Somente em junho, a Amazônia registrou 2.562 focos de incêndio, o maior número para os meses de junho desde 2007 e um aumento de 11% em relação ao mesmo mês em 2021.
Somente em junho, a Amazônia registrou 2.562 focos de incêndio, o maior número para os meses de junho desde 2007 e um aumento de 11% em relação ao mesmo mês em 2021. De janeiro a junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 7.553 focos de incêndio na floresta, o maior índice para o semestre desde 2019, quando foram registrados 10.606 focos.
Em junho de 2019, foram registrados 1.880 focos de incêndio; no mesmo mês, em 2020, 2.248; e, no ano passado, 2.305. Lembrando que a temporada 2019 segue sendo uma das piores das últimas décadas.
O desmatamento também segue em níveis acima da média histórica. O sistema DETER/INPE registrou alertas de desmate para uma área de 882,63 km² nos 24 primeiros dias de junho, um número menor que os mais de 1.061 km² registrados no mesmo mês em 2021.
No entanto, o agregado do semestre somou 3.750 km², o equivalente a mais de duas vezes a área do município de São Paulo, sendo o pior índice desde 2016 para o 1º semestre do ano. Como os dados de junho para o desmatamento ainda estão incompletos, esse total deve aumentar.
O semestre foi marcado por recordes sucessivos de desmatamento na temporada chuvosa da Amazônia, período em que a destruição costuma ser menor. Janeiro (430,44 km2), fevereiro (198,67 km2) e abril (1.026,35 km2) de 2022 registraram os maiores índices para os respectivos meses da série histórica.