Conheça curiosidades sobre nove peixes da Amazônia

Existem muitas espécies de peixes que servem de sustento para os amazônidas, algumas são exclusivas de cada estado

A Amazônia é rica em recursos hídricos. Por esse motivo, o consumo de peixes é parte essencial da cultura alimentar e economica da região. Existem muitas espécies de peixes que servem de sustento para os amazônidas, algumas são exclusivas de cada Estado. O Portal Amazônia preparou uma lista com as principais espécies de peixes em cada Estado do Amazonas. Confira:

Jaú, o peixe ‘maceta’ do Acre

Maceta. Não existe outra palavra para definir o Jaú. No Acre, existem muitos peixes de água doce, porém, nenhum se destaca como o Jaú. O peixe pode alcançar até 1,5 metro de comprimento. Inclusive, um pescador conseguiu capturar um Jaú de 85 quilos e mais de 1,50 metro, no Rio Môa, em Mâncio Lima.

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Jaú. Foto: Divulgação

Trairão, o peixe voraz do Amapá 

Você acha que um peixe pode ser violento? O trairão, por exemplo, é o terceiro peixe mais consumido do Amapá, porém, capturá-lo requer paciência. O peixe é conhecido por seu temperamento agressivo e voraz, além de ser uma espécie carnívora.

Outro fato curioso sobre a espécie é que no Amapá, a Dona Cira, uma cozinheira da comunidade do Calafate,  desenvolveu há muitos anos a técnica de tirar as espinhas do Trairão. O peixe se tornou um dos mais apreciado no Estado sendo utilizado em diversas receitas. 

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Trairão. Foto: Reprodução/CPT

Pirarucu, o gigante dos rios 

O pirarucu é um peixe muito consumido no Amazonas. Porém, o peixe chegou a ser ameaçado de extinção. Foi então que, em 1999, um projeto do Instituto Mamirauá propôs um conjunto de diretrizes para a conservação da espécie.

Desde que foi implementado, o pirarucu voltou a habitar grande parte das várzeas amazônicas. Os resultados impressionaram, pois só no médio Juruá, de 2011, ano da primeira experiência, até 2021, a população monitorada da espécie cresceu mais de 600%. A pesca do peixe chegou a superar 150 toneladas.

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Pirarucu. Foto: Reprodução/Arapaima

Dourada, o peixe viajante da Amazônia 

Você curte viajar? A dourada sim. O peixe é conhecido por ter um ciclo de vida migratório de 11.600 quilômetros, ou seja, um recorde mundial de migração em água doce. Já no Pará, que é conhecido como o segundo Estado que mais consume peixe no Brasil, a dourada é amplamente apreciada pelo seu sabor único.

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Foto: Reprodução/Aqualog.de

Bodó, o peixe que prova que beleza não é tudo 

Ele não é bonito, mas é bastante apreciado na região amazônica. O bodó possui distribuição restrita, é encontrado desde o rio Ucayali, no Peru, até a foz do rio Tapajós, no Pará. É um peixe de água doce da ordem dos Siluriformes (bagres) e família Loricariidae, que agrupa os cascudos e acaris. A reprodução da espécie acontece entre os meses de outubro e maio.

O corpo do peixe é revestido por placas e espinhos que servem para defesa contra predadores naturais, como por exemplo, os botos. De hábitos noturnos, os bodós vivem agrupados em casais e na natureza tendem a se unir em blocos.

Para os povos Tukano e Dessana, o bodó é conhecido como ia’ká. Existe uma forte influência da cultura indígena nas técnicas de preparo e conservação do cascudo. Antigamente, os indígenas assavam e enfumaçavam o bodó em uma grelha de madeira para que ele ficasse desidratado, o nome do processo era chamado de moquém. Dessa forma, o peixe podia ser armazenado durante semanas ou levado para viagens. Já para consumo imediato, os indígenas assam o peixe. 

Bodó. Foto: Reprodução/Peixepedia

Cachara, o peixe usurpador 

Paulina e Paola? Que nada. Na Amazônia, a moda da vez é a briga entre o cachara e o pintado. O motivo? Muitas pessoas confundem os dois peixes, mas é muito simples diferenciá-los,. O corpo do cachara, por exemplo, possui listras. Ouro fator que pode diferenciar os peixes é o comportamento. Diferente dos pintados, os cacharas mais jovens costumam ser mais inquietos.

Confira mais informações sobre o cachara

Chacara. Foto: Reprodução/CPT

Tambaqui, o peixe que elevou a piscicultura de Rondônia 

O tambaqui é a segunda espécie mais produzida no Brasil. Entre as nativas, é a principal. O Anuário Brasileiro da Piscicultura, publicação editada pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), traz as espécies nativas como um dado agrupado. Os números de 2022 indicam que, das 860 mil toneladas produzidas no País, 267 mil toneladas foram de peixes nativos, sendo a maioria tambaqui.

O tambaqui é criado majoritariamente em fazendas na região Norte do país. O estado de Rondônia é o maior produtor, com 57,2 mil toneladas em 2022, seguido de Maranhão, com 39,1 mil toneladas, Mato Grosso, com 38 mil toneladas, Pará (24 mil ton) e Amazonas (21,3 mil ton).

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Tambaqui. Foto: Reprodução/CPT

Matrinxã, o queridinho da pesca esportiva 

Pesca esportiva é a pescaria feita como atividade de lazer. Nessa modalidade, o objetivo não é comer ou vender o peixe fisgado, ou seja, o animal é devolvido à água. De acordo com o site Pesca Gerais, o peixe matrinxã é muito popular na pesca esportiva já que apresenta um comportamento agressivo e deixa a pescaria ainda mais emocionante.

A matrinxã ataca a sua presa com voracidade e grandes saltos. 

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Matrinxã. Foto: Reprodução/Instituto Brasil a Gosto

Tucunaré, o peixe colorido

Cerca de 15 espécies de tucunaré são conhecidas na Amazônia. A diversidade de cores e padrões de listras é grande: do vermelho ao esverdeado, do amarelo ao azulado, com faixas e pintas de variados padrões.

Um dos mais conhecidos é o tucunaré-azul de cinco a seis barras transversais de coloração cinza. As nadadeiras dessa espécie são azuladas (o que dá origem ao nome).

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Tucunaré. Foto: Reprodução/CPT

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