A captura e o comércio legal do pirarucu foram autorizadas para quatro entidades que atuam na Terra Indígena (TI), Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas. As autorizações forma emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no dia 4 de agosto.
Segundo o Ibama, o manejo sustentável do pirarucu segue regras legais que protegem a espécie e garantem que a pesca ocorra de forma regular.
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No total, foram autorizadas 649 unidades de pirarucu, com peso estimado em 51,9 toneladas, podendo gerar até R$ 415 mil em receitas para as comunidades. Além da carne, o aproveitamento comercial pode incluir o couro, a carcaça e as vísceras do peixe.

Confira as as entidades que foram autorizadas pelo Ibama
- Associação dos Produtores Rurais e Preservadores da Comunidade São Rafael;
- Associação Marubo do Médio Curuçá;
- Cooperativa de Preservação Etnoambiental Autônoma dos Kanamaris da Aldeia São Luiz;
- Organização Geral dos Mayuruna.
O manejo do pirarucu é feito de forma sustentável, com base em normas legais que protegem o peixe e regulam a atividade.
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As autorizações concedidas pelo Ibama abrangem várias áreas e aldeias da Terra Indígena Vale do Javari. São elas:
- Rio Itacoaí – Complexo Lacustre de São Rafael (Comunidades de São Rafael e São Gabriel): 154 unidades de pirarucu;
- Médio Javari e Marubo do Médio Curuçá (Aldeias São Sebastião, São Salvador, Txonâwaiyá, Nova Página e Volta Grande): 90 unidades;
- Médio Javari – Kanamari (Aldeias São Luís, Santo Euzébio Kohanã, Vista Alegre e Caxias): 191 unidades;
- Rio Pardo, Baixo e Médio Rio Curuçá e Médio Javari (Aldeias Nova Esperança, Terrinha/Mayuruna, Bela Vista/Kulina Pano, Bucuác Mananpi, Lar Feliz, Fruta Pão, Flores, Lago Grande): 216 unidades em 51 lagos.
