Foto: Reprodução/Idam
Na data em que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) celebra seus 36 anos de fundação, e, 21 de fevereiro, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, oficializou a criação do Programa Arapaima no estado do Amazonas. A assinatura da portaria nº 22 de 20 de fevereiro de 2025 institui o Programa de Manejo Sustentável do Pirarucu (Arapaima gigas) e Conservação dos Ecossistemas de Várzea. A solenidade contou com a presença de diversas autoridades, incluindo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
“É um projeto muito importante, que é um sucesso no Estado do Amazonas. Temos um desafio enorme de levar essa experiência para os demais estados”, declarou o presidente do Ibama durante a cerimônia.
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A criação do programa é celebrada como um marco histórico para o sistema de manejo do pirarucu, desenvolvido por pescadores e cientistas há 26 anos. Cristina Buck, analista ambiental do Ibama e uma das pessoas que estiveram à frente da estruturação do programa, destacou a importância da conquista: “A publicação do programa é uma vitória coletiva. A força do grupo, somada à conjuntura atual, foi fundamental para avançarmos. Somos muito gratos ao apoio do Coletivo e de todos os manejadores e manejadoras”, comemorou.

Sobre o Programa
O Programa Arapaima visa estimular práticas comunitárias de proteção dos ambientes aquáticos onde ocorrem naturalmente as populações de pirarucu (Arapaima gigas), bem como fomentar a organização coletiva dos pescadores envolvidos no manejo e apoiar a geração de benefícios socioeconômicos para as comunidades envolvidas na conservação dos ecossistemas de várzea amazônica.
Os principais objetivos da iniciativa incluem fortalecer o manejo sustentável do pirarucu, aprimorando a proteção territorial, a contagem, a pesca e as avaliações de sustentabilidade nas áreas de manejo; garantir a rastreabilidade para monitoramento, controle e exportação da espécie; conservar ecossistemas de várzea, contribuindo para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas; promover a bioeconomia com inclusão social das comunidades ribeirinhas, indígenas, pescadores e populações tradicionais; e apoiar a vigilância comunitária nas áreas de manejo, fortalecendo a proteção dos territórios.
O Programa Arapaima será implementado nas áreas naturais de ocorrência do pirarucu na bacia do rio Amazonas, com foco no estado do Amazonas e possibilidade de expansão para Acre, Amapá, Pará, Roraima e Rondônia.
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