Nas regiões de clima tropical e subtropical, como a Amazônia, as orquídeas epífitas são mais comuns de serem encontradas. As plantas caracterizadas como epífitas vivem sobre outras, mas sem retirar os nutrientes das hospedeiras.
As orquídeas sempre tiveram significados importantes, sendo principalmente relacionadas a beleza, amor, luxo e força. Na Grécia Antiga, se uma jovem estivesse com orquídeas enfeitando a cabeça, significava que estava atrás de um pretendente. Essas plantas podem ser encontradas em uma variedade de habitats e biomas, exceto em lugares oceânicos.
As suas principais variações dependem das condições de altitude, luz, umidade e ventilação. Variando de coloração, formato e tamanho, as orquídeas são definidas entre áreas: epifíticas, rupícolas, terrestres, folículas, mirmecófilas ou completamente subterrâneas. Algumas espécies ocorrem sobre ninhos de formigas do gênero Azteca.
O Museu Paraense Emílio Goeldi publicou um livro sobre as ‘Orquídeas Nativas da Amazônia‘, que reúne 709 espécies e 131 gêneros na Amazônia brasileira catalogadas.
Das 709 espécies encontradas na Amazônia, o Pará abriga aproximadamente 373. A construção desse projeto durou cerca de 30 anos e foi uma parceria entre os pesquisadores Manoela Ferreira e João Batista.
“Produzir um livro sobre as orquídeas nativas da Amazônia foi um grande desafio e demorado. A Amazônia é enorme e para a produção deste livro foram necessárias diversas expedições em todos os Estados da Amazônia e fronteiras com os países que fazem parte do bioma amazônico, sendo um produto de pesquisa do próprio Museu Goeldi”,
contou João Batista ao Portal Amazônia.
Nas regiões de clima tropical e subtropical, as orquídeas epífitas são mais comuns de serem encontradas. Sendo nessas regiões a maior diversidade da família. As plantas caracterizadas como epífitas vivem sobre outras plantas sem retirar os nutrientes das plantas na qual se hospedam.
“Na Amazônia, a maioria das espécies de orquídeas são epífitas, ou seja, vivem sobre outros vegetais. Esta forma de vida, muitas vezes é tida, erroneamente, como parasitismo, na realidade elas apenas utilizam outras plantas como suporte, sem retirar delas água ou nutrientes dos tecidos vivos internos. As vantagens proporcionadas pelo epifitismo são melhores condições de luminosidade e substrato relativamente isento de competição”,
trecho retirado do livro ‘Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira’.
Cultivo de orquídias
Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), o Brasil conta com mais de 8 mil produtores de flores e plantas, que juntos cultivam mais de 2.500 espécies com cerca de 17.500 variedades. Esses dados mostram que o mercado de flores contribui de forma significativa com a economia brasileira.
Parte dessa variedade é o cultivo das orquídeas, que pode ser feito em vasos, placas de fibra de coco, madeira e pedras, dependendo da espécie.
Por essa variedade de possibilidades e de espécies, tratando-se de cultivo e comercialização de plantas, as orquídeas estão entre as favoritas. Na Amazônia, as orquídeas do gênero Cattleya são as mais populares, podes e vistosas. Entre elas existem cinco espécies:
Cattleya jenmanii
Assim como a maioria das orquídeas da Amazônia, a Cattleya jenmanii pertence à espécie epífita e possui folhas que chegam aos 30 centímetros. A sua coloração é roxa com alguns pontos alaranjados, podendo ser encontradas na Amazônia Legal e Internacional, principalmente na Venezuela.
Cattleya eldorado
A Cattleya eldorado, também conhecida como ‘Rainha do Rio Negro’, possui como habitat a floresta de terra firme, campina e igapó. Geralmente pode ser encontrada na coloração roxa ou branca.
Cattleya lawrenceana
A Cattleya Lawrenceana possui um aspecto viçoso e um pseudobulbo (forma de caule presente em orquídeas) de 20 centímetros. As flores podem ser encontradas na coloração rosa, podendo medir 12 centímetros de comprimento. Essa espécie pode ser encontrada em florestas úmidas e de altitude, por exemplo na Serra da Neblina, em Roraima (RR), e na fronteira com a Venezuela.
Cattleya luteola
Considerada rara, a Cattleya Luteola pode florescer em florestas de terra firme e áreas ribeirinhas.Pode ser encontrada na coloração amarela, com detalhe rosa ou branco, na Amazônia brasileira e peruana.
Cattleya violacea
Já a Cattleya violacea pode ser encontrada no Amazonas, Roraima, Mato Grosso e Rondônia. Elas possuem pseudobulbo cilíndrico e grossos, densamente sulcados, de até 40 centímetros de altura. Também pode ser encontrado na coloração roxa com detalhes brancos.
Quer saber mais? O Museu Goeldi disponibiliza o livro online. Acesse AQUI.