Eu escolho você! Saiba quais animais da Amazônia seriam ótimos ‘Pokémon’

Não é segredo para ninguém que a maioria dos monstrinhos de bolso japoneses são inspirados em animais reais e, claro, fazem muito sucesso. Mas quais animais amazônicos poderiam fazer parte da lista?

Em 1996, o mundo foi invadido pelos jogos, animes e mangá de Pokémon’, franquia japonesa criada por Satoshi Tajiri. Não é segredo para ninguém que a maioria dos monstrinhos de bolso são inspirados em animais reais e, claro, fazem muito sucesso. 

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Por esse motivo, o Portal Amazônia reuniu uma lista com animais e plantas da região amazônica que dariam trabalho para o Pikachu e companhia. Confira:

Puraquê

Pokémon aquático e elétrico? Bem, essa combinação seria bem vinda ao universo ‘Pokémon’. O poraquê, também conhecido como peixe-elétrico da Amazônia, é capaz de matar um cavalo, com um choque de mais de 500 volts.

Isso tudo graças à presença de células musculares especializadas, seu corpo é capaz de produzir energia (eletrogênese) e captá-la (eletro-recepção). Essas células, chamadas eletrólitos, encontram-se na cauda do animal, que corresponde a 90% do corpo do Electrophorus electricus. Um peixe-elétrico adulto pode ter cerca de 10 mil mioeletroplacas, que são conjuntos de eletrólitos.

Diversos estudos realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) mostram que esse peixe é capaz de produzir até 1.500 volts. Ele pode ser comparado a uma pilha, já que a parte da frente de seu corpo tem carga positiva, enquanto a ponta de sua cauda é de carga negativa. 

Por isso, se uma pessoa pegar na cabeça e na extremidade final de seu corpo, ao mesmo tempo, o choque terá o poder de “fritar” a vítima em questão de segundos.

Jacaré-açu

O “reizinho” dos rios e lagos da bacia amazônica também ganhou um lugar na lista. O jacaré-açu tem o corpo coberto de faixas amarelas, mas é de cor preta. Os olhos e as narinas são grandes . Ele pode ficar submerso, podendo chegar até seis metros de comprimento e até 300 quilos de peso.

A reprodução ocorre uma vez por ano, em média as fêmeas põem de 40 a 50 ovos. Pode viver 80 anos ou até chegar aos 100. Quando nascem correm risco de serem devorados por jiboias ou outros jacarés adultos. Alimentam-se de caranguejos, peixes e pássaros. Para nadar na água fazem um movimento ondulatório com a cauda. Considerado o mais desenvolvido dos répteis, vive nos rios igarapés e lagos da Amazônia.

Coruja-rasga-mortalha

Está faltando um tipo voador nesta lista, não é? Um ótimo candidato a Pokémon seria a coruja-rasga-mortalha, que está presente em todo o território, porém sua presença na região amazônica é cheia de mistérios, uma vez que está ligada ao mau agouro de acordo com crenças populares.

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De acordo com a lenda, a rasga-mortalha é a personificação da morte. Acredita-se que quando está coruja passa sobre a casa ou pousa no telhado e dá um piado, alguém que mora nesta casa morrerá. Teria coragem de ter a rasga-mortalha no seu time?

Onça-pintada

Claro que não poderíamos esquecer da rainha da floresta toda! A onça-pintada, espécie Panthera onca, é o maior felino das Américas, podendo chegar até 2,41 metros de comprimento (da ponta do rabo até o focinho) e pesar até 158 quilos no caso do machos adultos, que são maiores que as fêmeas. Esses animais são reconhecidos pela pelagem característica, amarelo-dourado, coberta com pintas pretas na cabeça, pescoço e patas.

Na região dos ombros, costas e na parte lateral do corpo (flancos) tem manchas com formato de rosa, com um ou dois pontos pretos no meio. Em alguns indivíduos pode ocorrer o melanismo, que é uma mutação genética que provoca a produção excessiva, concentrada e considerável de melanina, composto químico que confere coloração escura à pele ou pelo desses animais. Como resultado, os indivíduos que apresentam o melanismo têm a pelagem pretas.

Já se imaginou lutando lado a lado com o maior felino das Américas? Inclusive, se fosse um Pokémon, a onça-pintada teria uma variação: a pantera. As onças de coloração preta, conhecidas como panteras, continuam sendo onças-pintadas (Panthera onca) e inclusive apresentam as tão famosas pintas, porém essas ficam difícil de serem visualizadas no meio da floresta, mas é possível ver com um pouco de ajuda da luz do sol, por exemplo.

Sapo Ponta-de-Flecha

Um Pokémon venenoso é sempre bem-vindo ao time, isso é fato, então, uma ótima escolha seria o Sapo Ponta-de-Flecha, também conhecido como ‘dardo venenoso’, por causa do seu veneno que pode ser fatal no momento do contato.

Segundo o biólogo Igor Kaeser, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a espécie é membro da família Dendrobatidae, uma ordem de anfíbios anura (classificação dada a sapos, rãs e pererecas de tamanho pequeno). O ‘dardo venenoso’, conforme Kaeser, é considerado um dos animais mais perigosos do mundo.

Por ter um veneno mortal, ao ponto de um simples toque ser necessário para matar, os índios utilizam dessa toxina como vantagem em seus combates contra outras tribos e para a prática da caça. O biólogo explica que o veneno na ponta da flecha chega a durar até um ano para perder seu efeito massivo.

Pirarucu

O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do planeta. Nativo da Amazônia, ele promove benefícios para o ecossistema e comunidades que vivem da pesca. Seu nome vem de dois termos indígenas: pira, “peixe”, e urucum, “vermelho”, devido à cor de sua cauda.

Por ser um peixe de grandes dimensões, o comprimento quando adulto costuma variar de dois a três metros, e o peso, de 100 a 200 quilos. Possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática, e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão na respiração aérea.

A espécie vive em lagos e rios afluentes, de águas claras, com temperaturas que variam de 24° a 37°C. O pirarucu não é encontrado em lugares com fortes correntezas ou em águas com sedimentos. 

De acordo com a pesquisadora e curadora da Coleção de Peixes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Lúcia Rapp, apesar do pirarucu ser uma espécie com diversas séries de dentes caninos, ele não parece ser um animal com capacidade de arrancar pedaços, já que seus dentes são pequenos. Por outro lado, o peixe possui uma abertura bucal imensa, capaz de apreender presas inteiras.

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Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

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