Plantio de 49 mil mudas para reflorestamento de áreas degradadas será realizado em Manaus

Ao todo, no Prosamin+, mais de 49 mil mudas de reflorestamento serão plantadas em uma área de 111 mil metros quadrados e 17.176 para paisagismo.

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

Em ação inédita, o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), em Manaus (AM), envolve o reflorestamento de áreas degradadas. O trabalho, que será desenvolvido nas áreas de intervenção do programa, iniciou pela comunidade Manaus 2000, na zona sul, com o plantio de 200 mudas de seringueira.

Ao todo, no Prosamin+, mais de 49 mil mudas de reflorestamento serão plantadas em uma área de 111 mil metros quadrados e 17.176 para paisagismo. Outra inovação do programa, nesta gestão, é o reaproveitamento de madeira de supressão vegetal para melhoria de qualidade do solo.

O Prosamin+ é um programa desenvolvido pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb). O secretário da Sedurb, Marcellus Campêlo, destaca que é a primeira vez, em 17 anos de programa, que a criação de espaços verdes vai além do paisagismo, nas áreas de intervenção, que também serão contempladas com saneamento básico, requalificação urbana e construção de conjuntos habitacionais. A meta, segundo ele, é reflorestar 25% da área total beneficiada pelas obras.

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

As ações envolvem o plantio de mais de 48 mil mudas em uma área de 101 mil metros quadrados na comunidade da Sharp. E na Manaus 2000 será reflorestada uma área de 9,4 mil metros quadrados, com plantio de 1,2 mil mudas. São mais de 30 espécies utilizadas, nativas, de pequeno, médio e grande portes (pioneiras e secundárias).

Um dos grandes objetivos do projeto de reflorestamento inserido no programa é criar um corredor verde, fazer a conectividade do fragmento florestal existente e a construção de seis passagens de fauna silvestre, interligando duas Áreas de Preservação Ambiental (APAs) muito importantes: a Manaós, no Coroado, e a Reserva Sauim Castanheiras, no Puraquequara, ambas na zona leste de Manaus.

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

Viveiro de mudas

Para realizar o reflorestamento, foi criado o viveiro de mudas, um Escritório Local (ELO) Verde, iniciativa inédita em obras públicas no Amazonas. No ELO já foram produzidas mais de 15 mil mudas. No canteiro de obras da Comunidade da Sharp, na zona leste, são cultivadas mais de 30 espécies que serão usadas no reflorestamento de áreas do Prosamin+, como buritizeiro, mungubeira, embaubeira, seringueira, açaizeiro, ingazeira, pau-pretinho, sumaúma, entre outras. A estimativa é que 50 mil mudas sejam produzidas para as ações de recomposicão vegetal do projeto.

A educação ambiental da comunidade impactada pelo Prosamin+ é outra ação importante que está sendo realizada nesses espaços. Os moradores e estudantes das comunidades da Sharp e Manaus 2000 participam de oficinas com foco em sustentabilidade e mercado de trabalho, palestras sobre meio ambiente e recebem doações de mudas para plantio para propagação da espécie na localidade, deixando assim as características verdes da área.

De acordo com o subcoordenador Ambiental da UGPE, Otacílio Júnior, de maneira inovadora, o Prosamin+ também vai reaproveitar a madeira de supressão vegetal para fazer a preparação do solo.

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

As atividades seguem as recomendações do Sistema de Gestão Socioambiental (SGSA) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), órgão financiador do programa.

Prosamin+

O Prosamin+ vai beneficiar mais de 60 mil pessoas, com as obras que estão sendo realizadas. O programa está urbanizando uma área de 340 mil metros quadrados, ao longo do Igarapé do Quarenta, no trecho entre a avenida Manaus 2000, na zona sul, e a Comunidade da Sharp, zona leste, nos bairros Armando Mendes, Nova República, Coroado, Distrito Industrial e Japiim. Os serviços envolvem drenagem, abastecimento de água, esgotamento sanitário, mobilidade urbana, construção de unidades habitacionais e reflorestamento.

Os investimentos são de U$ 114 milhões, sendo U$ 80 milhões financiados pelo BID, com contrapartida estadual de U$ 34 milhões. A parte financiada pelo BID trata-se de empréstimo que será pago pelo Governo do Estado. As obras iniciaram em 2022 e devem seguir até 2027.

*Com informações da Agência Amazonas

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