Mas nos outros Estados existe uma alteração, uma vez que ela mexe com o nível dos rios. Só que quanto mais longe do mar, menor é a variação do nível da água”, explicou o professor.