Amazon On 2025: especialistas exemplificam como a conectividade é aliada ao enfrentamento de mudanças climáticas

Informações sobre o quadro atual do uso da tecnologia e da conectividade em favor ao desenvolvimento foram levantados por especialistas durante a segunda edição do Amazon On, em Manaus (AM).

Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

A conectividade é um grande auxiliar para o desenvolvimento global, mas de que forma ela ajuda também no enfrentamento às mudanças climáticas? Com essa provocação, especialistas reuniram informações sobre o quadro atual do uso da tecnologia em favor ao desenvolvimento durante a segunda edição do Amazon On, em Manaus (AM), nesta quinta-feira (21).

O grupo do Painel 4, ‘A tecnologia no monitoramento e no enfrentamento das mudanças climáticas’, pontuou reflexões e exemplos bem-sucedidos e em andamento na união da tecnologia com a sustentabilidade.

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Participaram do painel: Márcio Lino, sócio fundador da Colin Consultoria; Vanessa Gray, chefe de Clima e Telecomunicações de Emergência na União Internacional de Telecomunicações (UIT); Ellen Cristina Acioli, especialista Setorial Amazônia no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Suzana Silva Rodrigues, superintendente de Controle de Obrigações na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); e Daniela Martins, diretora institucional, comunicação e eventos no Conexis Brasil Digital.

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Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

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Tecnologias podem ser criadas para melhorar a conectividade e sua relação com o meio ambiente

Vanessa Gray, chefe de Clima e Telecomunicações de Emergência na União Internacional de Telecomunicações (UIT), informou que, para um avanço real, é necessário usar “informações publicadas por relatórios oficiais”, uma vez que as decisões tomadas em prol da preservação ambiental precisam ter base e fundamentos para se tornarem acessíveis.

Suzana Rodrigues, da Anatel, explicou que o uso da tecnologia nas telecomunicações é fundamental para auxiliar as populações a se prepararem para eventos climáticos previamente. O trabalho é feito em conjunto com órgãos de monitoramento e investe também em formas de mostrar às pessoas que é possível aliar a tecnologia à sustentabilidade de forma prática.

A especialista explicou que por muito tempo pensou-se que as redes de telecomunicações tinham um papel passivo, mas, na verdade, o comprometimento com a melhora socioambiental estimula pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias nessa área.

“Existe uma preocupação para que a gente consiga manter a população a continuar se comunicando durante eventos climáticos de forma eficaz, até porque são eventos cíclicos”, comentou.

Segundo Suzana, entre os eixos de preparação para estes cenários está o Cell Broadcast, um projeto que usa tecnologia para alertas prévios das populações impactadas por algum tipo de fenômeno climático, como o já usado pelas Defesas Civis nas regiões Sul, Sudeste e Nordetse, deste 2024.

“A grande vantagem desse sistema é que ele é uma camada a mais de segurança para a população. No Cell Broadcast, quem estiver naquela região vai receber o aviso. Antes as pessoas tinham que aderir ao sistema, mas agora nosso objetivo é que esses tipo de aviso tenha uma camada a mais de segurança, sendo divulgado para quem estiver nas áreas atingidas de modo independente, usando as redes de telecomunicações para salvaguardar a vida”, explicou.

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Conectividade proporciona desenvolvimento

Ellen Cristina Acioli, do BID, deu destaque à como a conectividade é importante para o desenvolvimento em múltiplas facetas, principalmente em se tratando da Amazônia, como realizado em comunidades tradicionais. “Isso tudo [desenvolvimento] só é possível se a gente tiver conectividade. Temos trabalhado na conectividade fluvial, terrestre, mas a digital também. Para proteger territórios, territórios indígenas, a bioeconomia, precisamos de conectividade”, enfatizou.

Consciência. A abordagem de Daniela Martins, do Conexis Brasil Digital, levantou uma reflexão sobre como tudo que é feito com o intuito de avançar nas telecomunicações e políticas públicas precisa gerar conexões conscientes. “Quando o público e o privado estão juntos levamos mais dignidade”, afirmou.

Para ela, a união das telecomunicações e da conectividade levanta também a questão do consumo consciente e sustentável, como o “abraço às ODS” (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Daniela usou o lixo eletrônico, que ainda não tem o descarte correto em suas totalidade, como um exemplo do que ainda precisa ter reforço junto a empresas e população.

O evento segue nesta quinta-feira (21) até as 19h no Centro de Convenções do Amazonas – Vasco Vasques. Veja a programação completa AQUI.

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